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Satisfação dos usuários e qualidade dos tratamentos protéticos realizados nos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal RN

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Anna Paula Serêjo da Costa

Satisfação dos usuários e qualidade dos tratamentos protéticos

realizados nos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande

Natal - RN

Área de Concentração Odontologia Preventiva e Social

(2)

Satisfação dos usuários e qualidade dos tratamentos protéticos realizados nos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal - RN

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFRN como parte do requisito para a obtenção do título de Mestre em Odontologia, área de concentração em Odontologia Preventiva e Social.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Ângela Fernandes Ferreira

Co-orientadora: Profa. Dra. Adriana Porto da Fonte Carreiro

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Costa, Anna Paula Serêjo da.

Satisfação dos usuários e qualidade dos tratamentos protéticos realizados nos centros de especialidades odontológicas da grande Natal – RN \ Anna Paula Serêjo da Costa. – Natal, RN, 2011.

73 f. : il.

Orientador: Profa Dra. Maria Ângela Fernandes Ferreira. Co-Orientadora: Profa Dra. Adriana Porto da Fonte Carreiro.

Dissertação (Mestrado em Odontologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Odontologia.

1. Prótese dentária – Dissertação. 2. Satisfação dos pacientes – Dissertação. 3. Avaliação de serviços de saúde – Dissertação. I. Ferreira, Maria Ângela II. Título.

RN/UF/BSO Black D3 Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia

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Satisfação dos usuários e qualidade dos tratamentos protéticos realizados nos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal - RN

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFRN como parte do requisito para a obtenção do título de Mestre em Odontologia, área de concentração em Odontologia Preventiva e Social.

Aprovada em: 18 de março de 2011

BANCA EXAMINADORA:

Profª. Dra. Maria Ângela Fernandes Ferreira (UFRN) Prof. Dr. Paulo Frasão (USP)

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A minha mãe, Patrícia, que sempre foi

meu exemplo de pessoa íntegra,

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A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem A importância das pessoas que passam por nossas vidas.

Clarice Lispector

Ao finalizar mais uma etapa da minha vida agradeço antes de tudo a Deus, pela saúde, fé, determinação e pela força para superar todas as dificuldades encontradas;

Agradeço especialmente aos meus pais, Almir e Patrícia, e ao meu irmão, Eduardo, pelo amor incondicional, apoio, amizade e confiança que sempre depositaram em mim. E por me fazerem acreditar na importância do estudo;

À minha avó, Hilma, que sempre esteve presente em todos os momentos da minha vida e a quem tenho como exemplo de pessoa vitoriosa;

À minha orientadora, Profª. Dra. Maria Ângela Fernandes Ferreira, por ter despertado em mim o interesse para a vida acadêmica, por me incentivar a fazer o mestrado, pela confiança e por ter estado sempre perto: ensinando, aconselhando, orientando;

Ao meu namorado, Pedro, por todo amor, carinho, apoio e paciência a mim dispensado e por ter sempre me incentivado a fazer o meu melhor;

Aos amigos e familiares que entenderam minhas ausências devido às responsabilidades causadas pelo mestrado: seminários para apresentar, aulas para preparar, artigos para ler ou dissertação para escrever;

Aos meus colegas de mestrado, por compartilharem medos, incertezas, experiências e vitórias. À Flávia Christiane e Anna Lepríncia por dividirem comigo os momentos tão difíceis da coleta, das incertezas da pesquisa e pelos bons momentos compartilhados em São Paulo. A Rodrigo Alves pelos conselhos, pelas horas de conversas e pelo ombro amigo.

(7)

contribuindo para que esta pudesse ser realizada;

Aos coordenadores dos Centros de Especialidades Odontológicas dos municípios de Natal, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Parnamirim, que acreditaram na pesquisa e permitiram que fosse realizada;

Aos usuários dos Centros de Especialidades que não mediram esforços em sair das suas casas para participar da pesquisa, na tentativa de contribuir para a melhoria do serviço prestado a toda a população;

Aos professores Dr. Ângelo Guiseppe Roncalli, Dra. Elizabethe Cristina Fagundes de Souza, Dr. Kênio Costa Lima, Dra. Maria do Socorro Costa Feitosa Alves, Dra. Íris do Céu Clara Costa, Dra. Isauremi Vieira de Assunção Pinheiro; Dra. Adriana da Fonte Porto Carreiro; Dr. Luiz Roberto Augusto Noro pelos ensinamentos transmitidos desde a graduação, contribuindo com suas experiências e conhecimentos; A professora Dra. Patrícia Calderon pela contribuição na banca de qualificação.

Aos funcionários do Departamento de Odontologia que sempre foram prestativos quando solicitados, pelo carinho e atenção;

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pelo ambiente acolhedor, pelos excelentes professores e pelo material de estudo;

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) e à Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (Capes) que forneceram o apoio financeiro através da bolsa de incentivo à pesquisa da iniciação científica até o mestrado;

(8)

“Antes de sentirmos que somos bons mestres,

estejamos seguros que somos bons estudantes”

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Objetivo: Avaliar a satisfação dos usuários e a qualidade dos tratamentos protéticos realizados nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) da Grande Natal-RN.

Métodos: Estudo transversal com os indivíduos que realizaram tratamento protético nos CEOs dos municípios de Natal, Macaíba, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante no período de 2007 a 2009. A coleta de dados foi realizada através de questionário, do exame clínico da cavidade oral dos usuários e da prótese dentária confeccionada. Tal análise envolveu os seguintes aspectos: retenção, estabilidade, fixação e estética das próteses. As variáveis são apresentadas de maneira descritiva por meio de números absolutos e proporções. A determinação da associação entre as variáveis independentes e as variáveis dependentes foi realizada pelo teste de associação qui-quadrado e o teste exato de Fisher. Resultados: Foram examinados 149 usuários, totalizando 233 próteses totais convencionais (148 superiores e 85 inferiores). A maioria dos pacientes (56,4%) foi reabilitada com próteses totais convencionais bimaxilares. A qualidade técnica das próteses totais superiores foi tida como satisfatória na sua maioria (52,7%), enquanto que as próteses inferiores foram classificadas como insatisfatórias em 90,5% dos casos. A satisfação com as próteses foi de 69,1% (N=103). O tempo médio para começar o tratamento foi de 3 meses enquanto que para receber a prótese foi de 4 meses. A presença de lesão proveniente da prótese superior ocorreu em 21,5% dos casos (N=32), sendo a candidíase a de maior ocorrência (N=18). A qualidade técnica das próteses superiores (p=0,041), bem como a retenção (p=0,002) e a estabilidade (p<0,001) apresentaram associação significativa com a satisfação do usuário. Conclusões: Os Centros de Especialidades Odontológicas vem cumprindo o seu papel de fornecer tratamento de média complexidade para a população de baixa renda, estando a maioria dos pacientes satisfeitos, mesmo quando suas próteses apresentam problemas de qualidade técnica.

