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Análise dos custos logísticos para implementação de ecoponto para empresa Recicladora Urbana

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS CURSO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA

Henrique Baumgarten Pauli

ANÁLISE DOS CUSTOS LOGÍSTICOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE ECOPONTO PARA EMPRESA RECICLADORA URBANA

Florianópolis 2019

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Henrique Baumgarten Pauli

ANÁLISE DOS CUSTOS LOGÍSTICOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE ECOPONTO PARA EMPRESA RECICLADORA URBANA

Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de Engenheiro Mecânico com habilitação em Produção. Orientador: Prof. Carlos Manuel Taboada Rodriguez,Dr.

Coorientadora: Eduarda Dutra de Souza, Me.

Florianópolis 2019

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Ficha de identificação da obra

Pauli, Henrique Baumgarten

ANÁLISE DOS CUSTOS LOGÍSTICOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE ECOPONTO PARA EMPRESA RECICLADORA URBANA / Henrique Baumgarten Pauli; orientador, Carlos Manuel Taboada Rodriguez, coorientador, Eduarda Dutra de Souza, 2019. 79 p.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) -

Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Graduação em Engenharia de Produção Mecânica, Florianópolis, 2019.

Inclui referências.

1. Engenharia de Produção Mecânica. 2. Logística reversa. 3. Custos logísticos. 4. Ecoponto. I. Manuel Taboada

Rodriguez, Carlos . II. Dutra de Souza, Eduarda. III.

Universidade Federal de Santa Catarina. Graduação em Engenharia de Produção Mecânica. IV. Título.

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Henrique Bauingarten Pauli

ANÁLISE DOS CUSTOS LOGÍSTICOS PAriA IMPLEMENTAÇÃO DE

ECOPONTO PARA EMPRESA ]iECICLADOliA UjiBANA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado e aprovado, em sua forma final, pelo curso de Graduação em Engenharia de Produção Mecânica, da Universidade Federal

de Santa Catarina.

Florianópolis, 21 de novembro de 2019.

Píbf. Guilherme Emani Vieira, Dr Coordenador do Curso Banca Examinadora

Prof. Carlos Maj?atei Taboada Rodriguez, Dr Orientador

Universidade Federal de Santa Catarina

Prof. EnzoMsini Frazzon, Dr Avaliador

Universidade Federal de Santa Catarina

ã

,bl Eduarda Dutra de Souza, Me. Avaliadora

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Este trabalho é dedicado a todos que me ajudaram nessa caminhada, em especial minha família.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus e aos meus pais Gilberto e Marester, ao meu irmão/padrinho Renato, e meus avós maternos José Francisco (in memorian) e Maura e avós paternos Sebastião (in memorian) e Maria Goulart (in memorian) por toda a compreensão, carinho e amor e exemplos que me deram durante toda a minha vida. Agradeço também por terem me ensinado valores e lições que moldam o meu caráter e me guiam até hoje.

Ao meu tio Marcondes e minha madrinha Marylandy, aos meus primos Daniel, Marcos, Lucas, Eduarda pela amizade, companheirismo, risadas e pelo apoio em todos os momentos.

Ao Fórmula UFSC, por ser a primeira entidade que participei na universidade e ter me propiciado um grande amadurecimento tanto no aspecto profissional quanto pessoal. Também por todos os amigos que ganhei nesta etapa, especialmente meus amigos Luís Noronha, Carlos Eduardo, Lucas Lara e Arthur Will.

Ao GELOG, por ter um papel importante em minha etapa final de graduação, por ter me dado a oportunidade de conhecer o mundo da Logística e por complementar de forma única o meu aprendizado da graduação. Também por todas amizades que ganhei, especialmente meus grandes amigos Evandro, Gabriela, Lucas, Otávio e Vitor.

Aos meus orientadores Carlos Manuel Taboada Rodriguez e Eduarda Dutra de Souza por toda paciência na orientação deste trabalho e também conhecimentos transmitidos a mim. Também a Eduarda por me orientar no projeto PIBIC e na elaboração de artigos.

Aos meus amigos, familiares, professores, colegas de graduação que de alguma forma me ajudaram a traçar este caminho e que foram fundamentais nessa etapa.

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“O que importa na vida não é ser, nem ter, nem poder. O que importa é fazer, realizar em proveito da Comunidade”. (Raulino Reitz, 1974)

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RESUMO

A problemática da logística reversa (LR), atualmente, tem se estendido para todas as áreas de bens e serviços. Além disso, a LR também vem sofrendo influência no aspecto social, levando as empresas a buscarem outras alternativas na execução e gestão de seus processos. Assim, o estudo ocorre como uma forma de propiciar a melhora na atual gestão de uma empresa do setor de eletroeletrônicos, através de uma análise dos custos de implantação de ecopontos, ou seja, pontos de entrega de material para ser reaproveitado ou reciclado. Na empresa onde foi aplicado o estudo pôde-se verificar que um dos principais problemas consiste em ela possuir nenhum tipo de mapeamento dos custos logísticos envolvendo suas operações externas na região sul do Brasil, como o custo de transporte do material até sua sede em São Paulo, apenas tendo um valor total da operação. Assim, como resultado do estudo proposto, foi possível realizar o mapeamento dos custos logísticos atuais para a região sul do Brasil e propor cenários de melhorias através de hierarquização dos principais critérios para a empresa, como a utilização de ecoponto para consolidação dos materiais antes do envio e redução de dos custos logísticos atuais da empresa. Os desdobramentos deste trabalho devem impactar e contribuir para o preenchimento da lacuna de desenvolvimento científico atual no âmbito estratégico e da logística reversa.

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ABSTRACT

The problem of reverse logistics (RL) currently has been extended to all areas of consumer goods and services. Besides that, RL has also been influenced by the social aspect, leading companies to look for other alternatives in execution and management of their processes. Thus, the study comes to provide an improvement in the present management of an electronics industry company, through an analysis of implantation costs of ecopoints, i.e. delivery points for material to be reused or recycled. In the company where the study was applied, it was verified that one of the main problems is that it has no mapping of logistics costs involving its external operations in southern Brazil, such as the cost of material transporting to its headquarters in São Paulo, only having a total value of the operation. Thereby, as a result of the proposed study, it was possible to map the present logistics costs for the southern region of Brazil and propose improvement scenarios through hierarchization of the main criteria for the company, such as the use of ecopoints to consolidate materials before shipping and reduce the company's present logistics costs. The consequences of this work should impact and contribute to fill the current scientific development gap in strategic and reverse logistics.

