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“A Educação deve ser reconhecida como uma construção contínua e permanente da pessoa humana.”

Pierre Weil

A partir do momento que a escola particular passa a ser inserida no âmbito empresarial, isto é, passa a ser vista como uma empresa, é importante que a adaptação dos conceitos estudados anteriormente seja compreendida por todos que trabalham no colégio, visto que o ramo da escola continua sendo a educação, só que a qualidade tão almejada visa à inserção na Era do Conhecimento.

Diante do que foi mencionado, o pedagogo também terá de rever suas habilidades e se adequar às novas competências, pois a sua função também sofrerá mudanças. Sendo assim, ele deve buscar desenvolver uma gestão orientada por competências na direção da gestão dos talentos dentro de sua escola, formando, assim, um time coeso que seja capaz de fomentar o conhecimento.

Primeiramente, o pedagogo precisará observar a atuação de todos os funcionários da escola (principalmente os professores e inspetores) para verificar se eles exercem corretamente as funções que seu cargo exige.

Depois, é preciso verificar se eles têm ciência de que o trabalho de uma equipe precisar estar em sintonia com a de outro setor que deve fornecer informações a alguém para que o resultado possa aparecer. Só assim, o pedagogo conseguirá desenvolver em sua escola um time, que, apesar de ser dividido em pequenas equipes, saberá muito bem que o êxito de seu trabalho só será obtido através da união de todos os setores.

Como em qualquer empresa, na escola também há vários talentos escondidos assim como há algumas pessoas que almejam a execução de

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atividades que lhes sejam mais desafiadoras. Ciente da importância de identificar talentos e posicionar a pessoa certa no lugar certo, o pedagogo precisa buscar meios em que possa tornar tangível a competência das pessoas com as requeridas para a função que ocupam, orientando as ações necessárias para que os resultados educacionais possam ser alcançados.

Sendo assim, é importante verificar em que consiste a necessidade de mudanças ou aprimoramento.

Por isso, cabe ao pedagogo planejar um programa de formação/treinamento, o qual possa avaliar o desempenho dos funcionários através da seleção de métodos que obedeçam ao princípio do desenvolvimento das competências técnicas e do relacionamento social. Para isso, algumas noções devem estar claras e definidas, tais como: a necessidade de se mexer com a rotina ou, pelo menos, administrá-la para que as ações e as estratégias, que serão desenvolvidas posteriormente a partir do resultado dessa análise, não sejam comprometidas; a busca de uma visão total da escola/empresa, de forma que todos os segmentos possam ser analisados; a busca de respostas às contribuições para problemas e/ou necessidades identificadas; a percepção e o estabelecimento de prioridades; a formulação de objetivos claros e precisos para as ações consideradas prioritárias; a adoção de medidas que visem à melhoria da imagem organizacional e à busca de ações com intuito de estimular o domínio pessoal para se obter um excelente nível de aprendizagem e, consequentemente, o comprometimento de todos.

É importante ressaltar que grande parte dos programas atuais tem privilegiado a aprendizagem em equipe e, portanto, as técnicas de dinâmica de grupo têm sido privilegiadas. Essa postura vem acompanhada de uma pedagogia que visa à ação organizacional, por isso precisa: estimular e desenvolver cada vez mais a capacidade de auto-organização e desenvolvimento de seus funcionários; motivar, admitir e coordenar todos os seus setores e ultrapassar a idéia de que pode apenas “confiar” no trabalho independentemente de ações de formação e aperfeiçoamento.

Outro ponto fundamental a ser considerado é que a equipe de apoio precisa, de algum modo, se inserir nesse processo junto com o pedagogo, logo

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ela também tem que não só se capacitar como também adquirir competências para transformar o conhecimento adquirido em prática, ou seja, ter habilidades condizentes com a cultura que a escola/empresa possui ou está implantando.