(10)

Aim: To evaluate user satisfaction and quality of prosthetic treatments performed in specialized dental clinics (CEOs) of Natal Metropolitan Region - RN. Methods: Cross-sectional study with subjects who underwent prosthetic CEOs in the cities of Natal, Macaíba, Parnamirim and Sao Goncalo do Amarante in the period 2007 to 2009. Data collection was performed by questionnaire, clinical examination of the oral cavity and examination of fabricated denture. This analysis involved the following aspects: retention, stability, aesthetics and prosthesis fixation. The variables are presented by means of absolute numbers and proportions. The determination of the association between the independent and dependent variables was conducted by the association of Chi-square test and Fisher exact test. Results:

A total of 149 users, totaling 233 conventional dentures (148 upper and 85 lower). Most patients (56.4%) were rehabilitated with conventional complete dentures. The technical quality of the denture was regarded as satisfactory in the majority (52.7%), whereas the inferior dentures were rated as unsatisfactory in 90.5% of cases. Satisfaction with the prosthesis was 69.1% (N = 103). The average time to begin treatment was 3 months to receive while the prosthesis was 4 months old. The presence of injury from the upper prosthesis occurred in 21.5% of cases (N = 32), candidiasis being the most frequent (N = 18). The technical quality of the upper prosthesis (p=0,041), as well as retention (p=0,002) and stability (p<0,001) were significantly associated with user satisfaction. Conclusions: The specialized Dental clinics has been fulfilling its role of providing treatment of intermediate complexity for low-income population with the majority of satisfield patients, even when their dentures have problems of technical quality.

(11)

Figura 1 - Número de indivíduos reabilitados com próteses totais convencionais nos CEOs da Grande Natal, no período de 2007-2009.

(12)

Quadro 1- Variáveis dependentes da qualidade técnica das próteses totais convencionais.

(13)

Tabela 1– Caracterização sócio-demográfica dos usuários do setor de prótese dos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal-RN, no período de 2007-2009.

Tabela 2 Características técnicas das próteses dentárias realizadas nos CEOs da Grande Natal-RN, no período de 2007-2009.

Tabela 3– Satisfação dos usuários do setor de prótese dentária dos CEOs da Grande Natal-RN, no período de 2007-2009.

Tabela 4 – Histórico do uso de próteses dos usuários dos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal-RN, no período de 2007 a 2009.

Tabela 5 - Lesões orais provenientes das próteses totais convencionais encontradas nos usuários do setor de prótese dentária dos CEOs da Grande Natal – RN, no período de 2007-2009.

Tabela 6 – Relação da satisfação geral do paciente com as características sócio-demográficas dos usuários dos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

Tabela 7 – Relação da satisfação geral do paciente com características serviço de prótese dentária oferecido nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

Tabela 8 – Relação da satisfação geral do paciente com características do histórico de uso de prótese e presença de dentes funcionais nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

Tabela 9 – Relação da satisfação geral do paciente com características técnicas das próteses totais superiores dos usuários nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

(14)

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior CEO – Centro de Especialidades Odontológicas

CNPQ - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico

INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social LRPD – Laboratório Regional de Prótese Dentária

MS – Ministério da Saúde

PACS – Programa de Agentes Comunitário de Saúde PTC – Próteses totais convencionais

SIA-SUS – Sistema de Informações Ambulatorial do SUS SUS – Sistema Único de Saúde

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte UBS- Unidade Básica de Saúde

(15)

1 Introdução ... 15

2 OBJETIVO ... 17

2.1 OBJETIVOS GERAIS ... 17

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 17

3 REVISÃO DE LITERATURA ... 18

3.1 Sistema Único de Saúde ... 18

3.2 Avaliação do Serviço ... 21

3.2.1 Qualidade Técnica das Próteses dentárias totais convencionais ... 21

3.2.2 Satisfação dos usuários com as próteses totais convencionais ... 27

4 METODOLOGIA ... 31

4.1 Tipo de estudo ... 31

4.2 Local e população estudada ... 31

4.3 Características da população ... 31

4.4 Critérios de inclusão e exclusão ... 31

4.5 Coleta de dados ... 31

4.6 Variáveis estudadas ... 34

4.7 Análise estatística ... 38

4.8 Considerações éticas ... 38

5 RESULTADOS ... 39

6 DISCUSSÃO ... 51

7 Considerações finais ... 56

8 REFERÊNCIAS ... 57

ANEXOS --- 66

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido --- 67

Questionário --- 69

(16)

1 INTRODUÇÃO

A perda parcial ou total dos dentes decorrente da cárie dentária, doença periodontal e da falta de acesso às ações de serviços de saúde é ainda um grave problema de saúde pública, principalmente em indivíduos idosos, apesar dos avanços ocorridos com a Odontologia. Atualmente, no Brasil, 75% dos idosos são desdentados. Entre adultos com idade de 35 a 44 anos esse índice é de 30% 21. O Ministério da Saúde registra, ainda, um total de 3 milhões de idosos que necessitam de prótese total nas duas arcadas e outros 4 milhões precisam usar prótese parcial em uma das arcadas 22.

Esses dados demonstram a falta de acesso da população a procedimentos odontológicos de média e alta complexidade que até o ano de 2003 representavam apenas 3,5% do total de procedimentos realizados na rede pública de saúde 64. Esse fato, em consonância com os resultados do levantamento epidemiológico SBBrasil 2003, levou à criação da Política Nacional de Saúde Bucal (Brasil Sorridente) que busca a integralidade da atenção, ampliando e qualificando a atenção primária em saúde e assegurando atendimento nos níveis secundários e terciários 20.

Com a instalação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), unidades de serviços de atenção secundária, referência para a Atenção Primária em Saúde, ampliou-se a inserção de especialidades como cirurgia oral, periodontia, atendimento a pacientes especiais, endodontia e prótese dentária nas ações do sistema público de assistência odontológica 17,24. Hoje, no Brasil, estão em funcionamento 853 CEOs e mais 100 em fase de construção. O estado do Rio Grande do Norte conta com 21 CEOs e a Grande Natal com 8 centros, sendo que apenas 4 (Natal, Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante) realizam reabilitação com prótese total convencional no município de Natal 18,22.

(17)

Na prática clínica é comum que alguns pacientes com próteses novas e tecnicamente aceitáveis não se adaptem a elas, enquanto outros, com próteses clinicamente não aceitáveis apresentem uma tolerância protética e um grau de satisfação acima do esperado 27,71.

Nesse sentido, a investigação da qualidade técnica das próteses e da satisfação dos usuários são elementos essenciais na avaliação da eficácia dos serviços de saúde, na medida em que considera os critérios técnicos, definidos pelos protocolos clínicos da especialidade odontológica para a determinação do sucesso do tratamento, e a opinião dos usuários. Além disso, o monitoramento constante da qualidade do serviço prestado à população contribui para aperfeiçoar o atendimento da atenção secundária em saúde bucal, no sentido de melhor atender as suas necessidades 52,78,121.

(18)

2 OBJETIVO

2.1

OBJETIVOS GERAIS

Avaliar a qualidade técnica das próteses totais convencionais e a satisfação dos usuários do setor de prótese dentária dos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal – RN.

2.2

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar as características técnicas das próteses totais convencionais confeccionadas nos CEOs da Grande Natal - RN;

Avaliar a satisfação dos usuários em relação às próteses totais convencionais confeccionadas nos CEOs da Grande Natal -RN;

Verificar se há associação entre a qualidade técnica das próteses totais convencionais e o grau de satisfação dos usuários atendidos nos Centros de Especialidades;

(19)

3

REVISÃO DE LITERATURA

Os Centros de Especialidades Odontológicas foram criados para fornecer à população serviços de média complexidade antes praticamente inexistentes na rede pública de saúde17,24. Para se avaliar um serviço com base na qualidade técnica dos procedimentos realizados e na satisfação dos usuários é importante o conhecimento de como foi sua criação e seus reais objetivos.

