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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.6. Predição de médias de cruzamentos

4.7.3. Com base na análise de linhas e diagonais conjunta e

Com o objetivo de se obter inferências a respeito das interações das variâncias com ambientes, estas foram estimadas com base nos quadrados médios das Tabelas 19 à 28 para todos os caracteres (Tabela 48). Nesta são apresentados os valores de CGC de cada população (cl91 e 0\2), as variâncias aditiva e dominante interpopulacional (02A12 e 0

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012), e as respectivas interações.

Segundo Vencovsky & Barriga ( 1992) em uma análise conjunta, o valor do efeito principal mais a interação deve representar a média do valor do efeito para n ambientes. Assim, considerando a média dos três locais de cada efeito principal como o valor de referência, analisou-se em valores percentuais quanto desse valor coube na análise conjunta ao efeito principal e quanto coube a interação.

Comparando-se estes efeitos com a análise conjunta para capacidade de combinação, observou-se que para a variância aditiva interpopulacional, o comportamento foi muito semelhante ao comportamento de CGC grupos. As interações tiveram maior participação para PRO e PG com valores percentuais de 41, 12 e 38,56% respectivamente. Na análise de capacidade de combinação os valores percentuais da interação CGC grupos para esses dois caracteres foram de 47,39 e 41,48% respectivamente. Para AP, AE e

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FF, os valores percentuais da fonte interação da variância aditiva interpopulacional com locais foram de 1,53; 5,03 e 19,87%, ao passo que os valores percentuais da interação CGC grupos com locais para esses caracteres foram de 17,98; 13,04 e 16,69% respectivamente. Portanto, pode-se considerar que apenas para AP ocorreu uma diferença um pouco mais expressiva.

Já para as interações de variância cl 012 * locais, a exemplo de CEC

x locais, os valores percentuais foram sempre maiores que os valores das interações c?A12 * locais indicando novamente que quando os efeitos de

dominância tiveram maior importância que os efeitos aditivos, a questão da diferença entre ambientes deve ser vista com mais com cautela, pois como demonstrado tanto os efeitos de CEC como de cl 012 , que geneticamente guardam

semelhança, apresentam maior interação com o ambiente.

Para a interação clo12 * locais foram obtidos valores de 61,29% para

PG; 42,79% para AP, próximos de zero para AE; 28,45% para FF e 31,54% para PRO. Com exceção dos valores de AE e PRO , os demais foram muito semelhantes aos valores percentuais de CEC x locais da análise de capacidade de combinação. Mostra também que a interação deve ser vista considerando-se as populações e o caráter principal que está sendo submetido à seleção.

Pellicano ( 1990) analisando resultados de cruzamentos interpopulacionais em Goiânia - GO, Sete Lagoas - MG e Londrina - PR, relatou que o valor de clA*Loc foi 2,4 vezes menor que clA para o caráter peso de

espigas. Segundo o autor, estes resultados indicam que existe variabilidade genética aditiva suficiente para permitir progressos substanciais com seleção para uma ampla região. No presente trabalho, a participação da interação, na média foi 1,59 vezes menor que a variância aditiva, não ocorrendo grande alteração desse valor para as variâncias do grupo 1 e grupo 2. Em outras palavras, cr2A*Loc teve uma participação de 38,56% sobre a variância aditiva total, o

que indica que ainda é possível se obter ganhos com seleção para uma ampla região, principalmente visando maior estabilidade de produção como ressaltado

por Pandey et ai. ( 1991 ). Os valores percentuais das interações aqui obtidos são semelhantes aos obtidos por Rodrigues & Hallauer (1991 ), e Frank & Hallauer ( 1999).

Para os demais caracteres, com exceção de PRO onde a interação teve participação semelhante à PG, os demais caracteres mostraram valores percentuais relativamente baixos para as interações. Isto também está de acordo com Pellicano (1990), e como ressaltado por este autor, indica que a seleção para estes caracteres pode ser feita tomando-se os dados em um número menor de locais, principalmente quando houver limitações para tal.

4. 7.4. Com base nas análises de "top-cross"

A avaliação de linhagens ou progênies através de "top-cross" além de permitir o conhecimento da capacidade de combinação , permite também a obtenção da estimativa da variância aditiva interpopulacional.

A Tabela 49 apresenta as estimativas dessa variância para os dois "top-cresses" por local e uma média entre eles. Comparando-se com a variância aditiva interpopulacíonal (

cl

A12) obtida através da média dos três locais no ensaio

de cruzamento dialélico, observou-se que os valores ficaram próximos para AP e AE. Porém, foi praticamente o triplo para PG e o dobro para PRO que são caracteres que tem maior participação dos efeitos de dominância e também maior interação com o ambiente.

Como já mencionado anteriormente, a precisão das estimativas aqui, podem se menores em função da menor representatividade dos alelos tanto do testador quanto das progênies, por causa da realização de um único cruzamento por progênie.

Considerando-se separadamente e/ A12 da população BR 106 e ci A21

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ocorrido nos cruzamentos dialélícos, foram sempre menores que as variâncias da população BR 106, com exceção de FF.

Na análise conjunta (Tabela 50), a participação da interação na

cl(A12J foi de 43,67%. Portanto, ligeiramente superior ao valor obtido no CDPCI

que foi de 38,56%. No entanto, analisando separadamente os valores obtidos no TC 1 (progênies de BR 106), e TC 2 (progênies de IAPAR 26), observa-se que a interação teve participação de 30,94% no TC 1 contra 68, 12% no TC 2. Já no ensaio de cruzamento dialélico, como mencionado anteriormente, a diferença na participação percentual da interação na variância aditiva foi muito pequena, ficando em 37,64% para o grupo 1 e 41,83% no grupo 2.

Os valores percentuais da interação nos "top-crosses" traz novamente à discussão a importância do testador. No TC 1, onde a população IAPAR 26 foi utilizada como testador, a interação teve participação 2,2 vezes menor que cr2A12 , valor este próximo ao citado por Pellicano (1990) e que indica

boas possibilidades de ganho de seleção para os três ambientes. O mesmo não ocorreu quando a população BR 106 foi utilizada como testadora onde verificou­ se uma participação maior da interação sobre cr2A21 total. Como já discutido

anteriormente, aqui mais uma vez os dados indicam a possibilidade de se obter maiores ganhos de seleção utilizando-se a população IAPAR 26 como testadora de ambas, como sugerido por Souza Jr. ( 1993).

Para os demais caracteres, os valores percentuais são semelhantes aos obtidos nas estimativas da análise conjunta do dialélico parcial com a interação apresentando valor alto para PRO e de menor magnitude para os demais. Com relação ao caráter PRO, novamente os dados indicam uma maior influência dos problemas ambientais e uma grande interação entre estes e os efeitos genéticos.

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