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François Xavier, nouveau Moïse, meurt aux portes de la Chine interdite

François Xavier

C. François Xavier, nouveau Moïse, meurt aux portes de la Chine interdite

Lucena se surpasse en nous décrivant la mort de François Xavier, nouveau Moïse, nouveau David:

... não o tomou a morte de sobressalto43, antes a viu vir de longe e

chegar ao porto. De modo que a podemos bem comparar, quanto a isto, com a de Moisés, à entrada e vista da Terra de Promissão, que Deus ordenou conquistasse Josué e não o mesmo profeta. Ao qual o Senhor não somente mandou morrer dalém do Jordão, mas avisou, muito dantes, que o não passaria, como o ele próprio disse aos filhos de Israel.

... Nem sempre, quando Deus muito estima nossos desejos e boas tenções, é servido das obras, como o mostrou claramente mandando por Natan a David os agradecimentos da vontade que o rei tinha de Lhe edificar o Templo, e dilatando por outra parte a fábrica para quando reinasse Salomão, seu filho44.

Lucena nous montre ensuite ce nouveau Moïse - dont l'itinéraire missionnaire n'avait pas connu ni admis la faute d'incrédulité du premier - annonçant à l'avance sa mort prochaine et désirant, beaucoup plus encore que l'entrée en Chine, la pénétration dans le Royaume éternel, objet — en contraste avec son originel pays - basque de ses plus intenses et de ses plus nostalgiques «saudades»:

Se ouviu dizer, muitas vezes, que o padre-mestre Francisco assinara o dia e hora de sua morte ... Estando pois o fiel servo em vigia contínua e esperanças da hora em que o Senhor lhe havia de vir bater à porta, com a festa e prazer que trazem os que vêm das bodas, foram o primeiro recado e mensageiro que lhe Ele mandou diante, umas extraordinárias saudades do Céu e tão acesos desejos de se ver com Deus que não somente lhe causaram fastio geral de tudo o da terra, mas até aquele grande zelo, em que lhe sempre ardia o coração, de manifestar em todo o mundo o santíssimo nome de Jesus, assim, parece, se apagou ou escondeu com estas novas diamas, como na esperança do Sol os lumes mais pequenos41.

le Clirist : n'oublions pas la belle «manière de prier et de sauver son âme» (Goa, 1548, FX

Con., p. 239), ni sa lettre du 8 avril 1552 au roi Jean III de Portugal (ibid., p. 422, § 8).

4 3 On remarquera (cf. le début du texte cité note 41) le contraste entre la surprise de lamort pour ceux qui ne s'y préparent pas et la non-surprise pour Xavier : «sobressalto» est le mot employé dans les deux cas.

44 JLFX, II, X, 27, p. 369 ; Lucena avait d'abord mentionné David, puis Moïse ;

nous nous sommes permis de rétablir l'ordre historique.

Comment ne pas être sensible à la délicate splendeur de l'expression? Les nostalgiques désirs du ciel sont perçus, chez Xavier, comme les messages - et les messagers - annonçant l'immi- nente venue joyeuse du Sauveur dans et par la mort; et ces désirs, ces «saudades», sont si brûlants qu'ils relativisent tout ce qui est terrestre, même la passion d'annoncer le Nom de Jésus. La soif de la vision de ce Soleil de justice éteint en quelque manière les flammes du zèle terrestre. Bien qu'il ne nous le dise pas, du moins ici, Lucena pensait sans doute aussi que Xavier continuerait - du haut du ciel — plus que jamais d'intercéder pour l'évangélisation de l'Orient et d'annoncer - de manière plus sublime - le Nom qui est au-dessus de tout nom.

C'est dans ce contexte qu'il faut lire ce qu'ajoute Lucena:

... desejando antes a vida para trazer muitas almas à fé e obediênda da divina lei, já lhe não lembrava (e ele mesmo o escreveu assim de San- choão46) nem podia lembrar mais que a morte, que, desatando-o e

livrando-o desta mortalidade, o levasse a reinar e estar com Cristo47.