Keywords: Reverse logistics. Logistics costs. Ecopoint.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Custos logísticos no Brasil. ... 35

Figura 2 - Custos logísticos em Santa Catarina. ... 35

Figura 3 - Custos logísticos de uma empresa. ... 36

Figura 4 - Etapas do trabalho. ... 37

Figura 5 - Estrutura hierárquica do AHP. ... 40

Figura 6 - Logomarca da Recicladora Urbana ... 43

Figura 7 - Fluxo reverso de REEEs e EEEs... 44

Figura 8 - Fluxograma de processo interno da empresa. ... 45

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LISTA DE QUADROS

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Número de artigos... 38

Tabela 2 - Escala Fundamental de Saaty. ... 40

Tabela 3 - Índice de consistência de uma matriz aleatória (IR). ... 41

Tabela 4 - custos logísticos mensais da região sul. ... 46

Tabela 5 - Resultado dos principais critérios. ... 47

Tabela 6 - Diferentes pontos de recebimento. ... 48

Tabela 7 - Considerando proposta 1 e 2 de recebimento. ... 48

Tabela 8 - Considerando proposta 3 de recebimento. ... 48

Tabela 9 - Planos disponíveis para The Big Box Self Storage ... 49

Tabela 10 - Principais planos disponíveis para Você Guarda Self Storage... 50

Tabela 11 - Demanda mensal de material... 50

Tabela 12 - Custos das transportadoras. ... 51

Tabela 13 - Demanda mensal dos bairros da região de Florianópolis... 51

Tabela 14 - Fretes origem Canasvieiras - Florianópolis ... 52

Tabela 15 - Fretes origem Centro - Florianópolis. ... 52

Tabela 16 - Fretes origem Campinas - São José. ... 52

Tabela 17 - Custos proposta 1. ... 53

Tabela 18 - Custos proposta 2. ... 55

Tabela 19 - Custos proposta 3. ... 56

Tabela 20 - Resumos dos custos. ... 57

Tabela 21 - Economia anual de cada proposta. ... 58

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABRASS Associação Brasileira de Self Storage

ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais AHP Analytic Hierarchy Process

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

EEEs Equipamentos Elétricos e Eletrônicos

FIESC Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IC Índice de consistência

IR Índice de consistência de uma matriz aleatória LR Logística Reversa

PIB Produto Interno Bruto

PNRS Política Nacional dos Resíduos Sólidos POA Porto Alegre

PR Paraná

RC Razão de consistência

REEEs Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos RS Rio Grande do Sul

SC Santa Catarina SP São Paulo

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 25 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ... 25 1.2 OBJETIVOS ... 26 1.2.1 Objetivos geral ... 26 1.2.2 Objetivos específicos ... 26 1.3 JUSTIFICATIVA ... 26 1.4 DELIMITAÇÕES DO TRABALHO ... 28 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 28 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 31 2.1 LOGÍSTICA ... 31 2.2 LOGÍSTICA REVERSA ... 31 2.3 ECOPONTO ... 33 2.4 CUSTOS LOGÍSTICOS ... 34 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ... 37

3.1 HIERARQUIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS ... 39 4 RESULTADOS ... 43

4.1 MAPEAMENTO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA ... 43 4.1.1 A empresa... 43 4.1.2 Atividades da empresa ... 44

4.2 MAPEAMENTO DOS CUSTOS ATUAIS ... 46 4.3 HIERARQUIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS ... 46 4.4 MAPEAMENTO DOS CUSTOS DE IMPLEMENTAÇÃO ... 47 4.5 PROPOSTA DE CENÁRIO DE ACORDO COM A DELIMITAÇÕES ... 52 4.6 PROPOSTA DE CENÁRIO DE ACORDO COM PRINCIPAIS CRITÉRIOS ... 54 4.7 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS ... 56 5 CONCLUSÃO ... 59

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REFERÊNCIAS ... 61 APÊNDICE A – Tabelas de hierarquização ... 65 APÊNDICE B – TABELAS DE FRETE ... 67 ANEXO A – PLANOS DE SERVIÇO ... 77

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1 NTRODUÇÃO

Este capítulo tem como contextualizar o assunto abordado no trabalho, apresentar os objetivos, justificar a pesquisa, trazer a delimitação e a estrutura do mesmo.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Nas últimas décadas, os diversos problemas ambientais que hoje preocupam a sociedade, o Estado e o meio empresarial, não recebiam muita atenção (GUERRA, 2009). Atualmente se tem uma crescente preocupação com a preservação dos recursos naturais e a questão de saúde pública associada a resíduos sólidos, o qual implica na criação de políticas públicas para tratar desses temas cada vez mais demandadas pela sociedade (VIANA, 2016). A partir disso, pode-se ter uma gestão dos resíduos sólidos a ser realizada por meio da logística reversa (JACOBI; BESEN, 2011).

Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (2016), a população brasileira apresentou um crescimento de 0,8% entre 2015 e 2016, e a geração per capita de resíduos sólidos urbanos registrou queda de 3% no mesmo período. A geração total de resíduos sofreu queda de 2% e chegou a 214.405 ton/dia de resíduos sólidos urbanos gerados no país. Desse total, 91% é coletado, entretanto, apenas 58,4% têm destino adequado a aterros sanitários, uma queda em torno de 0,5% em relação ao ano de 2015, ficando o restante encaminhado a lixões ou aterros controlados, que não possuem o conjunto de sistemas e medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações (ABRELPE, 2016).

Deste modo, a logística reversa trata do fluxo reverso de bens de pós-venda ou de pós-consumo por meio de canais de distribuição reversos. O retorno desse material agrega valor econômico, social e ambiental para empresa. A logística reversa de pós-venda trata da parte de retorno do material que saiu do seu processo de fabricação com algum defeito, precisando assim de reparos ou de troca. Já a parte de logística reversa de pós-consumo tem suas forças direcionadas para o retorno do bem de consumo para a cadeia depois que seu ciclo de vida útil já se encerrou, buscando revalorizar esse bem ou reciclá-lo. Em resumo o objetivo da logística reversa é de retornar os materiais para a cadeia e quando essa prática não for possível, destinar esse material para o local adequado (ALMEIDA; MOURA, 2016).

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O setor eletroeletrônico no Brasil, apenas 3% de todo o resíduo gerado, segue para centros de reciclagem (FLORESTI, 2018). Devido a esse cenário, é necessário a confecção de um estudo aplicado. Dessa forma o trabalho em questão se torna relevante pois tem como pergunta de pesquisa “como realizar as operações de logística reversa em uma empresa de eletroeletrônico?”, sendo assim a pesquisa está estruturada em 5 capítulos, apresenta-se no tópico 1.2 os objetivos da pesquisa e no 1.3 sua justificativa.

O trabalho apresentado será concentrado na empresa Recicladora Urbana. A empresa atua no setor de logística reversa de eletroeletrônicos em todo o Brasil, porém foco do estudo será a região sul. Será utilizado também o conceito de ecoponto, na qual é um ponto de destinação de resíduos sólidos, a qual tem como função a concentração de materiais para em seguida realização da logística reversa (BRITO, 2003).

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivos geral

“Realizar um estudo dos custos logísticos para implementação de um ecoponto para a empresa Recicladora Urbana em Florianópolis.”

1.2.2 Objetivos específicos

Desta forma, para atingir o objetivo geral desta pesquisa, foram traçados como objetivos específicos:

a) Mapear as atividades e custos logísticos da empresa em análise. b) Hierarquizar os principais critérios para um ecoponto.

c) Mapear os custos de implementação de um ecoponto. d) Propor cenários para implementação de um ecoponto.

1.3 JUSTIFICATIVA

Segundo Almeida (2011), um estudo pode se ter a justificativa com base em argumentos que referenciam à sua importância, originalidade, oportunidade e sua viabilidade. Com isso, o estudo proposto se tem como justificativa diversos argumentos, sendo eles descrito neste tópico.

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A primeira justificativa para a realização do trabalho, desde o advento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010, diversos meios para desenvolvimento econômico e social foram criados a fim de garantir a correta gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos. Assim, a partir de abril de 2018 a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), iniciou gradualmente a exigir como condicionante da emissão ou renovação das licenças ambientais de operação, e implementação e operação de logística reversa. Por se tratar da maior empresa de Saneamento do Brasil e uma das maiores do mundo, a exigência de LR a partir da CETESB, pode-se ter uma grande influência nas demais empresas de saneamento do Brasil passem também a exigir para emissão de licenças.

O segundo para importância deste trabalho surge do interesse da empresa Recicladora Urbana em instalar um ecoponto na cidade de Florianópolis. Por isso o estudo tem como foco a avaliação dos custos atuais e os custos envolvidos para implementação.

