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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A FUNÇÃO DO PEDAGOGO NA ESCOLA PARTICULAR NA ERA DO CONHECIMENTO

Por: Cristiane Vianna Pelodan

Orientadora

Profª. Me. Maria Lucia de Souza Moreira

Niterói 2010

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

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A Vez do Mestre

A FUNÇÃO DO PEDAGOGO NA ESCOLA PARTICULAR NA ERA DO CONHECIMENTO

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Pedagogia Empresarial

Por: Cristiane Vianna Pelodan

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A Vez do Mestre

AGRADECIMENTO

À diretora Carminha, por acreditar no

meu crescimento profissional.

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A Vez do Mestre

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, que aceitaram a minha

ausência, mas não duvidaram do meu

amor.

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A Vez do Mestre

RESUMO

O tema desta monografia consiste em apresentar a função do pedagogo na escola particular diante desta nova fase denominada Era do Conhecimento. Isso gera, por si só, mudanças fundamentais no interior de uma escola, pois ela não é mais vista como o local em que o saber é transmitido, mas sim como um local em que o conhecimento é construído por meio de trocas de experiências, construção de idéias e formulação de hipóteses.

Desde que iniciei meu curso de “Pedagogia Empresarial”, busquei associar cada tema abordado pelos meus professores com a minha nova função de coordenadora pedagógica dentro da escola/empresa em que trabalho a fim de obter conhecimentos para atuar nesse cargo. Dessa forma, percebi que o pedagogo que está inserido nas escolas particulares precisa modificar seu perfil de atuação através do desenvolvimento de competências e habilidades para se adequar à nova realidade. Como estamos vivendo em um mundo globalizado, em que a troca de informações acontece instantaneamente, busquei me fundamentar em alguns teóricos que apontam à importância da troca de experiências através do diálogo e da discussão como meio de interação e da construção da visão sistêmica no interior da empresa/escola. Esse é o desafio primordial a ser desenvolvido pelo pedagogo para que ele possa se adequar à nova realidade do conhecimento, visto que o mercado, atualmente, necessita de profissionais ágeis, capazes de “ver” o hoje com o olhar no futuro (visão sistêmica). Sendo assim, o pedagogo não pode mais atuar apenas como um facilitador da aprendizagem do aluno, pois seu papel vai mais além do que realizar atendimentos e fazer encaminhamentos.

Constatei que as empresas estão redefinindo suas metas,

redesenhando suas estratégias para virarem a página da crise e otimizarem

seu futuro. Diante desse novo cenário, vários profissionais estão revendo seu

papel e sua função dentro do mercado. Cabe também ao pedagogo perceber o

que a escola/empresa espera de sua atuação, quais são as competências

necessárias para inserir sua escola dentro desse contexto e obter o resultado

que seu cliente (família/aluno) espera alcançar.

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A Vez do Mestre

Verifiquei também que a própria estrutura da escola particular não é mais a mesma. Atualmente, ela é vista como uma empresa em que todos têm uma função a cumprir. Diante dessa realidade, a escola tem de preparar seus alunos para interagir com a sociedade em que eles se encontram, sem desconsiderar os valores éticos que a permeiam.

O mercado exige, atualmente, profissionais capazes de lidar com qualquer tipo de problema ou espera encontrar pessoas que sejam não só motivadoras como também inovadoras diante dos desafios complexos. Para atender essa demanda, percebi que o pedagogo precisa ser flexível, ser capaz de se adaptar às diferentes situações e buscar ser um mediador entre o que a direção estabelece como meta para que as famílias confiem no trabalho dos educadores que dela fazem parte.

Diante de tantos desafios, o pedagogo deve estar por dentro não só

da filosofia e da missão de sua escola, como também ter bem clara e definida a

visão sistêmica da mesma, a fim de buscar estratégias que propiciem um clima

favorável à aprendizagem. Cabe também ao pedagogo criar um clima propício

para que todos os funcionários e educadores assumam suas

responsabilidades, e, através da troca de informações, ele consiga obter não

só a interação das equipes como também a construção de um time coeso

capaz de desenvolver relações pessoais verdadeiras.

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A Vez do Mestre

METODOLOGIA

Através das indicações bibliográficas fornecidas por meus professores na execução dos trabalhos no decorrer do curso de ‘Pedagogia Empresarial’, junto com as que encontrei na biblioteca da faculdade Cândido Mendes ou comprei em livrarias, e também nas leituras de artigos de revista e de jornal, fui pensando e repensando o tema da minha monografia, logo a minha pesquisa é de cunho bibliográfico.

Assim que iniciei minhas aulas, a minha primeira matéria foi “Gestão do Conhecimento Empresarial”. Fiquei curiosa com os conceitos que me estavam sendo apresentados e decidi ler o livro “Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação” do NONAKA, I. E TAKEUCHI, H. A partir dessa leitura, fui definindo o tema de minha monografia e constatei que precisava compreender, primeiro, o efeito que a Era do Conhecimento está exercendo nas escolas particulares, assim como, entender as mudanças que estão ocorrendo na escola a partir do momento em que ela está inserida dentro de uma visão também empresarial. A partir daí, fiquei mais atenta as leituras de artigos da revista Você S.A e de jornais, como O Globo.

Dando continuidade, tive, na matéria “Cultura Organizacional e Gestão da Mudança” a confirmação da minha escolha, pois, em cada aula, o professor trazia um estudo de caso sobre os pontos a serem estudados e pedia que analisássemos cada situação como se fôssemos auditores. Foi, nesse momento, que comecei a pensar na organização da escola particular e a compreender a importância do pedagogo nesse contexto. Adquiri o livro “A Quinta Disciplina” de Peter M. Senge e me encantei com as informações e teorias apresentadas.

Diante de tanta novidade, uma dúvida ainda pairava: Como deve ser

a atuação do pedagogo dentro dessa nova empresa em que ele está

trabalhando? Qual o papel que esse profissional deve exercer? Fui buscar

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A Vez do Mestre

essas respostas nas leituras dos livros que abordavam a temática da Pedagogia Empresarial e fui delineando o perfil desse profissional através da leitura feita em “Temas atuais em Pedagogia Empresarial: aprender para ser competitivo” de Amélia Escotto do Amaral Ribeiro. Aproveitei o momento e reli as informações adquiridas no módulo anterior “Processo de Aprendizagem e Desenvolvimento de Competências” para analisar a função e atuação que o pedagogo deve exercer hoje na empresa e comparando com a escola particular.

Em cada módulo que fui fazendo, busquei obter informações que pudessem me auxiliar na construção da minha monografia. Dessa forma, o texto foi sendo escrito e reescrito várias vezes, pois o conhecimento não tem fim e, a cada momento, tinha algo mais a dizer. Isso aconteceu nos módulos

“Análise Comportamental” e também quando pude compreender como acontece a atuação do pedagogo dentro de uma empresa e sua função no setor de Recursos Humanos, nas aulas de “Administração de Recursos Humanos”.

Se a escola particular hoje é vista como empresa, cabe ao pedagogo

redesenhar sua atuação de forma que sua gestão seja predominantemente

democrática. Para isso, é importante que ele estabeleça projetos que o levem a

estruturar essa mudança – aprendi isso nas aulas de “Elaboração de Projeto” –

e saiba desenvolver processos que envolvam os grupos na concretização e

organização de um time.

