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No método pilates o termo CORE refere-se a estabilização da coluna vertebral através do centro de força que é composto pelos músculos abdominais, transverso de abdome, multífido e músculos do assoalho pélvico que são responsáveis pela estabilização dinâmica e estática do corpo humano. A estabilidade do CORE é de extrema importância, pois proporciona equilíbrio adequado para coluna vertebral e para pelve. (MARÉS et al., 2012).

Os músculos abdominais são formados pelo reto do abdome, transverso do abdome, oblíquo interno e oblíquo externo. Quando essa musculatura se contrai auxilia na estabilização da coluna vertebral durante o levantamento de peso.

(GRAAFF, 2003).

O reto do abdome é um músculo mais amplo em sua parte posterior, onde os retos se separam, e mais encolhido na direção inferior, região em que os retos se aproximam. Tem como função realizar a torção durante a flexão da coluna vertebral, aproximando tórax e pelve na sua porção anterior. (DUTTON, 2010).

O transverso do abdome é o mais profundo dos músculos abdominais, suas fibras são horizontalizadas através do abdome. Na contração deste músculo segundo a teoria indica que a força de contração aumenta a estabilidade da coluna lombar em várias posturas e movimentos. (GRAAFF, 2003; DUTTON, 2010).

O oblíquo interno é mais profundo em relação ao oblíquo externo. Este músculo fica ativo durante várias funções, como marcha, posturas de pé e sentando ereto. Tem como função a flexão da coluna vertebral e ajuda na respiração. Junto com os oblíquos externos, realiza a rotação da coluna vertebral.

(GRAAFF, 2003; DUTTON, 2010).

O oblíquo externo é o mais forte e superficial da parede lateral dos músculos abdominais. Agem na flexão da coluna vertebral e inclinam a pelve na direção posterior. Junto com os oblíquos internos, realiza a inclinação lateral da coluna vertebral, aproximando tórax e a crista ilíaca lateralmente. (GRAAFF, 2003;

DUTTON, 2010).

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Os músculos da região lombar são constituídos pelo quadrado lombar, multífido e eretor da espinha. Os músculos da coluna vertebral proporcionam estabilidade e movimento resistindo aos efeitos da gravidade. (GRAAFF, 2003)

O quadrado lombar é um músculo grande e retangular, suas fibras se dirigem medialmente. Este músculo fica ativo durante a inspiração, dando suporte a ação do diafragma. Auxilia na inclinação lateral da coluna lombar e no controle excêntrico da inclinação contralateral. (DUTTON, 2010).

O multífido é o maior dos músculos intrínsecos das costas, onde é formado por fascículos que se sobrepõem um ao outro de aparência laminada. Conforme estudos o músculo é extremamente importante na estabilização segmentar lombar, por proporcionar rigidez segmentar e controle dos movimentos. Fica ativo em quase todas as atividades antigravitacionais e auxilia na estabilidade lombar, devido a compressão das vértebras. (DUTTON, 2010).

Os eretores da espinha formam um grupo de músculos superficiais que se prolongam do sacro ao crânio. Possui 3 grupos de músculos que são os iliocostais, longuíssimos e espinais. (GRAAFF, 2003). Este músculo é fundamental na estabilização lombar, realizando forças compressivas ao longo da coluna que proporcionam equilíbrio as curvaturas espinais. (DUTTON, 2010).

O músculos da região do quadril que movimentam a região da coxa e articulação do quadril são formados por músculos anteriores que são o ilíaco e o psoas maior, e músculos posteriores e laterais que formam a região glútea que são glúteo máximo, glúteo médio, glúteo mínimo e o tensor da fáscia lata.

(GRAAFF, 2003).

O ilíaco se insere na parte superior da fossa ilíaca e lábio interno da crista ilíaca e o psoas maior insere-se diretamente a coluna lombar no fêmur junto com o ilíaco. Esses dois músculos formam o iliopsoas, que produz a flexão do tronco sobre o fêmur. Este músculo também realiza a inclinação lateral da coluna para o mesmo lado. (DUTTON, 2010).

O glúteo máximo é o maior extensor e rotador externo do quadril, onde possui uma porção superficial e uma profunda. Auxilia na posição bipedal e na locomoção. Normalmente é ativo durante a flexão ou extensão resistida do quadril.

(DUTTON, 2010; GRAAFF, 2003).