Assim, este trabalho visa contribuir para que se seja possível explorar todos os custos envolvidos, tanto no processo atual desenvolvido pela empresa, quanto em um possível cenário futuro com a instalação. Pode-se ressaltar que a atividade principal hoje da empresa é a logística reversa de produtos eletrônico, assim tornando-se válido o estudo para verificação dos custos.

Conhecimento sobre os custos envolvidos, são de importância para elaboração de uma estratégia eficaz para a empresa e também auxiliar no controle de como está o desempenho das atividades dentro da empresa. Em razão disso, neste trabalho foi proposto um cenário na qual foram levantados os custos logísticos atuais e comparados com possíveis cenários futuros para a empresa. A empresa em estudo, atualmente só possui o custo total, não tendo nenhuma melhor análise dos seus custos.

O presente estudo tem como intenção de justificar a sua realização ao provar a utilização de um procedimento metodológico na resolução de um problema de Engenharia de Produção. Pode-se ainda dizer que este trabalho engloba vários estudos dentro da Engenharia de Produção, como mapeamento de processos, mapeamento de custos, análise de custos, custos de transporte, custos de armazenagem e também método de análise de decisão. Ressalta-se que o estudo proposto para a empresa, pode ser adaptado em estudos futuros para outras empresas do mesmo setor. É considerado original o trabalho, visto que o estudo foi realizado por autoria própria e também sendo viável, pois foi realizado com base a acesso aos dados fornecidos pela empresa, dados existentes na literatura e também dados

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obtidos na internet.

1.4 DELIMITAÇÕES DO TRABALHO

O presente trabalho tem como delimitação a forma que empresa opera atualmente. Delimita-se aos custos para implementação de um ecoponto na cidade de Florianópolis, como ponto de consolidação para a região sul do Brasil. A cidade desponta no mercado nacional como referência no setor de tecnologia, considerada a Ilha do Silício brasileira (MEURER, 2019). Sendo assim considerado pela empresa em estudo como uma região de grande potencial. Os custos não foram classificados em custos diretos e indiretos, pois o trabalho tem foco na parte de saber o valor gasto pela empresa e não as classificações contábeis. Visto que o trabalho é oriundo de uma demanda da empresa para sua implementação, fatores como escolha do local, demanda prevista e aspectos de legislação não serão avaliados no presente trabalho. Referente a demanda, o gestor orientou utilizar a demanda mensal de forma igualitária para os três estados da região sul, pois segundo o mesmo, o estado de maior envio, tem uma variação ao longo do ano. Atualmente a empresa só possui um rota de coleta dos materiais na região sul, tem seus materiais coletados nas regiões metropolitanas das capitais dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, assim para cálculos de transporte, será considerado o ponto de origem as respectivas capitais.

O presente trabalho não pode ser replicado de forma integral por ser específico para a situação da empresa em estudo, porém podendo ser adaptado de forma parcial. Apesar da LR ser geralmente aplicada com ciclo fechado, realizado pela empresa, nesse estudo tratou-se a LR terceirizada quando uma empresa contrata uma outra empresa especialista destinar o seu produto de fim de vida.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está organizado em 5 capítulos. No primeiro capítulo temos a introdução do trabalho, objetivos, justificativa e as delimitações do trabalho. No segundo capítulo, tem a fundamentação teórica que serve como base para o desenvolvimento do estudo. É abordado as principais referências, diante dos principais tópicos abordados no trabalho, como logística, logística reversa, ecoponto e custos logísticos.

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desenvolvido no estudo, e como se discorreu cada uma das etapas. Também é apresentado o processo de hierarquização dos principais critérios para escolha de ecoponto.

Já no quarto capítulo, tem a apresentação dos resultados do estudo proposto, iniciando pelo mapeamento da empresa, mapeamento dos custos atuais, hierarquização dos principais critérios e mapeamentos dos custos de implementação. Depois é elaborado uma proposta de acordo com as delimitações e após isso de acordo com os principais critérios. Por fim se tem a comparação dos resultados obtidos. No quinto e último capítulo, temos a conclusão do trabalho.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os alicerces teóricos desta proposta de pesquisa são elaborados na sequência.

2.1 LOGÍSTICA

De acordo com Moura (2006), a Logística é o processo de gestão de fluxos de produtos e informações entre fornecedores e clientes, levando aos clientes, onde quer que estejam, os produtos e serviços de que precisam nas melhores condições. Devido a produtores e consumidores geralmente não se encontrarem no mesmo lugar, a logística tem grande importância para a cadeia produtiva e economia mundial, já que impacta diretamente nos custos, tempo de produção, transporte, armazenagem e estocagem e indiretamente na satisfação do consumidor e aumento das vendas.

Para Ballou (2009), a logística está relacionada com todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos e informações do ponto de aquisição da matéria-prima até a distribuição do produto final, providenciando níveis de serviços adequados a um custo razoável aos clientes. Com isso, o fluxo de mercadorias e serviços devem ser acompanhados desde o início da cadeia produtiva, na extração de matérias primas, até o momento em que os produtos finais são descartados.

A logística empresarial está relacionada com todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos e informações do ponto de aquisição da matéria-prima até a distribuição do produto final, providenciando níveis de serviços adequados a um custo razoável aos clientes.

Essa definição é complementada por Novaes (2007), onde ele diz que a logística tem um papel muito importante para que a informação seja disseminada e pode tanto ajudar quanto prejudicar esforços mercadológicos dependendo da qualidade de sua estruturação. Isso porque na empresa, o setor da logística é o que dá condições práticas para a realização das metas definidas pelo setor de marketing.

2.2 LOGÍSTICA REVERSA

Atualmente, o processo de crescente globalização, as empresas vêm buscando soluções para diferenciar-se no mercado por meio de agregar valor ao cliente. A logística reversa evoluiu muito através do tempo, passando a ser mais debatida e utilizada nas

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empresas na década de 1990, segundo afirma Dias, et al. (2012). Para fins de conceituação da logística reversa, tem-se a definição de Leite (2006, p. 16-17):

A logística reversa é uma área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo, ao ciclo de negócio ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.

Dentro da mesma linha, Rogers e Tibben-Lembke (1998) apresentam que a logística reversa é um processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias primas, produtos em processo e finalizados, desde o ponto de consumo até a origem, objetivando a recuperação do valor ou realizar um descarte adequado. Assim temos uma grande dificuldade em medir o impacto dos retornos de produtos e/ou materiais, com o consequente desconhecimento da necessidade de controlá-lo durante o processo.

Leite (2006), Souza e Fonseca (2009), entendem bens de pós-consumo e bens de pós-venda. A logística do pós-venda para Leite é relacionada ao planejamento, operação e controle de fluxo, bem como informações de produtos de pós-venda com uso zero ou reduzido, já para Souza e Fonseca (2009), trata-se do retorno de produtos que foram entregues com algum problema ou defeito e precisam de reparos ou trocas. Já a logística de pós-consumo para Leite (2012) diz respeito ao momento depois de finalizada a vida útil do produto e possível revalorização, já para Souza e Fonseca (2009) está relacionada com a responsabilidade do produtor sobre o fim da vida útil do produto, levando em conta também a questão da possível reciclagem do produto.

Na percepção de Moraes, et al. (2014), a realização da logística reversa de pós-venda justifica-se mormente pela questão econômica. Já, o que demanda à aplicação da logística reversa de pós-consumo concerne principalmente nas necessidades legais e ambientais, justamente por ser uma ação que ocorre após o eventual descarte do produto.

