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2 OBJETIVO

4.5 Coleta de dados

Os dados (nome, endereço e telefone) dos pacientes submetidos a tratamento protético no período de 2007 a 2009 nos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal – RN foram obtidos por meio dos prontuários disponibilizados pelas coordenações de cada

CEO e listados para a localização dos mesmos. Em seguida, foi realizado contato por telefone, carta e/ou através dos agentes comunitários de saúde, para convidar esses pacientes a comparecerem em data e hora marcada para realização de entrevista e avaliação clínica no Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para os usuários do CEO do município de Natal e nos demais municípios na unidade básica mais próxima de sua residência. As variáveis de estudo foram obtidas através de questionário contendo perguntas abertas e fechadas, exame clínico do paciente e exame das próteses dentárias. Antes de iniciar a coleta de dados, todos os pacientes foram informados de forma verbal sobre a realização do estudo e foi solicitada a leitura e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para a participação na pesquisa (ANEXO A). O questionário (ANEXO B) foi subdividido da seguinte forma:

Dados pessoais: nome, endereço, gênero, estado civil e telefone.

Condição sócio-econômica dos pacientes: escolaridade e renda familiar.

Histórico do uso das próteses: Os pacientes foram questionados a respeito de sua experiência passada com próteses, se já haviam feito uso de próteses ou não como também se havia sido próteses totais simples ou duplas, bem como o tempo de uso. Avaliação do serviço: Os pacientes foram questionados sobre o tempo que esperaram para iniciar o tratamento, o tempo que durou o tratamento, se foram contra- referenciados à unidade básica de origem e se continuaram com o tratamento na unidade básica.

Grau de satisfação: O grau de satisfação foi obtido de duas maneiras.

Através do relato do paciente por uma questão simples a respeito da satisfação geral com relação às próteses.

Através do questionário idealizado por Sato103 e validado por Cunha40. As questões serão relativas às sensações dos pacientes com as próteses totais em relação a: mastigação, gustação, pronúncia, dor, estética, adaptação, retenção e conforto.

Avaliação clínica das próteses totais:

A avaliação da qualidade das próteses totais foi realizada através da metodologia do SBBrasil 2010 23 para avaliação da qualidade das próteses, adaptada para obter uma análise quantitativa e reprodutível. É proposta a análise de 4 variáveis para a realização

da avaliação da qualidade técnica das próteses. Tal análise envolveu os seguintes aspectos:

Retenção:

A prótese deveria manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação, fonação, etc. A retenção foi avaliada como “insatisfatória” quando não houve resistência alguma ao deslocamento vertical ou lateral durante qualquer dos movimentos acima descritos; “satisfatória”, quando houve resistência aos movimentos fisiológicos do paciente, porém pouca resistência a um pequeno toque do examinador ou quando houver resistência normal à mobilidade da prótese tanto sob ação dos movimentos fisiológicos do paciente quanto de pequenos toques no sentido vertical do examinador.

Estabilidade:

A prótese, uma vez em posição, não devia deslocar-se ou mover-se, seja em repouso, seja em movimento. Gentilmente, foi forçado pelo examinador a base da prótese na direção dos tecidos. Se não houve nenhum movimento perceptível ou um deslocamento leve, até cerca de 1mm, a avaliação da estabilidade foi considerada “satisfatória”. Se o deslocamento foi superior a 1mm, foi considerada “insatisfatória”. Fixação:

Impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso-gengival sob a ação das forças mastigatórias, assim a prótese não deve lesionar os tecidos orais do paciente. Se a prótese causou lesão na cavidade oral, com exceção de candidíase – que pode ser provocada também pela falta de higiene oral- a prótese foi considerada “insatisfatória”, se não provocou lesão foi classificada como satisfatória.

Estética:

A presença de manchas, fraturas e/ou a prótese não estivesse adequada ao perfil facial do paciente era classificada como “insatisfatória”, se não apresentasse mancha, fraturas e estivesse adequada ao perfil facial do indivíduo foi classificada como “satisfatória”.

Se em um desses itens foi classificado como insatisfatório a classificação da qualidade técnica da prótese foi “insatisfatória”. Uma prótese satisfatória não apresenta nenhum dos 4 itens com problema.

Foram utilizados para o exame: cadeira, iluminação natural e espelho para o exame intra-bucal. Todos os dados foram preenchidos manualmente no questionário e depois transferidos para um banco de dados em formato eletrônico no software Excel 2007.