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O glúteo médio é o principal abdutor do quadril e estabilizador primário do quadril e da pelve. Este músculo é dividido em 2 porções, onde a porção anterior é responsável por flexionar, abduzir e rodar internamente o quadril e a porção posterior tem a função de estender e rodar externamente o quadril. O músculo da sustentação a pelve na posição unipodal. (DUTTON, 2010).

O glúteo mínimo é um músculo fino e é o menor e mais profundo dos músculos da região glútea. Fica localizado entre o glúteo médio e a superfície externa do ílio. Este músculo é um importante rotador interno do fêmur. Também realiza a abdução da coxa e auxilia o glúteo médio com o suporte pélvico.

(DUTTON, 2010; GRAAFF, 2003).

O tensor da fáscia lata é um músculo quadrangular, que fica localizado na região superficial da parte lateral do quadril. Ele envolve os músculos da coxa e age contra a tração para trás do glúteo máximo no trato iliotibial. Também auxilia na flexão, abdução e ajuda a rodar internamente o quadril. (GRAAFF, 2003;

DUTTON, 2010).

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com Silveira et al. (2016), o método pilates proporciona estabilização do segmento lombo-pélvico, onde os exercícios tem como objetivo estimular o recrutamento muscular do tronco, melhorar o alinhamento postural e o condicionamento dos músculos do tronco, que estão diretamente interligados a manutenção da estabilidade lombar.

Segundo Castanhetti, Súdre-Marques e Fan (2016), foi realizado um estudo em pacientes com diagnóstico de discopatia degenerativa lombar, com idade entre 25 e 35 anos, onde foram selecionados 3 pacientes, sendo 2 mulheres e 1 homem, tendo como critério de inclusão não apresentar dor lombar aguda e não praticar nenhuma atividade física prévia. Os exercícios foram realizados em solo (The Mat), usando a bola suíça e o colchonete. Antes da aplicação do método os pacientes realizaram uma avaliação inicial, que incluíram teste de valsava, para avaliar dor, teste Laségue, que avalia se há irradiação de dor para membros inferiores, questionário mórdico de sintomas osteomusculares, para verificar presença de distúrbios osteomusculares, escala visual analógica da dor (EVA) e teste de força abdominal. Os exercícios foram aplicados duas vezes por semana, com um total de 15 sessões, com 40 minutos cada sessão, onde os pacientes foram atendidos individualmente. Os resultados obtidos com o estudo mostraram-se eficazes, pois os 3 pacientes apremostraram-sentaram diminuição do quadro álgico na região lombar e ganho de força muscular abdominal, que consequentemente proporcionou alívio da dor irradiada para membros inferiores.

Em outro estudo feito por Lopes et al. (2012), com o objetivo de investigar a eficácia do método pilates em pacientes com hérnia de disco, foram selecionados participantes com faixa etária entre 30 e 50 anos de idade. Foi realizada avaliação inicial quatro dias antes do início da terapia, que incluiu avalição física e anamnese, avaliação de flexibilidade, avaliação postural e avaliação antropométrica. Os exercícios foram realizados utilizando aparelhos e bola suíça. O método foi aplicado durante 6 semanas, em 12 sessões. A reavaliação foi realizada dois dias após o término das sessões. O resultado obtido com estudo foi eficaz, pois as participantes apresentaram diminuição do quadro álgico, melhora da flexibilidade e melhora da postura.

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De acordo com Lara (2011), em um estudo quase-experimental, que ocorre quando a amostra não é aleatória, composta por um único participante do sexo masculino, que teve como critério de inclusão o diagnóstico de hérnia de disco lombar e não apresentar quadro álgico agudo. A aplicação do método pilates foi realizada com frequência de duas vezes por semana, com uma hora por sessão, que totalizou 24 atendimentos em 12 semanas. Antes do início das sessões foi feita avaliação inicial através da coleta de dados, exame físico e testes especiais que incluíram sinal de Laségue, teste de elevação da perna reta, teste de Schober, que avalia a mobilidade lombar, teste de retração da cadeia posterior, teste de flexibilidade no banco de Wells, que avalia flexibilidade da parte posterior de tronco e membros inferiores e avaliação da dor feita pela EVA. Após avaliação foi aplicado o protocolo de exercícios do método pilates, com uso de aparelhos (cadillac, reformer, chair com bola) e no solo. Com o término das sessões foi feita reavaliação com os mesmos critérios da primeira avaliação. O resultado obtido com a aplicação do método foi eficaz, pois o paciente apresentou diminuição do nível de dor inicial que se manteve por toda terapia, ganho de mobilidade lombar, onde consequentemente teve impacto favorável na qualidade de vida do paciente, que adquiriu novos hábitos, contribuindo para manutenção da postura corporal adequada.