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A Vez do Mestre

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I – A Era do Conhecimento Requer do pedagogo uma nova visão 12

CAPÍTULO II – As Competências do Pedagogo 21

CAPÍTULO III – A Atuação do Pedagogo na Escola Particular 38

CONSIDERAÇÕES FINAIS 48

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 50

ÍNDICE 52

FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

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A Vez do Mestre

INTRODUÇÃO

Este estudo tem como objetivo apresentar as mudanças ocorridas na estrutura das escolas particulares assim como as funções que o pedagogo deve apresentar para fazer com que sua empresa/escola esteja inserida na Era do Conhecimento.

Enquanto o pedagogo não perceber que as mudanças escolares estão interligadas com as grandes transformações apresentadas na sociedade, ele não conseguirá compreender qual é o seu papel hoje dentro dessa nova empresa/escola. As modificações sofridas pela escola são provenientes não só das crises, que têm afetado o mundo como um todo e influenciado o jeito de ser e de viver das famílias, assim como do desenvolvimento tecnológico que exerce uma pressão muito forte no ser humano para que ele saia da acomodação e se integre na Era do Conhecimento.

Já que estamos na Era do Conhecimento, é importante que o pedagogo esteja ciente das modificações que estão ocorrendo ao seu redor, dos anseios de seus alunos e familiares para desenvolver projetos capazes de inserir seu aluno nessa Era, propiciando a formação de um SER crítico.

Dessa forma, abordarei a inserção da escola particular no mundo corporativo e as competências do pedagogo nessa nova organização diante dos desafios promovidos pelos conflitos mundiais, que têm afetado o desenvolvimento econômico de vários países, fazendo com que todos repensem o seu estilo de vida. Por isso, quero demonstrar através desse estudo que a função do pedagogo na Era do Conhecimento requer que ele seja capaz de ter autodomínio diante dos desafios; consiga estabelecer modelos mentais que visem à interação grupal e, consequentemente, estabeleça seu comprometimento com a filosofia e a missão da empresa em que está inserido, desenvolvendo estratégias que propiciem à inserção de todos no ambiente escolar, através de uma liderança participativa que visa à motivação na formação de um time.

Portanto, o objetivo desta pesquisa é apresentar as funções que o

pedagogo deve apresentar para fazer com que sua empresa/escola esteja

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A Vez do Mestre

inserida na Era do Conhecimento, assim como refletir sobre essa Era e seu

impacto na educação. Ressalta-se também a importância da liderança na

atuação do pedagogo, a troca de experiências através do diálogo e da

discussão como meio de interação e da construção da visão sistêmica no

interior da empresa/escola.

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A Vez do Mestre

CAPÍTULO I

A Era do Conhecimento requer do pedagogo uma nova visão

“O conhecimento não se constrói apenas nas universidades e nas leituras, mas muito pela experiência e reflexão, bem como pela pesquisa e convivência com homens de inteligência, inconformados com a limitação do saber.”

Antonio Lopes de Sá

As escolas particulares atualmente estão passando por grandes desafios devido à crise econômica global. Desde o fim de 2008, escuta-se falar em demissão, reestruturação, falência, ou seja, um caos generalizado. Neste momento, é fundamental que cada escola reavalie sua visão estratégica para que possa crescer e ultrapassar o final dessa turbulência que tem deixado rastros de insegurança e fragilidade. Como afirmou Pedro C. Ferreira, professor da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas – em entrevista ao jornal O Globo em 15/03/2009 - embora não haja perspectivas para o fim da crise atual, o crescimento econômico não será mais o mesmo. Sendo assim, é importante que cada escola refaça suas metas, e reveja, por que não, a sua estrutura organizacional, a sua missão. Pois, quando o conhecimento organizacional é obtido através da interação entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito, a aprendizagem torna-se contínua, visto que gera um conhecimento pautado na competência e na inteligência coletiva.

Nonaka e Takeuchi (1997) ressaltam que os modelos gerenciais top-down (de cima para baixo) e bottom-up (de baixo para cima) não são adequados para estimular a interação entre o conhecimento tácito e o explícito.

Segundo eles, no modelo top-down, a capacidade de a organização realizar a

socialização e a externalização é limitada e o modelo bottom-up não é

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A Vez do Mestre

particularmente útil no sentido de proporcionar a combinação e a internalização. Como a interação entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito é realizada por um indivíduo, não pela organização, pela escola em si, se o conhecimento não puder ser compartilhado com os outros ou se não for desenvolvido em nível de grupo ou de divisão, ele não se difundirá em espiral na escola. Dessa forma, o processo gerencial denominado middle-up-down (do meio para cima e para baixo), que integra os benefícios dos modelos top-down e bottom-up, é o modelo mais adequado para proporcionar a criação do conhecimento organizacional dentro de uma escola particular.

Ainda segundo Nonaka e Takeuchi (1997), a Era atual é a do Conhecimento, ou melhor, da “sociedade do conhecimento” em que o conhecimento é visto como o recurso mais importante ao lado da terra, do capital e do trabalho. Logo, o futuro pertence aos “trabalhadores do conhecimento”, pois ao invés de usar as mãos, eles utilizarão à cabeça, sendo assim, o foco atual deve estar na educação e no treinamento.

Parece algo fácil ou até simplista, contudo é importante destacar que se a escola particular estiver preocupada em apenas absorver o conhecimento de algum lugar para transmiti-lo em seu interior, não obterá o êxito esperado. O conhecimento o qual está sendo abordado é o que move em uma espiral e não o que se move lateralmente em uma única direção, logo é fundamental que a missão da escola não só seja divulgada como também compartilhada com todo o time que compõe a estrutura da escola. É nesse momento, que o pedagogo deve atuar. Cabe a ele propiciar meios para que os educadores/funcionários compreendam que as alterações ocorridas no interior da escola são reflexos das mudanças externas, ou seja, a escola não é um espaço estático.

A seguir, são apresentadas sete diretrizes, adaptadas dos estudos feitos por Nonaka e Takeuchi (1997), que podem facilitar o pedagogo na implementação de um programa que vise à dinamização do conhecimento dentro da organização da escola particular.

Primeiramente, é importante que se crie uma visão do

conhecimento em que todos dentro da escola tenham ciência dela. Essa

visão deverá estabelecer um “campo” ou um “domínio” que irá permitir a todos

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A Vez do Mestre

desenvolver um mapa mental do mundo em que vivem e da direção do conhecimento que irão tentar criar ou buscar, isto é, todos precisam saber onde se encontram e que tipo de conhecimento é esperado deles. Percebe-se, assim, que a essência está direcionada na capacidade da organização em se desenvolver para adquirir, criar, acumular e explorar o conhecimento do que simplesmente transmitir informações. Isso pode ser gerenciado pela equipe de informática da escola.

Em segundo, deve-se desenvolver uma equipe do conhecimento que valorize o conhecimento iniciado por um indivíduo e que respeite os insights, as intuições e os palpites, ou seja, os talentos disponíveis dentro da empresa. Esse papel deve ser administrado pelos professores/educadores.

