• Nenhum resultado encontrado

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

4.7 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS

A partir das propostas 1, 2 e 3 elaboradas, pode-se realizar uma análise de possíveis tomadas de decisão a serem realizadas pelo gestor. O primeiro ponto a se analisar é que todas as três propostas elaboradas apresentam um custo inferior de operação ao que a empresa possui atualmente. Sendo assim, tornando-se viável economicamente a realização para cada uma das propostas, visto que para o modelo proposto de terceirização não é necessário nenhum investimento inicial por parte da empresa.

Outro ponto a se analisar, é aumento do nível de serviço com a implementação de alguma das propostas, pois no modelo atual com o envio direto de Porto Alegre para São Paulo, parando em Florianópolis e Curitiba, é necessária uma sincronia das coletas a serem efetuadas nos três estados na mesma semana e em dias específicos. O cenário atual tem um custo mensal para empresa atualmente de R$5.250,00. A proposta 1, desenvolvida com base nas delimitações do gestor, foi a que apresentou o menor custo mensal, cerca de

79

R$4.071,82. A proposta 3 foi a que apresentou o segundo menor custo mensal, cerca de R$4.155,68. E a proposta 2 foi a que apresentou o maior custo mensal entre as três propostas, R$4.383,48. A proposta 1 teve o menor custo, devido ao custo de armazenamento, apesar de a empresa The Big Box Self Storage prestadora do serviço estar localizado em Florianópolis no bairro João Paulo, apresentou um custo inferior a Você Guarda Self Storage localizada na Palhoça no bairro Cidade Universitária Pedra Branca. Um dos motivos é infraestrutura ofertada pela segunda empresa ser bastante superior a primeira, como maior flexibilidade de tamanho ofertado e funcionar 24 horas por dia. Porém é necessário também se analisar a localização do ecoponto, visto a dificuldade de acesso atualmente a ilha de Santa Catarina, devido aos engarrafamentos, estar localizado no continente pode vir ser estratégico para a empresa.

Outro ponto para análise também é que com envio quinzenal, teve-se um custo menor da proposta 3 para a proposta 2. Isso devido que o custo de armazenagem é menor, visto que o espaço necessário passa de 12m² para 6,75m². Apesar de se ter um aumento no custo de transporte, devido a necessidade de dois fretes mensais, mesmo assim teve-se uma economia mensal da proposta 3 para a proposta 2. Segue a Tabela 20 o resumo dos custos mensais de cada proposta e do custo mensal atual.

Tabela 20 - Resumos dos custos.

Fonte: Autoria própria.

Como já mencionado acima, todas as três propostas apresentaram um custo menor que os custos atuais. A proposta 1 apresentou uma economia anual de R$14.138,16, a proposta 2 uma economia anual de R$10.398,24 e a proposta 3 uma economia de R$13.131,84. Essa economia para a empresa, pode representar ao gestor uma possibilidade de investir esse valor em algum outro setor da empresa. Segue abaixo a Tabela 21 a economia de cada proposta.

78

Tabela 21 - Economia anual de cada proposta.

Fonte: Autoria própria.

Assim, pode-se fazer a análise do custo de envio por quilograma, como indicador de comparação para o gestor da empresa. Segundo informação fornecida pelo gestor da empresa, o custo de envio por quilograma atualmente é no valor de R$ 1,50. A proposta 1 teria uma redução de 22,44% no custo, com o custo de R$ 1,16 por quilograma. Já a proposta 2 teria uma redução de 16,51%, com custo de R$1,25 por quilograma e a proposta 3 uma redução de 20,84%, com custo de R$1,19 por quilograma. Segue abaixo a Tabela 22 custo de envio por quilograma.

Tabela 22 - Custo de envio por quilograma.

Fonte: Autoria própria.