Visto isso, a Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com o objetivo de práticas de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de mecanismos para auxiliar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). A PNRS estabeleceu também a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, sendo em seus termos:

O conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos

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sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei. (BRASIL. 2010).

De acordo com a lei em vigor, instituiu-se que não apenas o poder público, mas os produtores e até os consumidores são responsáveis pela destinação e tratamento correto do seu material obsoleto. Para que isso ocorra, a PNRS conta com a prática de logística reversa como ferramenta principal para aplicação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos (BRASIL, 2010). Segundo Leite (2009), o crescimento da indústria ocorre de maneira acelerada porém desorganizada, assim as associações da indústria de eletrônicos e até mesmo as empresas que realizam a reciclagem de computadores não possuem dados a respeito da quantidade de materiais retornados, impossibilitando a verificação do percentual de reaproveitamento dos materiais.

2.3 ECOPONTO

Produtos eletroeletrônicos estão cada vez mais presentes no cotidiano das mais diversas camadas da população e, com a crescente obsolescência programada, surge a necessidade de descarte correto desse material. Um estudo realizado por Rodrigues (2007), mostrou a existência de uma lacuna no que se diz respeito ao pós-consumo dos resíduos eletroeletrônicos no Brasil. Por essa demanda, segundo Carpanez (2007), o lixo eletrônico é enviado de países desenvolvidos para países em desenvolvimento para que sejam “reciclados” da maneira que lhes convém. Isto acontece devido ao custo de processamento em países subdesenvolvidos ser muito menor.

Para Brito et al. (2003), uma das maneiras de diminuir o problema do descarte incorreto de materiais é a implementação de ecopontos. Estes são locais em que a comunidade pode despejar seus rejeitos sólidos. Assim evita-se que esse material seja despejado em lugares impróprios, evitando a degradação do meio ambiente.

Uma maneira para facilitar o processo de reciclagem deste tipo de material é a criação de ecopontos. Segundo Jeronimo (2019), são o conjunto de três contentores de cores diferentes para a deposição seletiva de papel e cartão (contentor azul), embalagens plásticas e metálicas (contentor amarelo) e vidro (contentor verde). Para Lima (2007), estes são criados com objetivo de reduzir impactos ambientais e também incentivar a separação dos materiais recicláveis, assim formando cidadãos responsáveis com a limpeza urbana e a

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preservação do meio ambiente. Para Resch et al. (2012) complementa que os Ecopontos auxiliam tanto no aspecto do descarte correto do material como também no seu retorno para a cadeia produtiva, prolongando o ciclo de vida destes produtos recicláveis.

2.4 CUSTOS LOGÍSTICOS

Hoje com o mercado competitivo e globalizado cada vez mais a atenção das empresas para oferecer mais benefícios aos consumidores com menos custos, assim custos logísticos se tornam parte importante dessa equação (ILOS, 2014). Segundo Bowersox e Closs (2002), os custos que são necessários para atingir dado objetivo operacional são a representação direta de como está o desempenho logístico da empresa. Sendo assim, empresas obtêm vantagens competitivas quando desempenham suas atividades a um baixo custo, especialmente àquelas atividades consideradas estratégicas para a empresa, configurando-se a logística e o desempenho dela foco para muitas organizações.

Da mesma forma, Christopher (2011) afirma que o gerenciamento logístico possibilita o ganho de vantagens para a empresa, tanto em custos quanto na agregação de valor ao produto. Faria e Costa (2005), dividem os custos logísticos nas seguintes categorias: custos de armazenagem, transportes, embalagens, manutenção de inventário, tecnologia de informação e tributários. Para o estudo proposto, trataremos dos custos de armazenagem e custos de transportes.

Para Faria e Costa (2005), custo de armazenagem engloba custo de estocagem, na qual os materiais e produtos são acondicionados durante um determinado período, até o momento de serem utilizados no processo de produção ou de sua comercialização. Segundo Wanke (2011), os custos de armazenagem têm como característica a proporcionalidade entre os custos gerados e a capacidade instalada do local, uma vez que grande parte dos custos totais de armazenagem são fixos. Dessa forma, independentemente da quantidade de produtos estocada no armazém, grande parte dos custos continuarão a existir.

Já os custos de transporte são os custos ligados à movimentação de produtos ao longo da cadeia de suprimentos. Para Ballou (2006), os custos de distribuição são os mais importantes dentro dos custos logísticos, pois são os que englobam uma maior porcentagem do total dos custos logísticos. Segundo estudo do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS, 2014), a soma dos custos com transporte, estoque, armazenagem e serviços administrativos, consomem cerca 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, que corresponde ao total das riquezas produzidas pelo país. Dentro desses custos, o de

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transportes correspondem por mais de cinquenta por cento do total, cerca de 55,46%. Já os custos administrativos e estoque e armazenagem respectivamente 3,36% e 41,18%, conforme Figura 1.

Figura 1 - Custos logísticos no Brasil.

Fonte: Adaptado de Ilos (2014).

Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc, 2018), em Santa Catarina o valor global dos custos logísticos representa 13% sobre os custos totais. Dentre desses custos, o de estoques e armazenagem representam 69% e o de transportes cerca de 31%. Os custos de administração inferiores a 1%, conforme Figura2.

Figura 2 - Custos logísticos em Santa Catarina.

Fonte: Adaptado de Fiesc (2018).

Segundo Rodríguez et al. (2014), os custos logísticos nas empresas consomem cerca 14,26% do faturamento. Dentre desses custos, o custo de transporte possui maior impacto, cerca de 66,9%. Os custos de administração e de estoque e armazenagem cerca de 6,3% e 26,8%., conforme Figura3.

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Figura 3 - Custos logísticos de uma empresa.

Fonte: Adaptado de Rodriguez (2014).

Pode-se verificar que os custos logísticos nas empresas possuem um percentual significativo sobre o faturamento, variando entre 12% a 15% em média. E dentro dos custos logísticos, o custo de transporte e estoque e armazenagem, representam quase a totalidade, em média 95% dos custos logísticos.

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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Este trabalho enquadra-se como um estudo de campo, uma vez que para a realização do trabalho, diversas etapas foram executadas para atingir o objetivo final. De acordo com Berto e Nakano (1999), estudo de campo é uma metodologia de pesquisa onde dados são utilizados para obtenção de resultados. Segundo Vergara (2006) estudo de campo é uma investigação empírica realizada no local onde ocorreu um fenômeno ou que dispõem de elementos para explicá-lo. Este método pode incluir também entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante ou não.

O estudo pode ainda ser classificado como uma pesquisa de caráter exploratório, visto que o estudo possui a finalidade de ampliar o conhecimento sobre determinado problema, por meio de dados e análises, proporcionando uma maior busca de conhecimento (YIN, 2005). Segundo Godoy (1995), o trabalho pode ser classificado em uma primeira etapa como qualitativo devido a obtenção através de entrevistas e de aplicação de questionário na empresa e em segundo momento quantitativo, por preocupar-se com a medição objetiva e quantificação dos resultados obtidos.

Para alcançar os objetivos propostos neste trabalho, foi realizada diversas etapas para se alcançar os resultados esperados. Foi dividido o estudo em 6 macro etapas, conforme ilustrado na Figura 4:

Figura 4 - Etapas do trabalho.

Fonte: autoria própria.

A primeira etapa da pesquisa, teve como objetivo aprofundar a fundamentação teórica em logística, logística reversa, custos logísticos e ecoponto. Principalmente o aprofundamento no setor de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (EEEs) e Resíduos de

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Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEEs). Para isso foi utilizado para busca através de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) (Scopus e Web of Science) e ao acervo da Biblioteca Universitária. Utilizou-se da busca Booleana através de comandos para se ter um melhor resultado. Segue a quadro 1 os comandos utilizados.