3.1

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Anteriormente à criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência odontológica pública, a exemplo de outros setores da saúde, atendia somente os trabalhadores contribuintes ao Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), por meio de convênios e credenciamentos do Estado com o setor privado 84. Somente com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o acesso universal da população aos serviços de saúde foi garantido legalmente.

O SUS foi responsável por uma nova forma de visualizar a assistência à saúde, já que na sua filosofia reúne ações preventivas, promocionais e assistenciais em contraponto ao modelo tradicional centrado na doença e no hospital 119. Assim, a partir da sua criação, diversos modelos assistenciais foram formulados, entre eles o Programa de Inversão da Atenção e a Odontologia para bebês. O primeiro exemplo enfatizou medidas preventivas para a redução da cárie dentária, rompendo com o tratamento estritamente cirúrgico-restaurador, no entanto atendia apenas a um grupo restrito da população. Já a Odontologia para bebês resgatou o atendimento de crianças de 0 a 30 meses abandonadas pela assistência que não valorizava a importância da dentição decídua 82. Apesar de terem sido experiências de sucesso local, essas propostas não superaram o caráter excludente e hegemônico em saúde bucal no Brasil, uma vez que mantinham o foco do serviço público de saúde na atenção às crianças e aos escolares83,113.

(20)

Saúde (PACS) com atuação desde 1991 de forma exitosa. Essas equipes eram compostas minimamente por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de 3 a 5 agentes comunitários de saúde. Iniciou-se como programa, mas logo se transformou em Estratégia a qual prioriza a promoção, prevenção e recuperação da saúde da família, incluindo-se ainda nesse modelo assistencial à área de abrangência com adscrição da clientela, ações intersetoriais, equipes multiprofissionais e participação comunitária 25.

A Estratégia de Saúde da Família deve romper com a estrutura da organização disciplinar tradicional e oferecer condições para que médicos, cirurgiões – dentistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, engenheiros e demais profissionais sejam capazes de estabelecer conexões entre os conhecimentos específicos de cada profissão 95.

Contudo, essa intersetorialidade não ocorre de maneira efetiva pelo menos no que se refere à Saúde Bucal. A inserção da Odontologia na ESF só veio acontecer em dezembro de 2000 através da Portaria n. 1444 do MS frente aos alarmantes resultados obtidos pela Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio em 1998. Uma parcela importante da população brasileira não tinha acesso a serviços odontológicos e do ponto de vista do acesso, tinha-se nas extrações dentárias a solução para o alívio da dor em populações de baixo nível socioeconômico 93.

Considerando-se o dever de garantir acesso integral às ações de saúde bucal, a partir dos dados do último levantamento epidemiológico nacional em saúde bucal realizado no Brasil, SB Brasil 2003, o qual mostrou que os principais problemas de saúde bucal a serem enfrentados são: a cárie dentária, suas consequências (dor e perda dentária) e a falta de acesso às ações e serviços de saúde bucal decorrente da desigualdade social, o MS através da criação da Política Nacional de Saúde Bucal de 2004, “Brasil Sorridente – Saúde Bucal Levada a

Sério”, instituiu a criação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD), além dos critérios, normas e requisitos para sua habilitação 17.

(21)

Os CEOs podem ser de três tipos distintos e diferenciam-se basicamente pela quantidade de consultórios odontológicos instalados. O CEO tipo I é composto por 3 consultórios odontológicos completos, o tipo II de 4 a 6 e o tipo III por 7 ou mais consultórios24.

Atualmente, no Brasil 853 Centros de Especialidades Odontológicas estão em funcionamento e mais 100 em fase de construção, distribuídos em todos os estados e o estado do Rio Grande do Norte conta com 21 CEOs, todos do tipo II 22.

Os Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD) são os estabelecimentos registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) como Unidade de Saúde de Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT) para realizar, no mínimo, o serviço de prótese dentária total e/ou prótese parcial removível. Hoje, 664 LRPD estão em funcionamento no Brasil com produção anual de cerca de 480 mil próteses 22.

Entretanto, dados do levantamento epidemiológico realizado (SBBrasil 2010) revelam que 3 milhões de idosos ainda necessitam de próteses nas duas arcadas e outros 4 milhões precisam de próteses parciais em pelo menos uma arcada. Embora esse índice tenha reduzido em 52% nos adolescentes e 70% nos adultos quando comparados com os dados de 2003, evidencia ainda a falta de acesso de grande parte da população aos procedimentos especializados, reafirmando a necessidade de assegurar atendimentos nos níveis secundários e terciários, com a criação de fluxos assistenciais que impliquem em ações resolutivas das equipes de saúde 22.

(22)

3.2

AVALIAÇÃO DO SERVIÇO

Avaliar pode ser definido como uma atividade que consiste essencialmente em aplicar um julgamento de valor a uma intervenção, ou sobre qualquer um dos seus componentes, capaz de fornecer informações cientificamente válidas e socialmente legítimas, com vistas à tomada de decisão 37.

No Brasil, o desenvolvimento de pesquisas avaliativas de políticas públicas só iniciou por volta da década de 80117 e apresenta-se ainda por meio de processos incipientes, pouco incorporados às práticas, não se constituindo como ferramenta de suporte decisório, nem de formação das pessoas nele envolvidos 19.

Desta maneira, a institucionalização da avaliação do serviço por meio da formulação de uma Política Nacional de Avaliação em Saúde que teria a orientação de tornar uma rotina a avaliação do serviço, partindo do princípio que tal ato só agrega valor quando o conhecimento e o uso das informações produzidas geram aprimoramento institucional e profissional 48 é defendida por alguns autores.

3.2.1 Qualidade Técnica das Próteses dentárias totais convencionais

O edentulismo caracteriza-se pela perda de todos os dentes permanentes 1, resultado de um processo multifatorial que envolve tanto aspectos biológicos (cárie dentária e doença periodontal) como aspectos não biológicos (dificuldade de acesso ao serviço de saúde, iatrogenias, traumatismos, preferências do indivíduo, opções de tratamento) e não apenas a um resultado inevitável do envelhecimento 38. Apesar dos progressos alcançados na prevenção da cárie dentária e da doença periodontal, o edentulismo ainda apresenta alta incidência mundial 79,90 estimada pela Organização Mundial da Saúde em 2005 de 7% a 69%90.

(23)

As próteses dentárias retratam a possibilidade de melhora na realização dessas funções, do restabelecimento da estética e socialização 28,29,35,51,76, contribuindo para a auto-estima e saúde geral do indivíduo 46.

A obtenção de uma função mastigatória mais adequada tem importância fundamental, uma vez que influencia na digestão dos alimentos de indivíduos que muitas vezes já apresentam sua capacidade de liberação de suco gástrico reduzida em função da idade 30. E contribui em reduzir a ingestão de drogas relacionadas ao combate de problemas gastrointestinais nestes indivíduos 26.

Contudo, torna-se importante antes de restabelecer os tecidos orais perdidos, realizar um exame clínico criterioso dos tecidos de suporte das próteses totais convencionais, mucosas dos rebordos, palato, lábios, bochechas e assoalho bucal. Verificar a mobilidade de todos os tecidos que entrarão em contato com as próteses, a quantidade e qualidade da saliva, forma e sensibilidade do palato, inserções musculares e freios, além de aspectos radiográficos, pois com a senilidade, a mucosa oral encontra-se atrófica e relativamente mais seca, com um maior número de glândulas salivares ectópicas, maior queratinização da língua e menor queratinização da mucosa palatal, cicatrização mais lenta e, ainda, maior probabilidade a alterações malignas, podendo gerar dificuldades para se conseguir um tratamento reabilitador satisfatório para pacientes totalmente desdentados, com retenção, suporte e estabilidade necessários 56.

