• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO 2: PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA E COMPOSIÇÃO DO ÓLEO

3. RESULTADOS

3.2 Composição química do óleo essencial

O teor de óleo essencial obtido de T. eupatorioides foi de 0,09%. A cromatografia gasosa acoplada à espectocmetria de massa (CG/EM) registrou 31 componentes, os resultados das

101 análises encontram-se descritos detalhadamente no Quadro 2, com o teor de cada componente expresso em porcentagem.

Foram identificados 20 compostos, sendo 95% destes sesquiterpenos. Os compostos majoritários são sesquiterpenos 3,5-muuroladieno com 39,56%, o hidroxitolueno butilado com 13,07%, e o E-cariofileno com 5,63%. Foram identificados monoterpenos oxigenados, hidrocarbonetos sesquiterpênicos, sesquiterpenos oxigenados e sesquiterpenos alcoóis (Quadro 3).

QUADRO 2: Compostos identificados na amostra de óleo essencial de Trichogonia eupatorioides (Gardner) R. M. King & H. Rob.

PICO COMPONENTESa IRb KIc TEOR(%)d

1 4-ol-terpineno 1170,34 1177 0.67 2 5-eno-silfiperfol 1318,61 1328 0,8 3 NI* 1337,97 - 8.64 4 NI 1356,53 - 0.96 5 6-eno-silfiperfol 1368,62 1379 0,99 6 2-eno-modhelf 1374,92 1383 0,4 7 α-isocomeno 1380,60 1388 1,29 8 Cipereno 1393,14 1398 0,31 9 β-isocomeno 1399,52 1408 0,66 10 E-cariofileno 1413,25 1419 5,63 11 α-humuleno 1446,92 1454 1,76 12 3,5- muuroladieno 1447,47 1450 39,56 13 Biciclogermacreno 1489,96 1500 1,31 14 α-muuroleno 1493,18 1500 0,43 15 Hidroxitolueno butilado 1508,28 1515 13,07 16 7-epi-α-selineno 1510,78 1522 1,10 17 δ-amorfeno 1516,36 1512 1,27 18 Nerodiol 1555,62 1563 0,39 19 Óxido de cariofileno 1575,81 1583 1,69

20 Allo- Epóxido aromadendreno 1629,02 1641 0,29

21 Epi-α-cadinol 1633,69 1640 1,85

22 α-muurolol 1647,59 1646 1,75

102

aConstituintes químicos listados de acordo com ordem de eluição. bIR = Índices de retenção calculado. cKI =

Índices de Kovats da literatura. dPercentual obtido por EM-CG. *NI=Compposto não identificado.

QUADRO 3: Classes dos componentes do óleo essencial de Trichogonia eupatorioides

CLASSES PRINCIPAIS COMPONENTES

Monoterpeno oxigenado

4-ol-terpineno

Hidrocarbonetos Sesquiterpênicos

5-eno-silfiperfol, 6-eno-silfiperfol, 2-eno-modhelf, α- isocomeno, Cipereno, β-isocomeno, E-cariofileno, α- humuleno, 3,5- muuroladieno, biciclogermacreno, α-

muuroleno, 7-epi-α-selineno, δ-amorfeno

Sesquiterpenos oxigenados

Óxido de cariofileno, Allo- Epóxido aromadendreno

Sesquiterpenos álcoois

Hidroxitolueno butilado, Nerodiol, Epi-α-cardinol, α- muurolol 24 NI 1911,30 - 0,53 25 NI 1954,30 - 2,60 26 NI 1998,31 - 0,72 27 NI 2073,58 - 0,62 28 NI 2100,65 - 1,88 29 NI 2208,58 - 1,31 30 NI 2349,68 - 0,54 31 NI 2387,71 - 5,97

103 4. DISCUSSÃO

A pesquisa fitoquímica tem como objetivo conhecer os constituintes químicos de espécies vegetais. Essa análise preliminar torna-se ainda mais importante quando se dispõe de poucos dados sobre a espécie em questão (FALKENBERG et al., 2002).

