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Cenário 2 Avaliação do sistema atual de escoamento

6.1 Cenários

6.1.2 Cenário 2 Avaliação do sistema atual de escoamento

Um segundo cenário foi criado com a nalidade de comparar se a tecnologia de gasodutos (Rota 1, Rota 2 e futura Rota 3) que atualmente é usada para escoar o gás do Pré-Sal da Bacia de Santos foi a melhor escolha.

Para isto foi considerada uma produção média acumulada na qual só foram descontadas as parcelas de queima, reinjeção e autoconsumo. Estes novos valores são apresentados na Tabela 6.16. A diferença entre este cenário e o anterior é que no Cenário

1 além das parcelas mencionadas anteriormente, foram descontadas as porções de GN transportadas pelas Rotas existentes 1 e 2 e pela futura Rota 3.

Tabela 6.16: Produção média acumulada por bacia Cenário 2

P1 P2 P3 P4 P5 P6

2015-2019 2020-2024 2025-2029 2030-2034 2035-2039 2040-2044

Bacia de Campos MMm3 856 904 950 919 872 852

Bacia de SantosMMm3 48.283 99.983 152.189 113.696 57.420 33.171

As novas capacidades consideradas para as UPGNs que irão receber o gás transportado por gasodutos e por navios como GNC são apresentadas na Tabela 6.17.

Tabela 6.17: UPGN Cap Livre MMm3 Cacimbas 12.870 Sul Capixaba 1.782 Reduc 7.476 Cabiúnas 35.181 RPBC Cubatão 2.031 Caraguatatuba 26.174 COMPERJ 46.620

Como resultado é obtido que para a Bacia de Campos é viável transportar o gás usando a tecnologia de GNC. Este gás é movimentado até a UPGN de Cabiúnas em todos os períodos exceto no terceiro onde o gás é levado a COMPERJ. Na Tabela 6.18 são apresentados os resultados para esta Bacia.

Tabela 6.18: Resultados Bacia de Campos Cenário 2 Períodos Navio GNC GN Transp. Número Gás reinjetadoTipo A MMm3 viagens MMm3

P1 1 856 107 2 P2 1 904 113 0 P3 1 944 118 6 P4 1 912 114 4 P5 1 864 108 3 P6 1 840 105 5

Como é mostrado na tabela anterior, só precisa-se comprar um navio tipo A no primeiro período. Em comparação com o cenário anterior onde sempre foi transportado o gás até Cabiúnas, neste cenário, no terceiro período todo o gás está sendo levado até COMPERJ, isto devido a que neste período também está sendo movimentado gás desde a Bacia de Santos até a UPGN Cabiúnas. Esta fração proveniente da Bacia de Santos

é igual à máxima capacidade de processamento de Cabiúnas não permitindo que seja processado mais gás nesse período.

A capacidade de armazenamento necessária nesta UPGN para garantir um uxo contínuo de GN de aproximadamente 0, 53MMm3

/dia é de 2, 6 MMm3.

Atualmente não se tem informação de um sistema de escoamento de gás que seja de uso exclusivo dos poços da área da Bacia de Campos do Pré-Sal.

Para a Bacia de Santos como é mostrado na Figura 6.17, 85,77 % do gás é transportado via gasodutos, seguido pela tecnologia de GNC com 9,87 % e o restante é reinjetado no poço. GNC 9,87% Gasoduto 85,77% Reinjetado 4,36%

Figura 6.17: Bacia Santos Cenário 2

A parcela de gás reinjetada se deve a que todas as UPGN estão operando em sua máxima capacidade, ou seja que a quantidade de gás que está sendo entregue em cada UPGN é igual a sua capacidade de processamento.

Como pode ser observado na Tabela 6.19, a frota ótima para esta Bacia neste cenário é composta de 3 navios tipo A, 2 navios tipo B e 6 gasoduto, os quais conseguem escoar todo o gás produzido durante os 30 anos de estudo.

Tabela 6.19: Resultados Bacia de Santos Cenário 2

Períodos Navios Req. GNC GN Navios Numero Dutos GN Dutos Gas reinjetadoTipo A Tipo B MMm3 viagens MMm3 MMm3

P1 0 1 5.858 202 2 43.285 0 P2 1 2 14.222 691 4 86.556 109 P3 3 2 18.022 944 6 112.963 22.154 P4 1 1 2.539 89 6 112.073 0 P5 0 0 0 0 4 58.287 0 P6 0 0 0 0 2 24.359 0

Como pode ser observado na tabela anterior, são requeridos 1 navio tipo B e 2 gasodutos no primeiro período. No segundo período é requerido 1 navio tipo A, mais 1 navio tipo B e mais 2 gasodutos. Já no terceiro período, no qual a produção é maior, é requerido mais um navio tipo A e mais dos gasodutos atingindo a um número nal de 3 navios tipo A, 2 tipo B e 6 gasodutos. No quarto período precisa-se de 1 navio tipo A e 1

tipo B, os navios restantes (2 tipo A e 1 tipo B) podem ser usados para transportar gás de outras regiões, podem ser alugados ou vendidos.

A Figura 6.18 exibe as UPGNs às quais é levado o GN, o tipo de navio A/B e os de gasodutos requeridos por cada período.

Comparando estas rotas com as existentes (Figura 3.4), pode-se observar que a Rota 1 (Caraguatatuba) e a Rota 2 (Cabiúnas) existentes são escolhidas no modelo, assim como a futura Rota 3 (COMPERJ). Além disso, também é possível observar que é requerido um duto a mais nas Rotas 2 e 3 e na rota que vai até a UPGN Cacimbas. Nas Rotas 2 e 3 também é escolhida a tecnologia de GNC para apoiar o escoamento do gás nos períodos de maior produção.