Quadro 1 - Comando de pesquisa.

Fonte: Autoria própria.

Na primeira parte foram identificados 10 trabalhos acadêmicos ao total das duas bases de dados, que incluíam os comandos descritos acima. A revisão de literatura foi limitada a artigos acadêmicos revisados por pares e inclui artigos publicados no período de 1990 até 2019. Para selecionar artigos para a revisão da literatura, o autor incluiu os principais periódicos das disciplinas de logística empresarial, bem como disciplinas interdisciplinares, documentos de campos relacionados, como custos logísticos e ecopontos. Após a pesquisa nas bases de dados, utilizou-se como critério de seleção dos artigos o título, o resumo e as palavras chaves. Ao final, apenas 4 artigos revisados foram selecionados. Estes artigos são respectivamente dois de 2014, um de 2017 e um de 2018. Segue a Tabela 1 número de artigos.

Tabela 1 - Número de artigos

Fonte: Autoria própria.

Na segunda etapa foi realizado o mapeamento das atividades da empresa, por meio de entrevistas e de dados fornecidos pela empresa foi possível mapear a LR da organização.

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Já na terceira etapa realizou-se o mapeamento dos custos atuais da empresa, novamente por meio de dados fornecidos. Essas duas etapas tiveram como objetivo atender ao objetivo específico de mapear os custos atuais da empresa.

Na quarta etapa, através do Método da Análise Hierárquica (Analytic Hierarchy Process - AHP), foi hierarquizado quais os principais critérios para a empresa, e assim propor a análise de um novo cenário, conforme tópico 3.1. Essa etapa teve como objetivo atender o objetivo específico de aplicar método AHP na empresa para hierarquizar os critérios mais relevante.

Já a quinta etapa foi realizado o mapeamento dos custos para implementar para um ecoponto na cidade de Florianópolis. Assim, essa etapa teve como objetivo de atender o objetivo específico de mapear os custos de implementação, seguindo as delimitações do proprietário.

Por fim, a sexta etapa foi elaborar propostas de acordo com as delimitações da empresa e de acordo com os principais critérios. Essa etapa tive como objetivo atender ao objetivo específico de propor uma estratégia para a empresa, de acordo com a prioridades hierarquizadas pela própria através do método AHP.

3.1 HIERARQUIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS

Nesta etapa consiste em hierarquizar os principais critérios considerados pela empresa para escolha do local e propor um novo cenário para análise também. Assim pode-se priorizar o cenário a pode-ser elaborado, de acordo com a importância para a empresa. Para isso, será utilizado um método de decisão, o escolhido para o trabalho será o Método da Análise Hierárquica (Analytic Hierarchy Process - AHP), desenvolvido por Thomas A. Saaty em 1980. A metodologia foi amplamente estudada desde o seu desenvolvimento, sendo assim tendo uma grande aceitação no meio acadêmico (MANGLA et al., 2015).

Para isso, existem algumas etapas para análise: 1) Construção de Hierarquias, estruturando os critérios em uma hierarquia, sendo a estruturação em árvore a mais utilizada e coletando julgamentos por especialistas; 2) Definição de Prioridades, com cálculo de prioridades de cada alternativa par a par; 3) Consistência Lógica, analisando a consistência do julgamento e o quanto é consistente para classificar as alternativas viáveis (Vieira, 2006). Um dos problemas verificados no método é a possibilidade de inconsistência no julgamento humano, no momento de priorização (GANDHI et al., 2016).

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Segue abaixo a Figura5 a estrutura hierárquica do AHP.

Figura 5 - Estrutura hierárquica do AHP.

Fonte: Vieira (2006).

Assim, para comparação, deve-se seguir a escala fundamental de Saaty (1980), disposta na Tabela 2.

Tabela 2 - Escala Fundamental de Saaty.

Fonte: Adaptado de Saaty (1980).

Estudos de cunho psicológico afirmam que o ser humano pode, no máximo, julgar corretamente 7 mais ou menos 2 pontos, fato este chamado de limite psicológico (DA COSTA e BELDERRAIN, 2009). Segundo Bornia e Wernke (2001), por meio da ordenação hierárquica é possível se ter a visibilidade do sistema como um todo visível incluindo os componentes, suas interações e o impacto que acarretam. Podendo assim compreender de forma global, o problema e da relação de complexidade, ajudando na avaliação da dimensão e conteúdo dos critérios, através da comparação homogênea dos

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elementos (MARINS et al. 2005).

Segundo Pereyra e Rojas (2017), o método calcula uma razão de consistência (RC) comparando o índice de consistência (IC) da Matriz de Comparação de critérios com o índice de consistência de uma matriz aleatória (IR). Uma razão de consistência (RC) de até 0,1 ou 10% é aceitável para continuar a análise (SAATY, 2005).

A taxa de consistência (CR) é definida como:

RC = IC / IR (1)

O índice de consistência (IC) é calculado a partir da relação entre a ordem dessa matriz (n) e o seu maior autovalor (ʎmax), segundo a fórmula:

IC = (ʎmax - n) / (n -1) (2)

O índice de consistência de uma matriz aleatória (IR) pode ser obtido através do número de critérios selecionados, Saaty (2005), apresenta uma Tabela para o cálculo. Segue abaixo a Tabela 3 o índice de consistência de uma matriz aleatória (IR).

Tabela 3 - Índice de consistência de uma matriz aleatória (IR).

Fonte: Saaty (2005).

Assim para o estudo será realizado junto a empresa, também a aplicação do método para hierarquização dos principais pontos a serem considerados na elaboração de uma proposta para a empresa, diferente do estudo já pretendido pela mesma. Para a adoção no trabalho, será utilizado a AHP apenas para hierarquização dos principais critérios, e não para a escolha do melhor local.

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4 RESULTADOS

O presente capítulo apresenta os resultados obtidos no trabalho. Inicia-se com o mapeamento das atividades da empresa, seguido do mapeamento dos custos atuais, hierarquização dos principais critérios, mapeamento dos custos de implementação, proposta de cenário de acordo com as delimitações, proposta de cenário de acordo com principais critérios e por fim comparação dos resultados.

4.1 MAPEAMENTO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA

4.1.1 A empresa

A empresa estudada neste trabalho é economia privada, chamada Recicladora Urbana, fundada em 2010 na cidade de Jacareí, no estado de São Paulo (SP). Seu foco de negócio é a destinação ambientalmente adequada de EEEs e REEEs. Na Figura6, apresenta-se a logomarca da empresa.

Figura 6 - Logomarca da Recicladora Urbana

Fonte: Recicladora Urbana, 2019.

Segundo a empresa mais de 800 toneladas de materiais reciclados desde 2012. Na região sul do país em torno de 3,5 toneladas de materiais ao mês. A empresa opera de forma regularizada tendo licença de operação Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e certificado de regularidade expedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Adicionalmente, a empresa aderiu voluntariamente Norma Internacional ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social. A empresa emite também Certificação de Tripla Garantia e

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Inventário, na qual ocorre a descaracterização de dados e propriedade, destinação final correta e por fim com ações de responsabilidade social.

4.1.2 Atividades da empresa

Nesta etapa é apresentado o mapeamento das atividades atuais, foi realizado um mapeamento das atividades atuais desenvolvidas pela empresa e posteriormente aprofundado do seu funcionamento para o estudo em específico. Primeiro foi realizado junto a empresa um levantamento de quais são hoje seus principais fornecedores de REEEs e EEEs e também qual é o principal destino final. Atualmente os principais fornecedores, na qual são locais potenciais onde é realizado a coleta dos materiais, são escritórios empresariais, bancos, escolas, particulares, órgãos públicos e outros.