Trichogonia eupatorioides possui classes de compostos secundários comuns a outras

espécies da família Asteraceae como os heterosídeos flavonoides e os hetereosídeos cumarínicos. Os flavonóides representam um dos grupos fenólicos mais importantes e diversificados entre no reino vegetal, sendo conhecidos mais de 4.200 tipos (ZUANAZZI, 2002). No organismo da planta podem atuar na proteção contra incidência de raios ultravioletas e visível; proteção contra insetos, fungos, vírus e bactérias; atração de polinizador; controle da ação de hormônios vegetais; agentes alopáticos e inibição de enzimas (ZUANAZZI, 2002), além de serem importantes para a pigmentação das flores e frutos (CASTRO et al., 2004). Os flavonóides possuem também importância farmacológica atuando como anticarcinogênico, antiinflamatório, antialérgico, antiulcerogenico, antioxidante, antixidante entre outros (ZUANAZZI, 2002).

Os flavonóides são comuns nas espécies de Asteraceae e já foram descritos em espécies como Liabum polymnioides R.E.Fr e L. candidum Griseb (JUAREZ et al., 1995); Eupatorium

cannabinum L. (STEVENS et al., 1995); Chromolaena hirsuta (Hook. & Arn.) R.M. King & H.

Rob. e C. squalida (DC.) R.M.King & H.Rob (TALEB-CONTINI et al., 2007); Mikania

glomerata Sprengel e Mikania laevigata Schultz Bip. Ex Baker (BOLINA et al., 2009) e Eupatorium ballotifolium Kunth (ALBUQUERQUE et al., 2010).

A fluorescência verde-amarelada observada como resultado do teste para cumarinas indica resultado positivo para esta classe. Isso porque as cumarinas quando expostas a luz ultravioleta e em solução alcalina rompem o anel lactônico desenvolvendo a coloração amarela (FALKENBERG et al., 2002). As cumarinas encontram-se distribuídas predominantemente em Angiospermas, sendo as estruturas mais simples, as mais encontradas. Estruturalmente são lactonas do acido o-hidroxi-ciâmico, sendo o representante mais simples a cumarina 1,2- benzopirona. As famílias mais citadas na literatura pelo conteúdo em cumarinas são: Asteraceae, Apiaceae, Rutaceae, Fabaceae, Oleaceae, Moraceae e Thymeleaceae (KUSTER & ROCHA, 2002).

Para Proksh & Rodrigues (1983) os cromenos (benzopiranos) e os benzofurânicos, unidades básicas das cumarinas, são característicos de certas tribos de Asteraceae e estes representam caracteres taxonômicos úteis no nível de trobo e gênero para a família. Em Eupatorieae, as cumarinas foram registradas nas espécies de Eupatorium ballotifolium Kunth (ALBUQUERQUE et al., 2010) e Mikania glomerata Sprengel, Mikania laevigata Baker

104 (CZELUSNIAK, et al.; 2012). Além disto, a presença destes compostos representa uma importante vantagem adaptativa contribuindo contra herbívora de insetos e ataque microbiano (PROKSH & RODRIGUES, 1983).

O resultado positivo para heterosídeos cardiotônicos é um grande motivador para a realização de pesquisa com a espécie, uma vez que esteróides presentes na natureza são caracterizados pela alta especificidade e ação estimulante do músculo cardíaco. Esses esteróides ocorrem como glicosídeos esteroidais e devido a sua ação sobre o músculo cardíaco são denominados de glicosídeos cardioativos (RATES & BRIDI, 2002). Porém não há relatos de heterosídeos cardioativos em Asteraceae, portanto é possível que as reações positivas em T.

eupatoroides se devam a presença dos compostos presentes nos óleos essenciais como

compostos terpênicos (triterpenos) e lactonas, já que os mesmos são características marcantes e amplamente relatadas para a família (STEFANELLO, 1993; EMERENCIANO et al., 1998; NEERMAN, 2003; BOLINA et al., 2009), e para o gênero (BOHLMANN et al.,1981; VICHNEWSKI et al., 1985).