A definição das competências necessárias ao pedagogo na realização de sua função precisa ser feita a partir do plano estratégico e dos fatores críticos de sucesso para que os objetivos sejam atingidos. Não dá mais para pensar em uma escola que vise capacitar somente o professor, afinal, não é só ele que se envolve com o processo ensino-aprendizagem. Por isso, é importante, segundo Ramos (2006) que o pedagogo estabeleça a identificação das competências no nível estratégico da organização, para depois serem desdobradas em competências específicas a cada nível organizacional. De inicio, é importante esclarecer que elas serão divididas e analisadas em:

‘Competências Técnicas’ que são as que envolvem não só a escolaridade e os treinamentos como também os conhecimentos técnicos e tecnológicos compatíveis com o cargo ocupado; e as ‘Competências Comportamentais’ que são as que possibilitam uma maior probabilidade na obtenção de sucesso assim como na execução de determinadas atividades, podendo ser inerentes às características de personalidade de um indivíduo ou obtidas no convívio social, bem como no aprimoramento realizado através de treinamentos e auto-desenvolvimento. Essas competências são subdivididas em cinco grupos:

Intelectuais, Comunicativas, Sociais, Comportamentais e Organizacionais.

2.1 – Competências Intelectuais

São as competências necessárias para reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo de trabalho, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos.

Dentro de uma escola, todos devem estar imbuídos da mesma visão estratégica: desde o porteiro que recebe o educando, passando pela recepcionista, servente, inspetor, professor, orientador, coordenador e diretor.

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É necessário que os conhecimentos técnicos adquiridos na resolução das situações problemas sejam aplicados e multiplicados.

Ao ter conhecimento da missão da escola, o funcionário/educador saberá o que se espera dele, logo terá autonomia para agir e buscar soluções que propiciem o bom andamento de todo o processo pedagógico da escola.

Assim como será capaz de multiplicar os conhecimentos adquiridos, contribuindo para que todos percebam como é essencial a troca de informações/experiências quando o objetivo da organização é formar um time.

Outro fato importante é o feedback. O retorno deve vir acompanhado de comentários que possam agregar cada vez mais as pessoas na equipe de forma que a visão estratégica seja compartilhada com todos. Quando o pedagogo fornece de forma clara e objetiva o que ele quer, fica mais fácil a compreensão do trabalho a ser realizado e, consequentemente, a resolução de possíveis imprevistos.

Agindo desse jeito, o pedagogo estará dando autonomia para que todos exerçam sua função dentro da escola, sem que o individualismo impere, pois o trabalho de cada equipe de serventes, de inspetores e de professores encontra-se interligado. “Uma “equipe de sucesso” pode ser descrita como “um grupo de indivíduos que trabalham em conjunto a fim de atingirem metas comuns” (MAITLAND, 2000. p.23).

Dentro dessa nova visão, não é mais aceitável transferir para o outro a culpa pelo erro. Cada um tem que buscar uma forma de empenho em que seja prevista a solução para determinados problemas, assim como a prevenção, isto é, criar uma forma estratégica em que os mesmos sejam solucionados assim que surjam ou vão perdendo a importância conforme são transferidos para cada equipe.

Logo, o que se espera é que o funcionário/educador tenha a capacidade de visualizar, analisar e situar a missão da empresa dentro do contexto social, de modo a solidificar e a perpetuar a imagem e a atuação da

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mesma, dentro do cenário em que se encontra, independente da ação ou do serviço prestado.

2.2 – Competência da Comunicação

Para que a comunicação aconteça de forma eficaz, é necessário que todos saibam se expressar de forma clara e objetiva com seu grupo, seus superiores hierárquicos ou subordinados, ou com clientes internos (alunos) e externos (responsáveis/família). O pedagogo deve buscar a cooperação do trabalho em equipe, sem esquecer que o ponto chave na comunicação verbal falada é o diálogo e na escrita é a clareza e a objetividade. Segundo Matiland (2000):

Uma troca de informações que se dá constante e reciprocamente auxilia a desfazer fofocas, reduz mal-entendidos, resolve os problemas de forma mais rápida e aprimora os relacionamentos de modo geral. (MAITLAND, 2000. p.29.)

Ao se dirigir a alguém, é imprescindível agir com postura e elegância, demonstrando respeito. O tom da voz, os gestos, a forma como as palavras são empregadas revelam o comprometimento do funcionário/professor, sua intenção em resolver as dúvidas, solucionar os problemas ou apenas exercer uma orientação.

