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CMP cuida da saúde física e mental dos seus pacientes e CMP e o oculto

De seguida exponho alguns temas desenvolvidos em alguns dos Congressos de Medicina Popular que comprovam que este evento se dedica à saúde mental e física dos pacientes. Em Setembro de 1988, “o padre Joaquim de Araújo, da Afurada, falou da ação do padre frente ao mundo do doente no seu modo de curar "Doenças Psíquicas" (jornal 7). Tendo o CMP como objetivo "...prevenir e tratar as doenças sem prejudicar os pacientes, num total respeito pela dignidade humana" (jornal 18), eis alguns temas relacionados com a saúde “O consumidor e a saúde; a Medicina Metabólica; Germoplasmas, erva cidreira e seus usos; Sociologia botânica; vivência telúrica do barrosão; técnicas de massagem; deixar o tabaco; preocupações individuais de saúde; história da Medicina Popular; a autocura dos animais; atitude filosófica e saber popular; plantas medicinais nas escolas; fecundidade em Barroso; novas doenças e a Medicina Popular” (jornal 22), outros temas relacionados com a saúde são: “Plantas medicinais e seu uso no Barroso; Incompatibilidades alimentares; Perspetivas mediáticas da Medicina Popular; o cancro e alimentação dos 5 sentidos; como curar-se a si mesmo; terapia psico-corporal; shiatsu - uma forma de cuidar a saúde; a coluna, da infância à velhice; factos e parapsicologia; plantas espontâneas e de cultivo, técnicas; conheça as nossas plantas medicinais; comercialização das ervas medicinais; história da Medicina Popular; terapias populares e psicoterapia; a criança e a morte; tradições da Medicina Popular; Medicina Popular no Alto de Trás-os-Montes” (jornal 26), em Setembro de 2000, abordaram-se os seguintes temas: “Antropologia da Medicina Popular, tese de Ana Isabel Barbosa (Piaget); Medicina popular do Ribatejo, José Garruncho Martins (Almeirim); Medicina Popular de Terreno, Michaella Zucca (Itália); Flora medicinal do Alto Douro; Flora no concelho de Chaves; Reiki na saúde; Fuji-Yoga; Prática de Shiatsu; Quinesio-terapia, emoções; a alimentação natural e a beleza; aprender a curar-se; Biologia e Medicina Popular; Medicinas Alternativas; as duas medicinas; incertezas e riscos dos produtos naturais; etnobotânica transmontana; flora transmontana em extinção; Antropologia da Medicina Popular; A Sª da Saúde, fé e saúde; Medicina Popular do Ribatejo; Medicina Popular de Terrento” (jornal 28), Em Agosto de 2001 foram muitos os temas relacionados com a saúde: “Doenças respiratórias e medicina popular, Orlando Batista; Medicinas Alternativas em Viseu, Leonel G.Ribeiro; Medicinas alternativas, Piaget de Macedo, Mirandela; Medicina Popular e turismo no Alto Minho, Francisco Sampaio; o poder curativo da terra mãe; a alimentação e a saúde psiquica e física; massagem biodinâmica; alimentação, ambiente e cura do cancro hoje; projeto escolar de Medicina Popular no Soajo; a cura do cancro, novas descobertas; a sofrologia, na saúde e sorte; plantas silvestres e a saúde; a água na saúde e alimentação; a cura da humanidade no 3º Milénio; como se evitam males da coluna; óleos essenciais antifúngicos; As plantas

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M. no comércio e uso europeu” (jornal 30), os mesmos temas são apresentados no jornal 34: “Doenças psicogenéticas; Hidrolimpa: o organismo humano; aromoterapia; itenerário terapêutico na ilha de Moçambique; saber cuidar dos intestinos: a amêndoa; como recuperar a sua energia, o uso do aloé vera” (jornal 34), tal como no jornal 38: "A cegueira"; saúde comunitária, o tempo das epidemias; Saúde mental; Intervenientes na Medicina Popular; Terapia da mente; Etnopsiquistria” (jornal 38). O CMP é "...uma força revitalizadora que conduza ao progresso e bem-estar das suas gentes" (jornal 17). Há 30 anos que esta iniciativa continua a envolver os habitantes da aldeia e a conservar os seus saberes, alguns em via de extinção, dando-os a conhecer aos visitantes de norte a sul do país e até internacionalmente (jornal 45), a iniciativa continua a atrair novos curiosos na procura de soluções nas plantas e noutros ingredientes que a terra dá (jornal 46).

O Congresso de Medicina Popular é, muitas vezes, confundido com o Congresso do oculto, do misticismo, do sobrenatural e é tudo isto que leva a que os mais curiosos visitem Vilar de Perdizes que é conhecido como a terra das bruxas. É essa curiosidade pelo desconhecido que desperta o interesse de muitos dos participantes do Congresso. No jornal 7, foram vários os palestrantes que falaram sobre as artes de curar “Ligadas às artes de curar, de caráter popular tradicional, falaram das suas experiências pessoais e técnicas de curar: Maria da Conceição Cabral, de Braga, médium, relatou a forma como descobriu o "dom" para curar; José Benedito Borges, de Mirandela, curandeiro que garente poder curar o cancro com picadas de lacrau; Luísa da Assunção da Aveleda, curandeira que se diz especialista na cura de cancros externos, através de uma fórmula que só ela possui; João Pinto, de Carrazeda, curandeiro que se autodenomina "mecânico do corpo humano" deu-nos conta do forma como "compõe" os ossos” (jornal 7). No jornal 15, são apresentados temas relacionados com o oculto: “Curandeiros, realidade, ficção; curandeiros e curadores; truques e sugestões; curas pelos dons do Eº Santo; magia dos metais, metaloterapia; investigar crenças em Barroso; unguento para ir ao Sabat; consciência como religião; videogramas, curandeiros e crenças; entrevistas com curandeiros” (jornal 15), também o jornal 19 nos apresenta temas relacionados com o oculto “O endireita e o povo; nem feitiçeiro nem santo milagreiro” (jornal 19), assim como o jornal 26 “o que é o espiritismo; o lobisomem; lendas e bruxas no Alto Tâmega, o jornal 28 “mediunidade e suas implicações; bruxas e meigas, México e Galiza; o sobrenatural em Barroso; as mulheres e os demónios”, o jornal 30, “Forças ocultas da natureza e do Homem; Tarot e seus seguidores; As minhas visões e curas; O Sobrenatural em Barroso” (jornal 30) e, o jornal 34, “Xamanismo Mexicano; o exorcismo; encontro de exorcistas, com a presença do Padre Humberto Gama e outros exorcistas, moderada pelo Dr. Mário Freitas” (jornal 34). Assim, “assentam na

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nossa cultura ancestral: crenças, magia, superstições, com religião à mistura, onde as fronteiras se interligam e as escolas dos diversos graus, dificilmente conseguem seccionar, classificar, numa prática e ética de valores. Persiste assim teimosamente este fundo maravilhoso, de mistério, de desconhecido e hipotético, de Bem e de Mal, cujas origens e causas se baralham, confundem, e quase sempre atribuem a forças, entidades, alheias e externas ao ser humano que as suporta” (jornal 14). O Congresso elabora "...debates que giraram em torno de temas polémicos, associados a terapias alternativas, à medicina popular e ao oculto" (jornal 32), assim como debates acerca do misticismo "Ao longo de três dias, foram muitos os motivos para visitar um evento que já ultrapassou as três décadas de intensos debates em volta do misticismo e que continua a girar em torno da figura do padre Fontes" (jornal 46).

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