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3 MOVIMENTO DE PESQUISA

3.2 Coleta de Dados

Por ser uma pesquisa qualitativa e descritiva, na modalidade de estudo de caso, optou-se pela utilização de métodos de coleta variados para atingir um

nível de compreensão satisfatório sobre a realidade estudada. Reforçando as considerações feitas sobre momentos de pesquisa sobrepostos e sequência circular, esses métodos não foram aplicados de forma linear, seguindo a ordem na qual são aqui apresentados. A escolha dos casos seguiu critérios de conveniência, ou seja, associações que apresentavam abertura para a realização da pesquisa. Colocou-se como requisito que as associações fossem formais e estivessem atuantes em suas respectivas comunidades.

A pesquisa com dados secundários serviu como abordagem inicial para uma realidade até então desconhecida. A relação entre os métodos pode ser entendida pela metáfora de uma ponte, em que a utilização de um propicia os meios para realizar outro. Ela pode ser vista, também, como complementariedade, em que cada método, ao possibilitar ‘idas e vindas’ no trabalho de campo, acaba por gerar uma compreensão maior acerca da totalidade estudada, uma realidade complexa, em que forma e conteúdo, ou a aparência em primeiro momento e as análises posteriores são distintos.

No quadro 02 são apresentados os métodos utilizados na pesquisa, os quais foram posteriormente explicados em detalhes nos subtópicos.

Figura 2 Procedimentos metodológicos Fonte: elaborado pelo autor.

3.2.1 Pesquisa com dados Secundários

A coleta de dados,

secundários, advindos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, na Receita Federal, por meio do Portal da Transparê

as informações relativas às fundações privadas e associações sem fins lucrativos (IBGE, 2008, 2010, 2012). Esses dados, devidamente sistematizados, fornecem a base para se identificar

município.

Existem no município pesquisado, segundo dados da Receita Federal, associações de moradores

chegar aos membros dessas associações: o endereço da sede. Além disso Procedimentos metodológicos

Fonte: elaborado pelo autor.

Pesquisa com dados Secundários

coleta de dados, inicialmente, foi feita com uma pesquisa

secundários, advindos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, na Receita por meio do Portal da Transparência (CGU, 2014), a fim de aprofundar as informações relativas às fundações privadas e associações sem fins lucrativos (IBGE, 2008, 2010, 2012). Esses dados, devidamente sistematizados, fornecem a base para se identificar as associações de bairro formais que atuam no

Existem no município pesquisado, segundo dados da Receita Federal, associações de moradores. Os dados obtidos fornecem um meio inicial de se chegar aos membros dessas associações: o endereço da sede. Além disso

uma pesquisa com dados secundários, advindos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, na Receita , a fim de aprofundar as informações relativas às fundações privadas e associações sem fins lucrativos (IBGE, 2008, 2010, 2012). Esses dados, devidamente sistematizados, fornecem formais que atuam no

Existem no município pesquisado, segundo dados da Receita Federal, 19 Os dados obtidos fornecem um meio inicial de se chegar aos membros dessas associações: o endereço da sede. Além disso, outros

dados relevantes foram conseguidos, como CNPJ, natureza jurídica e atividades cadastradas, posteriormente, apresentados nos resultados.

3.2.2 Observação

Após a pesquisa com dados secundários, seguiu-se para a aproximação com as associações estudadas, por meio da participação em reuniões ordinárias, extraordinárias e eventos promovidos pelas duas associações estudadas. Ao todo foram acompanhadas 3 reuniões ordinárias, 2 reuniões extraordinárias e 1 evento – coleta de assinaturas, além de conversas informais e ligações para os entrevistados. Tal fase iniciou-se em julho de 2014 e encerrou-se em dezembro de 2014.

A observação é uma técnica tida como essencial para pesquisas nas ciências sociais (GIL, 1999), podendo ser utilizada em combinação com outras técnicas ou de forma exclusiva. Nas palavras de Marconi e Lakatos (2003, p. 191):

A observação ajuda o pesquisador a identificar e a obter provas a respeito de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento. Desempenha papel importante nos processos observacionais, no contexto da descoberta, e obriga o investigador a um contato mais direto com a realidade. É o ponto de partida da investigação social.

A observação a ser desenvolvida pode ser considerada estruturada, participante e individual, ou seja, as observações terão planejamento prévio, existindo participação ‘real’ do pesquisador em suas participações, na busca de compreender como os membros das associações se organizam e se relacionam com o poder público local.

3.2.3 Entrevistas por pautas

Depois do tratamento dos dados secundários obtidos, foram feitas entrevistas por pautas com 8diretores de duas associações de moradores (4 entrevistas por associação) e 1 entrevista com um jornalista da imprensa local. A entrevista com o jornalista da cidade teve por objetivo trazer maiores detalhes sobre o contexto político da cidade, nos últimos anos, a fim de ponderar e aprofundar as informações obtidas anteriormente. Essas entrevistas foram realizadas em novembro e dezembro de 2014.

Segundo Gil (1999), esse tipo de entrevista apresenta certo grau de estruturação, por ter uma relação de pontos de interesses a serem explorados, permitindo maior liberdade de fala ao entrevistado, com interferências sutis quando ele se afastar das pautas propostas.

Este tipo de entrevista favorece a obtenção de dados uma vez que valoriza aquilo que o entrevistado ‘tem para contar’ sobre o tema abordado, mantendo-se um clima de cordialidade com maior facilidade (FONTANA; FREY, 2005). Almeja-se, com essas entrevistas, compreender as dinâmicas do processo de organização e participação da associação estudada, com base nas percepções de dirigentes e demais membros. O critério para o encerramento das entrevistas foi a saturação, ou seja, quando as entrevistas já não apontavam novas características ou detalhes do caso estudado.

3.2.4 Pesquisa Documental

A pesquisa documental, tratada por Gil (1999, p. 160), como as “fontes de ‘papel’: arquivos históricos, registros estatísticos, diários, biografias, jornais, revistas, etc.” é importante para o conhecimento do passado, além de possibilitar a investigação dos processos de mudança cultural e social.

Marconi e Lakatos (2003, p. 174) corroboram tal afirmação, ao conceituar a técnica como “fonte de coleta de dados [...] restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias”, feitos no momento em que determinado evento ocorre ou depois. As fontes também podem ser secundárias, quando a compilação de documentos escritos (ou não) é feita por outrem e utilizada pelo autor.

Para esta pesquisa, visando alcançar o objetivo secundário de reconstrução histórica do trajeto das associações, propõe-se a análise dos estatutos das duas associações selecionadas, além de outros documentos, os quais podem facilitar o atendimento do objetivo supracitado. No quadro abaixo são apresentados os documentos analisados:

Caso Documentos

Associação 01 Estatuto Social de 2001. Associação 02 Estatuto Social de 1999; Estatuto Social de 2014; e Edições do informativo mensal.

Outros Estatuto do projeto de criação da Liga das Associações (documento não registrado).

Quadro 3 Documentos para análise documental Fonte: elaborado pelo autor, 2014.