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5.1.1 Análise microscópica descritiva do infiltrado inflamatório dos fenômenos reparatórios e reações correlatas no período de 15 dias.

Os dados referentes a este grupo experimental encontram-se no quadro 1 (Anexo 2).

Nesse material, observou-se a formação de granulomas típicos, e nas áreas onde não havia granulomas, observaram-se macrófagos dispersos, os quais interagiam intensa e diretamente com o material, fagocitando-o com bastante densidade. Essas células estavam distribuídas na periferia e próximos ao material, possuíam tamanho normal e geralmente seus citoplasmas estavam carregados de partículas do mesmo, embora em um caso observou-se um citoplasma com aspecto vacuolar. Os núcleos dessas células apresentaram-se normais e com forma regular.

Em todos os espécimes, observou-se a formação de células gigantes multinucleadas inflamatórias (CGMIs). Essas células estavam distribuídas próximas e na periferia do material; continham em média de três a cinco núcleos, e com os citoplasmas geralmente carregados de partículas do material. As CGMIs apresentavam contorno citoplasmático irregular, e núcleos distribuídos ao acaso, característico de uma reação do tipo corpo estranho.

O processo inflamatório foi considerado de intensidade moderada (média=1,77), com infiltrado composto, principalmente por macrófagos, e em menor número, os linfócitos. Os polimorfonucleares (neutrófilos e eosinófilos), como também os plasmócitos foram visto ocasionalmente.

Quanto aos fenômenos reparatórios, observou-se moderada proliferação fibroblástica (média=1,88) e angioblástica (média=1,55). O fibrosamento apresentou densidade também moderada (1,66), e com organização capsular.

O material apresentou-se de forma granular microscopicamente e se localizou, em todos os espécimes, no nível da abertura do tubo.

Não foi observada a presença ou imagem sugestiva de formação de tecido mineralizado, seja periférico ou à distância.

5.1.2 Análise microscópica descritiva do infiltrado inflamatório dos fenômenos reparatórios e reações correlatas no período de 30 dias.

Os dados referentes a este grupo experimental encontram-se no quadro 2 (Anexo 3).

Os resultados microscópicos observados nesse período mostravam- se semelhantes aos observados aos 15 dias, com predominância dos macrófagos dispostos na periferia do material, e também à distância. Algumas dessas células apresentavam citoplasma homogêneo, mas a maioria carregada de partículas do material.

As CGMIs, tiveram presença constante, distribuídas próximas e na periferia do material; continham em média sete núcleos, ora mais e ora menos; e com os citoplasmas carregados de partículas do material. O contorno citoplasmático mostrou-se irregular em 100% dessas células. Os núcleos estavam distribuídos ao acaso, característico de uma reação do tipo corpo estranho.

Na proximidade do material pode-se freqüentemente notar a presença de eosinófilos e plasmócitos. Não foi observada a presença de neutrófilos.

Pode-se observar que houve uma pequena diminuição na proliferação fibroblástica (média=1,7) em relação ao período inicial, e um aumento da proliferação angioblástica (média=2,0) e da densidade do fibrosamento. O fibrosamento com densidade moderada (média=2,0), apresentou-se com organização capsular.

O material apresentou-se de forma granular e se localizou, em todos os espécimes, no nível da abertura do tubo.

Não foi observada a presença ou imagem sugestiva de formação de tecido mineralizado, seja periférico ou à distância.

5.1.3 Análise microscópica descritiva do infiltrado inflamatório dos fenômenos reparatórios e reações correlatas no período de 60 dias.

Os dados referentes a esse grupo experimental se encontram no quadro 3 (Anexo 4).

Notou-se, que neste período havia ainda a presença da reação inflamatória, com intensidade moderada (média=1,7).

Observou-se a predominância de macrófagos dispostos na periferia do material, e também à distância. Algumas dessas células apresentavam citoplasma homogêneo, mas a maioria carregada de partículas do material.

As CGMIs, tiveram presença constante, distribuídas na periferia do material. O grande aumento do número de núcleos dessas células nos chamou atenção, em média 14 núcleos, sendo que em alguns espécimes foram encontradas células com mais de 25 núcleos. Os citoplasmas continham partículas do material e tinham contorno irregular. Os núcleos estavam distribuídos ao acaso, característico de uma reação do tipo corpo estranho.

Notou-se a presença freqüente de linfócitos, eventual presença de eosinófilos e plasmócitos, e nenhum neutrófilo.

Pode-se observar que houve novamente uma diminuição na proliferação fibroblástica (média=1,6) em relação aos períodos anteriores, enquanto que a proliferação angioblástica permaneceu moderada (média=1,9).

O fibrosamento teve sua densidade aumentada (média=2,1), apresentando-se de forma capsular e bem organizada na maioria dos espécimes.

Não foi observada a presença ou imagem sugestiva de formação de tecido mineralizado, seja periférico ou à distância.

ASPECTOS MICROSCÓPICOS DO GRUPO I ProRoot MTA

Figura 13A Reação tecidual aos 15 dias, caracterizada por um tecido neoformado

(H.E.- 5x).

Figura 13B Maior aumento da figura 13A, onde se observa grande proliferação

fibroblástica e partículas do material nos macrófagos (H.E.- 40x).

Figura 13C Reação tecidual aos 30 dias, assumindo o aspecto de fibrosamento.

(H.E.- 5x).

Figura 13D Maior aumento da figura 13C, onde se observa as fibras colágenas

mais organizadas com fibroblastos com aspecto de menor atividade (H.E.- 40x).

Figura 13E Reação tecidual aos 60 dias, destaca-se a organização da cápsula

fibrosa (H.E.- 5x).

Figura 13F Maior aumento da figura 13E, evidenciando o infiltrado inflamatório

ainda existente, composto por macrófagos e linfócitos. Presença de neoformação angioblástica (H.E.- 40x).

Figuras 13G, 13I e 13K Visão geral do tecido conjuntivo adjacente a guta-percha

(controle) na abertura do tubo, nos períodos de 15, 30 e 60 dias, respectivamente

(H.E.- 5x).

Figuras 13H, 13J e 13L Maiores aumentos das figuras 13G, 13I e 13K. Em H

destaca-se uma CGMI com muitos núcleos. Nas figuras 13J e 13L, nota-se o aumento da densidade de fibrosamento e discreto infiltrado inflamatório (H.E.- 40x).