Comunicar-se com os clientes (alunos ou responsáveis), colegas de trabalho, superiores e subordinados requer um nível de informação e conhecimento sobre o dia-a-dia da escola, assim como sua inserção dentro da sociedade. Todos os setores devem estar interligados para que a informação seja transmitida e veiculada sem ruídos, ou seja, de forma eficaz para que as metas sejam sempre atingidas.

Comunicar-se por escrito de maneira mais clara e mais eficaz inclui diretrizes específicas de como preparar memorandos, cartas, e-mails,

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propostas e outros tipos de comunicação. Escrever centrado no leitor e formatar suas comunicações de tal forma que sejam fáceis de ser lidas, que causem o impacto desejado e que o ajudem a alcançar seus objetivos.

Portanto é fundamental que o funcionário saiba demonstrar atitudes flexíveis, adaptando-as a terceiros e a situações diversas. Assim como o pedagogo consiga desenvolver habilidades de relacionamento, incluindo as capacidades de flexibilização e adaptação, com enfoque na postura pessoal.

2.3 – Competências Sociais

Competências sociais envolvem os conhecimentos adquiridos na vida cotidiana que são essenciais no ambiente de trabalho e vice-versa, tais como: relacionamento interpessoal entre os membros de uma equipe, as trocas compartilhadas entre as “equipes” de educadores, inspetores, secretaria... na construção de um time coeso e a consciência ambiental.

É essencial que o pedagogo seja capaz de cultuar uma boa relação não só com seus professores, mas também com todos os funcionários que estão ligados a ele no dia-a-dia escolar, seja auxiliando-os nas resoluções dos problemas ou ouvindo as informações colhidas por eles. O pedagogo deve também estar atento às atitudes de cada membro de uma equipe, principalmente no momento em que a emoção se faz presente, para melhor direcionar sua atuação frente aos acontecimentos, tendo sempre em mente que o time só obtém bons resultados quando cada equipe atinge a meta que se espera.

Outro fator relevante a ser considerado pelo pedagogo é a capacidade e o discernimento para trabalhar com e por meio de pessoas, incluindo o conhecimento do processo da motivação e a aplicação eficaz da liderança, assim como a habilidade de influenciar o comportamento do grupo com empatia e equidade, visando os interesses interpessoais e institucionais.

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Por fim, é preciso que o pedagogo dimensione a importância do meio-ambiente e o impacto de suas ações na preservação do mesmo. Em uma escola onde a diretriz básica está centrada na educação, é imprescindível que todos participem da reciclagem do lixo, assim como busquem alternativas para diminuí-lo no seu dia-a-dia.

2.4 – Competências Comportamentais

São as competências necessárias para demonstrar espírito empreendedor e capacidade para a inovação, iniciativa, criatividade, vontade de aprender, ter abertura às mudanças, consciência da qualidade e implicações éticas do seu trabalho. Algumas características que devem ser destacadas pelo pedagogo são:

2.4.1 – Iniciativa

O pedagogo deve propiciar meios que levem os funcionários da escola a identificar e atuar ativamente sobre problemas e oportunidades. Deve fazer com que eles se ofereçam a realizar tarefas e a perceber o que precisa ser feito e comecem a agir, sem que tudo tenha que ser pedido ou exigido.

Sejam capazes de começar projetos individuais ou em grupo e assumam total responsabilidade por seu resultado, assim como, identifiquem logo o que precisa ser feito frente a um obstáculo e ajam até que o mesmo seja superado.

“Exige-se, hoje, além de responsabilidade e pró-atividade, que o profissional faça parte da solução e não do problema” (Ribeiro, 2008, p. 66).

2.4.2 – Criatividade

Cabe ao pedagogo estimular o corpo de funcionários da escola a produzir mais e melhores ideias para o desenvolvimento de projetos e de novos processos de trabalho. “Em outras palavras, pode-se dizer que a produção do novo, se apoiada na criatividade humana, associa-se intimamente a aspectos motivacionais” (Ribeiro, 2008, p.81).

A Vez do Mestre 2.4.3 – Adaptabilidade

Uma das competências do pedagogo está em fazer com que os funcionários compreendam que, em uma escola, o conhecimento é veiculado a todo instante, logo o trabalho sofre modificações constantes, pois o que hoje é inovador, amanhã poderá não ser, logo é primordial que todos se adaptem às condições favoráveis e desfavoráveis sejam elas de qualquer ordem (ambientais, econômicas, tecnológicas...).