O método pilates é importante no tratamento da dor lombar, pois os exercícios promovem o fortalecimento do músculo transverso de abdome, que tem a função de estabilizar a coluna vertebral, que nos casos em que o indivíduo tem lombalgia, esse músculo apresenta fraqueza abdominal, consequentemente afetando a funcionalidade e qualidade de vida do indivíduo. A flexibilidade também influencia na melhora do quadro álgico, pois com seu aumento favorece uma maior amplitude de movimento (ADM), diminuindo a dor lombar. (VIEIRA; FLECK, 2013).

Foi realizado um outro estudo, onde a amostra foi composta por 7 participantes, sendo 4 homens e 3 mulheres com faixa etária entre 24 e 29 anos de idade que apresentavam lombalgia crônica. Os critérios de inclusão compreendiam ter diagnóstico de lombalgia por mais de 12 meses, não praticar exercícios físicos, apresentar dor superior ou igual a 5 na EVA nas atividades de vida diária (AVD’s), e estar afastado do trabalho em virtude da doença. Os participantes foram avaliados no início e reavaliados posteriormente ao término do

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estudo através do questionário SF-36, para avaliar qualidade vida, índice de incapacitação de Oswestry para dor lombar e EVA. A aplicação do método pilates foi realizada em 10 sessões, frequência de duas vezes por semana, com duração de 40 minutos cada sessão. O tratamento foi feito através exercícios em solo e utilizando a bola. Antes do início efetivo do tratamento os pacientes tiveram três sessões para conscientização do centro de força. O resultado obtido no estudo foi eficaz, pois os pacientes apresentaram diminuição da dor, aumento da flexibilidade e melhora da qualidade de vida, que favoreceu diretamente para o ganho de funcionalidade (STORCH et al., 2015).

Em um outro estudo realizado por Mori, Fleck e Machado (2013), foram selecionadas 2 mulheres, sedentárias, com idade de 47 e 56 anos, com diagnóstico de lombalgia por mais de três meses. Nos critérios de inclusão as participantes deveriam apresentar lombalgia crônica com indicação de tratamento, não ter doenças neuromusculares ou hipertensão arterial descompensada, e não realizar atividades físicas ou tratamento fisioterapêutico. As participantes realizaram avaliação inicial, onde foi feita a avaliação da dor através da EVA, foi aplicado questionário SF-12, para qualidade de vida, e questionário de Pittsburgh, para avaliar a qualidade do sono. Os exercícios do método pilates foram aplicados em solo, com frequência de duas vezes por semana, durante 55 minutos por sessão, totalizando 10 sessões em 5 semanas. Os resultados obtidos foram satisfatórios, pois as participantes apresentaram melhora da dor, da qualidade de vida e da qualidade do sono.

O método pilates sugere a melhor interação muscular entre agonista e antagonista, que favorece a musculatura estabilizadora de tronco. Em um estudo realizado com o objetivo de avaliar a efetividade do método pilates na lombalgia crônica, foram selecionados 7 voluntários do sexo feminino, com faixa etária entre 18 e 50 anos de idade, peso de 58 a 62kg e altura entre 1,55 e 1,76m, sendo que 62,5% apresentaram índice de massa corporal (IMC), dentro dos valores normais.

Todas participantes apresentaram diagnóstico clínico de lombalgia crônica, com sintomas de dor lombar por mais de três meses, provocada por retrações/encurtamentos musculares, fraqueza da musculatura flexora e extensora de tronco, com presença de hipomobilidade ou hipermobilidade da região lombar. Foi feita avaliação dos participantes que responderam o

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questionário funcional Oswestry e avaliado o nível de dor pela EVA. Os exercícios do método pilates foram aplicados com frequência de duas vezes por semana, em 25 sessões, durante 3 meses. Os resultados obtidos com o estudo foram eficazes, pois proporcionaram para os participantes a estabilização da coluna lombar, com significativa melhora da dor lombar e qualidade de vida. Apesar de haver contravérsias quanto ao tempo ideal de aplicação do método para que haja equilíbrio entre a musculatura agonista e antagonista da coluna lombar, os 3 meses propostos no estudo foram suficientes para controlar a lombalgia nessas pacientes. (CONCEIÇÃO; MERGENER, 2012).

