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3. METODOLOGIA

3.3 ELABORAÇÃO DE MAPAS TEMÁTICOS

3.3.2 Complementação da base cartográfica

Como base cartográfica analógica foi utilizada a restituição aerofotogramétrica de 1979, em escala 1:10.000, em cópia heliográfica adquirida através do acervo do IPUF. Uma versão mais atualizada, a partir de vôo aerofotogramétrico realizado em 1994, encontrava-se ainda em elaboração, não tendo sido possível sua disponibilização. Na restituição utilizada constam elementos de referência, como edificações de maior porte, sistema viário, hidrografia, curvas de nível e outros, necessários ao presente trabalho.

A base cartográfica acima referida já havia sido parcialmente digitalizada em formato vetorial, através do software Microstation, da Bentley Systems, Inc., nos trabalhos "Mapeamento Geotécnico e Geológico da Ilha de Santa Catarina", (SANTOS, 1997) e "Mapeamento geotécnico do Municíüio de Florianópolis em meio digital, visando o sistema de informações geográficas" (LIMA JR., 1997). A informação gráfica original tinha sido separada por níveis, como "sistema viário", "curvas de nível" e outros. Para o presente trabalho, foi utilizada uma cópia do material em disquete.

3.3.2.2 Definição dos parâmetros para digitalização

Conforme abordado na revisão bibliográfica (item 2.3.2.3 - Características dos Sistemas CAD), os parâmetros de digitalização para linha contínua tem relação direta

com a quantidade de pontos (dados) que estarão sendo registrados e por conseguinte sendo carregados na memória do computador. Para o presente trabalho, foram adotados os valores:

distância mínima (delta) = 10 m distância máxima (tolerância) = 20m

ângulo limite = 5o.

Tais valores atendem a precisão requerida (20m), levando em consideração possíveis erros no processo manual de digitalização.

3.3.2.3 Digitalização complementar da base cartográfica

Em mesa digitalizadora (marca Digigraph - modelo Van Gogh) foi realizada a complementação de informações na base cartográfica, como nomes de localidades de interesse na área de estudo e em seu entorno, curvas de nivel e sistema viário principal, além da re-delimitação da área de estudo (novos limites da bacia, segundo critérios

hidrológicos, definidos pelo Laboratorio de Drenagem Urbana - LABDREN do

Departamento de Engenharia Sanitária). As informações foram separadas nos seguintes níveis:

1- limites bacia / ilha / mar

2- sistema de coordenadas UTM e retícula 3- toponímia: bairros e localidades

4- hidrografia

5- legendas e identificação do mapa

6- curvas de nível mestras, de 50 em 50 metros e cotas topográficas 7- curvas intemediárias: 0 a 100 m 8- curvas intemediárias: 110 a 200 m 9- curvas intemediárias: 210 a 300 m 10- curvas intemediárias: 310 a 400 m 11- curvas intemediárias: 410 a 500 m 14- sub-áreas de contribuição 15- sistema viário

3.3.2.4 Avaliação da distorção

Com o objetivo de uma avaliação preliminar da distorção e aspecto visual da base cartográfica vetorizada, procedeu-se à impressão da mesma em papel . Foram gerados mapas nas escalas 1:15.000 e 1:10.000, em papel opaco e papel vegetal. Avaliou-se a distorção entre estes produtos e a cópia heliográfica da base cartográfica do IPUF em escala 1:10.000, utilizada para digitalização. Da mesma forma, foi avaliada a distorção entre aqueles produtos e o original da restituição aerofotogramétrica do IPUF, realizando-se as medições no original nas instalações daquele órgão.

Conforme esquema na Figura 8, para medição de distâncias foram marcados nos mapas pontos análogos de referência. Estes pontos definiram dois triângulos aproximadamente equiláteros no mapa da bacia. O triângulo menor com lados medindo cerca de 1 km estava localizado na região central da área de estudo, no bairro Santa Mônica, que constitui área urbanizada com malha viária bem definida. Os pontos 1, 3 e 4 foram definidos em confluências de ruas e centro de rótula viária existente no local (o ponto 2 foi descartado por situar-se em local sem definição possível num dos mapas). Para o triângulo maior, com lados medindo em média 6 km (pontos 9, 10 e 11), os vértices foram localizados em pontos localizados em regiões extremas da área de estudo, simultaneamente identificáveis nos mapas que foram avaliados.

