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Comportamento institucional eleitoral

No documento Comportamento institucional eleitoral (páginas 30-41)

Antes de iniciar esta empreitada, a priori, que consta como proposta para este capítulo, isto é, sintetizar, sistematizar as entrevista a partir de uma análise crítica de seus conteúdos. Nos cabe advertir aos leitores que nas entrevistas, concedidas pelos entrevistados, em conformidade com os mesmos, não falam a partir do seu posicionamento subjetivo, ideológico ou comportamental sobre o processo que envolve o pleito eleitoral na cidade de Macaé, mas, sobretudo, falam "como" instituição, sendo as suas falas revestidas de autoridade para representar as entidades em questão. Nos parece óbvio que nenhum ator atua na arena política, mesmo que institucional, sem que compartilhe dos princípios das mesmas. Em outras palavras, a despeito de respeitarmos as falas de nossos entrevistados que destacam a postura, acima de tudo, institucional nas entrevistas nos concedida, não nos é crível que atores partícipes de instituições deixem do lado de fora da sala, suas convicções.

Neste trabalho utilizaremos alguns conceitos que irão nos nortear na interpretação das entrevistas, entre eles os conceitos de (i) ideologia de Gramsci (BARRETT. M. 1996.) e os conceitos trabalhados por (FIORINA, 1981) de (ii) voto prospectivo, (iii) voto retrospectivo e (iv) voto irracional. Aqui cabe ressaltar que, o nosso trabalho não trata do voto e das seus condicionantes, entretanto, nos interessa, os conceitos desenvolvidos por Fiorina, por compreendermos que as suas definições, com o cuidado da mediação, pode explicar o comportamento eleitoral institucional.

Para Gramsci a ideologia não se apresenta apenas como consequência de determinantes econômicos, repousa uma polêmica sobre a discussão de ideologia orgânica, em que de um lado encontra-se a "superestrutura necessária de uma estrutura particular". Já do outro o entendimento de ideologia como sendo "elucubrações arbitrárias dos indivíduos".(BARRETT. M. Ideologia, política e hegemonia: De Gramsci a Laclau e

Mouffe. In: ZIZEK, S. Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, p. 236,1996.) Entretanto, Gramsci nos chama a atenção para a ideologia que parte de uma

convicção popular que é capaz de assemelhar-se a força material. Onde completa:

"A análise dessas proposições tende, penso eu, a reforçar a concepção de bloco histórico, na qual, precisamente, as forças materiais são o conteúdo, e as ideologias, a forma, embora essa distinção entre forma e conteúdo tenha um valor puramente didático, já que as forças materiais seriam historicamente inconcebíveis sem a forma e as ideologias sedam fantasias individuais sem as forças materiais" (GRAMSCI, Antonio

Selections from the Prison Notebooks, arg. de Quintin

Hoare e Geoffrey Nowell-Smith, Londres, Lawrence & Wishart, 1976, p. 376-7. apud ZIZEK, S. Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, p. 236,1996.) Ideologia, não é pois falsa consciência ou construída a partir de um vazio, a ideologia para se tornar dominante, portanto ideologia da classe dominante, não pode e não prescinde daquilo que os dominados sentem objetiva e subjetivamente. Somente assim, é possível falarmos de ideologia e, por conseguinte, de consenso e/ou hegemonia. Nesse sentido, tomaremos para este trabalho, a ideologia como organizadora de um consenso acerca dos posicionamentos das instituições no processo eleitoral e após o pleito.

Compreendemos que o voto, é, de fato, o objetivo final de qualquer atuação estratégica ou comportamento eleitoral. É sim duvida, a partir dele e para ele que encontramos dos mais sofisticados ao mais simples modus

operandi de sedução e conquista do mesmo, isso em perspectivas subjetivas

ou corporativas.