De acordo com Silva e Gardenghi (2016), os principais músculos responsáveis pela estabilização da coluna vertebral são o transverso de abdome (TA) e o multífido lombar (ML). O TA promove a manutenção da pressão intra-abdominal, pois gera uma tensão na vértebra lombar através da fáscia tóraco-lombar. Já o ML é responsável pela rigidez e controle dos movimentos da zona neutra. Em indivíduos com lombalgia a função desses músculos é afetada, podendo causar atrofia e diminuição da velocidade de disparo do músculo.

Segundo estudo feito por Siqueira et al. (2014), a estabilização segmentar vertebral (EVS) é um outro método que promove fortalecimento através da conscientização da contração muscular através treinamento resistido dos músculos TA e ML e da estimulação proprioceptiva. Nesse contexto foi realizado estudo de caso no período de fevereiro a maio de 2012, incluindo pacientes de ambos sexos, com faixa etária entre 25 e 50 anos de idade, IMC entre 18,5kg/m² e 30kg/m², tendo histórico de dor lombar por mais de 6 meses, com diagnóstico clínico de hérnia de disco lombar em L4/L5 e L5/S1. Foram excluídos do estudo aqueles pacientes que realizaram alguma cirurgia ou com sequela de fratura na coluna lombar, com distúrbios neuromusculares, com doenças reumáticas e gestantes. Foram selecionados 6 pacientes, sendo 4 homens e 2 mulheres, com idade entre 29 e 50 anos. Foi realizada avaliação inicial com coleta de dados através de um formulário. A avaliação da dor foi feita usando a escala modificada de BORG. Também foi avaliado o recrutamento voluntário dos músculos estabilizadores lombares (TA e ML), através da Unidade Pressórica de Biofeedback (UPB), que é um aparelho que avalia o nível de contração exercida pela musculatura. O tratamento de estabilização segmentar é composto por três

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etapas, sendo cognitiva, associativa e automática, onde o indivíduo só passa para a próxima etapa se conseguir realizar a fase anterior sem apresentar fadiga. O treinamento foi realizado em 15 sessões, com frequência de três vezes por semana, onde os pacientes foram reavaliados ao final do protocolo de tratamento.

Os resultados obtidos na pesquisa foram satisfatórios, pois o treinamento promoveu a contração efetiva dos estabilizadores de tronco e o trofismo do músculo multífido. Apesar de não cessar o quadro álgico, a técnica também auxiliou na diminuição do nível de dor da região lombar.

A flexibilidade também é um fator de extrema importância para o corpo humano, pois permite uma maior mobilidade, facilitando a realização das AVD’s e consequentemente a melhora da qualidade de vida. A mobilidade da coluna cervical e lombar é maior em relação a coluna torácica, que promove estabilização e rotação do tronco. Com o envelhecimento o indivíduo vai tendo a perda progressiva da ADM e o aumento da rigidez na coluna, que pode pré-dispor a patologias que afetam a coluna vertebral, causando dor e limitação funcional. O método pilates traz diversos benefícios para os idosos, pois promove aumento da densidade óssea, melhora da flexibilidade e postura, aumenta a capacidade respiratória e cardiovascular. Foi realizada pesquisa quase-experimental, onde foi selecionado dentre 7 pacientes avaliados, apenas 1 idoso, do sexo masculino, com 67 anos de idade, tabagista, com relato de dor lombar sem patologias associadas. Foi realizada avaliação da coluna lombar através do teste de Schober, que avalia a mobilidade lombar, o teste de Stibor, que avalia a mobilidade tóraco-lombar, o protocolo índice de Katz, que avalia independência funcional do paciente, quanto a realização das AVD’s e o questionário WHOQOL-Bref, que avalia a qualidade de vida. O método pilates foi aplicado entre os meses de maio e junho de 2015. O tratamento foi composto por 10 sessões, com frequência de três vezes por semana, durante 30 minutos cada sessão, com exercícios realizados em solo. Foi feita reavaliação após o final da aplicação do protocolo de tratamento. Os resultados obtidos mostraram que o paciente teve ganho de flexibilidade da coluna lombossacra que passou de uma ADM de 1,0cm para 5,5cm, também apresentou aumento da mobilidade tóraco-lombar que foi de 5,0cm para 8,0cm, porém na qualidade de vida não obteve mudanças significativas. O resultado do estudo sugere que o método pilates foi eficaz para

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melhorar a flexibilidade da coluna vertebral, porém são necessárias mais pesquisas com uma amostra maior de participantes. (BERTOLDI; WINTER;

FIALHO, 2016).