Notons ici, au passage, la profonde signification de l'inter- prétation donnée de la mort, libération par rapport à la mortalité. Son caractère tragique est ainsi absorbé - en sa brièveté — dans et par la splendeur de l'immortalité bienheureuse à laquelle elle

4 6 Les dernières lettres de Xavier, envoyées de Sancian, sont moins affirmatives que Lucena sur ce désir de la mort : la seule déclaration en ce sens est celle de la toute dernière lettre, du 13 novembre 1552 : «Si Dieu le veut, je ne mourrai pas, quoique le temps est déjà passé où je désirais vivre plus longtemps que maintenant» (FX Corr., p. 498, § 8) ; peut-être le Saint voulait-il faire, ici, allusion àson désir de survivre pour aller en Chine ; en tout cas cet ultime désir de mourir prolongeait chez lui des aspirations liabituelles et anciennes : le 10 novembre 1544, il avait écrit à Mansillias : «Je suis si fatigué de vivre que je considère qu'il serait mieux pour moi de mourir en répandant notre Loi et notre foi que de continuer à voir toutes les offenses que je vois faire sans pouvoir y porter remède»

(FX Corr., p. 142) ; et le 22 juin 1549, Xavier écrivait de Malacca : «Ceux qui vont vivre

au milieu de continuels dangers de mort et seulement pour servir Dieu ... en viendront au bout de peu de temps à haïr la vie et à désirer la mort afin de vivre et de régner pour toujours avec Dieu dans les cieux, car cette vie-ci n'en est pas une, mais plutôt une mort continuelle et un exil de la gloire pour laquelle nous sommes créés» (FX Corr., p. 314 § 14). Le § 17 (p. 315) de la même lettre nous indique unepréparationjaponaiseàlamort.

47 JLFX, II, X, 27, p. 370. La dernière plirase semble utiliser la lettre du 22 juin 1549

conduit. Lucena rejoint ici des thèmes développés peu auparavant par saint Ignace de Loyola4 8 et par sainte Thérèse d'Avila4 9.

Lucena poursuit sa description des derniers jours du Saint en nous le montrant mourant comme un pauvre:

Juntamente com esta mercê lhe fez o Senhor outra das que ele, enquanto viveu, teve por maiores. Efoi chegá-lo ao extremo da pobreza, pondo-o, como em cerco, em toda a falta e desamparo das coisas humanas; porque a ilha era deserta, e os mandarins, que àquele tempo não permitiam

o nosso comércio, sentindo-nos nela, defenderam com graves penas que ninguém lhe levasse da terra mantimentos...

Não tinha consigo pessoa nenhuma de nossa Companhia com quem se consolasse ... Quando, a uma segunda-feira, 20 de Novembro, vindo de dizer missa por um defunto, o tomou a febre, recolheu-se à nau em que estavam outros pobres doentes, desejoso de os acompanhar, e passar entre eles a própria pobreza e enfermidade, já que os não podia curar e socorrer nas suas. Mas, indo o mal muito por diante, e sentindo-se o padre dos grandes balanços da nau, por lhe impedirem, com a fraqueza da cabeça, a

atenção às coisas divinas, pediu o levassem a terra, onde o meteram ... numa choupana que um Português lhe ofereceu por compaixão50.

Le récit nous émeut, non seulement par la description de la misère physique et de la solitude du Saint, mais surtout par l'indication de la raison du transfert du mourant, désireux de quitter le navire pour mieux prier sur terre.

Achevons d'écouter le récit de Lucena sur la mort du Saint:

A esta conformidade com a pobreza e desamparo do bom Jesus na morte, ajuntou o verdadeiro discípulo a imitação do sofrimento do mesmo Senhor; porque, nunca, nos doze dias que a enfermidade durou, lhe ouviram palavra, nem enxergaram o menor sentimento; nunca pediu ou mostrou inclinação a mais do que lhe faziam, estando sempre com a mesma paz, brandura e serenidade que todos lhe achavam na saúde.

Os primeiros oito dias, até os 28 de Novembro, gastou em suaves colóquios com Deus nosso Senhor, tendo os olhos no Céu, como os costumava trazer, e o rosto cheio de alegria e repetindo muitas vezes aquelas

4 8 Saint Ignace de Loyola, lettre du 16 août 1554 à la veuve de J. Boquet, intégralement citée par H. Rahner, Ignace de Loyola et les femmes de son temps, t. I, Paris 1964, pp. 376-378. De nombreuses autres lettres d'Ignace vont dans le même sens.

