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Le Christ est la Magnificence et Miséricorde de Dieu En commentant le Magnificat, Arrais nous dit :

Les Dialogues éthiques et théologiques de dom frei Amador Arrais (1530-1600), évêque carme

B. Le Christ nous console en mettant sa miséricorde au service de notre bonheur

1. Le Christ est la Magnificence et Miséricorde de Dieu En commentant le Magnificat, Arrais nous dit :

Não disse Maria : Louva ou exalça minha alma ao Senhor, mas magnifica, e não sem razão. Porque magnífico é aquele que faz grandes gastos e gasta muito do seu principalmente para bem comum30, quaisforam

os que Deusfezpela saúde dos homens, enviando seu Filho ao mundo para os salvar à custa desuavida, sangueehonra ... À humanidade que o Filho de Deus a si uniu chamou [David] magnificência, porque nela se mostrou magnificentíssimo, vertendo seu sangue em preço de nossa redenção, dando- nos os méritos de todos os trabalhos de sua vida31.

L'évêque de Portalegre - ému par l'exemple du Rédempteur — paya la rançon de plusieurs nobles, ses diocésains, prisonniers des

musulmans en Afrique, ainsi que nous l'avons déjà mentionné. L'exemple du Christ l'y aidait ; ce faisant, il progressait dans l'intelligence du mystère de sa propre rédemption et de celle de toute l'humanité :

2 9 Ceux qui voudraient le faire pourraient utiliser l'excellent index analytique, à la fin de l'éd. de 1974 : Taboada das principais coisas destes diálogos, au mot : Christo (pp. 783- 784).

3 0 Cf. saint Thomas d'Aquin, Somme de Théologie, II. II. 134. 3. 3 1 D 10, 42, § 304, 2-3.

Não disse [o Apóstolo S. Paulo] veio o Filho de Deus sujeito às cerimónias da lei de Moisés, nem disse veio sujeito a uma parte da lei, ou a certos preceitos e obras da lei, mas a toda a lei, sem tirar nada, porque nele executou a lei de Deus todo seu poder e rigor e todas as penas que houvera de executar nos pecadores.

[Cristo] submeteu-se à lei dos ladrões para os tirar da forca ; à lei dos blasfemos, homicidas e adúlteros para os livrar da morte ; enfim obrigou- se por todos, e pagou por todos para remir e libertar a todos ; sendo inocentíssimo fez-se hóstia e sacrifício por todos os pecados que se fizeram desde Adão e se farão até o fim do mundo32.

Amador Arrais manifeste ici une conscience aiguë de la libération spirituelle que le Christ, en se soumettant à la Loi divine au nom des hommes, leur a obtenue, et, par suite, de notre immense dette de gratitude à son égard. D'où une extraordinaire consolation :

Que alívio para desmaios da consciência, que conforto para os fracos e recaídos em suas culpas verem a Cristo vestido de si, envolto em seus pecados, efeito por eles sacrifício (2 Co 5,21)1 Levantem-se com apregação

desta verdade as consciências caídas ... consolem-se as tristes e encham os pecadores seus peitos de boas esperanças. Porque se esta imagem, com o que defora mostra, faz horror e espanto, considerada no interior, é bastante para confortar e recrear todos os que nela reconhecem o mesmo Deus coberto e carregado dos pecados dos homens33.

Devant la Croix de Jésus, la personne humaine du pécheur prend une conscience consolante du payement déjà accompli de sa

3 2 D 9, 18, § 255, 3-4.

3 3 D 9, 18, § 256, 1 : l'auteur rapporte à cette occasion un cas semblable, chez les

Romains, àcelui (Lv 16) en Israël du «bouc émissaire» et qui évoque, du côté des hommes, mais non du côté du Père, le sacrifice du Christ : «Usavam os Antigos, vendo-se vexados de

peste ou fome, sacrificar um homem a Neptuno lançando-o no mar e pedindo a seus deuses que todos os males do povo carregassem sobre ele ; o qual bárbaro costume guardaram os Romanos na morte

dos Décios. Estes devotos e dedicados à morte se chamavam catliarmata ; conforme a isso se pode

dizer que quis o Senhor fazer-se catliarma dos homens por lhes dar remédio » (D 9, 18, 255, 4).

Les deux premiers cliapitres du livre de Jonas évoquent des convictions analogues chez les matelots païens qui conduisaient Jonas vers Tarsis ; Jonas demande lui-même qu'on le jette à la mer (1, 12-15). Aujourd'hui encore (cf. J. Soustelle, art. «Sacrifice (humain) chez les Mésoaméricains», Dictionnaire des Religions, dir. P. Poupard, Paris 1984), on rapporte des faits analogues au Pérou : une communauté indienne sacrifie un homme dont elle est convaincue qu'il provoque la colère des dieux ; mais Jonas se sacrifiait volontairement (comme certains Indiens mésoaméricains) et préfigurait sous ce rapport la mort sacrificielle de Jésus, «katliarina» des hommes. Mais il était coupable, non innocent!

dette envers Lui. Sans doute, à une époque comme la nôtre, en laquelle beaucoup méconnaissent la colère du Dieu offensé contre le péché (Rm 1,18-32), ce motif de gratitude envers Jésus crucifié est-il plus rarement ressenti ; mais il suit logiquement toute prise de conscience de l'injuste offense à un Créateur infiniment bon que constitue tout péché.