UPGN Cacimbas UPGN Cabiúnas UPGN RPBC Cubatão UPGN Reduc UPGN Sul Capixaba UPGN Caraguatatuba UPGN COMPERJ A P3 – P4 P3 B P1 – P3 A P3 – P4 B P2 – P6 A P2 – P3 Bacia Santos P1 – P6 P3 – P5 P1 – P6 P2 – P5

Figura 6.18: Resultados Bacia Santos Cenário 2

Segundo estes resultados, o atual sistema de escoamento de gás do Pré-Sal composto pelas Rotas 1, 2 e a futura 3 faz parte da frota ótima de transporte que apresenta os menores custos de movimentação do gás.

A Tabela 6.20 apresenta a quantidade de gás movimentada em cada período, para cada UPGN. Os valores com * são as quantidades movimentadas mediante navios.

Para a UPGN Cacimbas são movimentados 25.740 MMm3 via 1 gasoduto

com um custo total de 1, 471 BUSD$. Para a UPGN Sul de Capixaba serão levados 1.776 MMm3 usando 1 navio tipo A com um custo total de 150 MMUSD$. Para Re-

duc serão transportados 20.764 MMm3 usando um navio tipo B com um custo nal de

1, 886 BUSD$. Via gasodutos vão ser transportados 120.575 MMm3 até Cabiúnas com um

custo de 6, 995 BUSD$. Para a UPGN RPBC Cubatão serão movimentados 2.040 MMm3

Tabela 6.20: Bacia Santos UPGN usadas Cenário 2

UPGN P1 P2 P3 MMmP4 3 P5 P6 Total Custo TransporteMMUSD$

Cacimbas 12.870 12.870 25.740 1.471 Sul Capixaba *1.776 1.776 150 Reduc *5.858 *7.453 *7.453 20.764 1.886 Cabiúnas 21.638 21.645 35.181 34.269 7.842 120.575 6.995 RPBC Cubatão *2.024 *16 2.040 152 Caraguatatuba 21.645 21.621 21.621 21.645 21.645 16.516 124.693 5.811 *4.553 *4.553 *2.123 *4.657 15.886 881 COMPERJ 43.290 43.290 43.288 36.642 166.510 6.755 *2.216 *2.216 4.432 354

Caraguatatuba, são levados 124.693 MMm3 por gasoduto com um custo de transporte de

5, 811 BUSD$e 15.886 MMm3 por navios com um custo de transporte de 881 MMUSD$.

Para COMPERJ são movimentados 4.432 MMm3 usando 1 navio tipo A, com um custo de

transporte de 354 MMUSD$; também são transportados até esta unidade 166.510 MMm3

via 2 gasodutos com um custo de transporte de 6, 755 BUSD$.

A capacidade de armazenamento necessária para cada UPGN é apresentada na Tabela 6.21. Os dados de uxo apresentados nesta tabela só fazem referência ao gás entregue pelos navios sem considerar o gás que está sendo movimentado via gasodutos.

Tabela 6.21: Cap. de armazenamento e uxo para a rede Bacia Santos Cenário 2 Cap. armazenamento Fluxo para a rede Período

UPGN MMm3 MMm3 /dia Sul Capixaba 5 1,1 P2 Reduc 17 4,2 P1 - P3 RPBC Cubatão 4 1,2 P3 - P4 Caraguatatuba 10 3,2 P2 - P6 COMPERJ 7 1,6 P2 - P3

Como pode ser observado, para garantir um uxo contínuo de GN de aproxi- madamente 1, 1MMm3

/dia desde a UPGN Sul Capixaba é necessário contar com uma capa-

cidade de armazenamento de 5 MMm3. Para a UPGN de Reduc é necessária uma capaci-

dade de armazenamento de 17 MMm3 para assegurando um uxo de 4, 2MMm3

/dia. Para a

UPGN Caraguatatuba se precisa de uma capacidade de armazenamento de 10 MMm3 para

garantir um uxo de 3, 2MMm3

/dia, este valor de uxo não considera o gás transportado

até esta unidade via gasoduto.

A capacidade de armazenamento para a UPGN COMPERJ é de 7 MMm3, com

este valor se garante um uxo contínuo de gás de 1, 6MMm3

/dia; este valor de uxo não

considera o GN que é movimentado por dutos até essa unidade nos períodos 2, 3, 4, 5. O mesmo acontece com a UPGN Cacimbas que só recebe gás via gasodutos, por isso ela não aparece na tabela.

Com a conguração de navios e gasodutos obtida da modelagem, tem-se um custo total de 28, 969 BUSD$. A Figura 6.19 apresenta os custos totais em porcentagem segundo a tecnologias escolhidas.

GNC 13,82% Gasoduto 72,60% Reinjetado 13,58%

Figura 6.19: Custos totais Cenário 2

Como pode ser observado o custo por reinjetar o gás e o custo por transportá- lo via navio são quase iguais, sendo que o gás transportado por navios é mais do duplo do reinjetado. Os valores dos custos de investimento Capex, de operação Opex e de processamento para cada tecnologia são apresentados na Tabela 6.22.

Tabela 6.22: Custos totais Cenário 2 BUSD$

Capex Opex Processamento Reinjeção

GNC 1,340 1,411 1,251 3,937

Gasodutos 3,937 8,362 8,731

Considerando o preço médio de venda do GN da Petrobras para as distribui- doras em 2015 de 0, 24USD$/m3, obtêm-se um VPL de 17, 256 BUSD$. Conclui-se com isto

que a combinação das tecnologias escolhidas traz consigo benefícios econômicos, sendo viável fazer o investimento. Tentar diminuir os custos de reinjeção através da ampliação das capacidades das UPGNs poderia trazer melhoras econômicas

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