Em conjunto, deve-se realizar um adequado planejamento, associado a técnicas e cuidados específicos para cada alteração encontrada3, avaliar a qualidade das próteses totais antigas, escutar os pacientes em relação as suas limitações como a mastigação e fonação, que podem resultar de problemas na oclusão e em relação à estabilidade e suporte destas próteses56.

Entretanto, nos últimos anos, as próteses totais convencionais tornaram-se alvos de inúmeros questionamentos, visto que vários procedimentos empregados na sua confecção não são baseados em métodos científicos rígidos e sim derivados de observações clínicas ao longo dos anos 31. Diferentes metodologias, coletas de dados, número de variáveis e até mesmo a diferença na atribuição de valores a esses critérios dificultam a comparação entre os estudos e uma avaliação objetiva com relação à qualidade técnica das próteses totais convencionais 8.

(24)

Bergman, Carlsson e Hedegard14 usaram a oclusão, articulação, estabilidade das próteses, aparência da mucosa da área chapeável e resiliência da mesma para realizar essa avaliação. Yoshizumi124 também avaliou qualidade técnica através de variáveis, como: oclusão, adaptação da base, extensão da borda e dimensão vertical de oclusão. Já Rayson et al.96 avaliaram oclusão em relação cêntrica, retenção e estabilidade da prótese superior e inferior e condições do tecido de suporte. Bergman e Carlsson15 investigaram adaptação, estética, capacidade de mastigação e fonética. Vervoon, et al.120 mensuraram a qualidade técnica através de nove variáveis: retenção e estabilidade da prótese total superior e inferior, adaptação, espaço funcional livre, oclusão, contatos e movimentação de relação cêntrica para máxima intercuspidação habitual.

Por sua vez Sato et al.102 elaboraram um método de avaliação de qualidade técnica para prótese total em que 16 variáveis foram pesquisadas e através do método de regressão múltipla conseguiram relacionar 7 fatores como os que mais contribuíram para a qualidade das próteses totais sendo eles: estabilidade, oclusão, articulação, retenção, extensão da borda da prótese inferior, distância interoclusal e arranjo dos dentes artificiais anteriores. Mccord e Grant75 propuseram um questionário em que analisavam retenção, selado periférico, extensão da borda, relacionamento dos arcos, dentes artificiais, aparência, rebordo e áreas de suporte. O SBBrasil 201023 utilizou a metodologia de avaliação das próteses através da retenção, estabilidade, fixação e estética.

A atribuição de critérios à qualidade técnica das próteses totais também é bem diversa, apresentando-se na forma dicotômica: satisfatória ou insatisfatória14,23,32,98,124, em três categorias: boa, regular e ruim 13,44,88,92, em quatro 107, em cinco 16,42,61ou até em sete categorias96.

O sistema simplificado de dicotomização é preferível para Rise98 por ser de fácil aplicação em pesquisa epidemiológica além de facilitar análises estatísticas, sugerindo seu uso em programas públicos geriátricos.

(25)

Retenção e estabilidade

A retenção das próteses totais convencionais é definida como a resistência ao movimento vertical oposto aos tecidos da área basal e depende das forças de deslocamento ao longo da via de inserção 66.

Segundo Hardy e Kapur 57 a retenção das próteses totais sofre influência de fatores físicos, fisiológicos, psíquicos, mecânicos e cirúrgicos. Os principais fatores físicos estão relacionados aos fenômenos de adesão, coesão, tensão superficial e pressão atmosféricas. Dentre os fatores fisiológicos destacam-se características anatômicas do rebordo, tonicidade dos tecidos, controle neuromuscular, qualidade e quantidade de saliva. A retenção das próteses totais depende também das técnicas de moldagem utilizada e dos tecidos da área peri-basal 41,66,115.

Deficiências na retenção e estabilidade das próteses são queixas comuns dos usuários portadores de próteses com relação à mastigação. Sendo assim, a qualidade técnica é um dos principais fatores que influencia na utilização de novas próteses 82.

Dentre os principais fatores que estabelecem efetividade às próteses totais, a retenção e a estabilidade constam como elementos básicos de biomecânica que viabilizam sua qualidade funcional 28. Sato et al.102 avaliaram 16 fatores com relação a qualidade técnica das próteses totais convencionais e encontraram forte relação da retenção e estabilidade. Autores como Bergman 14, Morin 77, Pietrokovski 91, também estudaram essas variáveis em seus estudos.

Rendell, et al. 97 estudaram a retenção das próteses totais com vista aos deslocamentos durante a mastigação, deglutição e fonação. Em dois grupos de pacientes, um com próteses bem ajustadas e outro com próteses mal ajustadas não obtendo diferença entre os grupos.

A retenção de uma prótese nem sempre influencia a estabilidade. Pode-se obter uma excelente retenção através da plena abrangência da área chapeável, mas se não houver atenção quanto à distribuição das forças aplicadas sobre a prótese, não haverá estabilidade 29.

(26)

deglutindo durante vários anos, com a eficiência que julgam necessária e suficiente para cumprir suas atividades fisiológicas e sociais 36.

Bergman, et al.14 verificaram que a oclusão cêntrica e a oclusão em movimentos excursivos se deterioravam no período de dois anos, enquanto que a estabilidade das próteses se mantinha inalterada.

Segundo Tamaki 115 a retenção e a estabilidade das próteses totais propiciam maior eficiência mastigatória e são preocupações constantes dos protesistas. A falta de selamento periférico, que geralmente acomete mais as próteses inferiores, podem alterar a pronúncia do paciente e sua habilidade de mastigar, uma vez que diminui a retenção da prótese causando instabilidade da mesma3. A xerostomia e o controle neuromuscular alterado também contribuem para diminuir as forças de retenção 56.

Estética

Em uma sociedade na qual o apelo estético é marcante, a colocação das próteses totais representa o restabelecimento do senso de normalidade e permite que o paciente possa novamente interagir com a sociedade 35.

Muitas vezes há uma diferença de opinião sobre a estética das próteses entre o cirurgião-dentista e o paciente e também do paciente com vizinhos ou familiares 32. A prótese deve condizer com as características físicas do paciente para que a aparência do indivíduo seja restabelecida de maneira harmoniosa 99.

A determinação da estética da prótese não consiste apenas na correta seleção dos dentes artificiais, mas sim num conjunto de fatores como técnica de moldagem, plano oclusal, dimensão vertical e relação cêntrica. A perda dos dentes favorece o processo de reabsorção do osso alveolar e a ocorrência do colapso facial 99.

(27)

Fixação

A fixação impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso-gengival sob a ação das forças mastigatórias 54, reduzindo a incidência de lesões provocadas por traumas na mucosa oral.

A prevalência de lesões na cavidade oral decorrentes do uso de próteses totais não está totalmente definida. Usuários de próteses totais tem maior prevalência de lesões orais quando comparado aos que não usam próteses. Mas isso é bastante discutido, haja vista que a maioria dos estudos é realizada entre indivíduos desdentados que usam próteses e indivíduos dentados, existindo diferenças na microbiota oral e hábitos desses pacientes, não podendo ser comparados 38.