Enquanto for o voto o maior, quem sabe o único, elemento que orienta o processo eleitoral, ele continuará sendo a cereja do bola. Não obstante, os condicionantes que inferem para sua tomada de decisão podem variar drasticamente, mas o que nos interessa analisar é como as entidades que trabalhamos se colocam acerca do processo eleitoral. Dito de outra maneira, sendo o voto o ponto final do processo eleitoral, entendemos apropriado, procedermos nossas análises a partir desta perspectiva, ressalvando que não

nos interessa nesta monografia o voto em si, mas o comportamento institucional eleitoral.

De acordo com (MIGNOZZETTI, Umberto, et all), seguindo à literatura sobre os determinantes do voto de Fiorina (1981), "podemos considerar que o voto seguiria, em abstrato, três padrões distintos: i) voto prospectivo; ii) voto retrospectivo e; iii) voto irracional6".

Ainda em conformidade com o autor,

"por voto prospectivo devemos entender o voto dado em resposta a uma preferência política existente ex-ante no indivíduo e que seria fruto de características psico-sociológicas, como a sua socialização, o partido e a identificação política dos pais, entre outros. (...) Por sua vez, por voto retrospectivo entendemos o voto que é dado tendo em conta uma avaliação da preferência do eleitor em si (...)Por fim, o voto irracional seria aquele, por exclusão, nem retrospectivo nem prospectivo. Por exemplo, quando uma pessoa vota em um candidato sem avaliar prospectivamente ou retrospectivamente seu desempenho ou suas propostas, ou quando a pessoa vota em um candidato por motivos estritamente não-políticos (por exemplo, torcem pelo mesmo time de futebol, têm a mesma religião, gostam do mesmo programa televisivo, etc.), dizemos que o voto, nesse caso, é irracional" (MIGNOZZETTI, 2010, p.6).

Uma das características do voto prospectivo é que o mesmo requer um grau significativo de conhecimento e recursos acumulados, além é claro de maior relação interpessoal e envolvimento político. Enquanto o voto retrospectivo não implica envolvimento partidário, já que o voto é dado a partir da avaliação do governo anterior, por outro lado, o voto irracional é aquele que é dado pelas relações sociais afetivas.

É necessário destacar que diante do "público" que escolhemos trabalhar, ou seja, um público que por essência já postula ser organizado, pois são pessoas jurídicas. Essas instituições já estariam excluindo, por definição,

6 As referências contidas neste trabalho acerca das variáveis de voto estão em: FIORINA, M.

Retrospective Voting in American National Elections . New Haven: Yale University Press, 1981. In

MIGNOZZETTI, Umberto, et all. Ensino superior e voto: análise do comportamento eleitoral da

dois tipos de votos e/ou comportamento eleitoral: o voto retrospectivo e o voto irracional.

Do exposto, trataremos apenas do voto/comportamento prospectivo, visto que, essas entidades possuem uma organização cognitiva, conhecem as alternativas políticas disponíveis, possuem seus membros/associados com filiação partidária e dispõe de elementos suficientes para decidir quem irão apoiar ou não, isto é, como será o seu comportamento eleitoral que, em última instância, avalizará o direcionamento de voto dos seus associados e sua postura pós-eleitoral.

Enquanto instituições, patronal e trabalhadores, ambas possuem posicionamentos distintos acerca do comportamento eleitoral institucional, bem como ideologias em disputas no que concerne as suas expectativas específicas. Estes posicionamentos ficaram claros nas entrevistas. Partilham, conquanto, de um comportamento institucional prospectivo, haja vista que se organizam, se estruturam e participam, com maior ou menor organicidade, das políticas sociais de interesses de suas coletividades. Tanto a FIRJAN, quanto o SINDSPETRO-NF, racionalizam seus interesses corporativos de forma e maneira prospectiva, embora a atuação da primeira seja mais ampla na Cidade de Macaé, do que a segunda.