Algumas espécies de Trichogonia já foram objetos de estudos fitoquímicos. Trichogonia

prancii G. M. Barroso, T. villosa (Spreng.) Sch.Bip. ex Baker e T. salviaefolia Gardner possuem

sesquiterpenos, esteróides, lactonas sesquiterpênicas e derivados da acetofenona; em T. grazielae R.M.King & H.Rob, ocorrem sesquiterpenos e derivados da acetofenona, em T. scottmorii R.M.King & H.Rob, ocorrem esteroides e derivados da acetofenona (BOHLMANN et al.,1981). E em T. gardneri A. Gray, ocorrem lactonas sesquiterpênicas (VICHNEWSKI et al., 1985).

Os óleos essenciais são misturas de hidrocarbonetos terpênicos, cetonas, aldeídos, álcoois terpênicos e simples, fenóis cumarínicos, compostos com enxonfre (SIMÕES & SPITZER, 2002) e lactonas sesquiterpênicas (SIMÕES & SPITZER, 2002, NEERMAN, 2003). Estes óleos são característicos de Asteraceae e já foram relatados em várias espécies: Ageratum conyzoides L. (CASTRO et al., 2004b), espécies de Bacharis (AGOSTINI et al., 2005), Chamomilla

recutita (L.) Rauschert (BORSATO et al., 2007), Aster lanceolatus Willd (DIAS et al., 2009), Eupatorium ballotifolium Kunth (ALBUQUERQUE et al., 2010), Pteronia incana (Burm.) DC

(HULLEY et al., 2010), Melampodium divaricatum (Rich.) DC. (PELISSARI et al.,2010), e espécies de Tagetes L. (LÓPEZ et al., 2011).

Alguns compostos encontrados no óleo essencial de T. eupatorioides também foram observados em outras espécies de Asteraceae. Estes incluem o biciclogermacreno, o 4-ol terpineno e o selineno em Baccharis sp. L. (AGOSTINI et al., 2005); o E-cariofileno em

Chromoleana laevigata (Lam.) R.M.King & H.Rob. (MURAKANI, 2009); o óxido de

105

Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish (SOUSA et al., 2008) e em Vernonia sp. Schreb.

(MAIA et al., 2010); o allo-aromadendereno e o amorpheno em Heterothalamus sp. (SILVA, 2012); o α-muuroleno em Eupatorium polystachium DC. (SOUZA et al., 2007) e o epi-α-cadinol em Baccharis dracunculifolia DC (SANTOS et al., 2012).

Em T. eupatorioides apenas uma pequena fração do óleo essencial é composta por monoterpenos e a grande maioria são sesquiterpenos hidrocarbonetos, assim como em espécies de Vernonia, que apresentaram dentre os compostos majoritários o cariofileno (MAIA, et al., 2010). O sesquiterpeno 3,5-dieno-muurola que também foi um dos compostos majoritários de T.

eupatorioies, foi observado em Eremanthus erythropappus (SOUSA et al., 2008) e em Heterothalamus aliens Sprengel O. Kuntze (SILVA, 2012), porém em concentrações

relativamente baixas.

O grande motivador para estudos com óleos essenciais de Asteraceae é seu potencial terapêutico, podendo apresentar propriedades antibacterianas, antifúngicas, antiplasmódica e citotóxica (NEERMAN, 2003; OOTANI et al., 2013). Em Baccharis dracunculifolia D.C. e B.

uncinella D.C. o óleo essencial produzido apresenta atividade antimicrobiana sobre as bactérias Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa (FERRONATTO et al.,

2007), já em Melampodium divaricatum Rich D.C. sobre as espécies Gram-positivas

Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis (PELISSARI et al., 2010). Além destas, os óleos de

quatro espécies de Tagetes L. possuem propriedades inseticidas sobre Ceratitis capitata e

Triatoma infestans (LOPÉZ et al., 2011) e de Ageratum conyzoides L. sobre o pulgão Macrosiphum euphorbiae (SOARES et al., 2011).

