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Coleta de dados

No documento Evidências de validade e precisão (páginas 96-99)

4. MÉTODO

4.3. P ROCEDIMENTOS

4.3.2. Coleta de dados

Inicialmente, este projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP. O

processo de coleta de dados somente foi iniciado após a devida aprovação do projeto por este comitê (conforme documento do Anexo B).

A partir dos objetivos propostos neste trabalho, os cuidados relativos ao uso de instrumentos de avaliação psicológica foram assegurados, assim como no que concerne aos princípios éticos de pesquisa envolvendo a participação de seres humanos. Neste trabalho, foram garantidos aos participantes os princípios propostos pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 1), assinado pelos voluntários e seus pais/responsáveis. Manteve-se ainda asManteve-segurado o direito sobre a informação obtida com a aplicação das técnicas de avaliação psicológica, embora nenhum voluntário tenha solicitado devolutiva sobre seus resultados. Informações sobre o processo de Orientação Profissional/Vocacional e conceitos básicos envolvidos neste processo foram apresentadas aos alunos por meio de palestras nas escolas participantes, na tentativa de retribuir aos envolvidos algum ganho pessoal de natureza informativa e reflexiva. Talvez decorrente desta atenção ao processo coletivo dos estudantes tenha preenchido parcialmente as necessidades situacionais de informações sobre os processos de escolha profissional, de modo a não haver posterior solicitação de devolutiva individual dos resultados encontrados.

Para dar início à execução desta investigação científica, inicialmente, a pesquisadora identificou, na região central da cidade de Ribeirão Preto (SP), as escolas municipais e estaduais de Ribeirão Preto (SP) de Ensino Médio. Esta região da cidade foi escolhida por viabilidade técnica e por centralizar o atendimento educacional neste nível de formação, favorecendo a realização do trabalho. Procurou-se o contato com os dirigentes destas escolas, obtendo-se permissão para a pesquisa em duas delas, onde foi executada.

Uma vez obtida a autorização institucional para a pesquisa, solicitou-se a colaboração voluntária dos estudantes, após esclarecimentos sobre o trabalho em sala de aula, focalizando os objetivos e os métodos deste trabalho. A partir do interesse manifesto em colaborar com o estudo, foram enviadas, por meio dos próprios voluntários, cartas explicativas, juntamente com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Apêndice A), aos pais ou responsáveis dos alunos, a ser assinado por ambos (responsável e participante do estudo). Juntamente com o TCLE foram enviados também o Questionário sobre História Pessoal e Familiar (Apêndice B) do participante da pesquisa e o Questionário de Nível Econômico (Anexo A). Estes documentos, já preenchidos, foram devolvidos à pesquisadora, juntamente com o TCLE, funcionando como base informativa para aplicação dos critérios de seleção dos participantes.

Após a obtenção dos referidos documentos, deu-se início então ao processo de coleta de dados, o qual foi desenvolvido em dois momentos. O primeiro se deu em Outubro de 2006 e, o segundo, nos meses de Março, Abril e Junho de 2007, respeitando-se a disponibilidade das escolas colaboradoras, ainda que resultando em intervalos não desejados no processo de coleta dos dados deste trabalho. Foi necessária a realização desta segunda etapa de busca de participantes, tendo em vista que o número inicial alcançado era insuficiente para as análises pretendidas no trabalho.

Devido à necessidade das aplicações coletivas ocorrerem em horário regular de aula, verificou-se o quadro de horários dos alunos de terceiro ano médio das escolas colaboradoras, agendando-se a aplicação dos instrumentos junto aos professores das várias turmas. A grande maioria deles foi colaboradora com esta pesquisa e a aplicação dos instrumentos de avaliação psicológica foi possível em horário regular de sala de aula.

Em função das duas formas do BBT-Br (masculino e feminino), foi necessário separar os participantes em salas específicas para o processo de aplicação dos instrumentos desta pesquisa. Para otimizar a coleta dos dados, no entanto, duas classes de alunos foram agendadas para o mesmo horário já que, devido à separação das turmas em função do sexo, o espaço físico de uma sala de aula comportava o número de alunos. Ainda para garantir os devidos cuidados técnicos e a necessária tranquilidade nas aplicações coletivas dos instrumentos, foram designados dois psicólogos para cada uma das salas. Vale a pena ressaltar que o número de alunas foi sempre predominante em todas as turmas escolares.

Respeitadas as condições necessárias para a coleta dos dados, deu-se início à aplicação dos instrumentos. O primeiro instrumento aplicado foi o BBT-Br, na forma de slides. As instruções foram lidas em conjunto e após esclarecimento das dúvidas, deu-se início à aplicação. As fotos foram apresentadas por meio de um projetor de slides, com tempo programado de projeção de 17 segundos para cada foto, em tela específica para esta função. Conforme as 96 fotos eram projetadas, os alunos as classificaram em formulário próprio, segundo as instruções do teste. O tempo médio de aplicação foi de 40 minutos.

Finalizada a aplicação do BBT, seus protocolos foram recolhidos e na sequência, foram distribuídos os protocolos do SDS (forma CE). Realizou-se a leitura da instrução padronizada para o SDS e após esclarecimentos das dúvidas, deu-se início à aplicação do SDS. O tempo médio utilizado pelos alunos ficou em torno de 20 minutos. Na medida em os alunos finalizavam a resolução desta técnica, foram orientados a sinalizar isto a um dos aplicadores, de modo a conferir rapidamente e recolher o material preenchido.

Como tentativa de contrapartida ao esforço das escolas e dos alunos participantes, a pesquisadora ofereceu uma apresentação dos resultados descritivos globais desta pesquisa, na forma de palestra na própria escola. No entanto, a diretoria manifestou interesse de que a pesquisadora apresentasse uma palestra aos seus alunos sobre o tema da Orientação Profissional. Para este evento, foram convidados todos os alunos matriculados no terceiro ano do ensino médio destas escolas, sendo que esta palestra se realizou em duas ocasiões, ambas no período noturno. O interesse manifestado pelos alunos foi grande, tanto diante da pesquisa quanto diante destas palestras sobre OPV, sendo que se pode julgar que foi possível auxiliá-los no processo de autoconhecimento, orientando-os sobre a importância das características de personalidade na determinação dos interesses profissionais e das escolhas ocupacionais.

No documento Evidências de validade e precisão (páginas 96-99)

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