Segundo Feltrin et al.49 as lesões que mais acometem a cavidade bucal dos usuários de próteses totais convencionais são: hiperplasia fibrosa inflamatória, estomatite, úlcera traumática, hiperplasia papilomatosa inflamatória e candidíase.

As estomatites são respostas do tecido às agressões decorrentes de traumas associados à oclusão ou articulação, desadaptação, dimensão vertical incorreta, falta de higienização e da presença de fungos 86,89.

As hiperlasias fibrosas inflamatórias são lesões que mais comumente aparecem devido à sobreextensão das bordas da prótese no fórnix dos vestíbulos, formando grandes massas teciduais que mesmo indolores incomodam o paciente. As hiperplasias papilomatosas inflamatórias estão bem relacionadas às irregularidades da base das próteses, higiene deficiente e baixo fluxo salivar sob a prótese, caracterizam-se por superfície lisa, textura papulomatosa, contorno regular, coloração normal ou eritematosa 80.

(28)

3.2.2 Satisfação dos usuários com as próteses totais convencionais

Os pacientes vivenciam diferentes valores, conceitos e graus de satisfação com a própria saúde, os quais se baseiam na informação, nos conhecimentos adquiridos e modificados pela experiência prévia e pelas normas sociais e culturais. Desta maneira, o cirurgião-dentista deve estar preparado para dialogar com o paciente na tentativa de reconhecer suas necessidades 69,101.

A insatisfação com as próteses não é um fato raro de ser observado. Barenthin 6, Norheim e Vanderhaug 81 afirmaram que 25% dos pacientes tinham problemas severos com suas próteses, sendo a queixa de dor e problemas na retenção os mais citados. Seifert104 colocou que a satisfação do paciente é quase um sinônimo da sua habilidade em usar e adaptar às próteses totais convencionais.

São muitas as formas de mensurar satisfação: questionários, índices ou escalas 5,7,43,68,75. Acrescidas a isso ainda há a grande diversidade de meios com os quais se podem registrar as variáveis. Existem métodos que atribuem escores aos fatores através de somas ou médias, há relato de paciente através de uma questão simples a respeito da satisfação geral, há ocorrências de queixas dos pacientes, até avaliações sobre a aceitação das próteses realizadas por psicólogos e/ou cirurgiões-dentistas 8.

Habitualmente tais métodos classificam os pacientes dicotomicamente (satisfeitos e insatisfeitos)2,44,91, em quatro tipos (muito insatisfeito, insatisfeito, satisfeito e muito satisfeito) 10,40,103, ou em cinco graduações (muito insatisfeito, insatisfeito, pouco satisfeito, satisfeito e muito satisfeito) 120.

O tipo de metodologia empregada para determinar o grau de satisfação dos usuários com suas próteses totais convencionais pode proporcionar variações de resultados também devido ao meio como foi obtida a informação (entrevista, questionário via correio ou através de escala analógica visual) e o próprio conjunto de perguntas aplicadas 55,96.

(29)

Os estudos analisam fatores causais em separado, pela dificuldade de abranger todas as variáveis relacionadas à satisfação. Devido a essa diversidade, torna-se difícil saber qual fator exerce maior ou menor influência.

Alguns pacientes são incapazes de se adaptarem física e psicologicamente às próteses totais 75, assim um bom relacionamento do cirurgião-dentista com o paciente contribui para aumentar a chance de sucesso do tratamento, pois ao transmitir confiança ao paciente, este passa a cooperar mais com o tratamento oferecido 72.

Muitas vezes não há correlação entre a avaliação do cirurgião-dentista e a avaliação subjetiva do paciente em relação à prótese total convencional 65. Uma prótese de qualidade técnica insatisfatória pode ser bem tolerada pelo paciente, enquanto uma de boa qualidade, não. Isto tem gerado muita confusão e discussão entre pesquisadores 27.

Estudos tem demonstrado que há uma fraca associação entre a satisfação do paciente e a qualidade técnica das próteses, sendo a avaliação clínica dessas e dos tecidos de suporte pelo profissional um fraco indicador de satisfação do paciente 32,59, com exceção à percepção da retenção, segundo Chamberlain et al.34. Já Sato, et al. 103 acreditam que a satisfação com relação as próteses totais convencionais pode ser avaliada através de fatores como retenção, estabilidade, mastigação, pronúncia, conforto, dor, estética e adaptação.

Heyink, Heezenm e Schaub60 estudaram a relação entre a qualidade técnica das próteses e o grau de satisfação em 131 pacientes. Cinco itens compunham a escala que avaliava a qualidade técnica: retenção, adaptação, oclusão, estabilidade e peso das mesmas. Não houve correlação entre a qualidade técnica e as queixas dos indivíduos.

Parâmetros como personalidade do paciente, relação com o dentista e a atitude perante a nova prótese são importantes para determinar a satisfação perante o tratamento 62,104,106, bem como a existência de problemas emocionais, dentre eles: a morte do parceiro no casamento, o divórcio ou a prisão do indivíduo63. A auto-imagem do paciente também influencia na aceitação da prótese total 109. Contudo, Smith111 não encontrou relação entre aspectos de personalidades (hipocondria, ansiedade, depressão e histeria) com o grau de satisfação.

(30)

Powter e Cleaton-Jones 94 realizaram um estudo por meio de questionário tentando classificar 258 pacientes desdentados totais com relação à satisfação ou não com a utilização das próteses. Os pacientes considerados insatisfeitos apresentavam uma relação significante com a idade (mais idosos), usavam a prótese menos tempo que os demais e necessitavam de um tempo maior de retornos após a instalação.

Awad e Feine4 indicaram através de uma análise univariada que a idade é um fator preditivo da satisfação geral com as próteses totais inferiores, sugerindo que quanto mais velho o paciente, menos satisfeito com suas próteses, mas quando analisou de forma multivariada, esse efeito não foi observado.

Berg, et al.11 estudaram a influência das variáveis anamnésicas, demográficas e clínicas sobre o grau de satisfação dos pacientes portadores de próteses totais convencionais. As variáveis clínicas observadas foram a forma do rebordo alveolar, resiliência das fibromucosas, musculatura orofacial e o estado das próteses (oclusão, articulação, dimensão vertical, adaptação, material da base e dentes). De acordo com os resultados nenhuma variável se mostrou significante para a aceitação das novas próteses.

Relacionando-se à satisfação dos pacientes com suas próteses notou-se que as com maior tempo de uso eram as mais aceitas, enquanto que o fator dor foi determinante na insatisfação de homens e mulheres 105. Pacientes que apresentam dentes na região mandibular tem a tendência a estarem menos satisfeitos com sua prótese maxilar do que aqueles que utilizam próteses em ambos os arcos81 assim como pacientes mais idosos, que usavam próteses a menos tempo e necessitaram de um maior número de retornos após a instalação das próteses também estavam mais insatisfeitos.

O tipo de material (resina ou porcelana) dos dentes artificiais não tem influência na satisfação, mas já o conforto durante a mastigação apresenta 32,70,124. O conforto e a retenção da prótese superior foi mais importante na apreciação do paciente com relação à satisfação.

Vários estudos realizados não encontraram diferenças significantes com relação ao grau de satisfação e o sexo dos pacientes 5,12,32,70,92. Contudo, Massler74 admite que existem diferenças entre os sexos na adaptação das próteses totais, principalmente entre as mulheres no período da menopausa.

