• Nenhum resultado encontrado

Coleta, análise e interpretação dos dados

3 METODOLOGIA

3.5 Coleta, análise e interpretação dos dados

No tocante aos tipos de dados utilizados, Lakatos e Marconi (1990) distinguem duas categorias: dados primários e dados secundários. Dados primários são aqueles que não

foram antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisados, ao passo que os dados secundários são aqueles já coletados, tabulados e por vezes até analisados, com propósitos outros que não o da pesquisa em execução.

Para os fins desta pesquisa, a coleta dos dados foi feita eminentemente sobre dados secundários, ou seja, na consulta e utilização de documentos anteriormente elaborados. Diversas fontes foram utilizadas, das quais se destacam: documentos oficiais (relatórios), publicações parlamentares (leis), documentos particulares institucionais (relatórios, avaliações, manuais) (LAKATOS e MARCONI, 1990).

No que diz respeito à técnica para análise e interpretação, adota-se a análise de

conteúdo. Para Bardin (1994, p. 38 apud DELLAGNELO e SILVA, 2004, p. 100), análise de

conteúdo é:

(...) um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, obter indicadores quantitativos ou não, que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) das mensagens.

A análise de conteúdo compreende três etapas: a) pré-análise; b) exploração e análise do material; c) tratamento dos dados e interpretação. A pré-análise é a etapa na qual se seleciona o material e se definem os procedimentos a serem seguidos (VERGARA, 2005). Procede-se à “leitura flutuante, escolha dos documentos, a formulação de hipóteses e objetivos, a referenciação dos índices, a elaboração de indicadores e a preparação do material” (DELLAGNELO e SILVA, 2004, p. 105).

Na etapa de exploração e análise do material, explicitam-se e implementam-se os procedimentos utilizados. É nesta etapa que se realiza a categorização. Atinente às categorias, elas devem ser: a) exaustivas (devem permitir a inclusão de praticamente todos os elementos); b) mutuamente exclusivas (cada elemento só pode ser incluído em uma única categoria); c) objetivas (definidas de maneira precisa); d) pertinentes (adequadas ao objetivo da pesquisa). Na pesquisa em tela, dos objetivos específicos definidos em conjunto com o embasamento teórico são construídas as categorias, no entanto, elas não são necessariamente fixas, pois, conforme Richardson (1999, p. 240):

(...) elaboram-se as categorias com base na teoria, em seguida revisam-se estas categorias à luz dos dados, volta-se à teoria para análise da sua adequação com a teoria confrontada novamente com os dados. Assim se procede até que se obtenham categorias adequadas tanto para a teoria, quanto para os dados.

A última etapa, tratamento dos dados e interpretação, refere-se à geração de inferências e dos resultados da investigação. No entender de Patton (1990, p. 383 apud DELLAGNELO e SILVA, 2004, p. 113) esta etapa “envolve explicar os achados, responder questões, anexar significância a resultados particulares e colocar padrões num quadro analítico”.

Outra técnica selecionada para tratar os dados secundários é a análise documental. De acordo com Richardson (1999, p. 230), ela compõe-se em:

(...) uma série de operações que visam estudar e analisar um ou vários documentos para descobrir as circunstâncias sociais e econômicas com as quais podem estar relacionados. O método mais conhecido de análise documental é o método histórico que consiste em estudar os documentos visando investigar os fatos sociais e suas relações com o tempo sócio-cultural-cronológico.

De uma forma geral, a análise documental apresenta a mesma estrutura de etapas que a análise de conteúdo (RICHARDSON, 1999). Assim, os documentos passam pelas etapas de pré-análise, exploração e análise do material e, por fim, pelo tratamento dos dados e interpretação. Ressalta-se, entretanto, que a análise documental busca as informações explicitadas no texto, configurando-se essencialmente temática. Por outro lado, a análise de conteúdo trabalha sobre as mensagens, manipulando-as para testar indicadores que permitam inferir sobre uma realidade diferente daquela da mensagem (RICHARDSON, 1999; DELLAGNELO e SILVA, 2004).

Para a descrição de como foi feita a análise de conteúdo e documental, ver o item 4.4.

3.5.1 Lista de documentos

Os documentos utilizados na coleta e análise dos resultados são:

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Avaliação de projetos: a experiência do Projeto Microbacias – Santa Catarina – Brasil. Florianópolis: ICEPA, 1996.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Avaliação socioeconômica do Projeto Microbacias: Relatório de Avaliação Final. Florianópolis: ICEPA, 1999.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas: Anexos. v. 5. Florianópolis: ICEPA, 1988a. 5 v.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas: Estratégia Técnica. v. 2. Florianópolis: ICEPA, 1988b. 5 v.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas: Manual Operativo. v. 4. Florianópolis: ICEPA, 1988c. 5 v.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas: Perfis dos Componentes. v. 3. Florianópolis: ICEPA, 1988d. 5 v.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas: Relatório Geral. v. 1. Florianópolis: ICEPA, 1988e. 5 v.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas: Termo de Referência das Avaliações (1ª Parte). Florianópolis: ICEPA, 1990a.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas: Termo de Referência das Avaliações (2ª Parte). Florianópolis: ICEPA, 1990b.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas. Avaliação Prévia (ex-ante). Análise Descritiva. v. 1. Florianópolis: ICEPA, 1991a. 3 v.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas. Avaliação Prévia (ex-ante). Tabelas. v. 2. Florianópolis: ICEPA, 1991b. 3 v.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto de recuperação, conservação e manejo dos recursos naturais em microbacias hidrográficas. Avaliação Prévia (ex-ante). Anexos. v. 3. Florianópolis: ICEPA, 1991c. 3 v.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto Microbacias: Avaliação de Meio Prazo: 1ª Parte. Florianópolis: ICEPA, 1995a.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto Microbacias: Avaliação de Meio Prazo: 2ª Parte. Florianópolis: ICEPA, 1995b.

SANTA CATARINA. Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina. Projeto Microbacias: Termos de Referência da Avaliação de Meio-Prazo. Florianópolis: ICEPA, 1995c.

SANTA CATARINA. Secretaria da Agricultura, do Abastecimento e da Irrigação. Projeto de Conservação do Solo II: Relatório de avaliação técnica – Projeto Microbacias/BIRD. Florianópolis, 1989.

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura. Relatório final de implementação preparado pelo mutuário: Projeto Microbacias. Florianópolis: SDA, s.d.a.

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura. Relatório final de implementação preparado pelo mutuário por componente: Projeto Microbacias. Florianópolis: SDA, s.d.b.