2.4 Circuitos qu ˆanticos
2.4.3 Circuitos qu ˆanticos reconhecedores de linguagens
Denição 2.18. Um
(Γ, In, Out)
ir uito quânti o é um terno(C, In, Out)
ondeC
é umΓ
- ir uito quânti o eIn
eOut
são onjuntosde índi esIn, Out⊆ [1 .. comp(Γ)]
.As linguagens de entrada e saída de um
(Γ, In, Out)
ir uito quânti o são, respe tiva- mente,ΓIn
eΓOut
.A ada ir uito quânti o asso ia-se um
Γ
-registo quânti oR = (ψ, I)
de forma que, on- siderandoI =
i1
.. icomp(Γ)
, o
j
-ésimo o quânti o no ir uito orresponde aoΓi
j
quditψij
do registoR
. Assim,RIn
denota o registo de entrada do ir uito dado pelo subregistode
R
onstituído pelos qudits{ψi
: i∈ IIn}
e o registo de saída do ir uito orresponde ao subregistoROut
deR
onstituído pelos qudits{ψi
: i∈ IOut}
.A fun ionalidade de um ir uito quânti o, ilustrada na gura 2.9, onsiste no seguinte
pro esso: Ini ialmente prepara-se oregisto de entrada num estado
|xi
orrespondente a uma dada palavrax
∈ ΓIn
enquanto o registo onstituído pelos restantes qudits,{ψi
: i∈ I\IIn}
, éini ializado noestado|0i
. Assim, amenos de umapermutação, oestado ini ial do sistema quânti osubja ente aoregistoR
é|xi ⊗ |0i
. Apósaevoluçãounitáriapres rita pelooperador realizadopelo ir uito,efe tua-se umamediçãodo registode saída nabase omputa ional, aqualterá omoresultado uma erta palavra
y
∈ ΓOut
. Denota-se porprob
C(y
| x)
aprobabilidade de observary
∈ ΓOut
pelamediçãodoregisto desaída de um ir uitoquânti odado queo registode entradaé ini ializado omx∈ ΓIn
.Seja
|ψi =
P
s∈Γαs|si
o estado do registoR
asso iado ao ir uitoC
após a a ção do operador unitárioUC
realizado pelo ir uito e antes da medição nal. Note-se que|ψi =
UC
π−1In(x, 0)
ondeπIn
é a permutação deI
tal queπIn(I) = IIn× (I \ IIn)
. SejaπOut
a permutação deI
tal queπOut(I) = IOut× (I \ IOut)
. De a ordo om o teorema 2.5 a probabilidade deobservary
dada a entradax
éprobC(y| x) =
X
u∈ΓI\IOut
απ−1
Out(yu)
2
.
C|xi
FE
y
|0i
Figura2.9: Fun ionalidade deum ir uitoquânti o.
Observação 2.5. No que se segue, faz-se uso da notação
Γ
(n)
para indi ar que existem
n
linguagensΓ1, Γ2, . . . , Γn
taisqueΓ
(n)= Γ
1Γ2· · · Γn
istoéqueΓ
(n)
éumalinguagemproduto
de
n
linguagens. Àpriorinão seassumea validade dare orrên iaΓ
(n+1)= Γ(n)Γ
n+1
embora estasejaverdadeiraemsistemasdequbitsoumaisgeralmenteemsistemasnãohíbridos(todososquditsdosistema denidossobre a mesmalinguagem).
Uma família de ir uitos quânti os é uma su essão
C = {Cn}
(Γ(n), In(n), Out(n))
ir uito quânti o. Paran∈ N
,Γ
(n)
In
representa a linguagem de entrada don
-ésimo ir uito da família, i.e.,Γ(n)In
= Γ(n)In(n)
. A linguagem deentrada dafamíliaC
de ir uitosquânti osdene-se 5por
Γ(In∗)
=
[
n∈N
Γ(n)In
.
Seja
C
um(Γ, In, Out)
ir uito quânti o e{0, 1} ⊆ ΓOut
. Parax
∈ ΓIn
diz-se queC
a eitax
om probabilidadep
seprob
C(1
| x) = p
. Diz-se que rejeitax
om probabilidadep
seprobC(0| x) = p
.Diz-se que
C
re onhe e uma linguagemL
⊆ ΓIn
om probabilidade pelo menosp
seC
a eitax
om probabilidade pelo menosp
parax
∈ L
e se rejeitax
om probabilidade pelo menosp
parax /∈ L
.Diz-se que uma família de ir uitos quânti os
C = {Cn}
n∈N
re onhe e uma linguagemL⊆ Γ(∗)In
omprobabilidadepelomenosp
se∀n ∈ N
,Cn
re onhe ealinguagemLn= L∩ Γ
(n)
In
om probabilidade pelo menos
p
.Diz-se que
C
re onhe e uma linguagemL
⊆ Γ
(∗)
In
om probabilidade uniformemente su- perior ap
se existe uma onstante0 < δ
≤ 1 − p
tal que∀n ∈ N
,Cn
re onhe eLn
om probabilidade pelomenosp + δ
.Asdeniçõesanteriorespermitem onsiderar lassesdelinguagensre onhe idaspor lasses
de famíliasde ir uitosquânti oseassim ali erçar umateoria daComplexidade de Cir uitos
Quânti osem sistemas de
Γ
qudits. Nessesentido é ainda imperativo xar um onjunto de portas quânti asbase.Denição2.19. Seja
G
um onjuntodeoperadoresunitáriosemΓ
(∗)
. Diz-sequeumoperador
unitário
U
érealizávelpor um ir uito quânti o ombasenum onjunto deportasquânti asG
seexisteum ir uitoquânti oK = (U1, I1) , (U2, I2) , . . . , (Um, Im)
querealizaU
etalqueUi∈ G
,i = 1, . . . , m
.Oselementos de
G
designam-seportasbase.O tamanho do menor ir uito quânti o om base
G
que realiza um dado operadorU
designa-se por tamanhodeU
emG
.5
A denição éanáloga àlinguagem defe ho deKleeneemlinguagens formais. No entanto alinguagem
A denição anterior foi olo ada em termos de realização de operadores. É possível
onsiderar-seuma deniçãoanáloga para re onhe imento de linguagens.
