• Nenhum resultado encontrado

Comparação das características analisadas entre a planta enxertada e pé-franco de

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.2 Comparação das características analisadas entre a planta enxertada e pé-franco de

Na primeira época de colheita não houve diferença entre a planta enxertada e pé-franco quando irrigadas sem CO2 para MS de folhas e nem para o N-t nas

folhas (Tabela 13).

A planta enxertada teve maior 15N nas folhas que a planta pé-franco. A QNPPF e a % R também foi maior nas folhas da planta enxertada, o que retrata a maior velocidade com que planta enxertada e irrigada sem CO2 absorve e transporta N para as folhas,

sete dias após a aplicação do fertilizante, em relação à planta pé-franco.

Em relação aos frutos, o 15N foi a única variável que diferiu entre a

planta enxertada e pé-franco quando irrigadas sem CO2 , sendo que o transporte do 15N para os

frutos da planta enxertada foi mais intenso que o da planta pé-franco, isso sete dias após aplicação do fertilizante.

As outras características tiveram valores semelhantes entre planta enxertada e pé-franco, não diferindo estatisticamente.

Quando irrigada com a dose de 5 L min-1 de CO

2 (D1), não houve

diferença entre a planta enxertada e pé-franco, no acúmulo de MS das folhas e nem do N-t das folhas. Também não teve diferença no 15N das folhas da planta enxertada e pé-franco, o mesmo acontecendo com a QNPPF e a % R (Tabela 13).

As características analisadas entre os frutos da planta enxertada e pé- franco também não diferenciaram, acontecendo o mesmo com as folhas. A MS e o N-t foram semelhantes nos frutos da planta enxertada e pé-franco. O transporte do 15N para os frutos, a QNPPF e a % R pelos frutos da planta enxertada foi semelhante ao pé-franco, não diferindo entre si, aos sete dias após a aplicação do fertilizante com abundância em 15N.

Mesmo quando irrigada com a dose de 10 L min-1 a planta enxertada não diferiu do pé-franco em relação às características estudadas nas folhas e nos frutos. A MS e o N-t das folhas não diferiu entre a planta enxertada e pé-franco. O 15N, a QNPPF e a % R nas folhas também não diferiram entre a planta enxertada e pé-franco, na primeira época de colheita, ou seja, sete dias após a aplicação do fertilizante (Tabela 13).

Tabela 13. Massa seca (MS), do nitrogênio total (N-t), do excesso de 15N (15N), da quantidade de

nitrogênio proveniente do fertilizante (QNPPF) e da porcentagem de recuperação do fertilizante (%R) entre a planta enxertada e pé-franco da primeira época de colheita, nas suas folhas e frutos e nas diferentes doses de CO2. FCA/UNESP, Botucatu 2004.

MS (g) N-t (g/g) 15N (%) QNPPF (mg/g) % R Doses

L min-1

Folha Fruto Folha Fruto Folha Fruto Folha Fruto Folha Fruto Enxert 90,8 a 75,8 a 3,29 a 1,24 a 2.14 a 1.47 a 0,35 a 0,20 a 16,85 a 9,71 a 0 Pé-fran 101,2 a 110,6 a 2,91 a 1,93 a 1.35 b 0.82 b 0,17 b 0,16 a 8,16 b 7,61 a Enxert 94,1 a 92,7 a 2,23 a 1,67 a 1.65 a 1.09 a 0,18 a 0,17 a 8,90 a 8,30 a 5 Pé-fran 90,4 a 111,7 a 2,20 a 1,92 a 1.77 a 1.03 a 0,21 a 0,19 a 9,96 a 9,30 a Enxert 78,4 a 108,2 a 1,87 a 2,00 a 1.82 a 1.20 a 0,17 a 0,24 a 8,08 a 11,32 a 10 Pé-fran 78,6 a 102,8 a 2,04 a 2,03 a 1.96 a 1.12 a 0,24 a 0,26 a 11,58 a 12,64 a CV % 19.9 30.2 7.8 18.4 18.4

* Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

A massa seca de folhas e o acúmulo de nitrogênio total nas folhas (N-t) tiveram valores semelhantes na planta enxertada e pé-franco, não diferindo estatisticamente. O excesso de 15N nas folhas, a quantidade de nitrogênio na planta proveniente do fertilizante (QNPPF) nas folhas e a porcentagem de recuperação do nitrogênio do fertilizante (% R) nas folhas, também não diferiu entre a planta enxertada e pé-franco, quando irrigadas sem CO2

dissolvido na água e colhidas na segunda época de colheita (Tabela 14).

Para os frutos, as características estudadas também não diferiram entre a planta enxertada e pé-franco, indicando um equilíbrio entre as plantas em absorver e transportar N para os frutos.