(31)

comprometer a satisfação do usuário, fato que está intimamente relacionado ao sucesso da prótese inferior.

(32)

4

METODOLOGIA

4.1

TIPO DE ESTUDO

Avaliação de serviço

4.2

LOCAL E POPULAÇÃO ESTUDADA

Indivíduos que foram submetidos à reabilitação protética por meio de próteses totais convencionais nos Centros de Especialidades Odontológicas dos municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Macaíba no período de 2007 a 2009, período no qual todos os CEOs já realizavam esse procedimento. Em Natal apenas um CEO que realiza atendimento na especialidade de prótese dentária.

4.3

CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO

A população estudada caracteriza-se por indivíduos com grande mobilidade, dificultando contatos telefônicos e residenciais. Além de terem realizado tratamento em um serviço público que apresenta pouco tempo de implantação e ainda apresenta problemas de registros de seus usuários.

4.4

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Foram incluídos os pacientes submetidos a tratamento protético nos CEOs da Grande Natal no período de 2007 a 2009, excluindo aqueles que não residiam mais no município, que não foram localizados, tiveram óbito, estavam hospitalizados, aqueles que já realizaram a troca das próteses dentárias ou que não as possuíam mais.

4.5

COLETA DE DADOS

Os dados (nome, endereço e telefone) dos pacientes submetidos a tratamento protético no período de 2007 a 2009 nos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal –

(33)

CEO e listados para a localização dos mesmos. Em seguida, foi realizado contato por telefone, carta e/ou através dos agentes comunitários de saúde, para convidar esses pacientes a comparecerem em data e hora marcada para realização de entrevista e avaliação clínica no Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para os usuários do CEO do município de Natal e nos demais municípios na unidade básica mais próxima de sua residência. As variáveis de estudo foram obtidas através de questionário contendo perguntas abertas e fechadas, exame clínico do paciente e exame das próteses dentárias. Antes de iniciar a coleta de dados, todos os pacientes foram informados de forma verbal sobre a realização do estudo e foi solicitada a leitura e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para a participação na pesquisa (ANEXO A). O questionário (ANEXO B) foi subdividido da seguinte forma:

Dados pessoais: nome, endereço, gênero, estado civil e telefone.

Condição sócio-econômica dos pacientes: escolaridade e renda familiar.

Histórico do uso das próteses: Os pacientes foram questionados a respeito de sua experiência passada com próteses, se já haviam feito uso de próteses ou não como também se havia sido próteses totais simples ou duplas, bem como o tempo de uso. Avaliação do serviço: Os pacientes foram questionados sobre o tempo que esperaram para iniciar o tratamento, o tempo que durou o tratamento, se foram contra-referenciados à unidade básica de origem e se continuaram com o tratamento na unidade básica.

Grau de satisfação: O grau de satisfação foi obtido de duas maneiras.

Através do relato do paciente por uma questão simples a respeito da satisfação geral com relação às próteses.

Através do questionário idealizado por Sato103 e validado por Cunha40. As questões serão relativas às sensações dos pacientes com as próteses totais em relação a: mastigação, gustação, pronúncia, dor, estética, adaptação, retenção e conforto.

Avaliação clínica das próteses totais:

(34)

da avaliação da qualidade técnica das próteses. Tal análise envolveu os seguintes aspectos:

Retenção:

A prótese deveria manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação, fonação, etc. A retenção foi avaliada

como “insatisfatória” quando não houve resistência alguma ao deslocamento vertical ou lateral durante qualquer dos movimentos acima descritos; “satisfatória”, quando houve

resistência aos movimentos fisiológicos do paciente, porém pouca resistência a um pequeno toque do examinador ou quando houver resistência normal à mobilidade da prótese tanto sob ação dos movimentos fisiológicos do paciente quanto de pequenos toques no sentido vertical do examinador.

Estabilidade:

A prótese, uma vez em posição, não devia deslocar-se ou mover-se, seja em repouso, seja em movimento. Gentilmente, foi forçado pelo examinador a base da prótese na direção dos tecidos. Se não houve nenhum movimento perceptível ou um deslocamento leve, até cerca de 1mm, a avaliação da estabilidade foi considerada

“satisfatória”. Se o deslocamento foi superior a 1mm, foi considerada “insatisfatória”. Fixação:

Impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso-gengival sob a ação das forças mastigatórias, assim a prótese não deve lesionar os tecidos orais do paciente. Se a prótese causou lesão na cavidade oral, com exceção de candidíase – que pode ser provocada também pela falta de higiene oral- a prótese foi considerada “insatisfatória”,

se não provocou lesão foi classificada como satisfatória. Estética:

A presença de manchas, fraturas e/ou a prótese não estivesse adequada ao perfil facial do paciente era classificada como “insatisfatória”, se não apresentasse mancha,

fraturas e estivesse adequada ao perfil facial do indivíduo foi classificada como

“satisfatória”.

Se em um desses itens foi classificado como insatisfatório a classificação da qualidade

técnica da prótese foi “insatisfatória”. Uma prótese satisfatória não apresenta nenhum dos 4

(35)

Foram utilizados para o exame: cadeira, iluminação natural e espelho para o exame intra-bucal. Todos os dados foram preenchidos manualmente no questionário e depois transferidos para um banco de dados em formato eletrônico no software Excel 2007.

4.6

VARIÁVEIS ESTUDADAS

4.6.1 Qualidade Técnica

VARIÁVEIS DEPENDENTES

NOME DA

VARIÁVEL DESCRIÇÃO CATEGORIAS

Qualidade técnica da

prótese superior Resultado da avaliação dos 4 itens do questionário de qualidade técnica das próteses

(1) Prótese satisfatória (2) Prótese insatisfatória

Qualidade técnica da prótese inferior

Resultado da avaliação dos 4 itens do questionário de qualidade técnica das próteses

(1) Prótese satisfatória (2) Prótese insatisfatória

Retenção da prótese superior

Capacidade da prótese de manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação e fonação

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Retenção da prótese inferior

Capacidade da prótese de manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação e fonação

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estabilidade da prótese superior

Capacidade da prótese, uma vez em posição, de não deslocar ou mover, seja em repouso, seja em movimento

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estabilidade da prótese

inferior Capacidade da prótese, uma vez em posição, de não deslocar ou mover, seja em repouso, seja em movimento

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Fixação da prótese superior

Impede o deslizamento da prótese no sentido

(36)

gengival sob a ação das forças mastigatórias

Fixação da prótese

inferior Impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso-gengival sob a ação das forças mastigatórias

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estética da prótese superior

Não apresentar manchas, fraturas e/ou não estiver adequada ao perfil facial do paciente

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estética da prótese

inferior Não fraturas e/ou não estiver apresentar manchas, adequada ao perfil facial do paciente

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

4.6.2. Satisfação dos usuários

VARIÁVEIS DEPENDENTES

NOME DA

VARIÁVEL DESCRIÇÃO CATEGORIAS

Satisfação geral Como o paciente se sente em relação ao serviço e a prótese a ele disponibilizada.

(1) Satisfeito (2) Insatisfeito Satisfação com a

retenção Capacidade da prótese em resistir às forças extrusivas que tendem a deslocar a prótese

(1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com a

estabilidade

É a resistência a movimentos e forças horizontais que tendem a alterar a relação entre a base da prótese e o seu apoio em direção horizontal ou rotatória. É a qualidade de permanecer firme em sua posição quando forças lhes são aplicadas.