Seguindo essa linha de pensamento, Nonaka e Takeuchi (1997) defendem a construção de um campo de interação de alta densidade, ou seja, precisa haver uma interação entre todos os membros da equipe que investe no desenvolvimento do conhecimento. Para que isso aconteça, é fundamental que o pedagogo conheça bem quais são as forças e as fraquezas de seu time, assim como esteja aberto para as oportunidades que não poderão ser desperdiçadas e as possíveis ameaças que terá pela frente.

Esse campo de alta densidade permitirá a troca de informações entre todos os funcionários da escola. Seguindo a mesma linha de pensamento, pode-se dizer que esse momento é propício para a interação social entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito, quer dizer, os palpites, as percepções, os modelos mentais, as crenças e as experiências (denominados de conhecimentos tácitos) serão convertidos em uma linguagem capaz de ser comunicada e transmitida aos outros (conhecimento explícito).

Para que essa linguagem seja compreendida, é fundamental que se estabeleça um diálogo, em que as metáforas e as analogias criadas pelos membros da equipe servirão como um meio de comunicação entre eles, visto que o conhecimento tácito é inexprimível.

Já os membros da equipe que se encontram na linha de frente –

professores e educadores de apoio – irão estabelecer um diálogo com a

sociedade/família, que é considerado um outro campo de alta densidade, só

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A Vez do Mestre

que com o mundo exterior. É bom ressaltar que o conhecimento tácito também é fixado pela sociedade/família, pois quanto maior for a exigência (como, por exemplo, o resultado do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio), maior será a importância de informações qualitativas.

Dando continuidade, chega-se ao quarto princípio denominado de pegue carona no processo de desenvolvimento de novos produtos.

Parece um título estranho para a área educativa, contudo, ao divulgar sua filosofia, a escola particular precisa ser fiel aos princípios contidos nela, porém deve adaptá-la às mudanças que acontecem na sociedade, logo o conhecimento organizacional, de uma forma ou de outra, deve ser inserido nessa transformação. Constata-se, então, que durante todo o processo de desenvolvimento, tanto o pedagogo quanto a direção precisam se adaptar às transformações, às tentativas de acertos e erros, ou seja, à aceitação de que a aprendizagem não ocorre de forma linear e estática. Logo, é fundamental que a equipe envolvida nesse processo tenha autonomia para atuar, tolerando-se, assim, a flutuação e o caos criativo gerado pela busca de um novo resultado.

Ressalta-se também, nesse momento, que o processo de desenvolvimento do conhecimento organizacional, às vezes, surge em um momento crítico, seja uma crise ou uma urgência da escola. Esse momento, denominado por Nonaka e Takeuchi (1997) de caos criativo, é visto como um meio de gerar metas organizacionais desafiadoras que vão muito além da capacidade da escola, fazendo com que a mesma promova uma reflexão. O resultado disso deverá estabelecer uma ação cujo intuito será o de levar seus membros a questionarem (positiva ou negativamente) as premissas cognitivo- comportamentais existentes.

Para gerenciar o caos criativo, uma das formas mais eficazes é

adotar a gerência middle-up-down – em que o pedagogo irá conciliar o

sonho da direção com a realidade captada pelos funcionários da linha de frente

que atuam com a realidade. De acordo com essa diretriz, o pedagogo irá

desempenhar um papel fundamental no processo de desenvolvimento do

conhecimento organizacional, pois, como ele tem acesso aos diversos setores

da escola, será visto como líder de um time.

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A Vez do Mestre

A partir dessa premissa, observa-se como é importante que a organização adote o hipertexto, isto é, que o conhecimento adquirido, acumulado, possa ser acessado por outros membros da escola ou das gerações futuras. Mas, para que isso aconteça, é importante que a estrutura organizacional convencional da escola seja revista. Embora a estrutura calcada na hierarquia seja a mais segura, é através da força-tarefa, ou seja, do acúmulo e da exploração dos conhecimentos adquiridos por todos os envolvidos no processo ensino/aprendizagem, o meio mais eficaz para a criação de um novo conhecimento. Logo, a recategorização e a recontextualização do conhecimento gerado nesses dois níveis necessitará de um terceiro, denominado de base de conhecimento. Esse nível não existe na entidade organizacional da escola particular, contudo poderá ser incorporado na visão da escola, em sua cultura organizacional ou em sua tecnologia, pois a visão da escola e a cultura organizacional controlam o conhecimento tácito, já a tecnologia controla o conhecimento explícito que foi gerado nos dois níveis.

Esse é o desafio, fazer com que o pedagogo compreenda que a hierarquia e a força-tarefa são complementares e não excludentes. Pois, através da base de conhecimento, os membros de uma equipe poderão estar em um nível de cada vez, logo não terão que realizar duplas funções, o que facilitará sua permanência no grupo. Segundo, a qualidade do conhecimento veiculada pela escola tenderá a aumentar. A tendência é que aconteça a especialização dos tipos de conhecimento, visto que o nível do sistema de negócios em uma hierarquia é baseado no acúmulo e na exploração do conhecimento explícito, e a força-tarefa lida principalmente com o conhecimento tácito e com a criação de novos conhecimentos através do processo de conversão. Logo, o nível de base do conhecimento estará concentrado no armazenamento e na interpretação dos conhecimentos tácito e explícito.

A última diretriz diz respeito à criação de uma rede de

conhecimentos com o mundo exterior cujo objetivo não se restringe a

realizar um cadastro sobre clientes/alunos, fornecedores, concorrentes... Os

clientes/alunos também possuem necessidades tácitas que não são facilmente

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A Vez do Mestre

explicitadas através de palavras, logo é importante que a comunicação entre a escola e o aluno seja mais direta e objetiva. Para que isso possa acontecer, é importante que os alunos possam ter ciência do planejamento, ou seja, serem informados sobre as mudanças que o pedagogo pretende lançar para inserir a escola nessa nova Era e que o mesmo esteja atento a ouvi-los, pois a criatividade do aluno acoplada aos objetivos da escola irão gerar um resultado muito mais significativo e operante.

Chris Argyris e Donald Schon (apud NONAKA e TAKEUCHI, 1997.

p. 263) defendem a importância do aprendizado organizacional como um meio de manter vantagem no mercado competitivo. Segundo Chris Argyris e Donald Schon há dois modelos que podem propiciar o pedagogo a realizar o processo de aprendizagem.

O primeiro modelo é denominado de aprendizado de ciclo único.

Nele, o pedagogo estabelece suas metas, seus objetivos e todos executam conforme é solicitado. Não há troca de informações e o pedagogo retém todas as informações. O que não acontece no aprendizado de ciclo duplo, já que a estratégia do pedagogo nesse modelo é compartilhada com todos, facilitando a troca de informações.

Ao comparar o segundo modelo de Chris Argyris e Donald Schon com a linha de pensamento defendida por Nonaka e Takeuchi, percebe-se que o aprendizado de ciclo duplo é muito mais eficiente, pois permite que o pedagogo consiga não só detectar o que está impedindo a concretização das metas estabelecidas, como também apresentar a solução para o problema.

Para isso, é fundamental todos terem ciência de que o conhecimento está relacionado à ação, ou seja, através das informações obtidas, as hipóteses do que pode ser feito são formuladas a fim de solucionar ou melhorar a realidade.

Isso irá gerar uma socialização, já que haverá troca de idéias (externalização), combinação, e, com os resultados obtidos, a realidade é internalizada e o ciclo não termina, pois ele é contínuo.

