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13 de causarem habituação e dependência Como tal, apenas são dispensados por farmacêuticos ao

abrigo do que está regulamentado no Decreto-Lei n.º 15/93 de 22 de janeiro.

A prescrição destes fármacos é realizada num impresso próprio, denominado “Anexo X”- Modelo n.º1509 da INCM” (Anexo XXXIII), que deve ser preenchido e assinado pelo médico, deve conter o carimbo/código do serviço e estar numerado. Após a receção do impresso, o farmacêutico preenche os restantes campos do documento e debita o medicamento no respetivo Centro de Custo. Posto isto, confere os documentos e os medicamentos aviados, que são transportados em caixas devidamente fechadas e identificadas com o nome do serviço.

3.3.2. Hemoderivados

A dispensa de hemoderivados é feita pelo farmacêutico e destinada a doentes internados nos diferentes serviços clínicos, aos blocos operatórios e ao serviço de urgência, ao abrigo do Despacho Conjunto n.º1051/2000, de 14 de setembro (DR, 2.ª Série, n.º 251, de 30 de outubro de 2000). A prescrição é realizada num impresso próprio “Modelo n.º1804 da INCM” (Anexo XXXIV) e compete ao serviço clínico prescritor enviar em quantidade suficiente os autocolantes identificativos do doente para colocar nas embalagens a dispensar. O número de processo do doente tem de estar, obrigatoriamente, no impresso e nos autocolantes, de forma a assegurar a rastreabilidade dos lotes. O farmacêutico, aquando da dispensa, preenche o quadro C do impresso e regista o número de lote e o CAUL (Anexo XXXV). De seguida, debita informaticamente o hemoderivado dispensado, quantidade e o respetivo lote. Independentemente da prescrição, a dispensa é feita apenas para um período de 24 horas e o duplicado do impresso deverá ser guardado nos SF.

3.3.3. Anti-Infeciosos

A dispensa de anti-infeciosos é feita pelo farmacêutico para um período máximo de 7 dias após a validação da prescrição, de modo a promover o uso racional deste tipo de medicamentos e a prevenir o desenvolvimento de estirpes resistentes aos mesmos. A prescrição médica é feita em impresso próprio (Anexo XXXVI) para os doentes internados em serviços clínicos sem DIDDU ou através do CdM para os doentes internados em serviços clínicos com DIDDU.

3.3.4. Nutrição Artificial

A prescrição da nutrição artificial é válida para um período de 7 dias após a validação da mesma. Esta é realizada num impresso próprio (Anexo XXXVII) para os doentes em regime de ambulatório ou doentes internados em serviços clínicos sem DIDDU ou através do CdM para os doentes internados em serviços clínicos com DIDDU.

3.3.5. Antídotos

A prescrição de antídotos é realizada num impresso próprio (Anexo XXXVIII) ou através do CdM. Geralmente, serve para repor os stocks do serviço de urgência, uma vez que este apresenta um stock fixo e, por isso, tem de estar indicado no impresso a informação relativa ao doente a quem foi administrado. Quando a prescrição é feita eletronicamente, em caso de urgência, a dispensa deve ser feita o mais prontamente possível, uma vez que o tempo de resposta pode ser decisivo para o prognóstico do doente.

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3.3.6. Antisséticos e Desinfetantes

Dada a sua importância na prevenção de infeções, este tipo de produtos tem um impresso próprio, em que os pedidos são feitos de acordo com o que foi estabelecido pelo diretor do serviço clínico, farmacêutico e enfermeiro, ou seja, os stocks estão pré-definidos. Assim, o aviamento destes produtos é feito através do APF por um TDT, tendo em consideração os quantitativos estipulados para cada serviço clínico.

3.3.7. Material de Penso

O material de penso é prescrito em impresso próprio (Anexo XXXIX) e a sua prescrição é válida para 8 dias, após validação pelo farmacêutico, que é responsável pela sua dispensa e débito no processo do doente. A validação desta prescrição é feita com base na articulação dos diferentes materiais de penso com a sua aplicação.

Durante o estágio, tivemos a oportunidade de contactar com os psicotrópicos e estupefacientes, de preencher os campos do impresso que dizem respeito ao farmacêutico, fazer o débito dos medicamentos prescritos nos respetivos centros de custo, fazer a emissão das guias, proceder à preparação da medicação e acondicionamento nas caixas respetivas a cada serviço. Relativamente aos hemoderivados, tivemos a oportunidade de analisar impressos, preencher o quadro C e dispensar os hemoderivados prescritos, com a supervisão de um farmacêutico. Quanto à nutrição artificial, foi-nos dada a possibilidade de analisar alguns impressos de prescrição. No caso dos antídotos, fizemos a análise de impressos, bem como do histórico do consumo de antídotos pelo CHP (Anexo XL), sendo que os mais consumidos são o flumazenil, o carvão ativado e a acetilcisteína. Por fim, tivemos a oportunidade de analisar impressos do material de penso e estabelecer a relação entre o tipo de necessidade e o material prescrito.

3.4.

Distribuição em Regime de Ambulatório

A missão da farmácia de ambulatório centra-se em assegurar a distribuição de medicamentos/PF aos doentes, de forma a preservar as suas caraterísticas, na qualidade, quantidades e PV exigidos. Este setor garante uma melhor adesão à terapêutica, uma vez que monitoriza o período de tratamento e vigia a ocorrência de efeitos adversos, promovendo a educação para a saúde. Há também um controlo das terapêuticas inerentes às patologias cujo custo para o CHP é elevado e que sejam passíveis de causar risco para a saúde pública.

A dispensa de medicamentos neste setor abrange os doentes cujos tratamentos (Anexo XLI) se encontrem listados no FNM, em diplomas legais que constam em Diário da República ou sob deliberação específica, autorizada pelo Conselho de Administração (CA) do CHP e pela CFT. Os medicamentos abrangidos pelos diplomas legais e FNM apresentam total comparticipação por parte do Estado. Para além disso, são medicamentos de uso reservado pelo seu alto custo/risco e, por isso, não se encontram acessíveis nas farmácias comunitárias [13]. Quanto aos medicamentos sem diplomas legais mas com deliberações específicas, autorizados pela Administração do CHP e pela CFT, os custos destes são suportados pelo CHP.

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