As atividades biológicas dos óleos essenciais estão diretamente relacionadas aos seus constituintes. O sesquiterpeno biciclogermacreno quando isolado, por exemplo, demonstrou possuir atividade antifúngica (SILVA et al., 2007) e antimicrobiana (CYSNE et al., 2005); assim como o E-cariofileno (GARG & SIDDIQUI, 1992; FORMOSIANO et al., 2006). Segundo Costa

et al. (2009) óleos ricos na mistura (E)-cariofileno/biciclogermacreno ou (E)-

cariofileno/germacreno D presentes em Annona foetida Martius (Annonaceae) também demonstram potente atividade antimicrobiana. Além destes, espécies que produzem óleo contendo muuroleno apresentaram atividade alelopática (ALMEIDA et al., 2003).

O rendimento do óleo essencial de T. eupatorioides foi baixo, aproximadamente 0,09%, e pode ter sido influenciado pela época chuvosa e horário de coleta (por volta de 11:00) e pela fase de desenvolvimento da planta. Isto porque, apesar da composição química do óleo essencial ser determinados geneticamente, vários fatores ambientais como temperatura, a umidade relativa,

106 o tempo de exposição ao sol e o regime de ventos podem influenciar em sua composição quimica e rendimento (SIMÕES & SPITZER, 2002).

O horário da coleta de T. eupatorioides pode ter influenciado no teor de óleo essencial, porque segundo Simões & Sptizer (2002), o aumento da temperatura ao longo do dia leva a diminuição do teor de óleo essencial em algumas espécies devido à volatilização deste. Silva et

al. (2003) verificaram em Melaleuca alternifolia Cheel (Myrtaceae) oscilações no teor de óleo

essencial ao longo do dia devido a variação da temperatura e da umidade. Em Pectis

brevipedunculata (Gardner) Sch. Bip o teor do óleo essencial teve efeito deletério nas folhas e

nos capítulos florais a temperatura ambiente ≅ 30° C e a altas temperaturas 50 e 60º C, tendo seu teor ideal in natura a 40° C (OLIVEIRA et al., 2011). Borsato et al. (2007) também perceberam que há uma diminuição no teor do óleo essencial ao avaliar o processo de secagem a 70° C em

Chamomilla recutita (L.) Rauschert.

A variação climática própria das estações do ano também é um dos fatores de maior importância para análise da presença e quantidade de metabólitos secundários (GOBBO-NETO & LOPES, 2007). Em Ocimum basilicum L. (Lamiaceae) o teor de monoterpenos é maior no inverno e de sesquiterpenos é maior no verão (HUSSAIN et al., 2008) e em Lychnophora

ericoides Mart., constatou-se uma diminuição no rendimento do óleo essencial no período de

seca (CURADO et al., 2006). A coleta de T. eupatorioides se deu no final do período chuvoso, o que pode ter provocado a perda de substâncias produzidas no óleo essencial.

As amostras de T. eupatorioides, utilizadas no presente trabalho, encontravam-se floridas e com frutos na época da coleta. A fase fenológica ao qual a planta de encontra também pode influenciar o teor e a composição, pois, neste período há uma maior alocação de energia para a floração, frutificação e dispersão de sementes (WATERMAN, 1993). Em Guarea macrophylla Vahl (Meliaceae) nos meses correspondentes às fases de floração e frutificação há uma maior produção de sesquiterpenos, possivelmente para favorecer sua polinização e dispersão (LAGO et

al., 2007). Em adição, Paolini et al., (2010) ao estudarem a espécie Calendula arvensis L.,

observaram que a variação sazonal (Inverno ou Primavera) influenciou nas concentrações de dois compostos importantes durante o período de floração o α-cadinol e o δ-cadinene e este aumento pode estar associado à proteção da planta e atração de polinizadores durante esta estação. Portanto, o óleo essencial das espécies é influenciado pela fase de desenvolvimento, sazonalidade climática e horário de coleta das amostras vegetais. Sendo assim é necessária a análise destes fatores, para padronização do melhor período e horário para obtenção de um maior rendimento e teor de óleo essencial para a espécie em estudo.

