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9. GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL – UMA INSTITUCIONALIDADE DE

9.4 Votações/Decisões sobre políticas de alcance regional

9.4.1.3 Cisvale

Em 29/04/2005, através da lei nº 4.515, o município de santa Cruz do Sul inicia sua participação no “Consórcio Intermunicipal de Serviços do vale do Rio Pardo – CISVALE”. O CISVALE, através de seu Estatuto (ANEXO 3), atende os municípios de Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.

O CISVALE abrange uma população de 343.868 pessoas (última estimativa do IBGE) e possui uma média de atendimentos mensais na área de saúde de 16.500 atendimentos, distribuídos em média e alta complexidade, tais como consultas médicas especializadas, diagnóstico por imagem (Raio-X simples e contrastados, ecografias, ecodoppler, ecocardiograma, tomografias, ressonâncias, densitometrias, mamografias, biópsia percutânea teleguiada por ultrassom, endoscopias, colonoscopias e cintilografias), Fisioterapias, Fonoaudiologia, Eletrocardiograma, Eletroencefalograma, outros (drenagens, crioterapia, eletrocoagulação, exérese ungueal, exérese de cistos sebáceos e outros pequenos procedimentos ambulatoriais).

A partir daí, houveram quatro leis que acrescentaram algumas mudanças importantes ao CISVALE. A primeira, a lei nº 4.960 de 03/10/2006 autorizou o Poder Executivo a abrir créditos especiais no montante de R$ 97.700,00 (noventa e sete mil e setecentos reais) e incluiu ação (projeto/atividade) no Plano Plurianual 2006-2009 e na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006, como trata o art. 2º desta lei:

Fica autorizada a inclusão do Projeto/Atividade - Assistência Médica e Sanitária à População com Recursos da União - Consórcio Intermunicipal de Saúde, no Programa 0107 - Assistência Médica e Sanitária à População, do Plano Plurianual 2006-2009 (Lei 4.637, de 27 de setembro de 2005), e da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2006 (Lei 4.695, de 08 de dezembro de 2005).

A segunda, a lei nº 4.961, também de 03/10/2006, autorizou o Poder Executivo a abrir créditos especiais no montante de R$ 288.707,72 (duzentos e oitenta e oito mil, setecentos e sete reais e setenta e dois centavos) e incluiu ação(projeto/atividade) no PPA 2006-2009 e na LDO 2006 (ao Consórcio Intermunicipal de Saúde - CISVALE).

A terceira lei, de nº 5.143 de 21/06/2007, autorizou o Poder Executivo a abrir crédito especial no valor de R$ 11.000,00 (onze mil reais), incluiu ação (projeto/atividade) no PPA 2006-2009 e na LDO 2007 (Consórcio Intermunicipal de Saúde). Por conseguinte, a lei nº 5.771 de 29/09/2009 autorizou o Poder Executivo a abrir crédito especial no montante de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) para atender despesas com o Projeto “Transferência ao Consórcio Intermunicipal de Saúde com Recursos da União – FAEC” - conta 3.3.7.1.39.00.00.00 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica, da Secretaria Municipal de Saúde.

Uma alteração importante no CISVALE aconteceu através da lei nº 5.787 de 28/10/2009, que transformou o mesmo de “associação civil” para ASSOCIAÇÃO PÚBLICA, COM PERSONALIDADE DE DIREITO PÚBLICO E NATUREZA AUTÁRQUICA e, através de um protocolo de intenções (ANEXO 4), passa a possuir as seguintes finalidades:

a) Ser instância de regionalização das ações de saúde coerentes com os princípios do SUS;

b) Viabilizar investimentos de maior complexidade que aumentem a resolutividade das ações e serviços de saúde na área de abrangência do Consórcio, priorizando, dentro do possível, a resolutividade instalada;

c) Garantir o controle popular no setor de saúde da região, pela população dos municípios consorciados;

d) Representar o conjunto dos municípios que o integram em assuntos de interesse comum, perante quaisquer outras entidades públicas ou privadas;

e) Racionalizar os investimentos de compras, bem como os de uso de serviços de saúde da região de abrangência do CISVALE;

f) Viabilizar o Distrito Sanitário da Região do Vale do Rio Pardo, conforme diretrizes e princípios do SUS;

g) Planejar, adotar e executar programas e medidas destinadas a promover a saúde dos habitantes dos municípios consorciados e implantar serviços;

h) Realizar a compra de medicamentos através de uma Central de Compras de Medicamentos, utilizando-se de processo de licitação ou pregão eletrônico;

i) Realizar gestão associada de outros serviços públicos, com ações e políticas de desenvolvimento rural, urbano e sócio-econômico local e regional, notadamente nas áreas da: saúde, educação, trabalho e ação social, habitação, saneamento, agricultura, indústria, comércio, turismo, meio-ambiente, abastecimento, transporte, comunicação e segurança;

j) Prestar assessoramento na elaboração e execução de planos, programas e projetos relacionados com os setores sociais, econômicos, de infra-estrutura, institucionais, notadamente: saúde, educação, trabalho e ação social, habitação, saneamento, agricultura, indústria, comércio, turismo, abastecimento, transporte, comunicação e segurança.

k) Oportunizar a capacitação profissionalizante da população dos municípios consorciados, com o fornecimento de assistência técnica, extensão, treinamento, pesquisa e desenvolvimento urbano, rural e agrário;

l) Promover o planejamento, a gestão e a administração dos serviços e recursos da previdência social dos servidores de qualquer dos entes da Federação que integram o Consórcio, observado o disposto no inciso X, do art. 3° do Decreto 6.017/2007;

m) Proporcionar suporte às administrações dos municípios consorciados em projetos de desenvolvimento regional e de implantação de infra-estrutura urbana e rural;

n) Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções de outras instituições, entidades ou órgãos governamentais;

o) Adquirir e/ou receber em doações bens que entender necessários ao seu pleno funcionamento;

p) Fazer cessão de bens mediante convênio ou contrato com os municípios consorciados ou entidades sem fins lucrativos;

q) Gerenciar e executar serviços de construção, conservação e manutenção de vias públicas municipais e de obras públicas;

r) Compartilhamento ou uso em comum de instrumentos e equipamentos, inclusive de gestão, de manutenção, de informática, de pessoal técnico e de procedimentos de licitação e de admissão de pessoal.

A lei nº 5.897 de 30/03/2010 autorizou o executivo a doar uma área de terras, sem benfeitorias, com total de 60.000m2, para a construção do Hospital Regional de Pronto Socorro e da Central Regional de Especialidades Médicas. Atualmente a construção deste hospital encontra-se em processo de licitação da empresa que fará o projeto e a execução da obra.