Sobre a entrevista concedida pelo presidente da Comissão Municipal de Empresários de Macaé, observou-se que logo ao ser provocado sobre qual a importância que o processo político eleitoral possui para a entidade, o mesmo deixou claro que a instituição é apartidária, mas foi contundente em afirmar que a política "não é apenas importante para o Sistema FIRJAN, mas, sim, para todos nós(...)". Colocação que apresenta-se como contraditória, pois se de um lado, a instituição não tem um comportamento partidário,conforme o entrevistado, por outro, não esconde que o processo eleitoral revela-se como relevante.para ela ao ponto de ouvir os principais candidatos numa espécie de "debate", organizado dentro do espaço institucional da entidade. Trata-se, pois de um comportamento prospectivo da instituição que busca conhecer e avaliar os programas dos partidos e candidatos no pleito eleitoral. Além, de aludir que

a "política é importante para todos nós", tentando demonstrar que o interesse da FIRJAN e de seus associados estão para além dos seus interesses corporativos, o que não é de todo verdadeiro, como veremos abaixo na questão relacionada ao "radar".

Outra situação que deixa claro a preocupação do Sistema FIRJAN quando a dinâmica política, foi a exposição de uma pessoa que acompanha a tramitação dos projetos de lei na ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), conhecida como "radar", este radar é responsável por identificar projetos que possam perturbar determinadas indústrias que são filiadas o SISTEMA. Mesmo não tratando-se de uma ação em âmbito político municipal, que é o nosso interesse específico na construção desta monografia, é interessante apontar, pois nesta atuação revela-se uma das características do modus operandi corporativo em que pautar exclusivamente a defesa de seus interesses. Ora, a institucionalização de uma pessoa responsável por conhecer, analisar e avaliar os projetos de leis em tramitação na ALERJ, revela que a FIRJAN, pode até não ter filiação partidária, mas, demonstra com clareza que trabalha para que seus interesses corporativos sejam contemplados. Para isso, é necessário ter conhecimento e reconhecimento de valores, comportamentos e ideologias que organizem seus associados em torno de pautas e reivindicações comuns. De certa forma, o "radar", descobre o véu que, sob a aparência de neutralidade na entrevista concedida, fez transparecer. O "radar" não se encontra na ALERJ para avaliar, nem analisar projetos de "interesses de todos", mas de um seguimento específico, em nosso caso, do setor industrial.

Perguntado sobre a participação e/ou relação que a comissão estabelece com o governo municipal, o entrevistado declarou que essa relação com o governo é feita a partir de uma indução técnica, isto é, nas palavras dele, "mostra caminhos", fazendo o governo enxergar as coisas de outra forma. Decerto, esta indução técnica faz parte de uma condução sobre os interesses institucionais da FIRJAN, ou seja, uma relação em que as atividades políticas e de investimentos do governo municipal estejam vinculadas à agenda econômica e industrial que a comissão estabelece como prioridade. Aqui, mais

uma vez, fica claro que o posicionamento da FIRJAN visa, tão-somente, contemplar seus interesses. Induzir é levar outrem a organizar sua agenda, sua proposta em torno daquilo que, quem induz, julga adequado e melhor para si.

Outro fator que merece ser destacado está sobre a forma como o Sistema FIRJAN, apresenta seus interesses/projetos para os candidatos, pois não o fazem antes ou durante ao período eleitoral, mas, sim, no pós eleição.

Se é apenas no período pós eleitoral, isto é, com o candidato eleito que ocorrerá a apresentação, aqui repousa outra contradição, visto que, não querem expor seus projetos antes, mas os apresentam depois. Será que existe algum tipo de receio por parte da comissão que o projeto seja, de alguma forma, utilizado para outros interesses ou atores que não lhe sejam convenientes? Essa questão é uma provocação a reflexão e a resposta que apresentamos provém das contradições apontadas nos excertos das entrevistas. Não entendemos que a não apresentação dos projetos de seus interesses se dê por conta da apropriação dos candidatos que não lhes convenha. E, sim, entendemos, uma política institucional de não se comprometer diretamente com o processo eleitoral, deixando assim, portas abertas para tratar de seus interesses com quem quer que seja eleito. Afinal, como dissemos acima, a FIRJAN não possui filiação partidária, mas têm interesses corporativos específicos que não podem deixar de serem tratados e/induzidos com qualquer partido eleito.

