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certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.

No documento 1. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 6 (páginas 42-47)

MODALIDADES DE DESAPROPRIAÇÃO

V. certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.

Proclamas: É o edital fixado na parede do cartório e publicado na imprensa local (se houver), com prazo de 15 dias para oposições. Em caso de urgência (exemplos: grave enfermidade, viagem inadiável etc.), poderá ser dispensada a publicação pelo juiz (art. 1.527 do CC).

Certidão de habilitação: Cumpridas as formalidades e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação (art. 1.531 do CC). A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado (art. 1.532 do CC).

Casamento por procuração: admitido, desde que por instrumento público, com poderes especiais (art. 1.542 do CC). A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias. (art. 1.542, § 3.º, do CC).

Casamento nuncupativo: também denominada ​in extremis vitae momentis​. Envolve o iminente risco de vida. Exige a presença de 6 testemunhas que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau(art. 1.540 do CC). Necessidade de habilitação a posteriori, no prazo de 10 dias, com o comparecimento perante o judiciário de todas as testemunhas para afirmarem que ouviram os nubentes declararem sua intenção e que um deles corria risco de morte. O juiz verificará se poderiam os nubentes se habilitar (art. 1.541 do CC).

APOSTILA 

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Casamento religioso com efeitos civis: equipara-se ao civil. O legislador, no art. 1.515 do CC, explicita os modos pelos quais se alcançam os efeitos civis:

● Habilitação Prévia: Os nubentes apresentam-se previamente ao oficial do registro civil e

habilitam-se para o ato posterior. Dentro de 90 dias da expedição da habilitação, devem retornar e registrar o casamento religioso realizado.

● Habilitação Posterior: Nesse caso, primeiro é realizada a cerimônia religiosa com posterior

competente habilitação, e, por fim, a inscrição do casamento no registro público. O registro funciona como uma espécie de convalidação.

Provas do casamento: para casamentos celebrados no Brasil, prova-se pela Certidão de Registro expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais (art. 1.543 do CC). Para casamentos celebrados no exterior, também pela certidão de registro, que deve ser providenciada em 180 dias a contar da volta de um ou ambos os cônjuges ao Brasil (art. 1.544 do CC).

Esponsais: também denominado “noivado”, é promessa de casamento entre duas pessoas desimpedidas para o matrimônio.

Capacidade para o casamento: adquirida aos 16 anos (idade núbil). Mas entre 16 e 18 anos necessitarão de autorização de ambos os pais ou seus representantes legais (se houver divergência entre os pais, deverão recorrer ao Judiciário para que decida – art. 1.517 do CC).

Não há exceção: A Lei 13.811/2019, alterou a redação do art. 1.520 do CC, proibindo, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observando o disposto no art. 1.517 mencionado anteriormente.

Impedimentos matrimoniais: é a ausência de requisitos para o casamento. Impede a validade do casamento, implicando na sua nulidade. Não podem casar (art. 1.521 do CC):

a) os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil: Abrange filhos biológicos e adotivos.

b) os afins em linha reta: Parentesco por afinidade é aquele que se estabelece com os parentes do cônjuge. Neste caso – linha reta – são os sogros e sogras, genros e noras,

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c) o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante: Por óbvio, o adotante não se casará com a sua nora; e o adotado não se casará com a mulher de seu pai.

d) os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive: Irmãos bilaterais: mesmo pai E mesma mãe.

Irmão unilaterais: mesmo pai OU mesma mãe (também conhecido como “meio irmão”). Colaterais em terceiro grau: tios e sobrinhos não podem se casar entre si.

Exceção: ​Dec.-lei 3.200/1941, norma especial, admite casamento entre tios e

sobrinhos,desde que dois médicos atestem não haver inconveniente para a prole. Exige-se autorização judicial.

Primos são colaterais em quarto grau: podem se casar.

e) o adotado com o filho do adotante: Pois é seu irmão aos olhos da sociedade. f) as pessoas casadas: Proibição à bigamia.

g) o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte: É o chamado impedimento de crime.

Invalidade do casamento: o termo “invalidade” abrange a nulidade e a anulabilidade do matrimônio, assim como ocorre com o capítulo da invalidade do negócio jurídico.

a) Nulidade do Casamento – Arts. 1.548 e 1.549 do CC: Se contraído por infringência de impedimento. Pelo atual sistema, esta passou a ser a única hipótese de nulidade do matrimônio (art. 1.548 do CC/2002, com redação dada pela Lei 13.146/2015). A ação cabível será a Ação Declaratória de Nulidade de Casamento. Podem ser promovidas a qualquer tempo e por qualquer interessado ou, até mesmo, pelo Ministério Público. b) Anulabilidade do casamento – Art. 1.550 do CC:

I - de quem não completou a idade mínima para casar;

II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558 do CC;

IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;

V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;

VI - por incompetência da autoridade celebrante.

Para estes casos, é cabível Ação Anulatória de Casamento: A infração se revela mais branda, não atentando contra a ordem pública, mas ferindo apenas o interesse de pessoas que a lei visa proteger. Somente pode ser arguida pelos interessados, havendo prazo decadencial para tanto - art. 1.560 do CC.

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A pessoa com deficiência intelectual ou mental em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador (art. 1.550, §2º, do CC).

Vícios da vontade no casamento: Causa de anulabilidade:

ERRO ESSENCIAL (Art. 1.557 do CC)

I – o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;

II – a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;

III – a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;

COAÇÃO (Art. 1.558 do CC)

Ocorrerá coação quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares.

Doença mental grave não é mais hipótese de erro essencial, conforme redação dada pela Lei 13.146/2015.

Casamento putativo: é o casamento que, embora nulo ou anulável, foi contraído, por um só ou por ambos os cônjuges,de boa-fé. Basta apurar a boa-fé dos cônjuges ou de um deles para o juiz declarar o casamento como sendo putativo (art.1.561 do CC). A lei atribui ao casamento nulo ou anulável, os efeitos do casamento válido, até a data da sentença que o invalidou.

Causas suspensivas do casamento: é um fato que suspende o processo de celebração do casamento a ser realizado, a fim de evitar confusões patrimoniais ou de filiação. São eles (art. 1.523 do CC):

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a) o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros. Ou seja, se o casal teve filhos, somente após a partilha;

b) a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal. Por uma questão de paternidade. Para que não haja confusão da paternidade;

c) o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; e

d) o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.

Se o casamento for celebrado, será plenamente válido. Haverá apenas a imposição de uma sanção: o casal não poderá escolher livremente o regime de bens. O regime será obrigatoriamente o da separação de bens (art. 1.641, I, do CC). Mas o juiz poderá deixar de aplicar a sanção, desde que provada a inexistência ou impossibilidade de confusão patrimonial ou de filiação.

Dos deveres da ambos os cônjuges: consoante o art. 1.566 do CC, são deveres de ambos os cônjuges:

a) fidelidade recíproca;

b) vida em comum, no domicílio conjugal; c) mútua assistência;

d) sustento, guarda e educação dos filhos; e) respeito e consideração mútuos.

Dissolução judicial do casamento: segundo o disposto no art. 1.571 do CC, a sociedade conjugal termina: pela morte de um dos cônjuges, pela nulidade ou anulação do casamento, pela separação judicial ou pelo divórcio.

REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES

É o estatuto que regula os interesses patrimoniais dos cônjuges durante o matrimônio; é o complexo de normas que disciplina as relações econômicas, quer entre marido e mulher, quer perante terceiros, durante o casamento.

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Início do regime de bens: com a celebração do casamento.

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