4.6 VARIÁVEIS ESTUDADAS

4.6.1 Qualidade Técnica

VARIÁVEIS DEPENDENTES

NOME DA

VARIÁVEL DESCRIÇÃO CATEGORIAS

Qualidade técnica da

prótese superior Resultado da avaliação dos 4 itens do questionário de qualidade técnica das próteses

(1) Prótese satisfatória (2) Prótese insatisfatória

Qualidade técnica da prótese inferior

Resultado da avaliação dos 4 itens do questionário de qualidade técnica das próteses

(1) Prótese satisfatória (2) Prótese insatisfatória

Retenção da prótese superior

Capacidade da prótese de manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação e fonação (1) Satisfatória (2) Insatisfatória Retenção da prótese inferior Capacidade da prótese de manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação e fonação (1) Satisfatória (2) Insatisfatória Estabilidade da prótese superior

Capacidade da prótese, uma vez em posição, de não deslocar ou mover, seja em repouso, seja em movimento

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estabilidade da prótese

inferior Capacidade da prótese, uma vez em posição, de não deslocar ou mover, seja em repouso, seja em movimento

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Fixação da prótese superior

Impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso-

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

gengival sob a ação das forças mastigatórias

Fixação da prótese

inferior Impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso- gengival sob a ação das forças mastigatórias

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estética da prótese superior

Não apresentar manchas, fraturas e/ou não estiver adequada ao perfil facial do paciente

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estética da prótese

inferior Não fraturas e/ou não estiver apresentar manchas, adequada ao perfil facial do paciente

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

4.6.2. Satisfação dos usuários

VARIÁVEIS DEPENDENTES

NOME DA

VARIÁVEL DESCRIÇÃO CATEGORIAS

Satisfação geral Como o paciente se sente em relação ao serviço e a prótese a ele disponibilizada.

(1) Satisfeito (2) Insatisfeito

Satisfação com a

retenção Capacidade da prótese em resistir às forças extrusivas que tendem a deslocar a prótese

(1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito (4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com a estabilidade É a resistência a movimentos e forças horizontais que tendem a alterar a relação entre a base da prótese e o seu apoio em direção horizontal ou rotatória. É a qualidade de permanecer firme em sua posição quando forças lhes são aplicadas.

(1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito (4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com a adaptação Capacidade da prótese de se adaptar a tecidos orais sob as quais está retida.

(1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com o

conforto

Sensação de bem estar (1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com a

estética

Se cor e forma dos dentes se harmonizam com as características faciais dos pacientes. (1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito (4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com a

fonação Capacidade de articular as palavras de forma correta (1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com o

paladar Capacidade do individuo sentir o gosto e textura dos alimentos (1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito

VARIÁVEIS INDEPENDENTES

Gênero Categoria fundamentada na distinção natural dos sexos

(1) Masculino (2) Feminino Idade Tempo de vida no momento do

estudo

Sem categorização

Renda familiar Somatório do valor monetário recebido por todos os membros que residem em um mesmo domicílio

Sem categorização

Escolaridade Máximo nível escolar freqüentado pelo indivíduo

Sem categorização

Estado civil Existência e condições de existência do indivíduo perante a lei civil.

(1) Solteiro(a) (2) Casado(a) (3) Viúvo (4) Divorciado Uso prévio de prótese Se antes da colocação da

feito o uso de uma outra. (2) Não Número de retornos Quantas vezes o paciente

retornou para realizar ajustes na prótese

Sem categorização

Retenção da prótese

superior Capacidade da prótese de manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação, fonação

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Retenção da prótese

inferior Capacidade da prótese de manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação, fonação

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

„Estabilidade da prótese

superior Capacidade da prótese, uma vez em posição, de não deslocar ou mover, seja em repouso, seja em movimento

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estabilidade da prótese inferior

Capacidade da prótese, uma vez em posição, de não deslocar ou mover, seja em repouso, seja em movimento

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Fixação da prótese superior

Impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso- gengival sob a ação das forças mastigatórias (1) Satisfatória (2) Insatisfatória Fixação da prótese inferior Impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso- gengival sob a ação das forças mastigatórias

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estética da prótese superior

Não apresentar manchas, fraturas e/ou não tivesse adequada ao perfil facial do paciente

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estética da prótese

inferior Não fraturas e/ou não tivesse apresentar manchas, adequada ao perfil facial do paciente

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

prótese superior itens do questionário de

qualidade técnica das próteses (2) Prótese insatisfatória Qualidade técnica da

prótese inferior Resultado da avaliação dos 4 itens do questionário de qualidade técnica das próteses

(1) Prótese satisfatória (2) Prótese insatisfatória

4.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os resultados foram apresentados de maneira descritiva por meio de números absolutos e proporções. A determinação da associação entre as variáveis independentes e as variáveis dependentes, foi realizada pelo teste de associação qui-quadrado e o teste exato de Fisher (quando as células com eventos esperados forem menores do que cinco). Foi realizada a análise de regressão logística para avaliação do efeito líquido das variáveis intervenientes sobre os desfechos.