107 Os resultados da análise fitoquímica de T. eupatorioides corroboram os resultados de Borges (2006) para mesma espécie (sin. T. menthaefolia). Segundo este autor, a planta produz sesquiterpenos, esteróides e flavonóides. Assim como em T. eupatorioides no estudo realizado por Borges (2006) lactonas não foram identificadas. Entretanto, como estas são amplamente relatadas para o gênero Trichogonia, são necessários estudos mais específicos.

108 5. CONCLUSÃO

Em T. eupatorioides ocorre heterosídeos flavonoides, heterosídeos cardioativos e cumarinas. Entretanto, o resultado positivo para cardioativos deve ser melhor investigado, pois não há relatos da presença destes compostos em Asteraceae. O óleo essencial de T. eupatorioides possui compostos monoterpenos e sesquiterpenos. Os compostos majoritários são os sesquiterpenos 3,5-muuroladieno com 39,56%, o hidroxitolueno butilado com 13,07%, e o E- cariofileno com 5,63%.

A época, o horário da coleta e a fase fenológica das plantas utilizadas no presente trabalho podem ter influenciado no teor e na composição química do óleo essencial de T.

eupatorioides, sendo, portanto, necessários estudos que busquem avaliar a influencia dessas

109 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAMS, R. P. Identification of essential oil components by gas chromatography/Mass Spectrometry. 4th Ed. Carol Stream (Illinois, USA): Allured Publishing Corporation, 2007. 804p.

AGOSTINI, F.; SANTOS, A. C. A; ROSSATO, M.; PANSERA, M.R.; ZATTERA, F.; WASUM, R. & SERAFINI, L.A. Estudo do óleo essencial de algumas espécies do gênero

Baccharis (Asteraceae) do sul do Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.15, n.3, p.

215-220, 2005

AKISUE, G. Aparelho extrator de óleo essencial: modificação do aparelho de Clevenger. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.1, n. 2, p. 247-252, 1986.

ALBUQUERQUE, M. R. J. R.; SANTOS, H. S.; SOUZA, E. B.; SILVA, R. M.; MENEZES, J. E. S. A.; PESSOA, O. D. L.; BRAZ-FILHO, R. & COSTA, S. M. O. ALBUQUERQUE, M. R. J. R. et al Composição química volátil e não-volátil de Eupatorium ballotifolium Kunth, Asteraceae. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 20, n. 4, p. 615-620, 2010.

ALMEIDA, L. F. R.; DELACHIAVE, M. E. A. & MARQUES, M. O. M. Atividade alelopática de extratos e frações de folhas de Leonurus sibiricus na germinação e desenvolvimento inicial de pepino. Brazilian Journal of Plant Physiology, v.13, p.351, 2003.

BOHLMANN, F.; ZDERO, C.; PICKARD, J.; ROBINSON, H.; KING, R. M. New Types of Sesquiterpene Lactones and Other Constituents from Trichogonia Species. Phytochemistry, v. 20, p.1323-1333, 1981.

BOLINA, R. C.; GARCIA, E. F. & DUARTE, M. G. R Estudo comparativo da composição química das espécies vegetais Mikania glomerata Sprengel e Mikania laevigata Schultz Bip. Ex Baker. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 19, n. 1b, p. 294-298, 2009.

BORGES, E. M. Estudo fitoquímico de Trichogonia menthaefolia Gardner (Asteraceae- Eupatorieae). Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, 2006.

BORSATO, A. V.; DONI-FILHO, L.; CÔCCO, L. C. & PAGLIA, E. C. Rendimento e composição química do óleo essencial da camomila Chamomilla recutita (L.) Rauschert submetida à secagem à 70º C. Ciências Agrárias, v.28, n.4, p.635-644, 2007.

110 CASTRO, H. G.; FERREIRA, F. A.; SILVA, D. J. H. & MOSQUIM, P. R. Contribuição ao estudo das medicinais:metabólitos secundários. 2ed.- Visconde do Rio Branco, 2004a, 113. CASTRO, H. G.; OLIVEIRA, L. O.; BARBOSA, L. C. A. FERREIRA, F. A.; SILVA, D. J. H.; MOSQUIM, P. R. & NASCIMENTO, E. A. Teor e composição do óleo essencial de cinco acessos de mentrasto. Química. Nova, v. 27, n. 1, p. 55-57, 2004b

COSTA, A. F. Farmacognosia. 3ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001, v.3, 2001, 1032p.