2.4.4 – Consciência da qualidade

Na Era do Conhecimento, quem buscar pela excelência da informação estará investindo em sua formação, capacitação e atualização. É preciso que o pedagogo deixe claro ao funcionário a importância dele ser pró-ativo, por isso, cabe a ele buscar a informação e o aprimoramento de sua função, tendo sempre em mente que as exigências de sua função crescem paralelamente a veiculação das informações.

2.4.5 – Ética

Atualmente essa é uma das características mais valorizadas nos funcionários e que deve ser avaliada pelo pedagogo. O pedagogo deve deixar bem claro que a escola é um local em que a formação de um educando é conseguida não só através das notas ou conceitos obtidos nos momentos de avaliação, mas também quando o aluno desenvolve o conceito de cidadania observando a atuação dos funcionários e a importância que eles dão aos valores éticos e morais. Isso gera credibilidade e confiança também aos que fazem parte do seu convívio diário: pais/responsáveis, parceiros diretos e indiretos (psicólogos, psicopedagogos, fonodiólogos, professores particulares...).

A Vez do Mestre 2.4.6 – Coerência

O discurso não deve ser diferente da prática e isso é um ponto de relevância que deve ser sempre observado pelo pedagogo. É preciso que o pedagogo seja coerente em suas atitudes e com sua visão, pois quando uma equipe observa contradição, certamente se comportará da mesma maneira, o que caracteriza a cultura do não comprometimento, ameaçando os resultados produzidos.

2.5 – Competências Organizacionais

São as competências necessárias para compreensão da missão, da filosofia da escola, de seus objetivos com o ambiente sócio político. Citando Ribeiro (2008):

Em nível organizacional, uma preocupação permanente do pedagogo é a de conseguir compreender os processos motivacionais que caracterizam determinados sistemas e, a partir daí, estruturar ações que elevem o nível de envolvimento das pessoas com sua própria aprendizagem e, em consequência, com seu próprio desempenho. (RIBEIRO, 2008, p.69).

Portanto, cabe ao pedagogo destacar:

2.5.1 – Compromisso com Resultados

A importância de se atuar com foco em objetivos quantitativos e qualitativos, ou seja, criar um clima propício para aprendizagem, gerando, assim, resultados que levem à escola a ocupar um bom posicionamento no ranking de aprovação nos exames de qualificação. Uma vez que o pedagogo consiga exercer esse compromisso, ele influenciará diretamente o comportamento de seus liderados, pois a prática de tal competência servirá

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como modelo a ser seguido e poderá gerar estímulos positivos em cada equipe, tornando-a cada vez mais compromissada com as metas a serem atingidas.

2.5.2 – Gerenciar Tempo

Gerenciar tempo é estabelecer metas, priorizar tarefas, lidar com os desperdiçadores de tempo, fazer análise do tempo e criar e maximizar sua programação de uso do tempo. É importante que o pedagogo consiga transmitir a todos que o calendário pedagógico deve ser respeitado, pois tudo, em uma escola, funciona em torno dele. “O mundo moderno tem alcançado enormes avanços tecnológicos e científicos, contudo o tempo continua sendo um dos mais profundos mistérios e desafios para a mente humana” (Ribeiro, 2008, p.80).

2.5.3 – Gerenciar Recursos

Apesar de não atuar na área administrativa, em uma escola tudo é interligado, pois o objetivo almejado por todos é que o aluno consiga obter resultados que o ajudem a construir uma vida feliz, calcada em valores e conhecimento. A correspondência dessa idéia na educação é o just in time learning, isto quer dizer que não é preciso acumular informação, mas deve-se estar pronto para obtê-las e assimilá-las sempre que for necessário, isto é, aproveitando as oportunidades, no momento em que ocorre a atividade, a aprendizagem pode acontecer. Logo, é fundamental ampliar a aprendizagem do aluno investindo em equipamentos tecnológicos e aulas especializadas que necessitam de novos ambientes. Portanto, é fundamental que todos zelem pelo controle da previsão orçamentária, assim como, analisem e justifiquem um investimento ou equacionem a mão-de-obra disponível com os recursos técnicos disponíveis.

