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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 PRODUTOS GERADOS

4.1.2 Mapas temáticos

A. Mapa hidrográfico (Mapa 1, em anexo)

Foi possível a representação dos principais rios, ribeirões e canais retificados, componentes do sistema de macro-drenagem na Bacia do Itcorubi. Com a precisão utilizada no espaço de trabalho em meio digital, haveria ainda capacidade para complementação com mais elementos da drenagem. Desta forma, na rede hidrográfica representada poderia ainda constar as maiores galerias e valas abertas, permitindo maior detalhamento para futuros estudos. Certamente, tal detalhamento teria como limite a precisão utilizada para a construção do mapa (20m).

A localização dos pontos críticos definidos pelo LABDREN e suas respectivas áreas de contribuição teve sua precisão relacionada aos elementos de amarração disponíveis na base cartográfica, tais como confluência de rios, pontes e ruas de referência. Esta precisão poderia ser bastante melhorada com a amarração topográfica em campo e sua associação à pontos de referência conhecidos no mapa.

B. Mapa Topográfico (Mapa 2)

Ficou constituído por curvas-mestras equidistantes em níveis altimétricos de 50 em 50 metros e curvas intermediárias a cada 10 m de altura adicional. Para a escala de 1:10.000, este intervalo entre as curvas se mostrou adequado para a visualização da influência do relevo principal no escoamento das águas na bacia. Entretanto, na área de

baixada e mangue (parte nordeste da bacia) seria mais adequado uma menor

equidistância entre curvas de nível. Nestas regiões, o relevo se apresenta mais suave e pequenas variações na altura significam grandes extensões horizontais na superfície dos terrenos. Na avaliação de áreas inundáveis esta relação assume grande importância, devendo ser considerada na definição da equidistância vertical entre curvas de nível nestas áreas.

C. Mapa da altimetria com a utilização de cores (Mapa 3)

Este recurso se mostrou bastante eficaz para a percepção das faixas de altitudes dos terrenos na bacia. Com a utilização de variação gradual de tonalidades, ocorre uma automática associação visual e psicológica à altitudes crescentes nos terrenos. Entretanto, não se deve deixar a descoberto o fato de estarem sendo representados somente "degraus" nas altitudes, e não a variação contínua das mesmas. A apresentação deste mapa temático em conjunto com o nível referente à hidrografia permite uma fácil associação entre o relevo e a rede hidrográfica na bacia em estudo.

D. Mapa de cobertura vegetal e solos expostos (Mapa 4)

A cobertura vegetal na Bacia do Itacorubi foi dividida em três sub-temas, para efeito da caraterização de sua influência no sistema de drenagem natural: Áreas com

florestas, áreas com vegetação rasteira e mangue. Foi utilizada uma variação de

tonalidades em verde para imediata identificação visual destes sub-temas. No mapa resultante, percebe-se facilmente a ocupação urbana sobre a área com cobertura vegetal na bacia. Com a sobreposição de informações do atual Plano Diretor, este mapa permite áinda a avaliação da adequação das áreas definidas como edificáveis.

E. Mapa com áreas edificadas (Mapa 5)

Conforme o item 2.1.2 , a identificação e representação das áreas edificadas na

Bacia do Itacorubi permite um avanço na avaliação das características de

impermeabilização dos terrenos. O procedimento convencional, consistindo de

identificação visual, contagem e medições nas fotos ou em restituições

aerofotogramétricas, demandaria grande quantidade de operações repetitivas, consumindo bastante tempo em sua execução. Com o mapeamento em meio digital, as informações gráficas e seu processamento ficam disponíveis a partir de operações simples comandadas na tela do computador. No mapa temático obtido, pode se verificar e medir rapidamente as áreas ocupadas por residências unifamiliares, pressupondo-se uma maior disponibilidade de terrenos livres e sem grande comprometimento de sua capacidade de infiltração das águas. Da mesma forma, são facilmente avaliadas as áreas com ocupação por conjuntos prediais multifamiliares, caracterizando em termos médios

superfícies com grandes áreas impermeabilizadas por páteos, telhados e garagens, por exemplo. As cores utilizadas não apresentam conflitos para sobreposição de outras informações gráficas à este mapa temático, como o sistema viário, a rede hidrográfica ou o Plano Diretor vigente no Município, em suas disposições relativas à áreas edificáveis e não-edificáveis.

F. Mapa de áreas edificáveis e áreas não-edificáveis (Mapa 6)

Este mapa temático recebeu tratamento diferente dos anteriores. Suas informações gráficas não foram obtidas a partir de fotointerpretação, mas pela digitalização do mapa específico do atual Plano Diretor, obtido no IPUF - Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis. Tratando-se de plano de informação que se sobreporia aos demais, o preenchimento com cores implicaria em torná-lo "opaco". Tal condição impossibilitaria a análise dos temas obtidos por fotointerpretação, que ficariam ocultos sob aquele mapa. Assim, optou-se pela utilização de hachuras, que permitem a visualização simultânea de informações sobre um mesmo espaço. Na definição do padrão de hachuras utilizado, buscou-se espessuras e equidistância adequadas entre as linhas, possibilitando

sua fácil visualização. Entretanto estes itens precisaram ser conciliados com a

visualização das informações gráficas que estariam sob este mapa. Linhas muito

próximas impediriam essa visualização de "transparência", enquanto linhas muito afastadas tomariam enfraquecida a representação do plano diretor em suas categorias selecionadas. Assim, a partir de testes práticos chegou-se a uma solução que atendesse simultaneamente às condições citadas, conforme se apresenta em anexo. Uma outra alternativa seria a preparação de padrões de hachuras específicos para cada escala de mapa desejado. Entretanto, acreditamos que tal solução comprometeria a funcionalidade dos recursos para visualização e edição de mapas proporcionados pelo programa utilizado.

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