De acordo com estudos descritos acima, correspondentes a lombalgia e a hérnia de disco, a maioria foi eficaz no tratamento, proporcionando analgesia, aumento da flexibilidade, ganho de força muscular, aumento da ADM, melhora da postura, ganho de funcionalidade, melhorando diretamente a qualidade de vida dos indivíduos que participaram dos estudos. Apesar de poucos estudos feitos sobre o tema, pode-se dizer que o método pilates é eficaz no tratamento da lombalgia associada a hérnia de disco.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A lombalgia é uma das afecções que mais afetam a população em geral, onde causa dor na região lombar e pode estar relacionada a diversos fatores que incluem doenças inflamatórias, degenerativas, fraqueza muscular, predisposição reumática, sinais de degeneração da coluna, dos discos intervertebrais, entre outros. A dor lombar é muito comum nos pacientes que tem hérnia de disco, que ocorre quando há a ruptura do anel fibroso, provocando o deslocamento do conteúdo localizado no centro do disco intervertebral, onde é definida de acordo com sua extensão, podendo causar a degeneração, protusão, extrusão ou sequestro. A hérnia de disco pode ser atribuída a alterações posturais, musculares, atividades ocupacionais do paciente, obesidade, tabagismo, carregamento de peso, além do envelhecimento natural.

O método pilates tem demonstrado sua eficácia nos tratamentos posturais de diversas patologias, pois trabalha o ser humano como um todo, visando a integração de alguns princípios, que são a concentração, centro de força, fluidez, precisão, respiração e controle dos movimentos, trabalhando corpo e mente como um só, que aplicado nos pacientes com lombalgia associada a hérnia de disco vai trazer diversos benefícios. Os exercícios do método abrangem contrações isotônicas e, especialmente, isométricas, com ênfase no centro de força, onde trabalha o CORE que é composto pelos músculos abdominais, lombares e pélvicos, responsáveis pela estabilização estática e dinâmica da coluna vertebral.

Os indivíduos que participaram dos estudos descritos no trabalho obtiveram resultados satisfatórios, onde a aplicação do método pilates proporcionou analgesia, aumento da flexibilidade, ganho de força muscular, aumento da ADM, melhora da postura, ganho de funcionalidade, melhorando diretamente a qualidade de vida dos participantes. Contudo, conforme os resultados obtidos, o método pilates mostrou-se eficaz, onde os objetivos propostos nesta pesquisa foram alcançados. Sugere-se que sejam realizadas novas pesquisas sobre o tema com uma população maior, afim de abranger o método pilates, comprovando seus diversos benefícios e eficácia, principalmente nos pacientes com lombalgia associada a hérnia de disco.

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REFERÊNCIAS

BERTOLDI, Josiane Teresinha; WINTER, Raquel Aparecida; FIALHO, Sabrina Pscheidt. Efeitos do Método Pilates na mobilidade da coluna vertebral e na qualidade de vida de idosos: estudo de caso. Cinergis, Santa Cruz do Sul, v. 17, n.

1, p. 22-26, jan./mar. 2016.

CARVALHO, L. B. et al. Hérnia de disco lombar: tratamento. Acta Fisiatr, Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação, v. 20, n. 2, p. 75-82, 2013.

CASTANHETTI, Natália M.; SUDRÉ-MARQUES, Liliana; FAN, Lee Gi. EFEITOS DO MAT PILATES EM PACIENTES COM DOR LOMBAR DEVIDO A DISCOPATIA DEGENERATIVA: RELATOS DE CASOS. Revista Inova Saúde, Criciúma, v. 5, n. 1, p. 141-157, 2016.

CONCEIÇÃO, Josilene Souza; Cristian Robert Mergener. Eficácia do método Pilates no solo em pacientes com lombalgia crônica. Relato de casos. Rev Dor, São Paulo, v. 13, n. 4, p. 385-388, out./dez. 2012.

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HEBERT, S. K. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 1651 p, 2017.

JUNIOR, Milton Helfenstein; GOLDENFUM, Marco Aurélio; SIENA, César. Lombalgia ocupacional. Rev Assoc Med Bras, Escola Paulista de Medicina, São Paulo, SP, v.

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LARA, FERNANDA HEEMANN. EFEITOS DA PRÁTICA DE PILATES NA HÉRNIA

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