4.8

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Este protocolo de pesquisa foi submetido à Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, estudo de acordo com a resolução nº 196 de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde. Foi realizado consulta aos pacientes no sentido de se obter autorização para participação na pesquisa, sendo fornecido todo esclarecimento necessário a respeito da sua participação no estudo. Aprovado sob número de protocolo 103/2009.

5 RESULTADOS

De acordo com os dados fornecidos pelos coordenadores dos Centros de Especialidades Odontológicas dos municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante, o CEO Morton Mariz do município de Natal reabilitou no período de 2007 a 2009 um total de 179 indivíduos. Desse grupo, 43 indivíduos foram localizados, entretanto apenas 36 participaram da pesquisa, dos demais 2 haviam falecidos, 2 não se adaptaram as próteses e as descartaram e 3 se recusaram a participar. O CEO de Parnamirim produziu nesse mesmo período 526 próteses totais convencionais (321 próteses totais superiores e 205 próteses totais inferiores), dentre os 334 indivíduos reabilitados com próteses totais apenas 36 foram localizados, participando da pesquisa 35 usuários, um usuário havia falecido. Por sua vez o CEO do município de Macaíba produziu nesse triênio 1190 próteses totais superiores e 836 próteses totais inferiores, dentre os 1211 indivíduos reabilitados com as PTC, 45 foram localizados e participaram da pesquisa. Por último, o CEO de São Gonçalo do Amarante produziu 243 próteses totais, dentre os 158 indivíduos reabilitados com as PTC, 33 participaram da pesquisa. (Gráfico 1)

Um total de 233 próteses foram avaliadas, destas 148 próteses eram próteses totais convencionais superiores e 85 próteses totais convencionais inferiores. A maioria dos pacientes foram reabilitados com próteses totais convencionais bimaxilares (56,4%, N=84), 64 usuários com prótese convencional superior (43%) e 1 usuário foi reabilitado apenas com prótese total inferior (0,6%).

Nos quatro Centros de Especialidades Odontológicas prevaleceu o sexo feminino com 111 examinados (74,5%), com idade média de 59,48 anos (36-89) e renda familiar média de 540 reais (0-3000). (Tabela 1)

Com relação à qualidade técnica das próteses totais convencionais superiores confeccionadas nesses centros, 52,7% (N=78) foram classificadas como satisfatória, o mesmo não ocorrendo com as próteses totais inferiores as quais foram classificadas em 90,5% como insatisfatórias (N= 67). (Tabela 2)

Dos 149 pacientes, 26 (17,4%) não usam mais as próteses confeccionadas nos Centros de especialidades. (Gráfico 2) A maioria dos usuários estão satisfeitos com as próteses produzidas nos CEOs (69,1%, N=103). (Tabela 3)

O tempo médio para o primeiro atendimento foi de 3 meses (0-28meses) enquanto que para receber a prótese foi de 4 meses (1-12 meses), aproximadamente. Para confecção da prótese a média de sessões foi de 6,06 (3-15 sessões). O número médio de retornos para adaptação foi de 0,9 vezes (0-6 vezes). Apenas 24 pacientes (16,1%) foram contra-refenciados à unidade básica de saúde para acompanhamento da prótese. E somente 18 (12,1%) deram continuidade ao tratamento. (Tabela 4)

Com relação ao histórico do uso de próteses 86,6% (N= 129) e 51,7% (N=77) dos usuários já haviam utilizado prótese superior e inferior, respectivamente, antes das realizadas no CEO, com média de uso da prótese superior de 20,0 anos e da inferior 10,75 anos.

