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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.4 Comparação entre os fluidos base olefina com diferentes fases aquosas

De posse do ponto ótimo encontrado nos resultados do planejamento experimental, foram realizados testes comparativos e observada a influência da água produzida sintética e real nestes fluidos. Mantiveram-se constantes as concentrações dos demais componentes e variou- se a fase aquosa para os diferentes fluidos, sendo estes a Salmoura CaCl2 fabricada com água destilada, água produzida sintética e água produzida real, conforme Tabela 29.

Tabela 29: A composição dos fluidos no ponto ótimo, variando somente a fase aquosa. Concentração

Aditivo Função Sistema Sistema

Americano Internacional

Fase Oleosa (Olefina) Fase Contínua 60 %

Fase Aquosa (Salmoura CaCl2, Água Produzida Sintética, Água Produzida

Real) Fase Dispersa 40 %

Cloreto de Cálcio Fase Dispersa 25%

Argila Organofílica Viscosificante 1 lb/bbl 2,86 kg/m3

Sal de Ácido Graxo Emulsificante 5 lb/bbl 14,4 kg/m3

Mistura de Amidas e Modificador Reológico 1 lb/bbl 2,86 kg/m3

Aminas de Ácidos Graxos

Hidróxido de Cálcio Alcalinizante 6 lb/bbl 17,1 kg/m3

Ácido Policarboxílico Redutor de Filtrado 3 lb/bbl 8,58 kg/m3

Carbonato de Cálcio Obturante 30 lb/bbl 85,8 kg/m³

Baritina Adensante 15 lb/bbl 42,9 kg/m³

Fonte: Próprio Autor (2019).

Após a obtenção dos fluidos em diferentes fases aquosas, obteve-se as propriedades descritas na Tabela 30.

Tabela 30: Resultado dos testes realizados nos fluidos contendo as concentrações encontrada no ponto ótimo para as diferentes fases aquosas dos fluidos a base de olefina.

Rafaelly Lira Cavalcanti Lima Dissertação de Mestrado Propriedades Fluidos Fase Contínua: Olefina Fase Aquosa: Água Destilada e 25% Cloreto de Cálcio (FBNA_S)

Fase Contínua: Olefina Fase Aquosa : Água Produzida Sintética e 25% Cloreto de Cálcio

(FBNA_AS)

Fase Contínua: Olefina Fase Aquosa: Água Produzida Real e 25% Cloreto de Cálcio (FBNA_AR) Densidade (lb/gal) 8,96 9,09 9,25 Filtrado HTHP (mL) 1,2 1,3 1,5 Pm (mL) 1,2 1,5 2,0 Cloretos (g/L) 98000 137000 197000 Razão O/A 61/39 61/39 60/40 E.E (V) 500 478 438

Retorta (Teor de Sólidos e Líquidos)

%O 60 60 60 %A 33 33 33 %S 7 7 7 Reologia VP (cP) 30 20 36 LE (lbf/100ft2) 8,62 8,75 9,42 GI (lbf/100ft2) 9,43 9,87 7,56 GF (lbf/100ft2) 9,81 9,82 10,1

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Na Figura 48, faz-se uma comparação gráfica entre os parâmetros reológicos demonstrados na Tabela 30 e as demais propriedades para os fluidos base olefina com diferentes fases aquosas emulsionadas.

Figura 48 - Gráficos comparativos das propriedades (a) Limite de Escoamento; (b) Viscosidade Plástica; (c) Gel Inicial; (d) Gel Final.

Fonte: Próprio Autor (2019).

Observou-se, através dos dados da Tabela 30 e Figura 48, que as propriedades analisadas foram semelhantes e em nenhuma delas os limites superior e inferior foram desrespeitados. Sendo assim, os resultados demonstraram que a influência tanto da água produzida sintética como da água produzida real é mínima e não prejudica as propriedades do fluido, pelo contrário, algumas são melhores, como o limite de escoamento e os géis. Observa- se pequena gelificação o que é característico de fluidos onde os géis não são influenciados pela incorporação de sólidos da formação.