Como já foi mencionado, a Era em que se vive hoje é denominada

de a Era do Conhecimento ou do Capital Intelectual, da Criatividade e da

Genialidade. Com isso, novos paradigmas surgem de forma que a integração

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A Vez do Mestre

do homem no mercado de trabalho traga não só benefício para escola em que ele está inserido, como também o faça a se preocupar cada vez mais com sua carreira.

As escolas atualmente buscam funcionários pró-ativos, ou seja, pessoas que aceitem a substituição do conceito de tarefa pelo de competência e que incluam nesse processo as habilidades e atitudes as quais irão viabilizar uma perfomance vinculada a estratégias e, consequentemente, ao resultado almejado. Dessa forma, segundo Ribeiro (2008) alguns conceitos são introduzidos no universo organizacional a fim de agilizar essa mudança.

Primeiramente, é importante destacar o conceito de multifuncionalidade. O mercado de trabalho moderno exige profissionais com várias habilidades, que possuam uma ou mais formações específicas e que possam contribuir na realização das tarefas na empresa/escola. Além disso, ressalta-se também a visibilidade no mercado, que é a capacidade de se manter atualizado, para que sua imagem pessoal seja sempre bem vista na comunidade profissional.

Ao ampliar sua dimensão e seu comprometimento com os objetivos da organização, o profissional estará se inserindo na visão estratégica de sua escola. Com isso ele estará fazendo parte da solução dos problemas e não do problema em si, pois o ambiente requer a capacidade de inovação, ou seja, é dada a ele a liberdade para criar.

Por fim, é importante destacar a interpessoalidade, ou seja, a

capacidade do profissional em se inserir no time de sua escola, trabalhando em

equipe e se relacionando bem com as pessoas. Apesar de se falar muito em

tecnologia, na importância de buscar também a troca de informações na rede,

não se pode esquecer que o computador não é a rede. Quem forma a rede são

as pessoas, e quanto mais elas se sentirem motivadas a divulgar o

conhecimento implícito, mais viva ficará a escola. Portanto, o conceito de

autoparabéns é uma das novidades, pois o profissional saberá ao final de um

período como está o seu desempenho através dos indicadores de sua

perfomance, tendo em vista que eles estarão associados aos objetivos da

escola. Dessa forma, o profissional saberá exatamente o que faz, por que faz e

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A Vez do Mestre

se há uma identificação entre ele e a escola, ou seja, se ele está realmente motivado.

Como pode ser visto, a aprendizagem em uma escola particular é algo importante e necessário na época atual. A crise que tanto tem sido mencionada nos meios de comunicação pode gerar um caos coletivo em uma escola, contudo a posição do pedagogo é que fará a diferença. Há uma lenda egípcia denominada “A lenda do peixinho vermelho” que ilustra um pouco isso.

Diz a lenda que, no centro de um jardim belíssimo, havia um grande lago enfeitado com ladrilhos azul-turquesa. Nele viviam vários peixes habituados a se mexer apenas para comer e descansar. Em certo dia, resolveram eleger um dos peixes da comunidade para “administrá-los” e viviam, assim, felizes. Só que entre eles havia um peixinho vermelho que era rejeitado por todos, logo não conseguia comida com facilidade, por isso tinha de fazer muita força para vencer os grandes peixes esfomeados. Para conseguir sobreviver naquela comunidade, resolveu estudar o ambiente onde vivia e acabou descobrindo uma grade que permitia o contato do lago com o “vasto mundo exterior”. Com muita dificuldade, saiu em busca do conhecimento e obteve resultados fantásticos. Através da observação, da externalização, da combinação, da análise do erro e da internalização do conhecimento, ele descobriu que o mundo não se limitava às divisas do lago de sua infância, pelo contrário, a socialização era fundamental. Contudo, com pena de seus conhecidos do lago, resolveu retornar e informá-los sobre a sua descoberta, isto é, divulgar sua rede de conhecimentos, afinal, aprendera com seus novos amigos que o conhecimento deve ser compartilhado, pois fora assim que ele descobriu tudo aquilo. Porém, a sua volta não surgiu o efeito esperado. Ninguém acreditou nele. Todos estavam satisfeitos com o aprendizado adquirido, consideravam o seu local o melhor e o único do universo. Ridicularizado, o peixinho voltou para o Palácio de Coral onde passou a viver. Anos depois houve uma seca e o nível das águas desceu muito. Como seus colegas de infância não acreditaram na sua visão estratégica, não desenvolveram nenhuma meta, pereceram todos na lama.

Para a escola que ainda não percebeu a importância da

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A Vez do Mestre

aprendizagem contínua em nossa sociedade atual, como reflexão, fica a pergunta que o peixinho vermelho se fez no momento em que resolveu ultrapassar a divisa entre o seu mundo e o externo, optando por uma estratégia que o conduzisse a novos objetivos, metas e resultados:

- "Não será melhor pesquisar a vida e conhecer outros rumos?"

O caminho é traçado pela direção da escola, mas o conhecimento

compartilhado pelo pedagogo pode transformar uma equipe em um time coeso!

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A Vez do Mestre

CAPÍTULO II

AS COMPETÊNCIAS DO PEDAGOGO

“A Educação deve ser reconhecida como uma construção contínua e permanente da pessoa humana.”

Pierre Weil

A partir do momento que a escola particular passa a ser inserida no âmbito empresarial, isto é, passa a ser vista como uma empresa, é importante que a adaptação dos conceitos estudados anteriormente seja compreendida por todos que trabalham no colégio, visto que o ramo da escola continua sendo a educação, só que a qualidade tão almejada visa à inserção na Era do Conhecimento.

Diante do que foi mencionado, o pedagogo também terá de rever suas habilidades e se adequar às novas competências, pois a sua função também sofrerá mudanças. Sendo assim, ele deve buscar desenvolver uma gestão orientada por competências na direção da gestão dos talentos dentro de sua escola, formando, assim, um time coeso que seja capaz de fomentar o conhecimento.

Primeiramente, o pedagogo precisará observar a atuação de todos os funcionários da escola (principalmente os professores e inspetores) para verificar se eles exercem corretamente as funções que seu cargo exige.

Depois, é preciso verificar se eles têm ciência de que o trabalho de uma equipe precisar estar em sintonia com a de outro setor que deve fornecer informações a alguém para que o resultado possa aparecer. Só assim, o pedagogo conseguirá desenvolver em sua escola um time, que, apesar de ser dividido em pequenas equipes, saberá muito bem que o êxito de seu trabalho só será obtido através da união de todos os setores.

Como em qualquer empresa, na escola também há vários talentos

escondidos assim como há algumas pessoas que almejam a execução de

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A Vez do Mestre

atividades que lhes sejam mais desafiadoras. Ciente da importância de identificar talentos e posicionar a pessoa certa no lugar certo, o pedagogo precisa buscar meios em que possa tornar tangível a competência das pessoas com as requeridas para a função que ocupam, orientando as ações necessárias para que os resultados educacionais possam ser alcançados.

Sendo assim, é importante verificar em que consiste a necessidade de mudanças ou aprimoramento.