Assim, como resultado final, comparando as três propostas, é recomendado para o gestor a implementação da proposta 1 ou da proposta 3. A proposta 1 que foi seguida as delimitações da empresa, apresentou o menor custo das três propostas. Porém a proposta 3, com o envio quinzenal para a sede em São Paulo, pode ser também uma boa opção a ser analisada pelo gestor, visto que existe a possibilidade de ter aumento do nível de serviço, com a maior frequência de envios e também ter um fluxo mais frequente de materiais a serem processados na empresa a cada quinze dias ao invés de uma vez ao mês.

79

5 CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo dos custos logísticos para implementação de um ecoponto na cidade de Florianópolis. O objetivo foi atingido uma vez que os custos logísticos foram calculados com êxito e também foi possível elaborar três propostas para análise do gestor da empresa.

Entre os objetivos específicos, estava o mapear as atividades e custos logísticos da empresa em análise. Por meio de entrevista com o gestor da empresa, e de dados fornecidos pela mesma foi possível realizar o mapeamento. Primeiro realizou-se uma descrição da empresa, em um segundo momento as atividades desenvolvidas internamente e por último as atividades desenvolvidas de coleta na região sul do Brasil. Para mapear os custos atuais da empresa foi realizado entrevistas e coleta de dados quantitativos. Devido a empresa não ter suas atividades logísticas estruturada, os custos apenas foram o total gasto mensalmente pela empresa.

O segundo objetivo específico foi realizar os hierarquização dos principais critérios para a empresa, a se considerar a instalação do ecoponto, tendo como principal critério o custo. O terceiro objetivo específico foi mapear os custos de implementação. Para isso foi feito um levantamento de possíveis locais para armazenamento, na qual foi adotado o modelo Self Storage de armazenagem. Também foi feito um levantamento de custos de transporte, para isso foi realizado cálculos com algumas transportadoras que realizam o serviço.

Por fim, foi proposto cenários para implementação de um ecoponto. A proposta 1 foi acordo com as delimitações do gestor da empresa. Para isso foi escolhido o local de armazenagem sendo na ilha de Santa Catarina e utilizado os custos mapeados anteriormente. Já no sexto objetivo específico foi elaborar as propostas 2 e 3 de acordo com os principais critérios. Por fim, foi comparar as propostas desenvolvidas, conforme mostrado no tópico 4.7 deste trabalho.

Para análise final, pode-se considerar que os resultados foram dentro do esperado. O desenvolvimento do estudo, possibilitou à empresa do estudo, um conhecimento dos custos logísticos, até então desconhecidos pelo gestor. Os cálculos foram todos desenvolvidos em um software de gerenciamento de dados, que posteriormente foram entregues a empresa, junto com um relatório do trabalho desenvolvido. Está em análise na empresa, a implementação ou não do estudo desenvolvido.

78

Na elaboração do estudo de campo, a ausência de confiabilidade nos dados passados pela empresa foi uma limitação do estudo, visto que as informações coletadas não existiam em nenhum registro ou sistema da empresa, sendo as mesmas repassadas diretamente pelo gestor, resultando em dados aproximados que não condizem rigorosamente com a realidade. Outra limitação do estudo, é que não foi possível aferir as oscilações de mercado, e as variações para cada região.

Como recomendação para pesquisas futuras, é indicado o estudo referente as oscilações de demanda de mercado para cada uma dar regiões de coleta, para isso recomenda-se que previamente seja solicitado a empresa que realize o controle dos dados de coleta dos materiais de forma mais estruturada, assim tendo uma maior confiabilidade dos dados. Também é recomendado um estudo de potenciais novas rotas para a empresa, assim pode-se elaborar uma proposta de malha de rede de LR.

Por fim, pode-se ressaltar a importância do Trabalho de Conclusão de Curso para a formação do engenheiro, como possibilidade de aprofundamento do conhecimento na área de interesse do graduando.