Mesmo não ocorrendo a apresentação de membros e associados para disputa do processo eleitoral municipal, em sentido institucional, o presidente da comissão não exclui essa possibilidade de um de seus pares almejar esta hipótese. Mas faz a ressalva de que o membro ou associado que possui esse interesse não terá um apoio corporativo, ele poderá investir nesta empreitada, mas será uma escolha subjetiva.

É interessante fazer o apontamento no que tange ao envolvimento de membros em cargos de confiança nos locais estratégicos, em secretarias do município, seja na condição de secretários ou em outras funções mais administrativas. De acordo com o entrevistado, essa é uma prática que não

apenas possui uma participação no governo atual, mas houve a participação da entidade, através de seus membros e associados nos governos anteriores. Nesta fala ocorre, de fato, uma afirmação do quanto o Sistema FIRJAN não apenas participa, mas também é parte orgânica do próprio governo. Uma vez que a instituição, possuindo parte de seus membros atuando e desenvolvendo políticas públicas nas esferas do governo municipal, o seu distanciamento, enquanto uma entidade apartidária, torna-se fraco, portanto.

Além disso, podemos dizer que a mesma linha de pensamento da instituição refere-se a mobilização de seus recursos para apoiar candidatos e/ou partidos de sua preferência nos processos eleitorais municipais. Já que o Sistema FIRJAN não realiza doações nem para candidatos e partidos na disputas dos processos eleitorais, mas o entrevistado deixa extremamente evidente que a sua "musculatura" possui total liberdade para fazerem isso, não havendo qualquer limitação, além das estabelecidas em lei, em outras palavras, nada impede que seus filiados contribuam com recursos financeiros no processo eleitoral.7

Há outrossim, outro elemento que nos serve para apontar o posicionamento político econômica institucional do sistema que encontra na defesa da reestruturação da estatal Petrobras. Este entendimento é postulado como não ensejando que a estatal seja a operadora única da camada do Pré - Sal no país. Interessa notar, pois, que o discurso de apartidário, neutralidade, proferido pela FIRJAN, mais uma vez se desnuda e demonstra a sua filiação ideológica, seu interesse de classe e, no limite, sua busca pela direção do sistema econômico, político e societal. Se o estatuto da FIRJAN não permite filiação partidária, o seu posicionamento quanto a Petrobras indica uma simetria com o pensamento neoliberal, ainda hegemônico.

Com relação ao Sindicato dos Petroleiros do Norte-Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, este declara seu posicionamento ideológico contrário

7

É fato, hoje mais do que conhecido, de que diversas empresas contribuem financeiramente para os mais diversos partidos. O que demonstra que não há, de forma evidente, qualquer constrangimento ideológico, prevalecendo o pragmatismo em verter suas contribuições em interesses privados.

ao modelo econômico neoliberal, afirmações que já foram apresentados ao longo deste texto.

O SINDSPRETO-NF, declara-se como uma instituição que pauta uma linha de pensamento vinculada a política de esquerda, com o fortalecimento das estatais e o enfretamento ideológico ao sistema capitalista.

O sindicato não apresentou o mesmo envolvimento com relação a participação nos governos e eleições municipais. Fazendo apenas apontamos de apoio aos processos eleitorais mais amplos, tais como: eleições para deputados estaduais, federais, governadores, senadores e a presidência da república. O declarado interesse na política nacional se dá em virtude de dois pontos, em especial, em virtude dos diretores desta entidade morarem fora da Cidade de Macaé, e por entenderem que a autonomia do executivo municipal é mínima no que tange aos seus interesses corporativos.