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Novamente observamos na figura 49 com base nos valores apresentados na Tabela 30 que os valores atendem ao pré-estabelecido nos programas de fluido como EE acima de 400 V e baixo filtrado e a salinidade não apresenta grandes variações.

Figura 49 - Gráficos comparativos das propriedades (a) Estabilidade Elétrica; (b) Filtrado; (c) Salinidade; (d) Cloretos.

Fonte: Próprio Autor (2019).

Observou-se na Figura 49(a) que a estabilidade elétrica se manteve alta e foi melhorada com a água produzida tanto sintética como real, possivelmente pelo aumento da salinidade, não se observou modificações significativas no filtrado que se manteve baixo conforme Figura 49(b). A análise visual do filtrado demonstrou uma estabilidade satisfatória da emulsão, visto que não é observada a presença de água no filtrado, apenas olefina.

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5.4.1 Influência da temperatura

Com o intuito de ver a influência da temperatura na reologia do fluido, foi realizado o teste para verificar se o fluido possuía reologia plana. Diz-se que um fluido cuja diferença das leituras a 3RPM, 6RPM e do LE quando lidos a 40°F (aproximadamente 4,44°C) e a 150°F (aproximadamente 65,6°C), não sejam superiores em 30% das medidas a 120°F (aproximadamente 48,88°C) possui reologia plana.

Esse estudo foi feito para fluidos com diferentes fases aquosas, e os resultados serão apresentados nos itens a seguir.

5.4.1.1 Fluido usual utilizando apenas a salmoura de cloreto de cálcio sem água produzida

A Tabela 31 considera os fluidos preparados com água destilada e CaCl2 apresentaas leituras para 3 rpm,6 rpm e para o limite de escoamento para três diferentes temperaturas, verificado assim se há mudança significativa nas leituras após a influência da temperatura nos fluidos.

Tabela 31: Análise Térmica do Fluido FBNA_S

40 °F 120 °F 150 °F

3RPM (Pa.s) 4,45 3,4 3,38

6RPM (Pa.s) 2,36 1,7 1,74

LE (Pa) 21,7 16,69 17,36

Fonte: Próprio Autor (2019).

Pode-se observar que os fluidos contendo apenas a salmoura sem água produzida apresentam reologia plana, visto que as medidas a 40 e 150 °F não são superiores em 30% das medidas a 120°F sendo resistente a variação de temperatura. Esse resultado é o mesmo já apresentado pelos fluidos base olefina utilizados atualmente em campo.

5.4.1.2 Fluido contendo água produzida sintética e cloreto de cálcio como fase aquosa

A Tabela 32 considera os fluidos preparados com água produzida sintética e CaCl2, apresentaas leituras para 3 rpm,6 rpm e para o limite de escoamento para três diferentes

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temperaturas, verificado assim se há mudança significativa nas leituras após a influência da temperatura nos fluidos.

Tabela 32: Análise Térmica do Fluido FBNA_AS

40 °F 120 °F 150 °F

3RPM (Pa.s) 2,08 1,63 1,5

6RPM (Pa.s) 1,1 0,884 0,83

LE (Pa) 9,82 8,57 5,9

Fonte: Próprio Autor (2019).

Observou-se o mesmo comportamento: a água produzida sintética o fluido continuou apresentando reologia plana, e demonstrando estabilidade térmica. O que confirma que o fluido pode ser fabricado utilizado uma água produzida sem tratamento e com altos teores de contaminantes.

5.4.1.3 Fluido contendo água produzida real e cloreto de cálcio como fase aquosa

A Tabela 33 considera os fluidos preparados com água produzida real e cloreto de cálcio, apresentamas leituras para 3 rpm, 6 rpm e para o limite de escoamento para três diferentes temperaturas, verificado assim se há mudança significativa nas leituras após a influência da temperatura nos fluidos.

