• Nenhum resultado encontrado

cavidades restauradas após a confecção de uma base de cimento ionomérico

procedimento 2 consistiu na inserção também incremental, com a primeira porção

2- cavidades restauradas após a confecção de uma base de cimento ionomérico

(Vitrebond). Dos dez dentes mantidos como controle, cinco foram restaurados com o Chemfil e cinco com o Fuji II. Para todas as restaurações, utilizou-se a resina composta Superlux Solar, com a inserção de dois incrementos, iniciando pela margem oclusal. Após restaurados, os espécimes foram estocados em água por um período de duas semanas e posteriormente termociclados nas temperaturas de 5ºC e 55ºC, com permanência de 30 segundos em cada uma, totalizando 500 ciclos. Antes de serem inseridos na solução de vermelho de proceína, na qual permaneceriam por trinta minutos, os dentes foram protegidos com duas camadas de esmalte de unha, exceto a área restaurada. Após seccionados, os espécimes foram avaliados quanto à microinfiltração, através da atribuição de escores aos diferentes índices de penetração do corante. Nenhuma infiltração foi observada nos espécimes do grupo controle. Das vinte e quatro restaurações do primeiro grupo, apenas quatro apresentaram microinfiltração devido a falhas no cimento, em regiões onde a espessura de material era fina e este acabou sendo removido da superfície dentinária, pela contração de polimerização da resina. Resultados semelhantes aos do grupo 1 foram observados no grupo 2, e ao serem examinadas as áreas infiltradas, verificou-se penetração do corante somente em regiões bem próximas às margens das restaurações.

O propósito do trabalho de pesquisa desenvolvido in vivo por MJÖR;

JOKSTAD 160, em 1993, foi comparar a ‘performance’ clínica das restaurações de

amálgama com as de um cimento de ionômero de vidro Cermet e uma resina composta, em cavidades posteriores de classe II. Um total de 274 cavidades com todas as margens em esmalte foram preparadas para o tratamento de cáries primárias, sob isolamento absoluto do campo operatório, e restauradas com o Dispersalloy, o Ketac-Silver ou a resina composta P-50. Antes da inserção do material restaurador, os dentes preparados eram moldados com Optosil/Xantopren, registrando detalhadamente o preparo confeccionado. As restaurações foram então avaliadas de 6 em 6 meses até que se completassem 5 anos de avaliação. O exame clínico para o diagnóstico das restaurações associado à nova moldagem classifcava-as como aceitáveis ou insatisfatórias (apresentando algum tipo de falha, de acordo com os critérios de CVAR & RYGE - USPHS, 1971). Os resultados de diferenças correspondentes ao tamanho das cavidades foram submetidos à análise de variância, ficando definido que as cavidades eram significantemente maiores para o amálgama e menores para o cimento de ionômero de vidro. O maior índice de substituições aconteceu devido a fraturas no corpo das restaurações, como conseqüência principalmente do desenvolvimento de cáries secundárias. Várias restaurações de cimento de ionômero de vidro e resina composta apresentaram discrepâncias marginais, sendo então classificadas como inaceitáveis. Os autores associaram as fraturas mais comumente com as restaurações de ionômero de vidro (Cermet) e, as cáries secundárias, com a resina composta.

Em 1993, com o objetivo de testar um Dilatômetro, desenhado e confeccionado especificamente para determinar a contração de polimerização das resinas, e frente a este inconveniente, LAI; JOHNSON 138 estudaram o comportamento de três resinas compostas fotopolimerizáveis (P-50, Herculite XRV e Prisma APH). O aparelho acusou um resultado de 1,82%, 2,15% e 2,19%, respectivamente para as resinas P-50, Herculite e Prisma APH. Diferenças

estatisticamente significantes foram observadas para a resina P-50 com relação às resinas Herculite e Prisma APH. Foi descrito ainda nesta pesquisa que a contração de polimerização de um material está relacionada com o peso molecular do seu monômero e que o alto peso molecular deste, juntamente com a alta carga de partículas, geram menor contração de polimerização. Assim sendo, a contração das diferentes resinas existentes estará na dependência da formulação de cada uma delas. Desse modo, os autores concluíram que a maior porcentagem de contração de polimerização tanto da resina Herculite como da Prisma APH em relação à P-50 é provavelmente conseqüência da menor carga existente na composição desses dois materiais. Oportunamente, os autores apresentaram dados obtidos por outros pesquisadores, utilizando o mesmo dilatômetro para o estudo da contração de polimerização de outras marcas comerciais de resinas compostas, como demonstrado no quadro abaixo:

Material Contração vol. % Expansão Térmica º C Origem dos Trabalhos Adaptic Finesse Replica Silar Prismafil Visiofil Heliosit Adaptic Isopast P-30 Silar Occlusin Concise Aurafil 2,59 (0,06) 2,98 (0,03) 3,63 (0,14) 3,23 (0,15) 2,38 1, 67 1,67 2,2 (0,2) 2,4 (0,1) 1,21 (0,13) 1,28 (0,12) 1,32 (0,05) 1,97 (0,16) 2,04 (0,05) 25 & 37 25 + 0,1 23 + 1 Bandyopadhay (1982) Goldman (1983) Hay; Shortall (1968) Rees; Jacobsen (1989)

Fonte: LAI; JOHNSON 138

FIGURA 2.69- Valores de contração de polimerização de resinas compostas

restauradoras determinadas pelo dilatômetro

Atualmente, os adesivos dentinários são provavelmente os materiais odontológicos que recebem maior atenção por parte dos pesquisadores e clínicos.

Por este motivo, CHAIN; LEINFELDER 47, em 1993, descreveram o atual estágio destes materiais e seus mecanismos de ação, abordando em complementação alguns procedimentos clínicos relacionados com a proteção do complexo dentinopulpar a partir do emprego destes sistemas adesivos. Do ponto de vista dos autores, a principal vantagem de um sistema adesivo dentinário refere-se à sua força de união na ordem de 65% a 75% daquela correspondente à união da resina composta ao esmalte condicionado, adicionada à formação da camada híbrida. Esta camada híbrida, formada por polímero e colágeno, é efetiva em paralisar os fluidos dentinários e isolar os processos odontoblásticos nela mergulhados, impedindo a comunicação destas células com o meio externo, evitando conseqüentemente a sensibilidade pós-operatória, a infiltração de microorganismos no interior dos túbulos de dentina seccionados durante o preparo cavitário e sua entrada na câmara pulpar. Os autores constataram, que o hidróxido de cálcio utilizado como protetor pulpar sob as restaurações de amálgama não pode ser considerado um material permanente por ser altamente solúvel, o que pode ser clinicamente detectado em apenas dois anos. Com relação ao verniz cavitário, verificaram não haver consenso na literatura quanto a sua eficácia em reduzir a sensibilidade e a microinfiltração em restaurações de amálgama. Fotografias realizadas em microscópio eletrônico de varredura revelaram ser o verniz cavitário um material poroso, incapaz de selar todos os túbulos dentinários expostos pelo preparo cavitário e, além disto, a viscosidade deste produto impede a sua penetração no interior destes túbulos. Dessa maneira, os autores recomendam a substituição dos vernizes cavitários por adesivos dentinários, considerando-os mais eficazes quanto ao selamento, para eles, a única função dos vernizes talvez seja impedir a passagem de íons metálicos do amálgama para a dentina adjacente.

Em 1993 HALLET; GARCIA-GODOY 112, através de estudos in vitro, compararam a microinfiltração decorrente do emprego de cimentos de ionômeros de vidro convencionais (Fuji II - Ketac-Fil) e modificados por resina (Fuji II LC -

Photac-Fil). Um total de quarenta e cinco dentes molares extraídos foram utilizados. Cavidades de classe V padronizadas foram preparadas nas faces vestibular e lingual, de tal maneira que a margem cervical se localizasse em dentina ou cemento. Três grupos experimentais de quinze elementos cada foram determinados. Para os grupos I e II, as cavidades vestibulares foram restauradas com os cimentos ionoméricos modificados (Fuji II LC-GC e Photac Fil - Espe respectivamente) e, nas cavidades linguais, foram inseridos os cimentos ionoméricos convencionais (Fuji II- GC e Ketac Fil - Espe). Os espécimes referentes ao grupo III foram restaurados somente com os ionômeros modificados por resina, destinando-se aos testes para avaliação da formação de gaps e do mecanismo de adesão. Vinte e quatro horas após restaurados os espécimes receberam acabamento e polimento, submetendo-os em seguida aos procedimentos de termociclagem, nas temperaturas de 6ºC e 60ºC, com permanência de 30 segundos em cada banho, durante mil ciclos. Os espécimes dos grupos I e II, preparados para a avaliação da microinfiltração, foram cobertos com esmalte de unha, exceto 1 mm ao redor das margens da restauração, e imersos em solução de fucsina básica a 2%, por um período de 24 horas. Os dentes eram então seccionados e o grau de penetração do corante observado por dois examinadores, através de um estereomicroscópio com aumento de dezesseis vezes, e avaliados pelo método de escores. Os autores observaram que nenhum dos materiais foi capaz de prevenir totalmente a microinfiltração, tanto nas margens oclusais em esmalte quanto nas margens cervicais em cemento, apresentando estas últimas um maior índice de infiltração marginal. Os cimentos de ionômero de vidro modificados por resina exibiram resultados variáveis quando comparados aos convencionais. O Photac-Fil apresentou um comportamento superior em se tratando de selamento marginal que o seu correspondente convencional, o Ketac- Fil. O índice de infiltração ocorrida nas margens de esmalte foi maior para o Fuji II LC, comparado ao Fuji II convencional, porém, nas margens de cemento, ambos os materiais apresentaram um desempenho semelhante.