(1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito

Satisfação com a adaptação

Capacidade da prótese de se adaptar a tecidos orais sob as quais está retida.

(37)

(4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com o

conforto

Sensação de bem estar (1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com a

estética

Se cor e forma dos dentes se harmonizam com as características faciais dos pacientes.

(1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com a

fonação Capacidade de articular as palavras de forma correta (1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito Satisfação com o

paladar Capacidade do individuo sentir o gosto e textura dos alimentos (1) 0 a 25 insatisfeito (2) 26 a 50 pouco satisfeito (3) 51 a 75 satisfeito

(4)76 a 100 muito satisfeito

VARIÁVEIS INDEPENDENTES

Gênero Categoria fundamentada na distinção natural dos sexos

(1) Masculino (2) Feminino Idade Tempo de vida no momento do

estudo

Sem categorização

Renda familiar Somatório do valor monetário recebido por todos os membros que residem em um mesmo domicílio

Sem categorização

Escolaridade Máximo nível escolar freqüentado pelo indivíduo

Sem categorização

Estado civil Existência e condições de existência do indivíduo perante a lei civil.

(1) Solteiro(a) (2) Casado(a) (3) Viúvo (4) Divorciado Uso prévio de prótese Se antes da colocação da

(38)

feito o uso de uma outra. (2) Não Número de retornos Quantas vezes o paciente

retornou para realizar ajustes na prótese

Sem categorização

Retenção da prótese

superior Capacidade da prótese de manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação, fonação

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Retenção da prótese

inferior Capacidade da prótese de manter-se em posição durante os movimentos fisiológicos normais do paciente como: deglutição, mastigação, fonação

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

„Estabilidade da prótese

superior Capacidade da prótese, uma vez em posição, de não deslocar ou mover, seja em repouso, seja em movimento

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estabilidade da prótese inferior

Capacidade da prótese, uma vez em posição, de não deslocar ou mover, seja em repouso, seja em movimento

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Fixação da prótese superior

Impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso-gengival sob a ação das forças mastigatórias

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Fixação da prótese inferior

Impede o deslizamento da prótese no sentido ocluso-gengival sob a ação das forças mastigatórias

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estética da prótese superior

Não apresentar manchas, fraturas e/ou não tivesse adequada ao perfil facial do paciente

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

Estética da prótese

inferior Não fraturas e/ou não tivesse apresentar manchas, adequada ao perfil facial do paciente

(1) Satisfatória (2) Insatisfatória

(39)

prótese superior itens do questionário de

qualidade técnica das próteses (2) Prótese insatisfatória Qualidade técnica da

prótese inferior Resultado da avaliação dos 4 itens do questionário de qualidade técnica das próteses

(1) Prótese satisfatória (2) Prótese insatisfatória

4.7

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os resultados foram apresentados de maneira descritiva por meio de números absolutos e proporções. A determinação da associação entre as variáveis independentes e as variáveis dependentes, foi realizada pelo teste de associação qui-quadrado e o teste exato de Fisher (quando as células com eventos esperados forem menores do que cinco). Foi realizada a análise de regressão logística para avaliação do efeito líquido das variáveis intervenientes sobre os desfechos.

4.8

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

(40)

5

RESULTADOS

De acordo com os dados fornecidos pelos coordenadores dos Centros de Especialidades Odontológicas dos municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante, o CEO Morton Mariz do município de Natal reabilitou no período de 2007 a 2009 um total de 179 indivíduos. Desse grupo, 43 indivíduos foram localizados, entretanto apenas 36 participaram da pesquisa, dos demais 2 haviam falecidos, 2 não se adaptaram as próteses e as descartaram e 3 se recusaram a participar. O CEO de Parnamirim produziu nesse mesmo período 526 próteses totais convencionais (321 próteses totais superiores e 205 próteses totais inferiores), dentre os 334 indivíduos reabilitados com próteses totais apenas 36 foram localizados, participando da pesquisa 35 usuários, um usuário havia falecido. Por sua vez o CEO do município de Macaíba produziu nesse triênio 1190 próteses totais superiores e 836 próteses totais inferiores, dentre os 1211 indivíduos reabilitados com as PTC, 45 foram localizados e participaram da pesquisa. Por último, o CEO de São Gonçalo do Amarante produziu 243 próteses totais, dentre os 158 indivíduos reabilitados com as PTC, 33 participaram da pesquisa. (Gráfico 1)

Um total de 233 próteses foram avaliadas, destas 148 próteses eram próteses totais convencionais superiores e 85 próteses totais convencionais inferiores. A maioria dos pacientes foram reabilitados com próteses totais convencionais bimaxilares (56,4%, N=84), 64 usuários com prótese convencional superior (43%) e 1 usuário foi reabilitado apenas com prótese total inferior (0,6%).

Nos quatro Centros de Especialidades Odontológicas prevaleceu o sexo feminino com 111 examinados (74,5%), com idade média de 59,48 anos (36-89) e renda familiar média de 540 reais (0-3000). (Tabela 1)

Com relação à qualidade técnica das próteses totais convencionais superiores confeccionadas nesses centros, 52,7% (N=78) foram classificadas como satisfatória, o mesmo não ocorrendo com as próteses totais inferiores as quais foram classificadas em 90,5% como insatisfatórias (N= 67). (Tabela 2)

(41)

O tempo médio para o primeiro atendimento foi de 3 meses (0-28meses) enquanto que para receber a prótese foi de 4 meses (1-12 meses), aproximadamente. Para confecção da prótese a média de sessões foi de 6,06 (3-15 sessões). O número médio de retornos para adaptação foi de 0,9 vezes (0-6 vezes). Apenas 24 pacientes (16,1%) foram contra-refenciados à unidade básica de saúde para acompanhamento da prótese. E somente 18 (12,1%) deram continuidade ao tratamento. (Tabela 4)

Com relação ao histórico do uso de próteses 86,6% (N= 129) e 51,7% (N=77) dos usuários já haviam utilizado prótese superior e inferior, respectivamente, antes das realizadas no CEO, com média de uso da prótese superior de 20,0 anos e da inferior 10,75 anos.

A presença de lesão proveniente da prótese superior foi de 21,5% (N=32), sendo 18 apresentando candidíase (18,8%) e 4 (2,7%) com úlcera traumática. Somente 8 pacientes apresentaram lesão devido a prótese inferior, sendo a maioria úlcera traumática (N=7) e um caso de hiperplasia fibrosa inflamatória . (Tabela 5)

A qualidade técnica das próteses totais superiores, bem como a retenção e a estabilidade apresentaram associação significativa com a satisfação do usuário. (Tabela 6-10)

179

334

1211

158

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Natal Parnamirim Macaíba São Gonçalo

Nº de indivíduos reabilitados com pt convencionais

(42)

Tabela 1 – Caracterização sócio-demográfica dos usuários do setor de prótese do Centro de Especialidade Odontológica da Grande Natal – RN, 2007-2009

Variáveis N %

(43)

Tabela 2 – Características técnicas das próteses dentárias realizadas nos CEOs da Grande Natal-RN no período de 2007-2009

VARIÁVEIS Satisfatória Insatisfatória

N % N %

Qualidade técnica da prótese total superior 78 52,7% 70 47,3%

Qualidade técnica da prótese inferior 7 9.5% 67 90,5%

Retenção da PT total da prótese superior 40 27% 108 73%

Retenção da PT total da prótese inferior 62 83,8% 12 16,2%

Estabilidade da PT total da prótese superior 39 26,4% 109 73,6%

Estabilidade da PT total da prótese inferior 60 81,1% 14 18,9%

Fixação da PT total da prótese superior 32 21,6% 116 78,4%

Fixação da PT total da prótese inferior 8 10,8% 66 89,2%

Estética da PT total da prótese superior 42 28,4% 106 71,6%

Estética da pt total da prótese inferior 14 18,9% 60 81,1%

Gráfico 2- Desfecho das próteses confeccionadas nos CEOs da Grande Natal- RN, no período de 2007-2009.