79

REFERÊNCIAS

ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2016. Associação

Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Disponível em:

<http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2016.pdf>. Acesso em 03 out. 2018. ADBI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Logística Reversa de Equipamentos Eletroeletrônicos. Análise de Viabilidade Técnica e Econômica, 2013. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1416934886.pdf>. Acesso em: 27 de setembro de 2019.

ALMEIDA, Drielle Aparecida Ferreira do Vale; MOURA, Alex Anderson de Oliveira. LOGÍSTICA REVERSA, Sua importância no cenário ambiental, social e

econômico. 2016.

ALMEIDA, Mário de Souza. Elaboração de projeto, TCC, dissertação e tese:

uma abordage, simples, prática e objetiva. São Paulo: Atlas, 2011.

ASBRASS, O que é Self Storage, 2019. Associação Brasileira de Self Storage. Disponível em: <http://www.asbrass.com.br/o-que-e-self-storage.asp>. Acesso em 17 de out 2019.

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/ Logística

empresarial. Tradução de Raul Rubenich. 5. Ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2006.

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos-: Logística

Empresarial. Bookman Editora, 2009.

BERTO, Rosa Maria Villares et al. A produção científica nos anais do Encontro

Nacional de Engenharia de Produção: um levantamento de métodos e tipos de pesquisa. Production, v. 9, n. 2, p. 65-75, 1999.

BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística Empresarial – O processo

de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo, SP: Editora Atlas S.A., 2002.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Ministério do Meio Ambiente.

Política de resíduos sólidos. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-

de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos>. Acesso em: 03 out. 2018.

BRITO, Elinor Mendes et al. Ecopontos: A anti cultura do lixo. Anais do 22º

Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Joinville. 2003.

CARPANEZ, Juliana, 2007. “Dez mandamentos” reduzem lixo eletrônico. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL87082-6174,00- DEZ+MANDAMENTOS+REDUZEM+LIXO+ELETRONICO.html>. Acesso em: 8 de julho de 2019.

78

CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Logística Reversa será

condicionante do licenciamento ambiental. Disponível em:

<https://cetesb.sp.gov.br/blog/2018/04/06/logistica-reversa-sera-condicionante-do licenciamento-ambiental/>. Acesso em: 17 de outubro de 2019.

CHRISTOPHER, M. Logistics and Supply Chain Management. 4th ed., U.S.A.:

Pearson Education Limited, 2011.

DIAS, S. L. F. G., Labegalini, L., & Csillag, J. M. Sustentabilidade e cadeia de

suprimentos: uma perspectiva comparada de publicações nacionais e internacionais.

Produção, 22(3), 517-533, 2012.

FARIA, Ana Cristina de; COSTA, Maria de Fátima Gameiro da. Gestão de custos

logísticos. São Paulo: Atlas, p. 147-161, 2005.

FIESC, 2018. Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Programa

catarinense de logística empresarial. Custos logísticos na indústria catarinense.

Disponível em:< http://fiesc.com.br/pt-br/file/9611/download?token=XkMW5ZMt >. Acesso em: 01 de outubro de 2019.

FLORESTI, Felipe. Quase todo lixo eletrônico do Brasil é descartado de

maneira errada, 2018. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-

Ambiente/noticia/2018/05/quase-todo-lixo-eletronico-do-brasil-e-descartado-de-maneira- errada.html>. Acesso em: 13 de setembro de 2019.

GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de

Administração de Empresas da EAESP/FGV, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 57-63, mar./abr.

1995.

GUERRA, S. A crise ambiental na sociedade de risco. Lex Humana, v. 1, n. 2, 2009.

ILOS – Instituto de Logística e Supply Chain. Autor: LIMA, Maurício. Custos

logísticos no Brasil, 2014. Disponível em: http://www.ilos.com.br/web/custos-logisticos-

no-brasil/. Acesso em: 12 de setembro de 2019.

JACOBI, Pedro Roberto; BESEN, Gina Rizpah. Gestão de resíduos sólidos em São Paulo: desafios da sustentabilidade. Estudos avançados, v. 25, n. 71, p. 135-158, 2011.

