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5.4.1 Análise microscópica descritiva do infiltrado inflamatório dos fenômenos reparatórios e reações correlatas no período de 15 dias.

As observações referentes a esse grupo experimental encontram-se registradas no quadro 10 (Anexo 11).

Neste material, a intensidade da inflamação mostrou-se moderada (média=2,0) na maioria dos espécimes (90%), sendo intensa em apenas um.

Os macrófagos foram as células que predominaram juntamente com polimorfonucleares eosinófilos. Poucos e eventuais neutrófilos e mononucleares (linfócitos e plasmócitos) foram encontrados. Os macrófagos que se dispunham nas proximidades do material e alguns à distância, apresentavam citoplasmas com aspecto homogêneo ou carregados de partículas.

Observou-se também em todos os espécimes a presença de CGMIs contendo em média 6 núcleos, que se distribuíam ao acaso dentro da célula, do tipo corpo estranho. Apresentavam citoplasma com aspecto homogêneo, muitos carregados com partículas do material e com contorno irregular.

Observou-se poucos vasos hiperêmicos e praticamente ausência de hemorragia.

A proliferação fibroblástica mostrou-se moderada (média=1,8), já a proliferação angioblástica foi discreta (média=1,3). A densidade do fibrosamento mostrou-se discreta a moderada (média=1,5).

A organização do fibrosamento observada foi predominantemente capsular.

Curiosamente, observamos em 50% dos espécimes a presença de cristais, provenientes do material, circundados por células inflamatórias. Estes tinham forma poligonal e aparência hialina.

Não foi observada a presença ou imagem sugestiva de formação de tecido mineralizado, seja periférico ou à distância.

5.4.2 Análise microscópica descritiva do infiltrado inflamatório dos fenômenos reparatórios e reações correlatas no período de 30 dias.

Os dados referentes a este grupo experimental encontram-se no quadro 11 (Anexo 12).

Os resultados histológicos observados nesse período mostravam-se semelhantes aos observados aos 15 dias, com predominância de macrófagos dispostos na periferia do material, e também à distância. Muitas dessas células apresentavam citoplasma homogêneo, mas a maioria carregada de partículas do material.

As CGMIs estavam distribuídas próximas e na periferia do material, continham em média 10 núcleos, possuindo em seus citoplasmas partículas do material. Os núcleos estavam distribuídos ao acaso, característico de uma reação do tipo corpo estranho e o contorno citoplasmático dessas células mostraram-se irregular. Em três espécimes encontrou-se CGMIs do tipo Langhans, com núcleos periféricos e contorno citoplasmático regular.

Na proximidade do material pôde-se ver freqüentemente um infiltrado linfo-plasmocitário. A presença de eosinófilos foi ocasional e nenhum neutrófilo foi encontrado.

A proliferação fibroblástica manteve-se moderada (média=1,9), já a proliferação angioblástica foi diminuída (média=1,3). Houve um pequeno aumento da densidade do fibrosamento (média=1,7) em relação ao período inicial, sendo considerado moderado e com organização capsular.

O material apresentou-se de forma granular e se localizou, em todos os espécimes, no nível da abertura do tubo.

Nos espécimes deste período também se observou a presença de cristais em maior porcentagem (70%). Estes, provavelmente provenientes do material, tinham forma poligonal, aparência hialina e apresentavam-se circundados por células inflamatórias.

Não foi observada a presença ou imagem sugestiva de formação de tecido mineralizado, seja periférico ou à distância.

5.4.3 Análise microscópica descritiva do infiltrado inflamatório dos fenômenos reparatórios e reações correlatas no período de 60 dias.

Os dados referentes a esse grupo experimental se encontram no quadro 12 (Anexo 13).

A inflamação ainda persistiu neste período, apresentando intensidade moderada na maioria dos espécimes (média=2,1).

Observou-se a predominância de macrófagos dispostos na periferia do material e alguns à distância. Essas células apresentavam tanto o citoplasma homogêneo, como também carregado de partículas do material.

As CGMIs, tiveram presença constante (100%), distribuídas na periferia do material. Houve um aumento do número de núcleos dessas células, em média 11 núcleos, que estavam distribuídos ao acaso, característico de uma reação do tipo corpo estranho. Os citoplasmas dessas células apresentavam-se com aspecto homogêneo e muitos continham partículas do material e o contorno era irregular.

Neste período, encontrou-se polimorfonucleares ocasionais, enquanto que linfócitos e plasmócitos foram vistos com maior freqüência.

Pôde-se observar que houve uma pequena diminuição na proliferação fibroblástica (média=1,6) em relação aos períodos anteriores, enquanto a proliferação angioblástica aumentou (média=2,0). O fibrosamento teve sua densidade novamente aumentada (média=1,9), apresentando-se de forma capsular e bem organizada na maioria dos espécimes.

Observou-se novamente, em alguns espécimes deste período, a presença de cristais (40%). Estes, provavelmente provenientes do material, tinham forma poligonal, aparência hialina e apresentavam-se circundados por células inflamatórias.

Não foi observada a presença ou imagem sugestiva de formação de tecido mineralizado, seja periférico ou à distância.

ASPECTOS MICROSCÓPICOS DO GRUPO IV Cimento Portland branco com óxido de bismuto

Figura 16A Reação tecidual aos 15 dias, evidenciando cápsula fibrosa muito fina

(H.E.- 5x).

Figura 16B Maior aumento da figura 16A, onde se vê grande hemorragia,

fibroblastos envoltos por poucas fibras colágenas e partículas escuras do material cercada por macrófagos. Destacam-se cristais com forma poligonal e aparência hialina (setas), circundados por células inflamatórias (H.E.- 40x).

Figura 16C Reação tecidual aos 30 dias, destaca-se pelo aumento da cápsula

fibrosa (H.E.- 5x).

Figura 16D Maior aumento da figura 16C, presença acentuada de células

mononucleares. Presença fragmentos do material nos macrófagos (H.E.- 40x).

Figura 16E Reação tecidual aos 60 dias frente o material implantado (H.E.- 5x).

Figura 16F Maior aumento da figura 16E, evidenciando o tecido conjuntivo denso

com muitos fibroblastos, e com cristais provavelmente do material no seu interior (H.E.- 40x).

Figuras 16G, 16I e 16K Visão geral do tecido conjuntivo adjacente a guta-percha

(controle) na abertura do tubo, aos 15, 30 e 60 dias, respectivamente (H.E.- 5x).

Figuras 16H, 16J e 16L Maiores aumentos das figuras 16G, 16I e 16K. Em H

observa-se grande quantidade do material na interface. Na figura 16I destaca-se a grande proliferação fibroblástica, já na 16L diminuição do número de célula e grande aumento da densidade do fibrosamento, com praticamente ausência de inflamação (H.E.- 40x).