Como destino final, pode-se ter um produto remanufaturado ou matéria-prima para empresas de reciclagem. Dos produtos remanufaturados, 5% do faturamento bruto da empresa é destinado para projetos sociais, na qual esses produtos são inseridos novamente. A empresa também atua com uma marca própria de produtos remanufaturados, chamada de Remakker, na qual realiza a venda desses produtos. Já as principais matérias primas obtidas para a indústria de reciclagem são o plástico, aço, alumínio e cabos. Segue a Figura7 a ilustração do fluxo reverso na empresa.

Figura 7 - Fluxo reverso de REEEs e EEEs.

Fonte: Autoria própria.

E dentro da empresa possui toda uma logística interna bastante complexa na qual não será abordada no trabalho, porém é interessante mencionar como ocorre o fluxo dos processos internamente, conforme Figura 8. Importante também comentar que o tempo total hoje para o processamento de produtos remanufaturados são de 3 dias e de 20 dias

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para a emissão do certificado de tripla garantia para a empresa. Figura 8 - Fluxograma de processo interno da empresa.

Fonte: Recicladora Urbana.

O último mapeamento de atividade realizado foi referente ao processo de coleta na região sul. Atualmente é realizado esse processo uma única vez por mês, ela inicia na segunda-feira e chega ao destino final na sexta-feira da mesma semana. São cerca de 3,5 toneladas todos os meses. A região sul é a região onde se tem mais crescido, e região norte e estado do Rio de Janeiro os locais com menor frequência de coleta do material, devido ao elevado custo. Segue a Figura 9 o mapeamento dos processos de coleta na região sul.

Figura 9 - Mapeamento dos processos de coleta na região sul.

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4.2 MAPEAMENTO DOS CUSTOS ATUAIS

Nesta etapa, através de uma entrevista com o representante da empresa na região sul, fizemos o levantamento dos custos atuais da empresa. Atualmente em média o custo por quilo de material transportado está sendo R$1,50. Esse valor fornecido é um valor médio na qual a empresa hoje trabalha. No momento ela contrata tanto terceirizados quanto autônomos para realizar transporte. Como a quantidade média transportada mensalmente é em torno de 3,5 toneladas, o custo por viagem mensal que a empresa tem atualmente está próximo de R$5250,00. Estes valores são os valores médios fornecidos pela empresa de custo atual, podendo ter uma pequena variação de acordo com o tipo da carga e também do peso. Pode também dependendo da demanda do mensal, ter que ficar a carga alguns dias armazenada, com isso considera-se que o valor médio mensal ao longo de um ano, o custo de armazenagem sendo de R$200,00. Segue a Tabela 4, os custos mensais envolvidos.

Tabela 4 - custos logísticos mensais da região sul.

Fonte: Adaptado Recicladora Urbana.

4.3 HIERARQUIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS

Nesta etapa foi aplicado um questionário a empresa, para hierarquização dos principais critérios considerados por ela. Assim, foi utilizado o método AHP, por ser bastante usado, já consolidado e, de certa maneira, de fácil aplicação, foi escolhido para ser usado no presente trabalho.

A aplicação do AHP é composto por duas etapas: (i) avaliação par a par entre os critérios e em um segundo momento (ii) avaliação par a par diante a cada critério. Para o estudo, foi realizado apenas a primeira etapa, na qual obteve-se uma ordem de prioridade dos critérios como forma de auxílio para elaboração das propostas.

Para escolha dos principais critérios de um ecoponto, foram adotados de acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI (2013), na qual recomenda que os principais critérios a serem analisados são com relação ao tempo, segurança, custos e número de funcionário necessários para operação. O critério tempo ele se refere ao tempo

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que necessário para entrega e coleta, de acordo com o local onde ficará localizado. Já segurança, se refere se às mercadorias ficarem armazenadas em um local seguro, como por exemplo segurança 24h, portaria, etc. O critério custo se refere aos custos que a empresa terá que arcar, tanto para manter o modelo atual ou mudança para uma nova proposta. E por fim o critério pessoal é com relação a disponibilização de funcionário para realização das tarefas tanto no cenário atual quanto no novo cenário.

O resultado da aplicação do método AHP com o gestor da empresa, teve como resultado o critério mais importante o custo, seguindo da segurança, tempo e pessoal. Abaixo a Tabela 5 os resultados dos principais critérios e no apêndice A os cálculos realizados.

Tabela 5 - Resultado dos principais critérios.

Fonte: Autoria própria.

4.4 MAPEAMENTO DOS CUSTOS DE IMPLEMENTAÇÃO

Nesta etapa será realizado um levantamento dos custos para instalação de em ecoponto na cidade de Florianópolis. Esta etapa consiste em levantar quais os possíveis custos que a empresa para implementar, visto que é intenção da empresa a criação de um ecoponto. A ABDI (2013), dividi os pontos de coleta em até quatro tipos, com base no peso armazenado. Abaixo Tabela 6, os diferentes pontos de recebimento descritos na literatura de acordo com a quantidade de toneladas a serem armazenadas. Por exemplo para um recebimento que seja necessário armazenar até 5 toneladas de material, é necessário que o local tenha no mínimo 16 metros quadrados de espaço e 1 funcionário para realizar as operações necessárias.

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Tabela 6 - Diferentes pontos de recebimento.

Fonte: ADBI (2013).

Visto que a quantidade transportada pela empresa mensal equivale em média a 3,5 toneladas, para uma proposta de armazenamento mensal dos materiais, o tamanho em metros quadrados necessários, seriam cerca de 12 m². Será elaborada duas propostas considerando o tamanho de 12 m². A proposta 1 será seguindo as delimitações da empresa, sendo assim, abrange o que o gestor da empresa deseja. Já as propostas 2 e 3 são sugestões, do presente autor, para empresa de possíveis cenários. Segue abaixo a Tabela 7 considerando proposta 1 e 2 de recebimento.

Tabela 7 - Considerando proposta 1 e 2 de recebimento.

Fonte: Adaptado pelo autor de ADBI (2013).

Já a proposta 3, a possibilidade de transporte para a sede da empresa em Jacareí - SP, duas vezes ao mês, assim pode-se reduzir pela metade o espaço necessário, e aumentando o nível de serviço e também uma distribuição maior de materiais recebidos ao longo do mês a serem processados, porém implicará em um maior custo de transporte. Segue abaixo a tabela 8 considerando a proposta 3 de recebimento.

Tabela 8 - Considerando proposta 3 de recebimento.

Fonte: Adaptado pelo autor de ADBI (2013).

Optou-se na elaboração das propostas a terceirização da armazenagem e também do transporte, devido não necessário um investimento inicial e o custo estar dentro do esperado pela empresa. No processo de armazenagem optou-se pela utilização de Self

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Storage ou auto-serviço de armazenagem, opção de armazenamento que surgiu nos Estados Unidos na década de 60, como forma de solução para pessoas que não tinham espaço em seus imóveis. A Associação Brasileira de Self Storage (ABRASS, 2019), define esse serviço como aluguel de espaços privativos no tamanho adequado à necessidade do cliente pelo tempo necessário. É um modelo de negócio que vem crescendo no Brasil à taxa de 5% ao ano, segundo ABRASS (2019). Essas estruturas oferecem todo o serviço de armazenagem, segurança e funcionários de apoio (MELO, 2017). Sendo assim, ideal para a elaboração das propostas.

