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COMPARAÇÃO DOS VALORES DE DRL SOB O EFEITO DO CLONE 123

5.   RESULTADOS E DISCUSSÃO 55

5.11   COMPARAÇÃO DOS VALORES DE DRL SOB O EFEITO DO CLONE 123

A Tabela 32 mostra o efeito do clone de E. dunnii (p-valor 0,0001) para os valores médios da DRL, uma vez que foram notadas diferenças entre as espécies e os clones foram testados dentro da mesma espécie.

TABELA 32 - COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS CLONES tratamento média Comparação de médias Tukey 5% Clone 4 E. dunnii 0,08214 A Clone 2 E. dunnii 0,11472 B Clone 5 E. dunnii 0,115 B Clone 1 E. dunnii 0,13146 BC Clone 3 E. dunnii 0,15038 C

Observa-se que o clone 4 apresentou o menor valor para a DRL e o clone 3, o maior valor. Os clones 1, 2 e 5 tiveram médias iguais entre si. Os valores de DRL para os clones de E. dunnii foram superiores aos encontrados por Trugilho (2005), que estudou 11 clones da espécie. Apenas o clone 4 teve média semelhante à encontrada pelo autor.

Os valores médios dos clones 1, 2 e 5 foram próximos dos valores de DRL dos clones de E. saligna. A análise de variância das médias de DRL para os clones de E. saligna não verificou diferenças entre os clones (p-valor 0,275).O mesmo foi

verificado por Silva (2008) para clones de E. benthamii. A variação da DRL dentro dos clones foi relativamente pequena, no entanto a variação dos valores entre os clones foi ainda menor, anulando as diferenças entre os clones

Na Tabela 33, tem-se os resultados das médias de DRL para os clones de E. saligna.

TABELA 33 - COMPARAÇÃO DE MÉDIAS DE DRL ENTRE OS CLONES Clone média Comparação de médias Tukey 5% Clone 6 E. saligna 0,1174 A Clone 7 E. saligna 0,12014 A Clone 8 E. saligna 0,1236 A Clone 9 E. saligna 0,1378 A Clone 10 E. saligna 0,13862 A

Comparando os valores da Tabela 33 com as médias dos clones 1, 2 e 5 de E. dunnii, pode-se compreender o resultado da análise de variância entre as espécies. Nela constataram-se valores iguais para E. dunnii, e E. saligna referente à DRL. Isso ocorreu porque há quase uma igualdade matemática entre as médias dos clones 1, 2, e 5, de E. dunnii, com os clones 6, 9 e 10, de E. saligna.

As diferenças encontradas entre os clones de E. saligna não foram suficientes para motivar diferenças pela metodologia do teste de Tuckey, no entanto, se o nível de significância exigido fosse ampliado de 5% para 20%, admite-se que os clones seriam diferentes para a variável estudada.

Na Tabela 34, observa-se a análise de variância para as médias de DRL dos clones de E. grandis, indicou diferenças entre os clones estudados (p-valor 0,0001).

TABELA 34 - COMPARAÇÃO DE MÉDIAS PARA OS CLONES Clone média Comparação de médias Tukey 5% clone 12 E. grandis 0,1224 A clone 13 E. grandis 0,14 AB clone 15 E. grandis 0,146 BC clone 14 E. grandis 0,16194 CD clone 11 E. grandis 0,1746 D

A comparação de médias revelou que o clone 12 obteve a menor media de DRL e o 11 a maior, sendo o maior valor encontrado para os 15 clones estudados Esse valor compara-se apenas ao valor encontrado por um material de híbridos de E. urophylla x E. grandis, de 8 anos de idade, por Beltrame (2012). A variação dos valores de DRL nos clones de E. grandis também foi menor se comparada às outras espécies. No gráfico 15, estão representadas as médias dos valores, juntamente com os valores de máximo e mínimo encontrados em cada um dos clones.

GRÁFICO 15 - VARIAÇÃO EM TORNO DAS MÉDIAS PARA OS VALORES DE DRL NOS DIFERENTES CLONES

A partir da observação dos valores no gráfico tipo Box plot, pode-se observar o comportamento da DRL em relação à média. Pode-se perceber que, nas espécies onde os valores de DRL variam em menor intensidade, ocorreram diferenças estatísticas entre os materiais estudados. Já em E. saligna, onde a variação da DRL é mais proeminente, não há diferenças entre os clones.

Ao buscar dados na literatura, pode-se constatar que alguns autores encontram diferenças entre clones e outros não. Diante dos resultados e outras observações feitas por outros autores, pode-se teorizar que a variável sobre a influência direta do material genético, contudo as diferenças entre clones só são constatadas se a variação dentro do clone for baixa em relação à comparação com

os demais materiais estudados. Para reforçar essa teoria, tem-se a evidência dos clones de E. saligna. Uma vez que a variação dentro do clone é alta, não se constata o efeito do material genético. Em contraponto às outras duas espécies estudadas, a variação dentro do clone é sensivelmente menor, fazendo o efeito do material genético ser mais evidente. Na literatura, tem-se um caso parecido: Trugilho (2005), como citado anteriormente, ao medir a DRL de 11 clones de E. dunnii, encontrou três deles diferindo dos demais, tal qual como ocorre no gráfico 47. Cardoso Jr (2004) e Pádua (2004), que estudaram clones de Eucalyptus, não encontraram diferenças entre os clones para DRL, no entanto verificaram variação entre as plantas de até 89%, o que anula a significância do teste. Beltrame (2012), ao estudar 12 clones de Eucalyptus, comentou que em apenas um deles a DRL foi mais acentuada, o que se pode conjecturar é que a variação dentro do referido clone foi menor. Outra evidência que corrobora a teoria do efeito genético sobre a DRL pode ser encontrada no trabalho Pádua et al. (2004). Os autores estudaram o efeito da herdabilidade em clones de Eucalyptus e a maioria dos materiais testados por eles teve comportamento semelhante entre si, o que lembra muito o comportamento dos clones de 1, 2 e 5 de E. dunnii e os clones de E. saligna. No entanto, quatro materiais clonais testados por Pádua et al. (2004) apresentaram comportamento semelhante aos clones 3 e 4 de E. dunnii e aos materiais de E. grandis.

Num estudo anterior conduzido por Lisboa (1993), o autor encontrou níveis de tensão com manifestações explosivas em algumas árvores e sutil em outras. Ao observar o comportamento da DRL, pode-se entender tal afirmação. A variável expressa indiretamente a tensão de crescimento presente na árvore. Como comprovado pelos gráficos 53 e as tabelas 47, 49 e 51, existem materiais genéticos que apresentam características muito distintas do restante da população base, o que provoca diferentes manifestações das tensões sobre o material serrado.

5.12 AVALIAÇÃO DAS CORRELAÇÕES DENDROMÉTRICAS COM O