Tabela 33: Análise Térmica do Fluido FBNA_AR.

40 °F 120 °F 150 °F

3RPM (Pa.s) 1,87 1,97 1,92

6RPM (Pa.s) 3,6 3,71 2,74

LE (Pa) 17,2 19,6 13,9

Fonte: Próprio Autor (2019).

Observou-se o mesmo comportamento dos fluidos anteriores e, mesmo com a água produzida real, o fluido continuou apresentando reologia plana, e demonstrando estabilidade térmica. O que confirma que o fluido pode ser fabricado utilizado uma água produzida real com as características apresentadas no planejamento experimental.

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5.4.2 Simulação de limpeza de poço utilizando os três fluidos

Para verificar as alterações nos parâmetros reológicos e se a água produzida, tanto sintética como real, poderia afetar o desempenho do fluido em relação à limpeza de poço, foram realizadas simulações de hidráulica e observados os valores de altura relativa do leito de cascalhos (%), eficiência de transporte dos cascalhos – RTG (%), concentração dos cascalhos (%).

A Figura 50(a) mostra o desenho do poço simulado, apresentando seu afastamento lateral e profundidade vertical ambas em metros. A Figura 50(b) já apresenta os valores da razão de transporte de cascalho em relação a profundidade medida.

Figura 50 - Gráficos (a) Afastamento Lateral do Poço Simulado; (b) Razão de Transporte para os três diferentes fluidos testados.

Fonte: Próprio Autor (2019).

Analisando a Figura 50(b), observa-se que a razão de transporte é a razão entre a velocidade de deslocamento do cascalho no fluido e a velocidade do fluido. Observou-se que

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dentro do riser até a profundidade de 1800m, a velocidade é baixa devido ao grande diâmetro, porém não há acúmulo de sólidos, demonstrando um transporte eficiente de cascalho. Essa razão de transporte demonstrou valores mais altos para os fluidos fabricados com as águas produzidas, ou seja, os componentes/contaminantes contribuíram para obtenção de uma melhor razão de transporte.

A Figura 51(a) apresenta a concentração total de cascalho, importante pela sua influência no ECD (Densidade Equivalente de Circulação) medida em lb/gal (ppg) e monitorada durante toda a perfuração, evitando assim altas pressões no poço. A Figura 51(b) apresenta a altura relativa dos cascalhos, o que também não pode ter valores elevados para evitar prisões de coluna, demonstrando após a simulação, para o engenheiro de fluidos, a necessidade de tampões finos ou viscosos para provocarem fluxo turbulento, e posteriormente, carreamento do cascalho com a elevada viscosidade. O gráfico apresenta a simulação feita para os três diferentes fluidos testados.

Figura 51 - Gráficos (a) Concentração Total de Cascalho; (b) Altura relativa dos cascalhos para os três diferentes fluidos testados.

Fonte: Próprio Autor (2020).

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Observou-se, através dos gráficos apresentados na Figura 51 que para a vazão testada a simulação apresentou limpeza satisfatória para os seguintes critérios: concentração de sólidos menor que 6% e altura relativa menor que 15%. Considerando o poço limpo e padrão de limpeza heterogêneo. Esse trecho onde se observa um aumento na concentração e altura relativa dos cascalhos, Figura 51(a) e (b), e devido ao elevado “Dog Leg”, entre os trechos simulados de MD: 2748,29 m, TVD: 2708,74 m e INC: 33,32° para MD: 3246,68 m, TVD: 2936,20 m e INC: 90°. Essa elevação foi proposital para verificar o comportamento dos fluidos em situações difíceis e observou-se que mesmo assim os limites das concentrações e alturas não foram ultrapassados.

Sendo assim um fluido contendo água produzida na fase emulsionada apresenta elevados valores em relação a performance para limpeza de poço, mesmo em trechos horizontais e com alta taxa de perfuração.