Por isso, cabe ao pedagogo planejar um programa de formação/treinamento, o qual possa avaliar o desempenho dos funcionários através da seleção de métodos que obedeçam ao princípio do desenvolvimento das competências técnicas e do relacionamento social. Para isso, algumas noções devem estar claras e definidas, tais como: a necessidade de se mexer com a rotina ou, pelo menos, administrá-la para que as ações e as estratégias, que serão desenvolvidas posteriormente a partir do resultado dessa análise, não sejam comprometidas; a busca de uma visão total da escola/empresa, de forma que todos os segmentos possam ser analisados; a busca de respostas às contribuições para problemas e/ou necessidades identificadas; a percepção e o estabelecimento de prioridades; a formulação de objetivos claros e precisos para as ações consideradas prioritárias; a adoção de medidas que visem à melhoria da imagem organizacional e à busca de ações com intuito de estimular o domínio pessoal para se obter um excelente nível de aprendizagem e, consequentemente, o comprometimento de todos.

É importante ressaltar que grande parte dos programas atuais tem privilegiado a aprendizagem em equipe e, portanto, as técnicas de dinâmica de grupo têm sido privilegiadas. Essa postura vem acompanhada de uma pedagogia que visa à ação organizacional, por isso precisa: estimular e desenvolver cada vez mais a capacidade de auto-organização e desenvolvimento de seus funcionários; motivar, admitir e coordenar todos os seus setores e ultrapassar a idéia de que pode apenas “confiar” no trabalho independentemente de ações de formação e aperfeiçoamento.

Outro ponto fundamental a ser considerado é que a equipe de apoio

precisa, de algum modo, se inserir nesse processo junto com o pedagogo, logo

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A Vez do Mestre

ela também tem que não só se capacitar como também adquirir competências para transformar o conhecimento adquirido em prática, ou seja, ter habilidades condizentes com a cultura que a escola/empresa possui ou está implantando.

A definição das competências necessárias ao pedagogo na realização de sua função precisa ser feita a partir do plano estratégico e dos fatores críticos de sucesso para que os objetivos sejam atingidos. Não dá mais para pensar em uma escola que vise capacitar somente o professor, afinal, não é só ele que se envolve com o processo ensino-aprendizagem. Por isso, é importante, segundo Ramos (2006) que o pedagogo estabeleça a identificação das competências no nível estratégico da organização, para depois serem desdobradas em competências específicas a cada nível organizacional. De inicio, é importante esclarecer que elas serão divididas e analisadas em:

‘Competências Técnicas’ que são as que envolvem não só a escolaridade e os treinamentos como também os conhecimentos técnicos e tecnológicos compatíveis com o cargo ocupado; e as ‘Competências Comportamentais’ que são as que possibilitam uma maior probabilidade na obtenção de sucesso assim como na execução de determinadas atividades, podendo ser inerentes às características de personalidade de um indivíduo ou obtidas no convívio social, bem como no aprimoramento realizado através de treinamentos e auto- desenvolvimento. Essas competências são subdivididas em cinco grupos:

Intelectuais, Comunicativas, Sociais, Comportamentais e Organizacionais.

2.1 – Competências Intelectuais

São as competências necessárias para reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo de trabalho, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos.

Dentro de uma escola, todos devem estar imbuídos da mesma visão

estratégica: desde o porteiro que recebe o educando, passando pela

recepcionista, servente, inspetor, professor, orientador, coordenador e diretor.

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A Vez do Mestre

É necessário que os conhecimentos técnicos adquiridos na resolução das situações problemas sejam aplicados e multiplicados.

Ao ter conhecimento da missão da escola, o funcionário/educador saberá o que se espera dele, logo terá autonomia para agir e buscar soluções que propiciem o bom andamento de todo o processo pedagógico da escola.

Assim como será capaz de multiplicar os conhecimentos adquiridos, contribuindo para que todos percebam como é essencial a troca de informações/experiências quando o objetivo da organização é formar um time.

Outro fato importante é o feedback. O retorno deve vir acompanhado de comentários que possam agregar cada vez mais as pessoas na equipe de forma que a visão estratégica seja compartilhada com todos. Quando o pedagogo fornece de forma clara e objetiva o que ele quer, fica mais fácil a compreensão do trabalho a ser realizado e, consequentemente, a resolução de possíveis imprevistos.

Agindo desse jeito, o pedagogo estará dando autonomia para que todos exerçam sua função dentro da escola, sem que o individualismo impere, pois o trabalho de cada equipe de serventes, de inspetores e de professores encontra-se interligado. “Uma “equipe de sucesso” pode ser descrita como “um grupo de indivíduos que trabalham em conjunto a fim de atingirem metas comuns” (MAITLAND, 2000. p.23).

Dentro dessa nova visão, não é mais aceitável transferir para o outro a culpa pelo erro. Cada um tem que buscar uma forma de empenho em que seja prevista a solução para determinados problemas, assim como a prevenção, isto é, criar uma forma estratégica em que os mesmos sejam solucionados assim que surjam ou vão perdendo a importância conforme são transferidos para cada equipe.

Logo, o que se espera é que o funcionário/educador tenha a

capacidade de visualizar, analisar e situar a missão da empresa dentro do

contexto social, de modo a solidificar e a perpetuar a imagem e a atuação da

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A Vez do Mestre

mesma, dentro do cenário em que se encontra, independente da ação ou do serviço prestado.

2.2 – Competência da Comunicação

Para que a comunicação aconteça de forma eficaz, é necessário que todos saibam se expressar de forma clara e objetiva com seu grupo, seus superiores hierárquicos ou subordinados, ou com clientes internos (alunos) e externos (responsáveis/família). O pedagogo deve buscar a cooperação do trabalho em equipe, sem esquecer que o ponto chave na comunicação verbal falada é o diálogo e na escrita é a clareza e a objetividade. Segundo Matiland (2000):

Uma troca de informações que se dá constante e reciprocamente auxilia a desfazer fofocas, reduz mal- entendidos, resolve os problemas de forma mais rápida e aprimora os relacionamentos de modo geral. (MAITLAND, 2000. p.29.)

Ao se dirigir a alguém, é imprescindível agir com postura e elegância, demonstrando respeito. O tom da voz, os gestos, a forma como as palavras são empregadas revelam o comprometimento do funcionário/professor, sua intenção em resolver as dúvidas, solucionar os problemas ou apenas exercer uma orientação.

Comunicar-se com os clientes (alunos ou responsáveis), colegas de trabalho, superiores e subordinados requer um nível de informação e conhecimento sobre o dia-a-dia da escola, assim como sua inserção dentro da sociedade. Todos os setores devem estar interligados para que a informação seja transmitida e veiculada sem ruídos, ou seja, de forma eficaz para que as metas sejam sempre atingidas.

Comunicar-se por escrito de maneira mais clara e mais eficaz inclui

diretrizes específicas de como preparar memorandos, cartas, e-mails,

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A Vez do Mestre

propostas e outros tipos de comunicação. Escrever centrado no leitor e formatar suas comunicações de tal forma que sejam fáceis de ser lidas, que causem o impacto desejado e que o ajudem a alcançar seus objetivos.

Portanto é fundamental que o funcionário saiba demonstrar atitudes flexíveis, adaptando-as a terceiros e a situações diversas. Assim como o pedagogo consiga desenvolver habilidades de relacionamento, incluindo as capacidades de flexibilização e adaptação, com enfoque na postura pessoal.

