• Nenhum resultado encontrado

30 2.2.1.4 Com Todas as Letras 9, Porto Editora

No documento Relatório de estágio (páginas 41-44)

O outro manual que analisámos foi o Com todas as Letras 9, da Porto Editora, elaborado por Fernanda Costa e Olga Magalhães e a revisão científica esteve a cargo de António Moreno, Helena Couto Lopes e João Veloso.

Fig.14: Manual Com todas as Letras, Porto Editora

Ano de edição/reimpressão: 2012 Páginas: 304

Editor: Porto Editora Idioma: Português

Dimensões: 195 x 269 x 26 mm Encadernação: capa mole

Revisor: António Moreno, helena Couto Lopes, João Veloso

Este manual começa por apresentar um índice geral onde são elencadas todas as unidades, assim como uma divisão por texto/autor; outros textos e competências/atividades/conteúdos. As competências apresentadas são: ler, compreender, escrever, ouvir, falar e o funcionamento da língua. Apresenta também duas atividades, que exercitam a autonomia do aluno, que são Ler mais e Queres jogar?, dinamizando atividades e estratégias lúdicas para a aprendizagem da Língua Portuguesa. O manual goza ainda de um índice remissivo, um índice de autores e um índice de ilustradores. No final do livro, apresenta-se um Apêndice Gramatical, seguindo-se as Autocorreções das fichas de autoavaliação.

Em relação à estrutura do manual, este divide-se em quatro grandes unidades, designadamente: unidade 1-Texto Narrativo em Prosa - que apresenta um conjunto de texto, como os contos tradicionais, as lendas, as crónicas, os contos de autor; Unidade 2-Texto Dramático - que analisa o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente; Unidade 3-Texto Narrativo em Prosa - que analisa Os Lusíadas de Luís de Camões; Unidade 4-Texto Poético - que analisa poemas dos autores indicados no programa e outros. Possui uma unidade O- Recomeçar – que

31

prepara o aluno para a avaliação diagnóstica e para o manuseamento do manual, ou seja, são um conjunto de atividades para as primeiras aulas.

Em relação às unidades, todas apresentam a seguinte estrutura: os textos principais da unidade, seguidos de atividades que abarcam os diferentes domínios da língua; um conjunto de fichas informativas e, no final, uma ficha de autoavaliação. Por exemplo, na segunda unidade, intitulada - Texto Dramático - começa por apresentar uma ficha intitulada “o que vou aprender”, em que o aluno inicia a unidade lendo aquilo que no final da unidade deverá ser capaz; de seguida, apresenta um conjunto de textos relacionados com o autor, Gil Vicente, o tempo e a sociedade do seu tempo; seguidamente, inicia-se o estudo do auto da Barca do Inferno propriamente dito, em que se analisam, individualmente, as cenas do Auto. Após a leitura de cada cena, o aluno tem uma ficha de trabalho para realizar, nas áreas Ler /

Compreender, Funcionamento da Língua e Escrever/ Falar. Aparece também, em algumas

fichas, a competência Investigar, Comparar ou Ler mais. No final de cada unidade, aparece um conjunto de fichas informativas sobre assuntos tratados ao longo da unidade. Esta termina com a realização de uma ficha de autoavaliação e com a indicação da autocorreção.

Agregado a este manual encontra-se um caderno de exercícios que contemplam exercícios gramaticais relativos a todos os conteúdos do programa e um banco de imagens com sugestões de exploração. Apresenta também um Cd-Áudio com alguns textos recitados motivando os alunos para o estudo de diferentes tipologias textuais. Este manual contém ainda um pequeno livro intitulado Um fio de fumo nos confins do Mar de Alice Vieira e uma proposta de leitura orientada no próprio manual. Toda a pedagogia do manual parte da leitura do texto para trabalhar os diferentes domínios do oral, da escrita e do funcionamento da língua, respondendo aos objetivos e conteúdos essenciais do programa, assim como, às orientações curriculares.

Ao nível metodológico, patenteia uma organização estruturada, funcional e coerente, de modo a facilitar o estudo por parte do aluno, desenvolvendo a autonomia e a criatividade, apresentando um conjunto de atividades diversificadas. Em relação ao nível comunicativo, o manual apresenta uma organização e conceção gráfica que facilita a sua utilização. Podemos concluir que este manual se encontra bem organizado, com estratégias motivadoras e enriquecedoras, permitindo uma aquisição pertinente dos conhecimentos por ele veiculados. Seguidamente, faremos uma análise do tipo de exercícios que promove para desenvolver a competência oral.

32

Total de exercícios 95% Exercícios de oralidade 5%

2.2.1.5. Manual Com todas as Letras 9 e a Oralidade

Após a análise acerca da estrutura organizacional do manual, faremos, agora, um levantamento das atividades propostas no âmbito da oralidade.

Uma vez que este manual se destina a turmas do 9.º ano, não é possível compará-lo com o manual de Língua Estrangeira, visto o manual analisado ser para um 7.º ano, nível iniciação. Ao folhear o livro, a primeira impressão com que ficamos é que tem muitos textos e muitos exercícios de pergunta/resposta, parecendo-nos que há uma primazia da leitura/escrita sobre a oralidade (e não nos enganámos!).

Assim, num universo de oitocentos e noventa exercícios, apenas quarenta e oito são dedicados à oralidade, ou seja, é uma percentagem mínima, como se pode ver no seguinte gráfico.

Gráfico 7: Percentagem de exercícios no manual

Apenas existem, no manual, quarenta e oito exercícios referente ao domínio da oralidade numa totalidade de oitocentos e noventa. Destes quarenta e oito exercícios, vinte e um são dedicados à compreensão do oral e vinte e sete à expressão ou interação do oral. Todas as atividades de compreensão oral partem da leitura de um texto e, posteriormente, resposta a questionários orientados. O aluno não tem que ativar muitas das suas competências, apenas ler bem respeitando a pontuação e, responder ao questionário.

O docente pede, a um ou mais alunos, para procederem à leitura do texto, posteriormente, respondem às questões e, após a sua resolução, um aluno, de cada vez, lê a sua resposta. Podemos concluir que o aluno assume, na maioria do tempo, um papel passivo, isto é, ouvinte, não sendo necessário interagir muito. Por sua vez, o docente assume um papel de líder, na medida em que expõe a matéria ou determina quem fala. Isto leva a que o docente monopolize toda a sala de aula, não permitindo que o aluno extravase as suas opiniões ou pareceres, uma vez que as propostas de oralidade que surgem limitam-se, na sua maioria, à leitura de textos.

Há apenas dezassete desses textos que, em vez de lidos, por um aluno ou docente, podem ser escutados, através do CD- Áudio do professor. Aqui, o aluno limita-se a ouvir, caso o docente não coloque questões acerca da audição e não apresente exercícios de orientação

33

para o aluno. Apenas há um exercício em que pede ao aluno que recolha informação e exponha os dados oralmente, na unidade 3, página 184.

Fig.15: Exercício retirado do Manual

No documento Relatório de estágio (páginas 41-44)