5.4.3 Teste de corrosão utilizando as salmouras e os três fluidos

Foram realizados testes de corrosão com as diferentes salmouras e comparado seu potencial de corrosão em relação à água. Posteriormente, foram realizados os mesmos testes com os fluidos contendo as salmouras emulsionadas e comparado seu potencial de corrosão em relação à olefina que é a fase contínua dos sistemas testados.

Os testes mostraram o baixo potencial corrosivo do fluido base óleo o que já era esperado. A água produzida não influenciou significativamente no processo de corrosão dos fluidos de perfuração como pode ser observado nos gráficos da Figura 52.

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Figura 52 - Curvas de Tafel.

Fonte: Próprio Autor (2019).

Analisando os resultados, observa-se o baixo potencial corrosivo do fluido a base de olefina, o que já era esperado, e que a água produzida não influenciou significativamente no processo de corrosão dos fluidos de perfuração. Pela extrapolação das curvas de Tafel obtidas, Figura 52, obtêm-se os dados de corrosão pelo software gpes, observados na Tabela 34.

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Tabela 34: Dados de Corrosão para as fases aquosas. Água Destilada Água Destilada + 25% CaCl2 Água Produzida Real + 25% CaCl2 Água Produzida Sintética + 25% CaCl2

J corrosion (A/cm2) 7,62E-07 9,52E-06 2,62E-06 1,27E-05

bc (V/dec) 0,204 0,053 0,064 0,059

ba (V/dec) 0,245 0,207 0,338 0,355

Rp (Ohm) 2,52E+04 4,40E+02 3,19E+03 6,40E+02

E corr, obs (V) -0,385 -0,703 -0,637 -0,731

E corr, cal (V) -0,391 -0,71 -0,653 -0,746

Corrosion rate (mm/year)

8,85E-03 1,11E-01 3,04E-02 1,47E-01

Fonte: Próprio Autor (2019).

Analisando os resultados da Tabela 34, observou-se, entre as salmouras, que a água destilada, água produzida sintética, água destilada + CaCl2 e água produzida Real + CaCl2 possuem taxas de corrosão anual em ordem decrescentes, respectivamente. Esse resultado se deve a presença de óleo nas águas produzidas, o que garante uma menor taxa de corrosão.

Tabela 35: Dados de Corrosão para os Fluidos de Perfuração. Olefina Fluido com

Salmoura de CaCl2

Fluido Com Água produzida Real

Fluido Com Água Produzida

Sintética J corrosion (A/cm2) 1,25E-11 8,05E-11 8,63E-11 1,62E-10

bc (V/dec) 0,166 0,107 0,119 0,244

ba (V/dec) 0,258 0,094 0,108 0,122

Rp (Ohm) 1,32E+09 4,79E+07 5,72E+07 4,18E+07

E corr, obs (V) -0,082 -0,381 -0,343 -0,312

E corr, cal (V) -0,034 -0,383 -0,338 -0,305

Corrosion rate (mm/year)

1,45E-07 9,36E-07 1,00E-06 1,88E-06

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Observa-se na Tabela 35 que a salinidade influencia levemente na taxa de corrosão, porém, tanto a olefina como os fluidos testados, não são considerados corrosivos, pois a salmoura está emulsionada e se comparar com os dados das Tabelas 33 e 34 observa-se que a ordem de grandeza das taxas de corrosão é mínima para os fluidos testados. Isso também pode ser verificado nas Figuras 53 e 54.

Figura 53 - Gráfico da Taxa de Corrosão das Fases Aquosas.

0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 T ax a d e C or ro sã o ( m m /a n o) Fases Aquosas Água Destilada

Água Dest.+Cloreto de Cálcio Água Prod. Sint. + Cloreto de Cálcio Água Prod. Real + Cloreto de Cálcio

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Figura 54 - Gráfico da taxa de corrosão dos fluidos de Perfuração Produzidos.