Foram selecionadas duas empresas na região da grande Florianópolis, que prestam este serviço. O critério de escolha foi a empresa com maior relevância na região, atendendo os critérios hierarquizados pelo gestor da empresa.

A primeira empresa é The Big Box Self Storage, na qual está localizada na cidade de Florianópolis, no bairro João Paulo. Esta empresa se enquadra dentro das delimitações descritas pelo gestor da empresa, de estar localizada na ilha de Santa Catarina. Todos os planos de serviço da empresa possuem seguro, podendo cobrir valores de até R$1.000.000,00. Possui também acesso livre das 8h às 20h de segunda-feira a sábado, possuindo sempre nesse período funcionários a disposição. Uma das limitações da empresa é a não flexibilidade de tamanho dos locais para armazenamento, possuindo apenas três modelos. Na tabela 9 os planos disponíveis para The Big Box Self Storage e no anexo A maiores detalhes sobre o espaço de armazenamento.

Tabela 9 - Planos disponíveis para The Big Box Self Storage

Fonte: Autoria própria.

A segunda empresa é a Você Guarda Self Storage, localizada na cidade de Palhoça, no bairro Cidade Universitária Pedra Branca. Esta empresa é referência na região no setor de Self Storage, possuindo um serviço 24h, durante os 7 dias da semana e com uma alta flexibilidade de tamanho dos locais de armazenamento. Todos os planos de serviço da empresa possuem seguro, podendo cobrir valores de até R$1.000.000,00, com um valor acrescido no aluguel. A Tabela 10 os principais planos disponíveis para Você Guardar Self Storage. No anexo A todos os planos disponíveis pela empresa.

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Tabela 10 - Principais planos disponíveis para Você Guarda Self Storage.

Fonte: Autoria própria.

Além dos custos de armazenagem, também é necessário calcular os custos de transporte também necessários para realização das transferências dos materiais. Para fins os cálculos realizados, foram seguindo as delimitações já mencionadas. Com isso a demanda de material mensal, 3,5 toneladas, será dividida de forma igualitária entre as três regiões, seguindo recomendação do gestor. Na Tabela 11 a demanda mensal da região sul e de cada uma das regiões.

Tabela 11 - Demanda mensal de material.

Fonte: Autoria própria.

Assim, a partir da demanda foi feito um estudo de custo de transporte com cinco transportadoras. Um estudo mais aprofundado das transportadoras encontra-se no apêndice B. O envio para São Paulo, foi calculado para um envio mensal de 3,5 toneladas e também para dois envios mensais de 1,75 toneladas. Já os envios de Porto Alegre e Curitiba, foram também calculados para um envio mensal de 1,17 toneladas de cada cidade e também dois envios mensais de 583,4 toneladas. Os menores custos foram obtidos pela transportadora Minuano. Apesar de ser a empresa com maior tempo de entrega, devido ao critério de maior importância levantado ser o custo, pela hierarquização do AHP, foi escolhido a transportadora de menor preço. Na Tabela 12 abaixo, encontra-se o resumo dos custos das transportadoras.

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Tabela 12 - Custos das transportadoras.

Fonte: Autoria própria.

Para os cálculos de transporte, além do frete, também teve-se que calcular o custo de mão-de-obra para realização de carga e descarga das mercadorias, visto que exige uma certa complexidade, por se tratar de materiais eletrônicos. Para isso, o gestor informou que atualmente esse custo é variável, devido a utilização de “chapas”, que são trabalhadores que realizam atividades de trabalho avulso com movimentação de mercadorias. O número de chapas hoje utilizado é em torno de um para cada 1000 kg de mercadoria, com um custo de R$ 150,00 a diária.

Além dos cálculos dos custos de transporte realizados até o ecoponto, também foram calculados os custos de transporte na região onde ficará o ecoponto, na grande Florianópolis. Os principais locais de coletas informados pelo gestor, foram três principais bairros que foram realizadas as análises, Campinas na cidade de São José, Centro e Canasvieiras na Cidade de Florianópolis. Isso devido ao grande número de empresas de tecnologia e de serviço localizados nesses bairros. A demanda para cada bairro, também a considerar de forma igualitária, para realização dos cálculos, conforme Tabela 13. Para isso foram feitas três análises através de três empresas que atuam na região. As empresas são Rappi, Work Express e Use Entregas.

Tabela 13 - Demanda mensal dos bairros da região de Florianópolis.

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A empresa Rappi foi utilizada para servir como base de comparação dos valores calculados para as outras empresas, visto que esta apenas atua com motoboys. Para calcular os valores estimados pela Rappi, foi elaborada uma planilha de cálculo com base nos critérios da empresa para estimar o valor da viagem, encontra-se no apêndice B a planilha de cálculo utilizada. Para os cálculos da empresa Use Entregas, foi realizado os cálculos através da sua plataforma web, na qual apenas precisa informar o endereço de origem e destino e já é informado o valor do frete. Já a empresa Work Express, foi orçado via telefone os valores de frete. Segue a Tabela 14, 15 e 16 os valores de fretes calculados. Para a região de Florianópolis, os fretes ocorreram de forma semanal, sendo assim tempo uma maior distribuição no decorrer do mês.

Tabela 14 - Fretes origem Canasvieiras - Florianópolis

Fonte: Autoria própria.

Tabela 15 - Fretes origem Centro - Florianópolis.

Fonte: Autoria própria.

Tabela 16 - Fretes origem Campinas - São José.

Fonte: Autoria própria.

4.5 PROPOSTA DE CENÁRIO DE ACORDO COM A DELIMITAÇÕES

A partir das delimitações do trabalho, foi elaborada a proposta 1. Como visto no tópico 4.4, onde foi realizado o mapeamento dos custos, o espaço necessário para um ecoponto para 3,5 toneladas, é necessário 12 m². Como delimitação da empresa, o ecoponto

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deve estar localizado na ilha de Santa Catarina, foi escolhido a empresa The Big Box Self Storage, como já descrito no tópico 4.4. O custo de armazenagem mensal para o tamanho necessário, é de R$585,00. Além do custo de armazenagem, também foi avaliado os custos de transporte. Foram divididos os custos de transporte em quatro partes. A primeira de Porto Alegre até Florianópolis, sendo realizado pela transportadora Minuano, no valor de R$323,39, com custo de dois de chapas necessários para realizar o carregamento, no valor de R$300,00. A segunda parte de Curitiba até Florianópolis, realizado também pela transportadora Minuano, no valor de R$310,06, com custo também de dois chapas necessários para realizar o carregamento, no valor de R$300,00. A terceira parte é o transportes onde ficará localizado o ecoponto. Assim, os transportes semanais de Canasvieiras, do Centro e de Campinas, realizados pela empresa Use Entregas, nos valores respectivamente de R$124,00, R$64,00 e R$108,00. Por fim, a transferência de 3,5 toneladas para a sede em Jacareí-SP, o frete realizado pela transportadora Minuano, com o custo mensal de R$1.357,37, com custo também de quatro chapas necessário para realizar o carregamento, no valor de R$600,00. Assim a proposta 1, teria um custo total de R$4.071,82. Segue a Tabela 17 os custos da proposta 1.

Tabela 17 - Custos proposta 1.