Se por um lado o onjunto onstituído pelas portas de Rotação de Givens ( om ângulo
θ
omputável) e pelas portas de Controlo de Muthukrishnan-Stroud, referidasna se ção 2.2 , é andidato a onjunto (innito) exa tamente universal para omputação em sistemas deΓ
qudits, por outroen ontra-se emaberto o problema de determinar um onjunto nito de portas quânti asaproximadamente universal.Um outro aspe to é a questão da uniformidade dos ir uitos. Sabe-se, no ontexto dos
ir uitosbooleanos lássi os,serne essáriointroduzirumanoçãodeuniformidadede ir uitos
para que o modelo seja razoável (i.e., de modo a inibir a possibilidade de uma família de
ir uitosde idirlinguagensnãode idíveispelasmáquinasdeTuring). Parasistemasdequbits,
sóre entemente sees lare eram asquestõesdauniformidade eequivalên iaentreosmodelos
demáquinas de Turing quânti ase famíliasde ir uitosquânti os.
Considere-seumalinguagem
L⊆ {0, 1}
∗
. Diz-seque
• L
perten e à lasse de omplexidadeL
∈
EQP
(exa t quantum polinomial time) se existe uma máquina de Turing quânti a que em tempo polinomial re onhe eL
om probabilidade1
(re onhe e alinguagem de formaexa ta);• L
perten e à lassede omplexidadeBQP
(bounded probabilisti quantum polinomial time)seexisteumamáquinadeTuringquânti a,M
,queemtempopolinomialre onhe eL
omprobabilidade uniformemente superior a1/2
;• L
perten e à lasse de omplexidadeZQP
(zero error quantum polinomial time) se existe uma máquina de Turing quânti a,M
, que em tempo polinomial re onhe eL
omprobabilidadeuniformemente superiora1/2
eparaalémdissosatisfazas ondições seguintes:1. se
M
a eitax
om probabilidade não nulaentão rejeitax
omprobabilidade0
; 2. seM
rejeitax
omprobabilidade não nula então a eitax
omprobabilidade0
. Em 2000, Kitaev e Watrous [ 34℄ deniram um modelo de famílias de ir uitos quânti osas, a base de Shor, equivalente a
BQP
. Este modelo é apenas adequado no ontexto de re onhe imento probabilísti o de linguagens, uma vez queno aso exa toas famílias de ir-uitos uniformemente gerados em tempo polinomial re onhe em a lasse
P
em vez deEQP
[40℄. Por outro lado, removendo a restrição no número de portas quânti as base obtém-seo modelodas famíliasde ir uitosquânti osuniformes. Mostra-se que esta lasse re onhe e
pre isamente
BQP
mas, no asos exa toe de erro zero, re onhe em mais do que deveriam. De fa to,mostra-se queneste modelo é possível onstruir umafamília de ir uitosquânti osqueimplementa de formaexa taa transformada quânti a deFourier de qualquer ordem,um
problemanãoresolúveldeformaexa tapormáquinasdeTuringQuânti as[36℄,[43℄. Aques-
tão da uniformidade foi nalmente resolvida por Nishimura e Ozawa [42 ℄ ao estabele erem
uma equivalên ia perfeita entre máquinas de Turing quânti as e um modelo de famílias de
ir uitos quânti osuniformes nitamente gerados.
Qualquer modelo razoável de
Γ
ir uitos uniformes deverá ter em onsideração que o número de diferentes tipos de qudits deve ser nito, aso ontrário poder-se-ia odi ar ainformaçãonão omputávelnadimensãodoespaçodeestadosdossistemasfísi ossubja entes.
Neste modelo, é ne essário ainda formalizar um on eito adequado de famílias de ir uitos
uniformes nitamente gerados. A formalizaçãodestes on eitos en ontra-senumafaseini ial
de investigação bem omoo onsequente estudo darelação entreosmodelos de Computação
Quânti a baseados em qubits, qudits e