Mesmo a entidade não postulando posicionamentos eleitorais no que tange a sua participação no pleito eleitoral municipal, ressalta que seus diretores que são filiados majoritariamente a dois partidos, ao PT (Partidos dos Trabalhadores) e PCdoB (Partido Comunista do Brasil) participam apoiando os candidatos ligados a estas legendas, já que é do interesse desta instituição conquistar assentos nas bancadas federal e estadual, posto que entendem como estratégicas para, por exemplo, esvaziar o interesse de "privatização" da estatal. Compreendemos aspectos do comportamento prospectivo, baseado na associação partidária, conhecimento cognitivo e racional. Todavia, nos causa espécie, a perspectiva desta entidade dos trabalhadores em não ter uma participação mais ativa e contundente em relação aos projetos de seus interesses, tal como demonstramos com a FIRJAN. O SINDSPRETO-NF, mostra-se menos orgânico com os interesses de sua categoria do que com os projetos dos partidos que são filiados, confiando a estes seus anseios e desejos, seja enquanto categoria ou classe social.

Diferentemente da entidade que representa o nicho patronal, ou seja, o Sistema FIRJAN que possui seus membros participando efetivamente do governo municipal. O sindicato dos petroleiros não possui nenhum de seus

pares, isto é, diretores que também são ligados aos partidos de esquerda participando do governo municipal. Situação que demonstra claramente uma maior participação e envolvimento da representação patronal em detrimento da representação dos trabalhadores nas políticas públicas desenvolvidas na região.

À guisa de Conclusão

Este trabalho ao contrário de muitos que nos apresentam respostas, nos traz mais dúvidas que a tempo, não serão sanadas nele, mas no mestrado.

A Primeira reflexão a se levantar está sobre como as contradições são construídas, de um lado, o Sistema FIRJAN afirma não ser um ator político que suba ao palco eleitoral/governamental para representar uma peça teatral. Mas no decorrer da entrevista, revela-se um exímio ator, ora atuando como protagonista e ora exercendo o papel de ator coadjuvante. De qualquer forma, o que fica evidente é a atuação dessa instituição dentro do processo eleitoral municipal, não apenas neste, mas, efetivamente, nos poderes executivos e legislativos, no pós eleição.

Pois sabe-se que, determinados cargos estratégicos de governos não são entregues a partir de uma escolha de sorte, evidentemente que esses cargos que englobam, por vezes, pastas inteiras. Estão além das funções a serem executados administrativamente, mas carregam a lógica política a serem desenvolvidas por estes que estão a frente dessa secretaria. Acredito que aqui caberia alguns questionamentos, sendo eles: (i) O Sistema FIRJAN utiliza desse envolvimento para beneficiar as indústrias que estão filiadas a ele? (ii) Em que medida as indústrias/empresas que são associadas ao Sistema FIRJAN prestam algum tipo de serviço para prefeitura? (iii) Há algum tipo de investimento, como construção de estradas, pontes, pavimentação, desapropriação ou outras iniciativas da prefeitura que venha a atender algum interesse industrial?

Quanto a outra instituição, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, este apesar de ter entre seu quadro todos os diretores filiados a partidos políticos não apresentou grande preocupação com a dinâmica política municipal.

De forma muito tímida participam dos enfrentamentos sociais e políticos do município. Não obstante, nos cabe levantar os seguintes questionamentos: (i) Quais são os principais condicionantes que pautam o não envolvimento dessa instituição no processo eleitoral da cidade? (ii) Os diretores

financiam seus pares partidários nos processos eleitores municipais? (iii) Depois do conflito entre o sindicato e o prefeito que trouxera o senador do PSDB, José Serra, há outra percepção na participação do processo eleitoral? (iv) O sindicato não participa deste processo por vislumbrá-lo como desnecessário ou por enxergar que o mesmo não trará algum tipo de retorno político, financeiro ou eleitoral?

Referencias Bibliográficas

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BARRETT, Michèle. Ideologia, política e hegemonia: De Gramscie a Laclau e Mouffe. Petrópolis: Vozes, 1995. ZIZEK, S. O espectro da ideologia. In: ZIZEK, S. Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

No documento Comportamento institucional eleitoral (páginas 30-41)

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