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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.2. Classificação geral da eficácia da gestão de pesquisa

Obtivemos 23 respostas aos questionários, sendo oito referentes a respostas dos (as) gestores (as) dos Núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM). Ou seja, dos 20 parques selecionados para o estudo, foi possível realizar a avaliação da eficácia da gestão de pesquisa de 15 deles, além dos 8 núcleos do PESM.

Dos dados coletados nos questionários produziu-se uma matriz com os dados brutos dos indicadores avaliados e respectivos subindicadores. O Quadro 3 apresenta a matriz do âmbito Planejamento, com seus indicadores Plano de Manejo e Programa de Pesquisa e os valores (0-4) associados a seus subindicadores. Uma matriz idêntica foi elaborada para o âmbito Conhecimento (Quadro 4). Em ambos os casos, os totais ótimos foram influenciados pela ausência de respostas para um dado subindicador, que neste caso foram desconsiderados, alterando o valor do total ótimo.

Quadro 3 – Matriz com os dados referentes ao âmbito Planejamento, seus indicadores e respectivos subindicadores.

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Quadro 4 – Matriz com os dados referentes ao âmbito Conhecimento, seus indicadores e respectivos

50 Em seguida foi elaborada uma matriz mais refinada, com os valores dos indicadores representados pelas médias de seus subindicadores (Quadro 5). O Quadro 6 apresenta as notas finais da avaliação dos âmbitos, calculada pela soma da pontuação de seus indicadores e a porcentagem geral de eficácia da gestão de pesquisa alcançada por cada área, que se deu pela relação entre os valores alcançados pelos âmbitos e os valores alcançáveis (valor que o âmbito teria caso todas as variáveis tivessem pontuação máxima).

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Quadro 5 – Matriz com os valores dos indicadores representados pelas médias de seus subindicadores.

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Quadro 6 – Matriz final de avaliação dos âmbitos e porcentagens de eficácia da gestão de pesquisa para cada área.

De acordo com os dados apresentados no Quadro 6, a classificação geral dos Parques em relação à eficácia da gestão de pesquisa é a seguinte (Figura 4):

53 78,50 76,50 76,00 73,75 72,00 60,50 60,17 57,83 57,50 53,58 53,58 49,83 49,25 47,42 47,33 47,08 41,92 41,75 40,50 34,58 29,67 24,58 23,00 PE Carlos Botelho PE do Jaraguá PE Campina do Encantado PE Morro do Diabo PE de Intervales PE da Ilha do Cardoso PESM- Núcleo Caraguatatuba PE de Ilhabela PE de Vassununga PE de Porto Ferreira PESM- Núcleo Itariru PE da Cantareira PESM- Núcleo Bertioga PESM- Núcleo Santa Virgínia PESM- Núcleo Itutinga Pilões PE Turístico do Alto da Ribeira PESM- Núcleo Curucutu PE Rio do Peixe PE do Rio Turvo PE da Ilha Anchieta PESM- Núcleo São Sebastião PESM- Núcleo Padre Dória

PE Caverna do Diabo

Figura 4 – Classificação dos Parques quanto à eficácia da gestão de pesquisa.

Tabela 4 – Frequência de classificação dos Parques por nível de qualidade da gestão de

pesquisa.

% do total ótimo Nível de qualidade

de gestão pesquisa Quantidades de Parques Porcentagem

≤ 40,99% Padrão muito inferior 5 21,74 41 – 54,99 Padrão inferior 9 39,13 55 – 69,99 Padrão intermediário 4 17,39 70 – 84,99 Padrão elevado 5 21,74 ≥ 85% Padrão de excelência 0 0

Cinco Parques obtiveram o padrão de qualidade de gestão de pesquisa “muito inferior” (Tabela 4), são eles: PE Caverna do Diabo, PESM – Núcleo Padre Dória, PESM – Núcleo São Sebastião, PE da Ilha Anchieta e PE do Rio Turvo, demonstrando que muitos elementos estão em déficit para um processo de gestão de pesquisa adequado. Nas atuais condições, os objetivos propostos pelo Programa de Pesquisa dessas áreas não são alcançáveis.

Nove Parques se enquadraram no padrão de qualidade “inferior” de gestão de pesquisa, representando 39,13% do total de Parques analisados, são eles: PE do Rio do Peixe, PESM – Núcleo Curucutu, PE da Cantareira, PE Turístico do Alto Ribeira, PESM – Núcleo Itutinga Pilões, PESM – Núcleo Santa Virgínia, PESM – Núcleo Bertioga, PESM – Núcleo Itariru e PE

54 de Porto Ferreira. Tal padrão reflete a vulnerabilidade dessas áreas quanto a fatores externos e/ou internos decorrente dos poucos recursos destinados à gestão de pesquisa. Sendo assim, alguns dos objetivos primários do Programa de Pesquisa podem ser descumpridos.

Os Parques Estaduais de Vassununga, de Ilhabela, PESM – Núcleo Caraguatatuba e PE da Ilha do Cardoso apresentaram padrão “intermediário” de qualidade da gestão de pesquisa, sugerindo que essas Unidades apresentam deficiências muito pontuais que não permitem a construção de uma base sólida para o efetivo cumprimento do Programa de Pesquisa, sendo que alguns de seus objetivos secundários podem ser desatendidos.

Observa-se que os Parques com padrão de qualidade “intermediário” da gestão de pesquisa estão mais de dez pontos abaixo da classe imediatamente superior (padrão elevado), representando que para melhoria da gestão de pesquisa dessas UC os esforços têm que ser maiores comparados aos outros Parques cuja pontuação está situada nos limites das classes.

Cinco Parques alcançaram o padrão elevado de qualidade da gestão de pesquisa, representando 21,74% do total de Parques analisados, são eles: PE Intervales, PE do Jaraguá, PE do Morro do Diabo, PE da Campina do Encantado e o PE Carlos Botelho. A descrição desse padrão significa que as atividades essenciais do Programa são desenvolvidas normalmente e tendem a alcançar o êxito em relação aos objetivos estabelecidos.

Nenhum Parque atingiu o “padrão de excelência” em gestão de pesquisa, que seria identificado caso todos os indicadores atingissem valores próximos aos definidos como máximo.

Realizamos uma análise de correlação entre o percentual do “ótimo geral” (Quadro 5), “ótimo Planejamento” e “ótimo Conhecimento” (Quadro 4) e verificamos que a percentagem do ótimo geral, que define os níveis de qualidade da gestão de pesquisa está mais correlacionada com a percentagem do ótimo de Conhecimento, ou seja, com o desempenho dos indicadores do âmbito Conhecimento. Também pudemos verificar que não há uma correlação significativa (0,55) entre o “ótimo Planejamento” e o “ótimo Conhecimento”, havendo Parques com um bom desempenho dos indicadores de Planejamento e ruim dos de Conhecimento e vice-versa.

55 76,09 61,41 55,43 55,25 52,17 48,91 46,09 45,11 41,85 38,04 Conhecimento Legal Normatização Conhec. Cartográfico Plano de Manejo Conhec. Socioeconômico Conhec. Biofísico Retroalimentação Programa de Pesquisa Pesquisas e Projetos Monitoramento

Classificação geral dos indicadores

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