A presença de lesão proveniente da prótese superior foi de 21,5% (N=32), sendo 18 apresentando candidíase (18,8%) e 4 (2,7%) com úlcera traumática. Somente 8 pacientes apresentaram lesão devido a prótese inferior, sendo a maioria úlcera traumática (N=7) e um caso de hiperplasia fibrosa inflamatória . (Tabela 5)

A qualidade técnica das próteses totais superiores, bem como a retenção e a estabilidade apresentaram associação significativa com a satisfação do usuário. (Tabela 6-10)

179 334 1211 158 0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Natal Parnamirim Macaíba São Gonçalo

Nº de indivíduos reabilitados com pt convencionais

Gráfico 1 – Quantidades de indivíduos reabilitados com próteses totais nos municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante no período de 2007-2009

Tabela 1 – Caracterização sócio-demográfica dos usuários do setor de prótese do Centro de Especialidade Odontológica da Grande Natal – RN, 2007-2009

Variáveis N % Sexo Masculino Feminino Estado Civil Solteiro Casado Viúvo Divorciado Usuários /Cidades Natal Parnamirim Macaíba São Gonçalo 38 111 25 92 20 9 36 35 45 33 25,5% 74,5% 17,1% 63,0% 13,7% 6,2% 24,2% 23,5% 30,2% 22,1%

Tabela 2 – Características técnicas das próteses dentárias realizadas nos CEOs da Grande Natal-RN no período de 2007-2009

VARIÁVEIS Satisfatória Insatisfatória

N % N %

Qualidade técnica da prótese total superior 78 52,7% 70 47,3%

Qualidade técnica da prótese inferior 7 9.5% 67 90,5%

Retenção da PT total da prótese superior 40 27% 108 73%

Retenção da PT total da prótese inferior 62 83,8% 12 16,2%

Estabilidade da PT total da prótese superior 39 26,4% 109 73,6% Estabilidade da PT total da prótese inferior 60 81,1% 14 18,9%

Fixação da PT total da prótese superior 32 21,6% 116 78,4%

Fixação da PT total da prótese inferior 8 10,8% 66 89,2%

Estética da PT total da prótese superior 42 28,4% 106 71,6%

Estética da pt total da prótese inferior 14 18,9% 60 81,1%

Gráfico 2- Desfecho das próteses confeccionadas nos CEOs da Grande Natal- RN, no período de 2007-2009.

82% 3%

9% 1% 5% Paciente usa as próteses

Não usa a pt superior por problemas técnicos

Não usa a pt inferior por problemas técnicos

Não usa a pt inferior por fratura Não usa mais nenhuma das próteses

Tabela 3 – Satisfação dos usuários do setor de prótese dentária dos CEOs da Grande Natal- RN no período de 2007-2009

VARIÁVEIS SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Satisfação geral 103 69,1% 46 30,9%

Mastigação 99 68,8% 45 31,2%

Gustação 114 79,2% 30 20,8%

Pronúncia 110 76,4% 34 23,6%

Ausência no arco superior 124 86,7% 19 13,3%

Ausência no arco inferior 48 57,1% 36 42,9%

Estética 114 79,2% 30 20,8%

Adaptação da prótese arco superior 131 91,6% 12 8,4%

Adaptação da prótese arco inferior 53 63,1% 31 36,9%

Retenção da prótese do arco superior 111 77,6% 32 22,4%

Retenção da prótese do arco inferior 24 28,9% 59 71,1%

Conforto da prótese do arco superior 120 83,9% 23 16,1%

Tabela 4 – Histórico do uso de prótese dos usuários dos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal, no período de 2007 a 2009

Variáveis N %

Utilizou prótese dentária superior antes da realizada no CEO Sim Não 129 20 86,6% 13,4%

Utilizou prótese dentária inferior antes da realizada no CEO Sim

Não

Tipo de prótese dentária superior utilizada antes da realizada no CEO

Não utilizou nenhuma prótese

Prótese total superior

Prótese parcial removível

Tipo de prótese dentária inferior utilizada antes da realizada no CEO

Não utilizou nenhuma prótese

Prótese total inferior Prótese parcial removível

77 72 20 124 5 72 65 12 51,7% 48,3% 13,4% 83,2% 3,4% 48,3% 43,6% 8,1%

Tabela 5 – Lesões orais provenientes das próteses totais convencionais encontradas nos usuários do setor de prótese dentária dos CEOs da Grande Natal – RN, no período de 2007- 2009

Variáveis N %

Lesão na mucosa superior associada à prótese Sim Não 32 116 21,6% 78,4%

Tipo de Lesão no arco superior Candidose

Hiperplasia Úlcera Traumática

Lesão na mucosa inferior associada à prótese Sim

Não

Tipo de Lesão no arco inferior Candidose Hiperplasia Úlcera Traumática 28 4 0 8 66 0 1 7 87,5% 12,5% 0 10,8% 89,2% 0 12,5% 87,5%