2.3 – Competências Sociais

Competências sociais envolvem os conhecimentos adquiridos na vida cotidiana que são essenciais no ambiente de trabalho e vice-versa, tais como: relacionamento interpessoal entre os membros de uma equipe, as trocas compartilhadas entre as “equipes” de educadores, inspetores, secretaria... na construção de um time coeso e a consciência ambiental.

É essencial que o pedagogo seja capaz de cultuar uma boa relação não só com seus professores, mas também com todos os funcionários que estão ligados a ele no dia-a-dia escolar, seja auxiliando-os nas resoluções dos problemas ou ouvindo as informações colhidas por eles. O pedagogo deve também estar atento às atitudes de cada membro de uma equipe, principalmente no momento em que a emoção se faz presente, para melhor direcionar sua atuação frente aos acontecimentos, tendo sempre em mente que o time só obtém bons resultados quando cada equipe atinge a meta que se espera.

Outro fator relevante a ser considerado pelo pedagogo é a

capacidade e o discernimento para trabalhar com e por meio de pessoas,

incluindo o conhecimento do processo da motivação e a aplicação eficaz da

liderança, assim como a habilidade de influenciar o comportamento do grupo

com empatia e equidade, visando os interesses interpessoais e institucionais.

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A Vez do Mestre

Por fim, é preciso que o pedagogo dimensione a importância do meio-ambiente e o impacto de suas ações na preservação do mesmo. Em uma escola onde a diretriz básica está centrada na educação, é imprescindível que todos participem da reciclagem do lixo, assim como busquem alternativas para diminuí-lo no seu dia-a-dia.

2.4 – Competências Comportamentais

São as competências necessárias para demonstrar espírito empreendedor e capacidade para a inovação, iniciativa, criatividade, vontade de aprender, ter abertura às mudanças, consciência da qualidade e implicações éticas do seu trabalho. Algumas características que devem ser destacadas pelo pedagogo são:

2.4.1 – Iniciativa

O pedagogo deve propiciar meios que levem os funcionários da escola a identificar e atuar ativamente sobre problemas e oportunidades. Deve fazer com que eles se ofereçam a realizar tarefas e a perceber o que precisa ser feito e comecem a agir, sem que tudo tenha que ser pedido ou exigido.

Sejam capazes de começar projetos individuais ou em grupo e assumam total responsabilidade por seu resultado, assim como, identifiquem logo o que precisa ser feito frente a um obstáculo e ajam até que o mesmo seja superado.

“Exige-se, hoje, além de responsabilidade e pró-atividade, que o profissional faça parte da solução e não do problema” (Ribeiro, 2008, p. 66).

2.4.2 – Criatividade

Cabe ao pedagogo estimular o corpo de funcionários da escola a

produzir mais e melhores ideias para o desenvolvimento de projetos e de novos

processos de trabalho. “Em outras palavras, pode-se dizer que a produção do

novo, se apoiada na criatividade humana, associa-se intimamente a aspectos

motivacionais” (Ribeiro, 2008, p.81).

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A Vez do Mestre 2.4.3 – Adaptabilidade

Uma das competências do pedagogo está em fazer com que os funcionários compreendam que, em uma escola, o conhecimento é veiculado a todo instante, logo o trabalho sofre modificações constantes, pois o que hoje é inovador, amanhã poderá não ser, logo é primordial que todos se adaptem às condições favoráveis e desfavoráveis sejam elas de qualquer ordem (ambientais, econômicas, tecnológicas...).

2.4.4 – Consciência da qualidade

Na Era do Conhecimento, quem buscar pela excelência da informação estará investindo em sua formação, capacitação e atualização. É preciso que o pedagogo deixe claro ao funcionário a importância dele ser pró- ativo, por isso, cabe a ele buscar a informação e o aprimoramento de sua função, tendo sempre em mente que as exigências de sua função crescem paralelamente a veiculação das informações.

2.4.5 – Ética

Atualmente essa é uma das características mais valorizadas nos

funcionários e que deve ser avaliada pelo pedagogo. O pedagogo deve deixar

bem claro que a escola é um local em que a formação de um educando é

conseguida não só através das notas ou conceitos obtidos nos momentos de

avaliação, mas também quando o aluno desenvolve o conceito de cidadania

observando a atuação dos funcionários e a importância que eles dão aos

valores éticos e morais. Isso gera credibilidade e confiança também aos que

fazem parte do seu convívio diário: pais/responsáveis, parceiros diretos e

indiretos (psicólogos, psicopedagogos, fonodiólogos, professores

particulares...).

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A Vez do Mestre 2.4.6 – Coerência

O discurso não deve ser diferente da prática e isso é um ponto de relevância que deve ser sempre observado pelo pedagogo. É preciso que o pedagogo seja coerente em suas atitudes e com sua visão, pois quando uma equipe observa contradição, certamente se comportará da mesma maneira, o que caracteriza a cultura do não comprometimento, ameaçando os resultados produzidos.

2.5 – Competências Organizacionais

São as competências necessárias para compreensão da missão, da filosofia da escola, de seus objetivos com o ambiente sócio político. Citando Ribeiro (2008):

Em nível organizacional, uma preocupação permanente do pedagogo é a de conseguir compreender os processos motivacionais que caracterizam determinados sistemas e, a partir daí, estruturar ações que elevem o nível de envolvimento das pessoas com sua própria aprendizagem e, em consequência, com seu próprio desempenho. (RIBEIRO, 2008, p.69).

Portanto, cabe ao pedagogo destacar:

2.5.1 – Compromisso com Resultados

A importância de se atuar com foco em objetivos quantitativos e

qualitativos, ou seja, criar um clima propício para aprendizagem, gerando,

assim, resultados que levem à escola a ocupar um bom posicionamento no

ranking de aprovação nos exames de qualificação. Uma vez que o pedagogo

consiga exercer esse compromisso, ele influenciará diretamente o

comportamento de seus liderados, pois a prática de tal competência servirá

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A Vez do Mestre

como modelo a ser seguido e poderá gerar estímulos positivos em cada equipe, tornando-a cada vez mais compromissada com as metas a serem atingidas.

2.5.2 – Gerenciar Tempo

Gerenciar tempo é estabelecer metas, priorizar tarefas, lidar com os desperdiçadores de tempo, fazer análise do tempo e criar e maximizar sua programação de uso do tempo. É importante que o pedagogo consiga transmitir a todos que o calendário pedagógico deve ser respeitado, pois tudo, em uma escola, funciona em torno dele. “O mundo moderno tem alcançado enormes avanços tecnológicos e científicos, contudo o tempo continua sendo um dos mais profundos mistérios e desafios para a mente humana” (Ribeiro, 2008, p.80).

2.5.3 – Gerenciar Recursos

Apesar de não atuar na área administrativa, em uma escola tudo é

interligado, pois o objetivo almejado por todos é que o aluno consiga obter

resultados que o ajudem a construir uma vida feliz, calcada em valores e

conhecimento. A correspondência dessa idéia na educação é o just in time

learning, isto quer dizer que não é preciso acumular informação, mas deve-se

estar pronto para obtê-las e assimilá-las sempre que for necessário, isto é,

aproveitando as oportunidades, no momento em que ocorre a atividade, a

aprendizagem pode acontecer. Logo, é fundamental ampliar a aprendizagem

do aluno investindo em equipamentos tecnológicos e aulas especializadas que

necessitam de novos ambientes. Portanto, é fundamental que todos zelem pelo

controle da previsão orçamentária, assim como, analisem e justifiquem um

investimento ou equacionem a mão-de-obra disponível com os recursos

técnicos disponíveis.