82% 3%

9% 1% 5% Paciente usa as próteses

Não usa a pt superior por problemas técnicos

Não usa a pt inferior por problemas técnicos

(44)

Tabela 3 – Satisfação dos usuários do setor de prótese dentária dos CEOs da Grande Natal-RN no período de 2007-2009

VARIÁVEIS SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Satisfação geral 103 69,1% 46 30,9%

Mastigação 99 68,8% 45 31,2%

Gustação 114 79,2% 30 20,8%

Pronúncia 110 76,4% 34 23,6%

Ausência no arco superior 124 86,7% 19 13,3%

Ausência no arco inferior 48 57,1% 36 42,9%

Estética 114 79,2% 30 20,8%

Adaptação da prótese arco superior 131 91,6% 12 8,4%

Adaptação da prótese arco inferior 53 63,1% 31 36,9%

Retenção da prótese do arco superior 111 77,6% 32 22,4%

Retenção da prótese do arco inferior 24 28,9% 59 71,1%

Conforto da prótese do arco superior 120 83,9% 23 16,1%

(45)

Tabela 4 – Histórico do uso de prótese dos usuários dos Centros de Especialidades Odontológicas da Grande Natal, no período de 2007 a 2009

Variáveis N %

Utilizou prótese dentária superior antes da realizada no CEO Sim Não 129 20 86,6% 13,4%

Utilizou prótese dentária inferior antes da realizada no CEO Sim

Não

Tipo de prótese dentária superior utilizada antes da realizada no CEO

Não utilizou nenhuma prótese Prótese total superior

Prótese parcial removível

Tipo de prótese dentária inferior utilizada antes da realizada no CEO

Não utilizou nenhuma prótese Prótese total inferior

Prótese parcial removível

77 72 20 124 5 72 65 12 51,7% 48,3% 13,4% 83,2% 3,4% 48,3% 43,6% 8,1%

Tabela 5 – Lesões orais provenientes das próteses totais convencionais encontradas nos usuários do setor de prótese dentária dos CEOs da Grande Natal – RN, no período de 2007-2009

Variáveis N %

Lesão na mucosa superior associada à prótese Sim Não 32 116 21,6% 78,4%

Tipo de Lesão no arco superior Candidose

Hiperplasia Úlcera Traumática

Lesão na mucosa inferior associada à prótese Sim

Não

(46)

Tabela 6 – Relação da satisfação geral do paciente com as características sócio-demográficas dos usuários dos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Idade

Adultos (36-59anos) 59 74,7% 20 25,3% 1,784 0,883-3,603 0,105

Idosos (60 anos ou mais) 43 62,3% 26 37,7%

Gênero

Masculino 26 68,4% 12 31,6% 0,957 0,432-2,117 0,913

Feminino 77 69,4% 34 30,6%

Renda familiar

Até 510,00 reais 75 67,6% 36 32,4% 0,772 0,337-1,765 0,538

Mais de 510,00 reais 27 73,0% 10 27,0%

Escolaridade

Até 4 anos de estudo 49 65,3% 26 34,7% 0,711 0,353-1,433 0,339

(47)

Tabela 7 – Relação da satisfação geral do paciente com características serviço de prótese dentária oferecido nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Experiência profissional

Especialista 71 68,3% 33 31,7% 0,730 0,407-1,879 0,874 Não especialista 32 71,1% 13 28,9%

Número de retornos

(48)

Tabela 8 – Relação da satisfação geral do paciente com características do histórico de uso de prótese e presença de dentes funcionais nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Uso anterior de prótese total superior

Sim 89 69,0% 40 31,0% 0,954

0,342-2,662

1,000

Não 14 70,0% 6 30,0%

Uso anterior de prótese total inferior

Sim 56 72,7% 21 27,3% 1,418

0,706-2,850

0,325

Não 47 65,3% 25 34,7%

Presença de dentes funcionais

Sim 40 70,2% 17 29,8% 0,710

0,330-1,525

0,378

(49)

Tabela 9 – Relação da satisfação geral do paciente com características técnicas das próteses totais superiores dos usuários nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Qualidade técnica da prótese superior

Sim 60 76,9% 18 23,1% 2,093

1,025-4,272

0,041

Não 43 61,4% 27 38,6%

Retenção da prótese superior

Folgada 20 50% 20 50% 0,301

0,140-0,647

0,002

Apertada 83 76,9% 25 23,1%

Estabilidade da prótese superior

Presença de deslocamento e báscula

17 43,6% 22 56,4% 0,207 0,094-0,452

<0,001

Ausência de deslocamento e báscula

86 76,9% 23 21,1%

Fixação da prótese superior

Apresentam lesão 21 65,6% 11 34,4% 0,792 0,345-1,819

0,665

(50)

Estética da prótese superior

Presença de manchas e/ou fraturas e/ou desconformidade com o perfil facial

32 76,2% 10 23,8% 1,577 0,697-3,572

0,325

Ausência de manchas, fraturas e desconformidade com o perfil facial

71 67,0% 35 33,0%

Tabela 10 – Relação da satisfação geral do paciente com características técnicas das próteses totais inferiores dos usuários nos CEOs da Grande Natal –RN, no período de 2007-2009.

VARIÁVEIS SATISFAÇÃO GERAL OR IC P

SATISFEITOS INSATISFEITOS

N % N %

Qualidade técnica da prótese inferior

Sim 3 42,9% 4 57,1% 0,276

0,056-1,353

0,186

Não 49 73,1% 18 26,9%

Retenção da prótese inferior

Folgada 45 72,6% 17 27,4% 2,647 0,750-9,348

0,122

Apertada 6 50,0% 6 50,0%

Estabilidade da prótese inferior

(51)

e báscula 4,412 Ausência de deslocamento

e báscula

9 64,3% 5 35,7%

Fixação da prótese inferior

Apresentam lesão 5 62,5% 3 37,5% 0,764 0,167-3,485

0,727

Não apresentam lesão 48 68,6% 22 31,4%

Estética da prótese inferior

Presença de manchas e/ou fraturas e/ou desconformidade com o perfil facial

11 78,6% 3 21,4% 1,974 0,495-7,867

0,329

Ausência de manchas, fraturas e desconformidade com o perfil facial

Imagem

Gráfico  1  –  Quantidades  de  indivíduos  reabilitados  com  próteses  totais  nos  municípios  de  Natal, Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante no período de 2007-2009
Tabela 1  – Caracterização sócio-demográfica dos usuários do setor de prótese do Centro de  Especialidade Odontológica da Grande Natal  – RN, 2007-2009
Tabela  2  –  Características  técnicas  das  próteses  dentárias  realizadas  nos  CEOs  da  Grande  Natal-RN no período de 2007-2009
Tabela 3  – Satisfação dos usuários do setor de prótese dentária dos CEOs da Grande Natal- Natal-RN no período de 2007-2009
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