Tabela 6 – Relação da satisfação geral do paciente com as características sócio-demográficas dos usuários dos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Idade

Adultos (36-59anos) 59 74,7% 20 25,3% 1,784 0,883-3,603 0,105

Idosos (60 anos ou mais) 43 62,3% 26 37,7%

Gênero Masculino 26 68,4% 12 31,6% 0,957 0,432-2,117 0,913 Feminino 77 69,4% 34 30,6% Renda familiar Até 510,00 reais 75 67,6% 36 32,4% 0,772 0,337-1,765 0,538 Mais de 510,00 reais 27 73,0% 10 27,0% Escolaridade

Até 4 anos de estudo 49 65,3% 26 34,7% 0,711 0,353-1,433 0,339

Tabela 7 – Relação da satisfação geral do paciente com características serviço de prótese dentária oferecido nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS N % N % Experiência profissional Especialista 71 68,3% 33 31,7% 0,730 0,407-1,879 0,874 Não especialista 32 71,1% 13 28,9% Número de retornos Até um retorno 40 70,2% 17 29,8% 0,710 0,330-1,525 0,378 Mais de 1 retorno

Tabela 8 – Relação da satisfação geral do paciente com características do histórico de uso de prótese e presença de dentes funcionais nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007- 2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Uso anterior de prótese total superior

Sim 89 69,0% 40 31,0% 0,954 0,342-

2,662

1,000

Não 14 70,0% 6 30,0%

Uso anterior de prótese total inferior Sim 56 72,7% 21 27,3% 1,418 0,706- 2,850 0,325 Não 47 65,3% 25 34,7% Presença de dentes funcionais Sim 40 70,2% 17 29,8% 0,710 0,330- 1,525 0,378 Não 63 76,8% 19 23,2%

Tabela 9 – Relação da satisfação geral do paciente com características técnicas das próteses totais superiores dos usuários nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Qualidade técnica da prótese superior

Sim 60 76,9% 18 23,1% 2,093 1,025-

4,272

0,041

Não 43 61,4% 27 38,6%

Retenção da prótese superior

Folgada 20 50% 20 50% 0,301 0,140- 0,647 0,002 Apertada 83 76,9% 25 23,1% Estabilidade da prótese superior Presença de deslocamento e báscula 17 43,6% 22 56,4% 0,207 0,094- 0,452 <0,001 Ausência de deslocamento e báscula 86 76,9% 23 21,1%

Fixação da prótese superior

Apresentam lesão 21 65,6% 11 34,4% 0,792 0,345-

1,819

0,665

Estética da prótese superior

Presença de manchas e/ou fraturas e/ou desconformidade com o perfil facial

32 76,2% 10 23,8% 1,577 0,697-

3,572

0,325

Ausência de manchas, fraturas e desconformidade com o perfil facial

71 67,0% 35 33,0%

Tabela 10 – Relação da satisfação geral do paciente com características técnicas das próteses totais inferiores dos usuários nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS N % N % Qualidade técnica da prótese inferior Sim 3 42,9% 4 57,1% 0,276 0,056- 1,353 0,186 Não 49 73,1% 18 26,9%

Retenção da prótese inferior

Folgada 45 72,6% 17 27,4% 2,647 0,750- 9,348 0,122 Apertada 6 50,0% 6 50,0% Estabilidade da prótese inferior Presença de deslocamento 42 70% 18 30% 1,296 0,381- 0,677

e báscula 4,412

Ausência de deslocamento e báscula

9 64,3% 5 35,7%

Fixação da prótese inferior

Apresentam lesão 5 62,5% 3 37,5% 0,764 0,167- 3,485

0,727

Não apresentam lesão 48 68,6% 22 31,4%

Estética da prótese inferior

Presença de manchas e/ou fraturas e/ou desconformidade com o perfil facial

11 78,6% 3 21,4% 1,974 0,495- 7,867

0,329

Ausência de manchas, fraturas e desconformidade com o perfil facial

6 DISCUSSÃO

O edentulismo é uma condição crônica 4, sendo mais observado em pessoas de idade mais avançada cuja capacidade de se adaptar às consequências decorrentes da perda parcial ou total dos dentes assim como ao uso das próteses totais é menor 56. Essas consequências podem ser problemas físicos (dificuldade de mastigação, digestão, fala, atrofia das estruturas alveolares, diminuição do tônus muscular facial), sociais e psicológicos 35,51,114.

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