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Tabela 3: Comparativo entre a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019

PEC 45/2019 PEC 110/2019

Competência tributária Federal Estadual

Tributos substituídos IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins IPI, Cofins, Cofins- Importação, PIS, PIS- Importação, IOF, salário- educação, ICMS e ISS.

Alíquota Cada ente federativo fixa uma

parcela da alíquota total do imposto por meio de lei ordinária, federal, estadual, distrital ou municipal.

Alíquota padrão instituída por lei complementar.

Benefícios fiscais Não permite a concessão de benefícios fiscais.

Autoriza a concessão de benefícios fiscais em algumas operações determinadas por lei complementar.

Divisão de arrecadação do IBS

União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Período de transição 10 anos 5 anos

Transição da partilha dos recursos

50 anos 15 anos

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema tributário brasileiro é complexo, composto por vários impostos e vários entes com competência para tributar, impondo uma alta carga de impostos e custos excessivos para os contribuintes. Uma reforma tributária visa a reestruturação do sistema tributário nacional, com o objetivo de torná-lo mais moderno e igualitário.

A pesquisa realizada buscou analisar os impactos provenientes de uma reforma tributária no Brasil, tanto para os contribuintes, quanto para a União, os Estados e os Municípios, comparando as PECs 45/2019 e 110/2019.

Com relação aos contribuintes, é possível avaliar que a unificação dos tributos, substituídos pelo IBS, simplifica as obrigações tributárias. Já com relaçãos aos entes federativos, não se pode analisar com exatidão a influência da reforma para eles, pois as duas Propostas de Emenda Constitucional não estipulam alíquota para o novo imposto que vai surgir. Sendo assim, não é possível afirmar que a reforma aumentará ou não a arrecadação de cada ente federado.

Além da unificação dos tributos e da simplificação das obrigações tributárias, ambas as propostas resolvem o problema da guerra fiscal, transferindo a competência de cobrança para o destino e não mais para a origem, assim como o problema de cumulatividade de alguns tributos, pois o IBS será um imposto não-cumulativo. Mas, a reforma tributária não resolve totalmente os problemas do sistema tributário brasileiro. Uma reforma voltada para o consumo não resolve a questão do desequilíbrio na arrecadação. Faz-se necessário, também, uma modificação na tributação sobre a renda e sobre o patrimônio.

Uma reforma tributária é de suma importância, para tornar o sistema tributário brasileiro mais justo e menos complexo, sem prejudicar a capacidade contributiva dos cidadãos e nem o crescimento econômico do país.

REFERÊNCIAS

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