Notre devoir de gratitude à l'égard du Seigneur crucifié est d'autant plus grand qu'il n'est pas seulement lié aux biens immenses qu'il nous a acquis, mais encore — pour ne pas dire surtout - aux maux indicibles soufferts pour nous les acquérir :

... não só nos comunicou todos seus bens, mas tomou sobre si todos nossos males. Mais é para admirar em Deus padecer males que conferir bens, porque isso é muito conveniente à sua infinita bondade e aquilo mui estranho e peregrino de sua eterna bem-aventurança ... Pois se todos devemos a vida a Jesus nosso fiador e principal pagador, bem se segue que devemos viver não para nós mas para ele ... De sorte que a razão desta divida demanda que o homem não seja já do seu juro eforo mas do deJesus Cristo, e à maneira de holocausto (que todo se consume no fogo em glória de Deus) se ofereça e se entregue todo por amor ao serviço daquele Senhor que, movido de amor por ele, se ofereceu todo à morte.... Em melhor lugar nos pôs Deus do que nós o pomos. Pôs-nos sobre suas espáduas quando por nós foi açoitado ; sobre seus ombros quando por nós levou a Cruz às

costas e nela foi crucificado ; sobre sua cabeça quando foi de espinhos atravessada ; sobre sua vida quando por nós a ofereceu à morte ; e nós, bichinhos desprezíveis, ousamos pôr debaixo dos pés o Deus que nos pôs sobre sua cabeça, sendo-lhe por justiça divina devido o sumo lugar de nosso coração, e amamos menos que os nadas aquele Senhor que nos amou sobre todas as coisas34?

Voilà bien - pour reprendre le mot d'Henri Brémond - un parfait exemple de théologie affective, c'est-à-dire d'une réflexion rationnelle sur le donné révélé, mise au service de la croissance dans l'amour. En payant notre dette d'amour, le Christ s'est en quelque manière engagé en notre nom («fiador») et a assumé la responsabilité de notre service de son Père ; notre divin «pagador*5» n'a pas

cependant payé notre dette au point de nous dispenser du devoir de nous unir à Lui en ce payement, car II a voulu être totalement et seulement notre «principal trésorier-payeur général» ; rien n'est

3 4 D 9, 18, § 256, 2-4.

3 5 On notera la magnificence de ces substantifs terminés en or, comme «jîador»,

donc plus raisonnable, de notre part, que de l'aimer par-dessus tout, jusqu'au plus complet sacrifice de nous-mêmes.

Toutefois, souligne Amador Arrais, ce n'est pas seulement l'humanité en général que le Christ a de manière si divine tellement aimée, c'est encore à chacun de nous qu'il a remis tous ses mérites et pour chacun de nous, personnellement, qu'il a souffert et est mort :

Tudo o que fez [Cristo] como homem de primeira intenção é nosso e feito para nós ... Podemos alegar em juízo todos os méritos da sua paixão36 ... Considerai com viva fé a Cristo crucificado, morto e sepultado

por vós particularmente e perdereis o medo do demónio, dos pecados e da morte, confiando na bondade e misericórdia infinita de nosso Deus ... O Apóstolo ... não disse em geral : «morreu o Filho de Deus pelos homens» senão «por mim pecador» ...Os benefícios que Deus fez a vós ou a mim tão inteiros e perfeitos são como se a nenhuma outra pessoa se comunicaram ... Epor isso a parábola do Bom Pastor não diz que veio buscar muitas ovelhas senão uma37.

Toute cette pensée si riche est reprise et ramassée en une très belle image, tout à fait classique d'ailleurs dans la littérature patristique3 8 :

O Sol não nos comunica menos da sua luz e calor nascendo para bem de todos do que nos comunicara se para cada um em particular nascera ; assim a Paixão do Senhor, inda que em geral aproveita a todos, tanto aproveita a cada um como se o Senhor para o salvar particularmente padecera39.

3 6 Dans ce contexte, il convient de souligner l'estime d'Amador Arrais pour les Indulgences (D 8, 21) et sa foi au Purgatoire (D 8, 22), sans aucun signe de polémique avec les Protestants, qui semblent rarement cités dans et par les Dialogues.

3 7 D 9, 4, § 239, 3-4, expliquant Ga 2, 19-20. En notre temps, Pie XII a prolongé

d'une autre manière plus profonde encore cette pensée : «Notre divin Rédempteur a été attaché à la croix plus par son amour que par la violence des bourreaux ; son immolation volontaire est le don suprême qu'il fait à chacun des hommes, selon le mot saisissant de l'Apôtre : Il m'a aimé et s'est livré lui-même pour moi» (Encycl. Haurietis

Aquas sur le Cœur de Jésus, AAS 48 [1956] 333) : don suprême, plus encore que la

création.

3 8 Cf. A. Olivar, «L'image du soleil non souillé dans la littérature patristique»,

Didaskalia 5 (1975) 3-20.

2. Arrais interprete de manière originale le cri de

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