0.0 2.0x10-7 4.0x10-7 6.0x10-7 8.0x10-7 1.0x10-6 1.2x10-6 1.4x10-6 1.6x10-6 1.8x10-6 2.0x10-6 T a xa d e C o rr os ão A n ua l Fluídos Oleosos Olefina

Fluído (Água Dest.+Cloreto de Cálcio) Fluído (Água Prod. Sint. + Cloreto de Cálcio) Fluído (Água Prod. Real + Cloreto de Cálcio)

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6. CONCLUSÕES

A realização desse trabalho permitiu as seguintes conclusões:

1. A água produzida sem tratamento pode ser utilizada como fase aquosa para fluidos de perfuração base olefina;

2. Os contaminantes da água produzida aumentaram a estabilidade elétrica e a salinidade contribuiu para melhorar a inibição da fase aquosa, mantendo uma emulsão estável. Esta água produzida não entrará em contato com as paredes do poço, a fase externa continuará sendo a olefina e o fluido apresentou corrosão semelhante aos demais fluidos base olefina, que são caracterizados como não corrosivos;

3. As propriedades que influenciam na limpeza do poço também não foram afetadas, garantindo um bom desempenho da perfuração, mesmo em condições difíceis como em poços horizontais;

4. Os fluidos apresentaram reologia plana caracterizada pela não influência significativa da temperatura nos parâmetros reológicos, que é uma característica nova observada nos fluidos a base de olefina. Esta reologia é mantida, independentemente da água produzida sintética com maior concentração de contaminantes conhecidos ou da água produzida real, que pode conter contaminantes não caracterizados;

5. Os fluidos fabricados com água produzida apresentaram desempenho equivalente aos fluidos já utilizados, e corrosão semelhante. Para todas as vazões estudadas, a simulação apresentou limpeza satisfatória para os critérios de concentração de sólidos menor que 6% e altura relativa menor que 15%. Considerando o poço limpo e padrão de limpeza heterogênea, tornando-se uma alternativa real na área de fluidos, utilizando-se uma típica geometria de poço offshore. De acordo com o projeto direcional simulado, a última fase correspondente ao poço aberto tem início com ângulo de 90°;

6. Através da utilização da metodologia de superfície de resposta, onde se variou as concentrações de quatro matérias-primas (olefina, água produzida, viscosificante e emulsificante), observou-se seus efeitos em respostas importantes para o desempenho das funções do fluido como: viscosidade plástica (VP), limite de escoamento (LE), estabilidade elétrica (EE), Géis (GF e GI). Com base nos resultados, a condição ótima foi alcançada para cada variável estudada. Os resultados mostraram que é possível

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predizer parâmetros de resposta usando modelos gerados, uma vez que os valores experimentais estão em concordância com os valores previstos (erro <1,0, desvio padrão <0,5 e precisão> 98,5%);

7. O reúso da água produzida na fabricação de fluidos de perfuração base emulsão inversa é uma alternativa na diminuição do passivo ambiental gerado pela demanda de fluidos de perfuração. Logo, o uso da água produzida que apresenta difícil tratamento devido, principalmente, ao óleo emulsionado, encontra mais um reúso: a água produzida pode corresponder até 40% desse tipo de fluido de perfuração. Dessa maneira se transforma um passivo ambiental em uma alternativa de insumo com valor agregado. Tendo em vista que o fluido base olefina não pode ser descartado, pois é caracterizado como resíduo oleoso, pode-se minimizar os impactos ambientais gerados pela união dos diferentes resíduos provenientes das diferentes etapas da produção de petróleo, evitando o uso de água limpa para fabricação da fase aquosa de fluidos a base de olefina.

O presente estudo é uma constatação de que a indústria de petróleo pode se reinventar e trabalhar para absorver seus próprios resíduos e efluentes.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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