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4.6 PROPOSTA DE CENÁRIO DE ACORDO COM PRINCIPAIS CRITÉRIOS

Para complementar o estudo, foram elaboradas a proposta 2 e 3, com base nos principais critérios, como custo e segurança. A proposta 2 elaborada, é bastante similar a proposta 1, porém alterando o local onde será o ecoponto. Na proposta 1, por delimitação, foi considerado sendo na ilha de Santa Catarina, porém para as propostas 2 e 3 será localizado na empresa Você Guarda Self Storage, localizada no município de Palhoça, no bairro Cidade Universitária Pedra Branca. A empresa como já mencionado no tópico 4.4 é referência do setor na região. O espaço necessário é o mesmo para a proposta 1, 12m² para 3,5 toneladas. O custo de armazenagem mensal para o tamanho necessário, é de R$744,66. Além dos custos de armazenagem, também foi avaliado os custos de transporte. Foram divididos os custos de transporte em quatro partes. A primeira de Porto Alegre até Florianópolis, sendo realizado pela transportadora Minuano, no valor de R$323,39, com custo de dois de chapas necessários para realizar o carregamento, no valor de R$300,00. A segunda parte de Curitiba até Florianópolis, realizado também pela transportadora Minuano, no valor de R$310,06, com custo também de dois chapas necessários para realizar o carregamento, no valor de R$300,00. A terceira parte é o transporte onde ficará localizado o ecoponto. Assim, os transportes semanais de Canasvieiras, do Centro e de Campinas, realizados pela empresa Use Entregas, nos valores respectivamente de R$252,00, R$116,00 e R$80,00. Por fim, a transferência de 3,5 toneladas para a sede em Jacareí-SP, o frete realizado pela transportadora Minuano, com o custo mensal de R$1.357,37, com custo também de quatro chapas necessário para realizar o carregamento, no valor de R$600,00. Assim a proposta 2, teria um custo total de R$4.383,48. Segue a Tabela 18 os custos da proposta 2.

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Tabela 18 - Custos proposta 2.

Fonte: Autoria própria.

Já a elaboração da proposta 3, foi considerado envio quinzenal para a sede em Jacareí-SP, com o mesmo local de armazenamento que a proposta 2. Assim, foi possível reduzir o espaço necessário para armazenar 1,75 toneladas, sendo necessário 6,75 m², conforme o tópico 4.4. O custo de armazenagem mensal para o tamanho necessário, é de R$440,16. Além dos custos de armazenagem, também foi avaliado os custos de transporte. Foram divididos os custos de transporte em quatro partes. A primeira de Porto Alegre até Florianópolis, sendo realizado quinzenalmente pela transportadora Minuano, no valor mensal de R$348,10, com custo de um de chapa necessário para realizar o carregamento, no valor de R$300,00 os dois envios. A segunda parte de Curitiba até Florianópolis, realizado quinzenalmente também pela transportadora Minuano, no valor mensal de R$334,68, com custo de um de chapa necessário para realizar o carregamento, no valor de R$300,00 os dois envios. A terceira parte é os transportes onde ficará localizado o ecoponto. Assim, os transportes semanais de Canasvieiras, do Centro e de Campinas, realizados pela empresa Use Entregas, nos valores respectivamente de R$252,00, R$116,00 e R$80,00. Por fim, a transferência de 1,75 toneladas para a sede em Jacareí-SP quinzenalmente, o frete realizado também pela transportadora Minuano, com o custo mensal de R$1.384,74, com custo também de dois chapas necessário para realizar o

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carregamento, no valor de R$600,00 os dois envios. Assim a proposta 3, teria um custo total de R$4.155,68. Segue a Tabela 19 os custos da proposta 3.

Tabela 19 - Custos proposta 3.

Fonte: Autoria própria.

4.7 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS

A partir das propostas 1, 2 e 3 elaboradas, pode-se realizar uma análise de possíveis tomadas de decisão a serem realizadas pelo gestor. O primeiro ponto a se analisar é que todas as três propostas elaboradas apresentam um custo inferior de operação ao que a empresa possui atualmente. Sendo assim, tornando-se viável economicamente a realização para cada uma das propostas, visto que para o modelo proposto de terceirização não é necessário nenhum investimento inicial por parte da empresa.

Outro ponto a se analisar, é aumento do nível de serviço com a implementação de alguma das propostas, pois no modelo atual com o envio direto de Porto Alegre para São Paulo, parando em Florianópolis e Curitiba, é necessária uma sincronia das coletas a serem efetuadas nos três estados na mesma semana e em dias específicos. O cenário atual tem um custo mensal para empresa atualmente de R$5.250,00. A proposta 1, desenvolvida com base nas delimitações do gestor, foi a que apresentou o menor custo mensal, cerca de

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R$4.071,82. A proposta 3 foi a que apresentou o segundo menor custo mensal, cerca de R$4.155,68. E a proposta 2 foi a que apresentou o maior custo mensal entre as três propostas, R$4.383,48. A proposta 1 teve o menor custo, devido ao custo de armazenamento, apesar de a empresa The Big Box Self Storage prestadora do serviço estar localizado em Florianópolis no bairro João Paulo, apresentou um custo inferior a Você Guarda Self Storage localizada na Palhoça no bairro Cidade Universitária Pedra Branca. Um dos motivos é infraestrutura ofertada pela segunda empresa ser bastante superior a primeira, como maior flexibilidade de tamanho ofertado e funcionar 24 horas por dia. Porém é necessário também se analisar a localização do ecoponto, visto a dificuldade de acesso atualmente a ilha de Santa Catarina, devido aos engarrafamentos, estar localizado no continente pode vir ser estratégico para a empresa.

Outro ponto para análise também é que com envio quinzenal, teve-se um custo menor da proposta 3 para a proposta 2. Isso devido que o custo de armazenagem é menor, visto que o espaço necessário passa de 12m² para 6,75m². Apesar de se ter um aumento no custo de transporte, devido a necessidade de dois fretes mensais, mesmo assim teve-se uma economia mensal da proposta 3 para a proposta 2. Segue a Tabela 20 o resumo dos custos mensais de cada proposta e do custo mensal atual.

Tabela 20 - Resumos dos custos.

Fonte: Autoria própria.

Como já mencionado acima, todas as três propostas apresentaram um custo menor que os custos atuais. A proposta 1 apresentou uma economia anual de R$14.138,16, a proposta 2 uma economia anual de R$10.398,24 e a proposta 3 uma economia de R$13.131,84. Essa economia para a empresa, pode representar ao gestor uma possibilidade de investir esse valor em algum outro setor da empresa. Segue abaixo a Tabela 21 a economia de cada proposta.

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Tabela 21 - Economia anual de cada proposta.

Fonte: Autoria própria.

Assim, pode-se fazer a análise do custo de envio por quilograma, como indicador de comparação para o gestor da empresa. Segundo informação fornecida pelo gestor da empresa, o custo de envio por quilograma atualmente é no valor de R$ 1,50. A proposta 1 teria uma redução de 22,44% no custo, com o custo de R$ 1,16 por quilograma. Já a proposta 2 teria uma redução de 16,51%, com custo de R$1,25 por quilograma e a proposta 3 uma redução de 20,84%, com custo de R$1,19 por quilograma. Segue abaixo a Tabela 22 custo de envio por quilograma.

Tabela 22 - Custo de envio por quilograma.

Fonte: Autoria própria.

Assim, como resultado final, comparando as três propostas, é recomendado para o gestor a implementação da proposta 1 ou da proposta 3. A proposta 1 que foi seguida as delimitações da empresa, apresentou o menor custo das três propostas. Porém a proposta 3, com o envio quinzenal para a sede em São Paulo, pode ser também uma boa opção a ser analisada pelo gestor, visto que existe a possibilidade de ter aumento do nível de serviço, com a maior frequência de envios e também ter um fluxo mais frequente de materiais a serem processados na empresa a cada quinze dias ao invés de uma vez ao mês.

Referências

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