Em artigo publicado em 1993, DUKE 73 comentou os princípios de adesão e sua associação com materiais restauradores adesivos. O autor explicou, que as falhas de uma restauração estão freqüentemente vinculadas à interface dente/material restaurador, acarretando recorrência de cárie, descoloração e substituição após poucos anos de vida clínica. Na Dentística Restauradora, a adesão é apontada como responsável pela diminuição do espaço na interface entre os materiais restauradores e a estrutura dentária, estando uma ótima adesão correlacionada com a redução da microinfiltração junto a estas interfaces. A hetereogeneidade da estrutura dentária, a contaminação superficial e a presença de água prejudicam a adesão. As atuais formulações de resinas compostas são suscetíveis à contração de polimerização, provocando uma adaptação cavitária desfavorável, rompendo a adesão de uma restauração. Diferenças significantes no coeficiente de expansão térmica entre os materiais e a estrutura dentária também interferem consideravelmente na interface adesiva.

Materiais Índice de Infiltração Coeficiente de Expansão Térmica ( 10 -6 /°C) Sevitron (SS White) Silux (3M ) Fynal (L.D. Caulk) Occlusin (G.C.) Cluster (SS White) Ketac-Fil (ESPE) 6,00 5,63 4,85 4,20 2,05 1,55 80 57 35 24 22 14 Fonte: DUKE 73

FIGURA 2.70- Comparação da microinfiltração X

coeficiente de expansão térmica de alguns materiais adesivos, citados por Duke 73

Os cimentos ionoméricos com um coeficiente de expansão térmico aproximado ao da estrutura dentária exibem o menor índice de infiltração; isto esclarece o fato da importância dessa expansão ser freqüentemente citada nos princípios da Dentística Restauradora.

O trabalho de PRATI et al. 193, desenvolvido em 1994, apresentou como propósito estudar as variações da microinfiltração em cavidades extensas de classe II MOD. Três diferentes combinações de sistemas adesivos dentinários e resinas compostas para uso posterior foram testadas (Vitrebond/Scotchbond/ P- 50; Tripton/Occlusin; Clearfil Photo Bond/Clearfil Photo Posterior). Os preparos foram confeccionados em terceiros molares récem-extraídos, apresentando o término cervical ao nível da junção amelocementária totalmente em dentina. Seguindo a inserção e polimerização do material, as restaurações receberam um suave acabamento com discos Sof-Lex, sendo então inseridas em solução de nitrato de prata 50%, aguardando-se 2 horas de imersão. Após 15, 45 e 150 minutos; 1, 2, 7 e 14 dias; 1, 2 e 3 meses, media-se a microinfiltração, pela redução aparente da permeabilidade dentinária. Decorrido um período de três meses, todas as restaurações foram termocicladas, nas temperaturas de 4º e 55ºC, e novamente armazenadas em solução de nitrato de prata, por um período adicional de sete meses. Dando seqüência aos procedimentos, os espécimes eram seccionados em três regiões (gengival - ângulo áxio-pulpar - oclusal) e o índice de microinfiltração avaliado pela profundidade de penetração da solução corante. Os resultados obtidos constataram a ocorrência de um alto índice de infiltração para todas as restaurações recentes, comparadas àquelas analisadas após 1 e 2 dias e, após 4 - 8 semanas, todas as amostras exibiram aumento da permeabilidade, sugerindo que a expansão higroscópica não foi suficiente para superar a degradação hidrolítica das restaurações e conseqüentemente promover um selamento marginal ideal. Os maiores e menores resultados de microinfiltração ocorreram para os sistemas restauradores Clearfil e Tripton/Oclusin respectivamente, embora não tenham sido estatisticamente significantes, quando comparados aos demais. Os autores observaram, ainda, que a termociclagem ou o estresse oclusal não interferiram nos resultados da microinfiltração.

Também em 1994 FUTATSUKI; NAKATA 99 desenvolveram um estudo in

vitro, avaliando a microinfiltração marginal em restaurações classe II de resina

humanos extraídos, livres de cáries, as quais foram restauradas com diferentes materiais, constituindo quatro grupos experimentais:

1- Occlusin / Bonding Agent;