JERONIMO, Guilherme Junqueira; FERREIRA, Deusmaque Carneiro; DA LUZ, Mário Sérgio. Dimensionamento de ecopontos para os resíduos recicláveis secos em Uberaba–MG. Revista Brasileira de Ciência, Tecnologia e Inovação, v. 4, n. 1, p. 61-70, 2019.

LEITE, Paulo Roberto. Direcionadores estratégicos em programas de logística reversa no Brasil. Revista Alcance, 182-201, 2012.

LEITE, P. R. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo:

79

LEITE, Paulo Roberto; LAVEZ, Natalie; SOUZA, Vivian Mansano. Fatores da logística reversa que influem no reaproveitamento do “lixo eletrônico”– um estudo no setor de informática. XII Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações

Internacionais-SIMPOI, 2009.

LIMA, Elis Ribeiro. Avaliação da eficácia dos ecopontos em escolas municipais

da 9a Coordenadoria Regional de Educação do Rio de Janeiro – RJ. 27 f, 2007.

MELO, Ebenézer de Araújo et al. Análise do método de custeio utilizado em

uma empresa de serviços de autoarmazenagem. 2017.

MEURER, Kíria. Ilha do Silício: Florianópolis desponta no mercado nacional

como referência no setor de tecnologia, NSC TV, 2019. Disponível em:

<http://www.asbrass.com.br/o-que-e-self-storage.asp>. Acesso em 17 de out 2019.

MORAES, D. G. S. V. M., Rocha, T. B., & Ewald, M. R. (2014). Life cycle

assessment of cell phones in Brazil based on two reverse logistics scenarios. Production,

24(4), 735-741, 2014.

MOURA, Benjamim. Logística: conceitos e tendências. Centro Atlantico, 2006. NOVAES, Antônio. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. 5°

Edição. Elsevier Brasil, 2016

PEREYRA-ROJAS, M., MU, H. Practical Decision Making - An Introduction

to the Analytic Hierarchy Process (AHP) - Springer, 2017.

RESCH, Sibelly; MATHEUS, Ricardo; FERREIRA, Meire de Fátima. Logística reversa: o caso dos Ecopontos do município de São Paulo. Revista Eletrônica Gestão e

Serviços, v. 3, n. 1, p. 413-430, 2012.

RODRIGUES, William Costa et al. Metodologia científica. Faetec/IST. Paracambi, p. 2-20, 2007.

RODRÍGUEZ, Carlos Manuel Taboada; FOLLMANM, Neimar; AZEVEDO, Jovane, Medina; NILSON, Marisa; CIPULLO, Vinicius Garcia. Custo Logístico: um método para apuração e análise. Revista Mundo Logística, Maringá, p. 22-31, setembro 2014.

ROGERS, D. S.; TIBBEN-LEMBKE, R. S. Going backwards: reverse logistics trends and practices. Pittsburgh: Reverse Logistics Executive Council: Center for

Logistics Management, 1998.

SAATY, T. L. The Analytic Network Process. Pittsburgh: RWS Publications. 2005.

78

SOUZA, S. F., & Fonseca, S. U. L. Logística Reversa: oportunidade para redução de custos em decorrência da evolução do fator ecológico. Revista Terceiro Setor – Vol. 3, nº 1, (pp. 29 – 39), 2009.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2006.

VIANA, Bartira Araújo da Silva; VIANA, Sergio Carlos dos Santos; VIANA, Karla Mariada Silva. Educação ambiental e resíduos sólidos: descarte de medicamentos, uma questão de saúde pública. Revista Geográfica Acadêmica, v. 10, n. 2, p. 56-66, 2016.

VIEIRA, G.H. Análise e comparação dos métodos de decisão multicritério AHP Clássico e Multiplicativo, Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Instituto

Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos, Brasil, 2006.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre:

79

Documentos relacionados