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A Vez do Mestre 2.5.4 – Planejamento e Organização

Cabe também ao pedagogo coordenar suas tarefas e/ou da equipe de apoio, incluindo o planejamento (plano de ação/cronograma), a organização (distribuição de trabalhos), e as tarefas sequenciais (ações), bem como a seleção e a alocação de recursos necessários para que as atividades pedagógicas possam acontecer paralelamente ao conteúdo ministrado em sala de aula.

2.5.5 – Capacidade de Gerenciar

O pedagogo deve administrar seu time com eficácia: delegar eficazmente, ampliar oportunidades, agir com decisão, equidade e demonstrar justiça ante seus feitos. Também deve criar um clima propício ao desenvolvimento, ampliando os desafios e as oportunidades que favoreçam o desenvolvimento de cada ser. Deve formar um time de talentos em que o novo desafio será compartilhar as responsabilidades.

2.5.6 – Atuar Estrategicamente

Outra competência do pedagogo é a de estabelecer conexão com dois tipos de ambientes que influenciam diretamente nos resultados almejados:

os internos e os externos. Portanto, ele deve atuar de forma a antever oportunidades e ameaças, tendências e inovações possibilitando o agir, ou seja, empreender esforços para a excelência na performance de todos. É importante ressaltar que não há uma habilidade específica para uma determinada competência, uma vez que uma mesma habilidade pode contribuir competências diferentes.

Atualmente alguns pedagogos estão passando a reconhecer que a

filosofia da escola deve ser adequada à nova realidade em que a mesma está

inserida, pois para realizar uma mudança na estrutura da organização a fim de

estabelecer sua missão, é necessário que a escola considere também a

aprendizagem individual. Essa constatação está trazendo alguns desafios,

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A Vez do Mestre

tendo em vista que para compreender como se pode aproveitar o potencial das pessoas, segundo Inamori, (apud SENGE, 2006, p. 167), é fundamental entender a “mente subconsciente”, a “força de vontade” e as “ações do coração... o desejo de servir ao mundo”.

Como conseguir crescer, aumentar a produtividade e o desenvolvimento tecnológico de uma escola, se o funcionário não se sente motivado a participar das metas estabelecidas pela direção? Esse é o ponto fundamental: enquanto as escolas particulares se mantiverem em uma estrutura hierárquica tradicional que não atendem às necessidades das pessoas, não levando em consideração seu auto-respeito e sua auto- realização, o pedagogo não conseguirá atingir as metas, nem se adequar à demanda exigida recentemente pelo mercado. Cabe ao diretor reverter esse processo. Para isso, ele deve abandonar os planejamentos anteriores que se baseavam principalmente no controle e ter ciência de sua responsabilidade com a vida de tantos seres humanos.

As pessoas que conseguem ter domínio sobre o seu crescimento e seu aprendizado ampliam sua capacidade de criação e atingem os resultados que tanto procuram. Da busca pelo aprendizado contínuo é que surge o espírito da organização que aprende.

O domínio pessoal vai além da competência e das habilidades, embora se baseie nelas. Vai além da revelação e da abertura espiritual, embora exija crescimento espiritual. Significa encarar a vida como um trabalho criativo, vivê-la da perspectiva criativa, e não reativa. (SENGE, 2006, p.169)

Para conseguir atingir as metas desejadas, é preciso que o

pedagogo esteja atento ao caminho escolhido. Às vezes, a obrigação ou o

desejo em atingir o resultado almejado faz com que ele se envolva tanto com

os problemas no decorrer da caminhada, que acabe esquecendo dos motivos

que o levaram a escolher determinada direção. Com isso, ele obterá resultados

vagos e imprecisos. Para que isso não aconteça, é importante aprender a ver a

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A Vez do Mestre

realidade atual com mais clareza. Esse será rumo o qual o levará a redimensionar todo o planejamento, pois as mudanças irão acontecendo de forma contínua, já que duas visões serão postas em contraposição: a que se quer com a imagem da realidade que se tem.

Quando o pedagogo fizer a justaposição da visão desejada pela escola com a imagem da realidade atual (onde a escola se encontra em relação ao que quer), será gerada uma tensão denominada de “tensão criativa”, cuja essência é expandir a capacidade de achar soluções. Segundo Senge (2006), aqui se encontra a essência do domínio pessoal: aprender a gerar e sustentar a tensão denominada de criativa, pois é através da busca por respostas que o conhecimento acontece.

O pedagogo que possui um alto nível de domínio pessoal vê a realidade atual como uma aliada e não como uma inimiga querendo derrubá-lo.

Ele não teme a mudança, é curioso, compromete-se continuamente com a realidade sem sacrificar sua essência. Vive em um estado de aprendizagem contínua, sem nunca chegar ao resultado final, pois sabe que a cada etapa atingida, requer um novo aprimoramento para se seguir em frente, logo ele tem consciência de sua limitação e sabe do que precisa em seu aprimoramento.

Por isso que o desenvolvimento emocional é fundamental na alavancagem da concretização de todo o processo. Pois buscar apenas o desenvolvimento físico e intelectual não significa ter capacidade de sustentar a mudança.

A escola particular já percebeu isso e está buscando no pedagogo esse perfil para que o mesmo instigue os demais funcionários a terem altos níveis de domínio pessoal, pois eles serão capazes de tomar iniciativas, serão comprometidos com o trabalho, portanto aprenderão mais rápido, o que fortalecerá de forma intrínseca a organização. Logo, tanto o pedagogo quanto a escola sairão “lucrando”, pois a felicidade, a satisfação pessoal do funcionário de ver seu esforço recompensado, propiciará também à direção perceber que suas metas estão sendo alcançadas.

Apesar da busca pelo domínio pessoal gerar sucesso financeiro para

a escola, alguns resistem a essa mudança, pois a vêem como algo abstrato,

difícil de ser mensurado. Para que isso não aconteça, é preciso que o

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A Vez do Mestre

pedagogo construa uma visão compartilhada e crie modelos mentais também compartilhados para que todos se sintam responsáveis pelas decisões tomadas, mantendo a coerência com a direção.

De acordo com Senge (2006), o meio de iniciar o desenvolvimento de domínio pessoal é abordá-lo como uma disciplina, ou seja, como uma série de práticas e princípios os quais devem ser aplicados para que possam ser úteis. Senge (2006) aborda outras disciplinas além dessa, porém, nesse momento, gostaria de analisar o perfil do pedagogo na atuação desse novo papel que prioriza a troca de experiências através do diálogo e da discussão como meio de interação e de construção da visão sistêmica no interior da empresa/escola. Logo, as outras disciplinas (Modelos mentais, Visão Compartilhada e Aprendizagem em equipe) serão apenas mencionadas, pois o pedagogo deve compartilhar com professores e inspetores a sua visão pessoal.

Visão pessoal, segundo Senge (2006), é algo que vem de dentro, que não pode ser confundido com metas e objetivos, pois isso significa ter uma visão reduzida. Uma forma sutil de se obter uma visão reduzida é se concentrar no meio, nas metas secundárias e não no resultado. O pedagogo deve ser verdadeiro com seu propósito, pois a habilidade de focar nos desejos intrínsecos mais intensos é uma das bases do domínio pessoal. Contudo, não se pode confundir o que foi mencionado com a idéia de ter um propósito.