4 9 Sainte Thérèse de Jésus, Exclamaciones del aima a Dios (prières d'action de grâces après la communion).

palavras: Iesu, Fili David, miserere mei, e à Virgem nossa Senhora: Monstra te esse matrem...

Acompanhavam-no António de Santa Fé e outro mancebo Índio; neste pôs o padre-mestre Francisco os olhosfitos, no derradeiro dia, dizendo três vezes com mostras de grande lástima: «Ai triste de ti! Ai triste de ti51!», como se pretendera pagar-lhe o serviço e companhia, ajudando-o e

acautelando-o, naquela hora tão notável e com um tão notável aviso que, sem dúvida, lhe pudera render sua salvação, se o ele então tomara, ou o não desprezara depois; porque dal a seis meses, esquecendo-se da doutrina do padre-mestre Francisco, se entregou aos vícios sensuais e pôs num estado

escandaloso epúblico em que o mataram subitamente de uma arcabuzada, tanto em pena de seu pecado, como em prova que não deixou primeiro ao santo o espírito de profecia que o da vida.

No dia da sexta-feira disse aquelas palavras, e na antemanhã do sábado seguinte, 2 de Dezembro de 1552, dez anos, sete meses e quatro dias depois de entrar na índia, e aos cinquenta e cinco anos de sua idade, com a imagem de Cristo crucificado nas mãos e nos olhos e com o mesmo Senhor no coração e na boca, chamando por Jesus e Maria, até com as palavras meio mortas ejá mais suspirando que falando, saiu do corpo aquela

alma santa, tão fácil e suavemente quão livre e desapegada andou sempre dele52.

Lucena nous a décrit une mort prophétisée5 3 de prophète attristé par la mort spirituelle et corporelle d'un collaborateur et bienfaiteur indien, attristé par les menaces qu'il avait mission de proférer par amour; mais surtout le biographe portugais nous met en présence de la mort patiente, sans plainte, de la mort orante d'un assoiffé d'éternité.

Sousa approfondit le mystère de cette mort, à première vue prématurée, par une analyse, qui paraît extrêmement vraisemblable, de sa cause prochaine:

Passaram os dezanove de Novembro, que era o dia detemiinado em que o Santo esperava pelo mercador china que o havia de conduzir a Cantão, como consta da carta ao Padre Francisco Perez dada aos doze, na

5 1 Sousa (FSFX, I, conq. I, d. 1, § 90, p. 556) rapporte le propos d'une manière légèrement différente, sans doute plus vraisemblable : «o miserável».

5 2 JLFX, II, X, 27, pp. 371-372.

5 3 II semble bien, d'après la savante note de Schurliammer (éd. de langue anglaise, IV, p. 641, note 8), que Xavier ait annoncé à l'avance sa mort ; mais ce dut être après le 13 novembre, date à laquelle il écrivait : «Si Dieu le veut, je ne mourrai pas... » (lettre citée au début de notre note 46).

qual diz: Daqui a oito dias, aguardo pelo mercador que me há-de levar a Cantão54. E vendo-se frustrado da esperança que entre tantas fadigas o

alentava, ou de introduzira Fé na China, ou de dar a vida por ela, adoeceu aos vinte do mesmo mês. Ese me é licito conjecturara causa da doença, cuido que o mesmo Santo pediu a Deus que o livrasse das misérias desta vida, e o levasse às felicidades da eterna, dizendo-lhe com S. Paulo: Cupio dissolvi et esse cum Christo55.

Fundo este meu pensamento na circunstância do dia e da hora em que adoeceu. O dia, como dizíamos, foi o primeiro em que com grande sentimento de sua alma viufrustradas tantas viagens, tantasfadigas, tantos empenhos e tão repetidas e bem fundadas esperanças de levar o nome de Jesus a tão remontado e vasto Império; e esta gravíssima pena, porque os

Santos não são insensíveis, o faria voltar com maior eficácia todas as potências da alma ao descanso do Paraíso, onde Deus lhe tinha depositado a coroa devida a seus grandes merecimentos.

