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Capítulo 3 – Relatório de Estágio em Farmácia Hospitalar

12. Comissões técnicas

As comissões técnicas são órgãos consultivos especializados nas mais diversas áreas de forma a garantir a qualidade dos serviços prestados pelo hospital.

No HSM existem as seguintes comissões técnicas: Comissão de Catástrofe e Emergência Interna; Comissão de Coordenação Oncológica; Comissão de Ética; Comissão de Farmácia e Terapêutica; Comissão de Humanização, Qualidade e Segurança do Doente; Comissão de Informatização Clínica; Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho; Comissão Pró Aleitamento Materno; Direção do Internato Médico e Comissão de Controlo de Infeção, da qual faz parte o Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA).(17)

Deste extenso conjunto o farmacêutico apenas faz parte da CFT, da Comissão de Ética (CE) e da Comissão de Controlo de Infeção (PPCIRA), sendo que nesta última a presença do farmacêutico não é obrigatória.

A CFT é constituída no máximo por seis elementos, estando os médicos e os farmacêuticos em paridade e sendo obrigatória a presença do Diretor(a) clínica. Esta comissão encontra-se regulada pelo Despacho n.º 1083/2004, de 1 de dezembro de 2003. (DR, 2ª série, n.º 14, de 17

de janeiro de 2004).(18) Faz parte das suas competências o estabelecimento da ligação entre os serviços médicos e os serviços farmacêuticos; discussão sobre o acréscimo ou exclusão de medicamentos do Formulário de Medicamentos Hospitalar, bem como o cumprimento deste mesmo formulário; abordar a terapêutica instituída aos doentes; dar parecer sobre protocolos de tratamento e sobre a aquisição de novos medicamentos/ produtos.

A CT é regulada pelo Decreto-Lei n.º 97/95, de 10 de maio, com as alterações presentes na Lei n.º 46/2004, de 19 de agosto.(19) É constituída por sete elementos, entre eles médicos, farmacêuticos, enfermeiros, psicológicos, juristas, teólogos, sociólogos ou outros profissionais das ciências sociais e humanas. Como maior competência a CT tem o dever de zelar pela salvaguarda da dignidade e integridade humanas, nomeadamente aquando da realização de ensaios clínicos ou outros protocolos de investigação científica.

A Comissão de Controlo de Infeção tem como principal competência a implementação e seguimento do PPCIRA, cuja sua criação foi determinada no Despacho n.º 2902/2013, de 22 de fevereiro de 2013.(20) Desta forma, torna-se possível minimizar o risco de infeções e resistências antimicrobianas, bem como promover a correta utilização dos antibióticos. No decorrer do meu estágio surgiu a possibilidade de estar presente numa reunião da CFT, na qual foram discutidos e aprovados protocolos de tratamento de vários doentes, bem como a aquisição de novos produtos. Com isto fiquei a perceber a importância de existirem estas comissões e de se realizarem reuniões periodicamente, uma vez que os assuntos a serem tratados englobam muitas valências do hospital e consequentemente a sua qualidade.

13. Conclusão

Chegando ao fim do meu estágio em Farmácia Hospitalar, é com todo o agrado que afirmo que estas 8 semanas passadas no HSM, se revelaram numa excelente e enriquecedora experiência que sem dúvida superou as minhas expetativas.

Durante todo este tempo tive a oportunidade de passar pelas mais diversas áreas onde o farmacêutico hospitalar pode intervir, o que me permitiu consolidar e aprofundar os conhecimentos por mim adquiridos ao longo dos 5 anos do curso.

Ao acompanhar com detalhe o trabalho desempenhado pelos profissionais de saúde, apercebi- me ainda mais do importante papel que o farmacêutico hospitalar desempenha, ao garantir que o doente recebe o medicamento com a segurança e qualidade desejáveis para dele usufruir o maior benefício. Um outro facto que me deixou surpresa foi a presença do farmacêutico numa equipa multidisciplinar, onde a “voz” do farmacêutico se faz ouvir, quer seja nas visitas médicas ou nas reuniões da CFT, tendo este um grande contributo nas discussões sobre as escolhas terapêuticas mais adequadas.

Desde modo, só me resta deixar o meu sincero agradecimento a toda a equipa dos SF do HSM e ao Dr. Jorge Aperta, por terem contribuído para a minha evolução enquanto pessoa e futura farmacêutica, através da disponibilidade em me transmitirem os seus conhecimentos, por me colocarem à vontade para expor todas as perguntas e esclarecer as minhas dúvidas e por toda a confiança demonstrada.

Referências

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13. Ministério da Saúde. Portaria n.o 594/2004, de 2 de junho. Diário da República no

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18. Infarmed. Despacho n.o 1083/2004, de 1 de Dezembro. Legislação Farmacêutica

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20. Ministério da Saúde. Despacho n.o 2902/2013, de 22 de fevereiro - Programa de

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Anexos

Anexo 1. Cromatograma e respetivo espetro de massa (Product