Na dose de 5 L min-1 os valores de MS, N-t, 15N, QNPPF e % R nas

folhas, não diferiram entre a planta enxertada e pé-franco de tomateiro, na segunda época de colheita (Tabela 14).

O acúmulo de MS e N-t nos frutos não diferiu entre a planta enxertada e pé-franco. O fluxo de 15N para os frutos também não teve diferença entre as plantas, sendo que a QNPPF e a % R nos frutos foi semelhante, não havendo diferença significativa entre a planta enxertada e pé-franco.

Tabela 14. Massa seca (MS), do nitrogênio total (N-t), do excesso de 15N (15N), da quantidade de

nitrogênio proveniente do fertilizante (QNPPF) e da porcentagem de recuperação do fertilizante (%R) entre a planta enxertada e pé-franco da primeira época de colheita, nas suas folhas e frutos e nas diferentes doses de CO2. FCA/UNESP, Botucatu 2004.

MS (g) N-t (g/g) 15N (%) QNPPF (mg/g) % R Doses

L min-1

Folha Fruto Folha Fruto Folha Fruto Folha Fruto Folha Fruto Enxert 90,8 a 100,2 a 2,09 a 1,65 a 2,34 a 1,57 a 0,30 a 0,33 a 14,45 a 15,98 a 0 Pé-fran 90,1 a 123,1 a 2,39 a 2,07 a 2,20 a 1,51 a 0,29 a 0,42 a 13,90 a 20,03 a Enxert 97,6 a 136,2 a 2,31 a 2,62 a 2,06 a 1,54 a 0,26 a 0,53 a 12,73 a 25,02 a 5 Pé-fran 96,4 a 139,1 a 2,30 a 2,51 a 1,87 a 1,23 a 0,24 a 0,41 a 11,38 a 19,48 a Enxert 94,3 a 123,1 a 2,04 a 2,29 a 1,99 a 1,57 a 0,23 a 0,43 a 10,94 a 20,63 a 10 Pé-fran 94,4 a 141,4 a 2,37 a 2,91 a 1,83 a 1,44 a 0,23 a 0,57 a 11,17 a 26,88 a CV % 19.9 30.2 7.8 18.4 18.4

* Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Para a dose de 10 L min-1 de CO2 na água de irrigação novamente não

teve diferença entre a planta enxertada e pé-franco para as variáveis estudadas nas folhas e nos frutos (Tabela 14).

Embora na primeira época de colheita a planta enxertada tenha apresentado maior velocidade de absorção de N em relação ao pé-franco, quando irrigadas sem CO2, na segunda época de colheita isso não foi verificado, pois não houve diferença entre

as plantas na absorção e transporte de N para as folhas e frutos. Esse fato pode ser devido à habilidade do sistema radicular do porta-enxerto em absorver o N do fertilizante nos primeiros sete dias após a aplicação, sendo após em quatorze dias essa velocidade de absorção é diluída no tempo, permitindo ao pé-franco igualar-se na absorção e transporte do N para folhas e frutos.

Cañizares (2001), relatou que a enxertia em pepino aumentou a quantidade de nitrogênio na folha da planta em 30% sendo que no caule o ganho em N foi de 49 % em relação ao pé-franco, o que discorda do resultado deste trabalho, talvez devido ao fato do pepineiro ser uma espécie mais adaptada que o tomateiro em relação à enxertia. Macedo Júnior (1998), também encontrou maior quantidade de N no caule da planta enxertada de pepineiro.

A melancia ‘Fujihikari’ enxertada nos híbridos de abóbora ‘Squash’ e ‘Bottle Gourd’ teve maior concentração de N-NO3- no exudato da seiva do xilema que no pé-

franco, na fase de abertura das flores da planta. No entanto, aos 14 e 45 dias após a polinização, somente a planta enxertada no ‘Squash’ apresentou maior teor de N-NO3- na seiva

do xilema (Yamakasi et al., 1994). Essa alteração da taxa de absorção do N também foi verificada neste trabalho, somente na primeira colheita, em que a planta enxertada do tomateiro irrigada sem CO2 teve maior taxa de assimilação do N nas folhas e nos frutos que o

pé-franco, pois, na segunda época de colheita houve equilíbrio na taxa de assimilação do N entre as folhas e os frutos.

Com os resultados obtidos na assimilação do N, a cicatriz formada no ponto de enxertia do tomateiro, não interferiu no transporte de N para as folhas e frutos da planta, mas também não incrementaram a nutrição da parte aérea da planta com o nitrogênio.

4.3 Comparação das características analisadas entre órgãos da planta enxertada e pé-

Documentos relacionados