A Vez do Mestre 2.5.4 – Planejamento e Organização

Cabe também ao pedagogo coordenar suas tarefas e/ou da equipe de apoio, incluindo o planejamento (plano de ação/cronograma), a organização (distribuição de trabalhos), e as tarefas sequenciais (ações), bem como a seleção e a alocação de recursos necessários para que as atividades pedagógicas possam acontecer paralelamente ao conteúdo ministrado em sala de aula.

2.5.5 – Capacidade de Gerenciar

O pedagogo deve administrar seu time com eficácia: delegar eficazmente, ampliar oportunidades, agir com decisão, equidade e demonstrar justiça ante seus feitos. Também deve criar um clima propício ao desenvolvimento, ampliando os desafios e as oportunidades que favoreçam o desenvolvimento de cada ser. Deve formar um time de talentos em que o novo desafio será compartilhar as responsabilidades.

2.5.6 – Atuar Estrategicamente

Outra competência do pedagogo é a de estabelecer conexão com dois tipos de ambientes que influenciam diretamente nos resultados almejados:

os internos e os externos. Portanto, ele deve atuar de forma a antever oportunidades e ameaças, tendências e inovações possibilitando o agir, ou seja, empreender esforços para a excelência na performance de todos. É importante ressaltar que não há uma habilidade específica para uma determinada competência, uma vez que uma mesma habilidade pode contribuir competências diferentes.

Atualmente alguns pedagogos estão passando a reconhecer que a filosofia da escola deve ser adequada à nova realidade em que a mesma está inserida, pois para realizar uma mudança na estrutura da organização a fim de estabelecer sua missão, é necessário que a escola considere também a aprendizagem individual. Essa constatação está trazendo alguns desafios,

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tendo em vista que para compreender como se pode aproveitar o potencial das pessoas, segundo Inamori, (apud SENGE, 2006, p. 167), é fundamental fundamental: enquanto as escolas particulares se mantiverem em uma estrutura hierárquica tradicional que não atendem às necessidades das pessoas, não levando em consideração seu respeito e sua auto-realização, o pedagogo não conseguirá atingir as metas, nem se adequar à demanda exigida recentemente pelo mercado. Cabe ao diretor reverter esse processo. Para isso, ele deve abandonar os planejamentos anteriores que se baseavam principalmente no controle e ter ciência de sua responsabilidade com a vida de tantos seres humanos.

As pessoas que conseguem ter domínio sobre o seu crescimento e seu aprendizado ampliam sua capacidade de criação e atingem os resultados que tanto procuram. Da busca pelo aprendizado contínuo é que surge o espírito da organização que aprende.

O domínio pessoal vai além da competência e das habilidades, embora se baseie nelas. Vai além da revelação e da abertura desejo em atingir o resultado almejado faz com que ele se envolva tanto com os problemas no decorrer da caminhada, que acabe esquecendo dos motivos que o levaram a escolher determinada direção. Com isso, ele obterá resultados vagos e imprecisos. Para que isso não aconteça, é importante aprender a ver a

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realidade atual com mais clareza. Esse será rumo o qual o levará a redimensionar todo o planejamento, pois as mudanças irão acontecendo de forma contínua, já que duas visões serão postas em contraposição: a que se quer com a imagem da realidade que se tem.

Quando o pedagogo fizer a justaposição da visão desejada pela escola com a imagem da realidade atual (onde a escola se encontra em relação ao que quer), será gerada uma tensão denominada de “tensão criativa”, cuja essência é expandir a capacidade de achar soluções. Segundo Senge (2006), aqui se encontra a essência do domínio pessoal: aprender a gerar e sustentar a tensão denominada de criativa, pois é através da busca por respostas que o conhecimento acontece.

O pedagogo que possui um alto nível de domínio pessoal vê a realidade atual como uma aliada e não como uma inimiga querendo derrubá-lo.

Ele não teme a mudança, é curioso, compromete-se continuamente com a realidade sem sacrificar sua essência. Vive em um estado de aprendizagem contínua, sem nunca chegar ao resultado final, pois sabe que a cada etapa atingida, requer um novo aprimoramento para se seguir em frente, logo ele tem consciência de sua limitação e sabe do que precisa em seu aprimoramento.

Por isso que o desenvolvimento emocional é fundamental na alavancagem da

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