A hora foi depois de celebrar em um Domingo, porque logo em acabando de dizer Missa, o assaltou a febre; e o tempo da Missa era o mais acomodado para pedir e alcançar de Deus o bom despacho que desejava. E é muito verosímil que no mesmo tempo lhe revelasse Deus o dia da sua morte, porque o soube de certo e o disse ao piloto Francisco de Aguiar56,

o qual depois o afinnou com juramento57.

Texte remarquable, qui mérite un commentaire approfondi. En premier lieu, les dernières lettres écrites par le Saint, les 12 et 13 novembre 1552, insistent toutes sur le désir d'aller en Chine; il attribue au démon les obstacles mis à son entrée dans ce pays5 8; le désir de mourir est moins accentué dans ces lettres et semble passer au second plan par rapport à celui de pénétrer dans la terre non promise mais souhaitée.

En deuxième lieu, le désir du martyre («dar a vida por ela», à savoir la Chine) est explicite et associé à un sacrifice de la vie terrestre en faveur de cette Chine aimée; tandis que l'aspiration au ciel et aux joies de la vie éternelle ne semble pas liée au projet missionnaire mais par celui d'intercéder en Paradis pour l'évangélisation de l'Asie; cependant, rien non plus n'exclut cette pensée.

5 4 FXCorr., p. 491, § 1.

5 5 «J'ai le désir de m'en retourner pour être avec le Christ, car c'est de beaucoup le meilleur» (Ph 1, 23).

5 6 Cf. note 53.

En troisième lieu, Sousa note avec précision l'étonnante coïncidence entre la non-comparution d'abord, le refus ensuite, du marchand chinois-attendu depuis quinze59jours—, le 19 novembre, et le début de l'ultime maladie du Saint; il s'en rend compte bien avant Brou6 0; et ce qui nous paraît être une intuition profonde lui fait même lier cette maladie mortelle, non seulement avec la déception causée par l'absence du marchand, mais encore avec la célébration de la Messe, moment propice pour demander et obtenir une prompte et éternelle glorification, conditionnée par la maladie et par la mort. Pour Sousa, la dernière Messe du Saint aurait cette efficacité inséparablement mortelle et immortalisante, elle serait le théâtre de la révélation du jour et de l'heure de sa mort vivifiante, autant dire du jour et de l'heure terrestre de son entrée dans la gloire divine accordée tout de suite à son âme immortelle. En somme, Francisco de Sousa nous présente une compréhension théologique de la cause prochaine et des modalités de la mort du grand apôtre de l'Orient, entre les bras d'un Indien dont Xavier annonce l'infidélité future et d'un Chinois fidèle, qui semble être là, à ce moment, comme un gage de l'amour à venir qu'une Chine chrétienne et baptisée pourrait lui porter6 1. La Chine interdite paraît promise.

Au service de la splendeur d'une mort si semblable à celle de Jésus, s'abandonnant au Père au moment où II est abandonné des hommes, Lucena et Sousa ont mis toute la beauté de leurs sensibilités et de leurs imaginations aussi littéraires que raffinées.

58 FX Corr., p. 498, § 7.

5' FX Corr., p. 491, § 1 : la lettre du 12 novembre fait état d'une attente depuis huit

jours ; le 20 novembre, le Saint attendait donc avec un ardent désir depuis plus de deux semaines.

6 0 Cf. A. Brou, Saint François Xavier, t. II, Paris 19122, p. 363 : «On dirait qu'alors les espérances qui donnaient au pauvre corps usé une vigueur factice faisant défaut, tout d'un coup l'organisme retomba sur lui-même à jamais impuissant.»

6 1 Cf. Brou, ièi(/.,p.361 :«Cejeune homme (le Chinois Antoine) ... méritait d'être le suprême compagnon du Saint. Seul, dans l'abandon général, il lui resta fidèle, d'une fidélité discrète et humble, dévouée et bonne, celle qu'on trouve chez les meilleurs de sa race, quand le christianisme les a touchés. François l'avait choisi pour catéchiste et interprète, c'est-à-dire, pratiquement, pour compagnon de prison et de martyre.»

D. Appréciations conclusives, aux niveaux littéraire,

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