Propósito é a razão de viver de uma pessoa, logo é um direcionamento que a conduzirá a busca de sua felicidade, por isso é abstrato. Visão é um destino específico, é a imagem concreta do futuro desejado. Nada acontece sem visão, assim como visão sem senso de propósito pode ser denominado de apenas uma boa idéia. Dessa forma, Senge (2006) defende que o domínio pessoal deve ser visto como uma disciplina, pois se trata de um processo em que o foco está nos resultados obtidos. Esses resultados propiciarão novos focos, já que a visão não termina, ela é um processo contínuo.

O que distingue um pedagogo que possui alto nível de domínio

pessoal é a coragem de assumir a visão pessoal. Mas, é importante observar

que a visão é um dos aspectos mais fáceis do domínio pessoal, o desafio, para

alguns, é enfrentar a realidade atual.

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A Vez do Mestre

Quando o pedagogo comparar a visão pessoal com a realidade em que ele vive, observará uma lacuna, um hiato, entre o que ele quer e o que tem. Esse hiato pode gerar um desestímulo, ou término de uma esperança.

Por outro lado, se não houvesse o hiato, não haveria a necessidade de ação para se avançar na direção da visão. Logo, cabe a ele perceber que o hiato é a fonte da energia criativa, por isso a tensão criativa não deve ser confundida com ansiedade ou estresse.

Às vezes, a tensão criativa pode gerar sentimentos ou emoções como ansiedade, tristeza, desestímulo, falta de esperança ou preocupação, mas isso é denominado de tensão emocional. Portanto, ao deparar com esses sentimentos, não se deve permitir a chegada do desânimo nem optar por reduzir ou abandonar a própria visão. Pelo contrário, é importante que o pedagogo tome atitudes que alinhem a realidade vigente com a visão almejada.

Porém, caso a opção seja em reduzir a visão, mais cedo ou mais tarde, novas pressões surgirão o que levará a nova redução e assim por diante.

Não adianta transferir a responsabilidade, pois o fracasso da meta estabelecida aparecerá, trazendo consigo a frustração e o término do alívio temporário. Para não cair nesse círculo vicioso, é fundamental que o pedagogo entenda como funciona a tensão criativa e permitir o seu funcionamento sem reduzir a visão estabelecida, deixando, assim, que ela se torne uma força ativa capaz de gerar energia para a mudança desejada.

Ter domínio sobre a tensão criativa transforma a forma de enxergar o “fracasso”, que, na realidade, nada mais é que a limitação, o hiato, entre a visão e a realidade atual. Se ela for encarada como um meio que propicia a análise das estratégias que não funcionaram, como uma forma de clarear a visão, ela poderá ser vista como uma oportunidade de aprendizagem, que nada tem a ver com impotência ou a falta de valor.

Ter uma perspectiva real e criativa da realidade em que se está

inserida é tão essencial quanto ter uma visão nítida. Não se deve induzir ao

erro de ver apenas o que se deseja. As pessoas criativas sabem que precisam

gerenciar as restrições, pois sem elas não haverá a criação. Por isso que um

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A Vez do Mestre

dos fundamentos de apoio ao domínio pessoal é o compromisso com a verdade.

Desde criança, as pessoas sempre escutam alguém dizendo que diante de tal fato, não se deve agir de determinado modo, pois são incapazes, limitadas. Isso faz com que, perante as situações de desafios, a insegurança apareça, gerando a incapacidade de enfrentar os obstáculos, o que as afasta cada vez mais dos próprios desejos. Dessa forma, duas crenças são geradas:

a da impotência – que as impedem de expor aquilo que importa – e a do sentimento demérito – que cria a sensação de que não se merece obter o desejado.

Portanto, após essa análise, é possível compreender que a escola, enquanto grupo de pessoas em constante interação com seu contexto, já reconhece que a condição da sua existência e da sua sobrevivência é obtida em virtude do comportamento/comprometimento das pessoas as quais estão inseridas nela. Outro ponto a ser enfatizado refere-se à habilidade e a motivação das mesmas que trarão êxito aos projetos apresentados. Não basta que a escola possua funcionários talentosos, é preciso que as competências sejam viabilizadas a partir do uso adequado desses talentos, com a utilização dos seus recursos tecnológicos dentro de um modelo de gestão alinhado aos seus objetivos estratégicos.

Cabe, assim, ao pedagogo auxiliar no desenvolvimento de

instrumentos que propiciem na capacitação das habilidades de todos os

funcionários que se encontram diretamente ou indiretamente ligados ao

processo ensino/aprendizagem. Isso pode ser feito através dos resultados

obtidos por meio de uma observação sistemática, cujo intuito é propor medidas

que visem a corrigir os desvios constatados, fazendo com que todos sejam

capazes de compreender fenômenos, relacionar informações, analisar

situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e agir adequadamente. É

preciso que a harmonia entre as dimensões Gestão de Processos, Pessoas e

Tecnologia exista para que a empresa obtenha sucesso a partir das suas

competências organizacionais.

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A Vez do Mestre

Portanto, tendo em vista o que foi mencionado até aqui, constata-se

que o próximo passo é abordar a função do pedagogo da escola particular

frente às competências que ele precisa gerir, logo seu papel não se restringe

mais a selecionar ou encontrar propostas pedagógicas que propiciem ao aluno

obter resultados. Pelo contrário, seu campo de atuação é mais amplo e

engloba não só os professores, os alunos com seus responsáveis, como todos

os funcionários que compõem a estrutura organizacional de uma escola.

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A Vez do Mestre

CAPÍTULO III

A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA ESCOLA PARTICULAR

“Tenha um sonho, goste do que você faz, dedique-se totalmente, tenha humildade e seja verdadeiro.”

Oscar Schimidt

Diante dessa nova organização da escola particular, ciente de todo o processo de mudança que está acontecendo, da visão sistêmica e percebendo as exigências da Era do Conhecimento, cabe agora ao pedagogo implementar um planejamento estratégico a fim de atender a missão estabelecida por sua escola. É fundamental que os objetivos estejam bem claros e definidos para que as metas possam ser alcançadas de forma a não comprometer todo o processo a ser posto em andamento. Por isso, o próximo passo do pedagogo é apresentar sua função para o time que irá acompanhá-lo.

Para que isso aconteça de forma satisfatória, sem que haja deturpações, é importante destacar que o papel a ser exercido pelo pedagogo é o de buscar o aprimoramento sobre o conhecimento humano a fim de ocupar seu espaço de líder, pois só assim ele conseguirá o êxito almejado. Logo é fundamental o reconhecimento das relações interpessoais que nortearão todo seu trabalho no trato com diferentes tipos humanos assim como a valorização dos princípios éticos que o conduzirá a uma consciência crítica da realidade vigente.

Após conhecer as características individuais das pessoas que compõem seu grupo, fica mais fácil para o pedagogo apresentar suas metas.

Porém, as diferenças entre um ser introvertido ou extrovertido não deve ser

visto como um fator positivo ou negativo na busca de um objetivo, pelo

contrário, todo desafio requer modificações e que para que o fim almejado seja

alcançado, todos devem saber o que se espera deles. Isso é que faz um grupo

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