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Categoria reconhecimento de manifestações de criatividade enquanto experiência

Capítulo 5. Apresentação dos resultados da análise e de suas conclusões

5.1. Dimensão de análise conhecimento

5.1.7 Categoria reconhecimento de manifestações de criatividade enquanto experiência

Para a categoria de análise estabelecida como o reconhecimento de manifestações de criatividade enquanto experiência, (cf. Pp 128-133) e que aqui se relembra: “Dizem respeito ao reconhecimento dos SAMos sobre manifestações da criatividade, enquanto experiência”, pretendeu-se analisar as orientações dos dezassete SAMos relativamente a esta categoria, ao longo das três ocasiões, para se verificar se houve ou não mudança nas orientações e ocorrência de aprendizagem.

Para tal, definiram-se cinco atributos.

A saber:

Inventar – pensamento de qualquer coisa que anteriormente não existia mas que se relaciona com o que se conhece e tem como objectivo uma utilização prática (Munari, 1987);

Criar – conceber, formar, gerar, dar origem a (Houaiss, 2002, T. II: 1127);

imaginar – flexibilidade para relacionar as vivências e experiências (Bellon, 1998);

fantasiar – faculdade que pode não ter em conta a viabilidade ou o funcionamento daquilo que pensou. Tem a liberdade de pensar qualquer coisa, mesmo a mais absurda, incrível ou impossível;

expressar – manifestar-se por meio de forma artística (Houaiss, 2002, T. III:. 1672).

i) Resultados da análise de dados obtidos por ocasião, através dos instrumentos de ordem formal, na mesma dimensão de análise conhecimento, na categoria de manifestações de criatividade enquanto experiência

Na 1ª ocasião de análise de dados através dos instrumentos de análise de ordem formal inquérito, presenciou-se que três dos dezassete SAMos não fizeram qualquer alusão aos atributos aqui mencionados. Dos restantes catorze SAMos, registou-se a

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seguinte frequência para cada atributo: inventar – 5; criar – 1; imaginar – 5; fantasiar – 2; expressar – 0.

Na 2ª ocasião de análise registada no instrumento de ordem formal teste, presenciou- se que quatro dos dezassete SAMos não fizeram qualquer alusão aos atributos aqui mencionados. Dos restantes treze SAMos, registou-se a seguinte frequência para cada atributo: inventar – 3; criar – 5; imaginar – 5; fantasiar – 2; expressar – 5.

Na 3ª ocasião de análise de dados registados no instrumento de ordem formal reflexão do diário de bordo, presenciou-se que todos os SAMos fizeram alusão aos atributos aqui mencionados, tendo-se registado a seguinte frequência para cada atributo: inventar – 2; criar – 8; imaginar – 9; fantasiar – 5; expressar – 5.

Tabela 21 - Sistematização dos resultados obtidos na análise ocorrida nas três ocasiões de ordem formal na dimensão conhecimento, categoria reconhecimento de manifestações de criatividade enquanto experiência

Com base nesta sistematização e análise de dados aqui apresentada, pode inferir-se que a ocorrência das mudanças na orientação do conjunto dos SAMos ao longo do processo, não sendo muito relevante, porém parecem, pela frequência registada, aludir a uma assimilação mas mais consistente no grupo de SAMos, pois deve ter-se em conta o facto de, nas duas primeiras ocasiões de análise de dados de ordem formal ter existido cinco SAMos que não fizeram qualquer alusão aos atributos e na última ocasião isso não se verificar.

Esta inferência realizada é perceptível no gráfico de registo multi vectorial a seguir apresentado.

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Fig 23- Resultados da análise de dados, por ocasião, no eixo de ordem formal, na dimensão conhecimento, categoria reconhecimento de manifestações de criatividade enquanto experiência

ii)Resultados da análise de dados obtidos por ocasião, através dos instrumentos de ordem informal, na mesma dimensão de análise conhecimento, na mesma categoria de manifestações de criatividade enquanto experiência.

Na 1ª ocasião de análise de dados registados no instrumento de ordem informal, diário de bordo, presenciou-se que um dos dezassete SAMos não fez qualquer alusão aos atributos aqui mencionados. Dos restantes dezasseis SAMos, registou-se a seguinte frequência para cada atributo: inventar – 2; criar – 7; imaginar – 7; fantasiar – 0; expressar – 0.

Na 2ª ocasião de análise de dados registados no instrumento de ordem informal, diário de bordo, presenciou-se que todos os SAMos fizeram alusão aos atributos aqui mencionados, tendo-se registado a seguinte frequência para cada atributo: inventar – 2; criar – 6; imaginar – 8; fantasiar – 0; expressar – 1.

Na 3ª ocasião de análise de dados registados no instrumento de ordem informal, diário de bordo, presenciou-se que todos os SAMos fizeram alusão aos atributos aqui mencionados, tendo-se registado a seguinte frequência para cada atributo: inventar – 1; criar – 5; imaginar – 9; fantasiar – 6; expressar – 8.

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Tabela 22 - Sistematização dos resultados obtidos na análise ocorrida nas três ocasiões de ordem informal na dimensão conhecimento, categoria reconhecimento de manifestações de criatividade enquanto experiência

Com base nesta sistematização e análise de dados aqui apresentada, pode inferir-se que nos instrumentos de análise de ordem informal não se registou uma mudança significativa na orientação do conjunto dos SAMos ao longo do processo. É de salientar, igualmente, que mais uma vez as alusões que os SAMos fazem nos instrumentos de análise de ordem informal, foram muito mais próximas da definição do conceito.

Esta inferência realizada é claramente perceptível no gráfico de registo multi vectorial a seguir apresentado.

Fig 24- Resultados da análise de dados, por ocasião, no eixo de ordem informal, na dimensão conhecimento, categoria reconhecimento de manifestações de criatividade enquanto experiência

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Estabelecendo-se uma relação entre os dados analisados através dos instrumentos de análise de ordem formal e informal, os resultados parecem aludir que houve uma mudança de orientações e ocorrência de aprendizagem dos SAMos, ao longo do processo acerca deste conceito, pela mudança evidenciada narrativa autobiográfica, verificada através da frequência registada.

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