FIGURA 11 Localização esquemática dos pontos para avaliação de distorção

nos mapas

Os resultados das medições realizadas são apresentados a seguir. Na Tabela 3 consta também as medições sobre o mapa em escala 1:15.000, por ter sido esta a escala inicialmente utilizada nas impressões, em função da configuração do software de impressão {driver).

TABELA 3. Avaliação da distorção entre a cópia da base cartográfica (IPUF - 1:10.000)

e o mapa digitalizado (impresso nas escalas 1:15.000 e 1:10.000)

pontos distâncias (no papei / em campo) cópia da base IPUF (1:10.000) base digitalizada (1:15.000) base digitalizada (1:10.000) (cm) (m) (cm) (m) distorção % (cm) (m) distorção % 1 e 3 8,0 800 5,3 795 -6 ,3 8,0 800 0 3 e 4 7,1 710 4,8 720 +1,4 7,1 710 0 1 e 4 10,3 1.030 6,7 1.005 -2,4 10,0 1.000 -3 9 e 10 69,0 6.900 46,0 6.900 0,0 68,9 6.890 -0,1 9 e 11 56,7 5.670 37,7 5.655 -0,3 56,4 5.640 -0,5 10e 11 51,1 5.110 34,1 5.115 +0,1 51,1 5.110 0 Obs: sinal + indica aumento na distância

sinal - indica redução na distância

TABELA 4. Avaliação da distorção entre original do IPUF (1:10.000) e mapa digitalizado (plotado 1:10.000)

pontos original IPUF (1:10.000) base digitalizada (1:10.000) (cm) (cm) distorção % 1 e 3 8,0 8,0 0 3 e 4 7,1 7,1 0 1 e 4 10,3 10,0 -3 9 e 10 68,9 68,9 0 9 e 11 56,5 56,4 0,2 10e 11 51,1 51,1 0

Os resultados acima indicam uma distorção aceitável entre os originais e os mapas

digitalizados, para os objetivos a que se destinam. Na Tabela 3, as diferenças

encontradas entre as distorções obtidas para os mapas em escala 1:15.000 e 1:10.000 provavelmente~está~relacionadãa menor precisão para identificação de pontos e medição de distâncias no mapa em escala 1:15.000.

Comparando-se as Tabelas 3 e 4, verifica-se não ter havido variação significativa nas distorções quando se efetuou as medições diretamente sobre a base cartográfica

original do IPUF. Como a cópia héliográfica havia sido feita recentemente,

provavelmente não se encontrava muito deformada em relação a seu original. Isto explicaria as pequenas distorções encontradas.

3.3.2.5 Revisão do aspecto visual do mapa

Inicialmente, foram mantidos os atributos gráficos de espessura, estilo e cor de linha originalmente utilizados. Após a plotagem, verificou-se a inadequação de cores e da espessura utilizada (de valor 0) para a boa visualização do mapa. Através de impressora a jato de tinta e também via plotter, foram realizados testes imprimindo-se o mapa visualizado na tela ou uma porção dele, na escala 1:10.000. Foram verificadas espessuras de maior valor, para se chegar a resultados satifatórios. A partir destes testes, pode-se observar:

a) a saída gráfica via impressora, apresenta um "adensamento" das linhas, se apresentando mais espessas do que o resultado com o plotter; na mesma escala; b) na impressora ocorria uma maior concentração das cores, que se apresentavam

mais fortes.

c) com o aumento de escala (ex: de 1:15.000 para 1:10.000) as espessuras das linhas ficavam desproporcionais ao aumento dos desenhos, comprometendo seu aspecto visual e obrigando a uma revisão da espessura utilizada.

A situação descrita nos itens acima foi solucionada com a preparação de arquivos de plotagem específicos para cada escala a ser impressa. - Nestes arquivos, eram configurados a espessura e as cores mais adequada à escala pretendida para plotagem.

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