COSTA, E. V.; PINHEIRO, M. L. B.; SILVA, J. R. A.; MAIA, B. H. L. N. S.; DUARTE, M. C. T.; AMARAL, A. C. F.; MACHADO, G. M. C.; LEON, L. L. Antimicrobial and antileishmanial activity of essentiaAl oil from the leaves of Annona foetida (Annonaceae) Química Nova, v. 32, n. 1, p. 78-81, 2009

CRONQUIST, A. The evolution and classification of flowering plants. New York: Riverside Studies in Biology, 1968. 395p.

CURADO, M. A.; OLIVEIRA, C. B. A.; JESUS, J. G.; SANTOS, S. C.; SERAPHIN, J. C. & FERRI, P. H. Environmental factors influence on chemical polymorphism of the essential oils of

Lychnophora ericoides. Phytochemistry, v.67, p.2363–2369, 2006.

CYSNE, J.B.; CANUTO, K. M.; PESSOA, O.D.L.; NUNES, E.P. & SILVEIRA, E. R. Leaf essential oils of four Piper species from the State of Ceará – Northeast of Brazil. Journal of the Brazilian Chemical Society, v. 16, p. 1378–1381, 2005.

CZELUSNIAK, K. E.; BROCCO, A.; PEREIRA, D. F. & FREITAS, G. B. L. Farmacobotânica, fitoquímica e farmacologia do Guaco: revisão considerando Mikania glomerata Sprengel e

Mikania laevigata Schulyz Bip. ex Baker. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.14, n.2,

p. 400-409, 2012.

DIAS, J. F. G.; MIGUEL, O. G. & MIGUEL, M. D. Composition of essential oil and allelopathic activity of aromatic water of Aster lanceolatus Willd. (Asteraceae). Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 45, n. 3, p. 469-474, 2009.

EMERENCIANO, V. P.; RODRIGUES, V. G.; ALVARENGA, MACARI, P. A. T.; KAPLAN, M. A. C. Um novo método para agrupar parâmetros quimiotaxonômicos. Química Nova, v. 21, n. 2, p. 125-129, 1998.

111 FALKENBERG, M. B.; SANTOS, R. I. & SIMÕES, C. M. O. Introdução à análise fitoquímica. 229-246p. In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5ed. Porto Alegre, Ed. da UFRGS/Ed. da UFSC. 2002

FERRONATO, R.; MARCHESAN, E. D.; PEZENTI, E.; BEDNARSKI, F. & ONOFRE, S. B.;. Atividade antimicrobiana de óleos essenciais produzidos por Baccharis dracunculifolia D.C. e

Baccharis uncinella D.C. (Asteraceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v 17, n. 2, p.

224-230, 2007.

FORMISANO, C., SENATORE, F., BRUNO, M. & BELLONE, G., Chemical composition and antimicrobial activity of the essential oil of Phlomis ferruginea Ten. (Lamiaceae) growing wild in Southern Italy. Flavour and Fragrance Journal , v. 21, p. 848–851. 2006

FUNK, V. A. FUNK, V. A.; BAYER, R. J.; KEELEY, S.; CHAN, R.; WATSON, L.; GEMEINHOLZER, B.; SCHILLING, E.; PANERO, J. L.; BALDWIN, B. G.; GARCIA- JACAS, N.; SUSANNA, A. & JANSEN, R. K. Everywhere but Antarctica: Using a supertree to understand the diversity and distribution of the Compositae. Biologiske Skrifter, v. 55, p. 343- 374, 2005.

FUNK, V. A., et al FUNK, V. A.; SUSANNA, A.; STUESSY, T. & BAYER, R. J. Classification of Compositae In: FUNK, V. A., SUSANNA, A.; STUESSY, T. F. & BAYER, R. J.(Org) Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. Vienna: IAPT. 2009.

GARG, S.C. & SIDDIQUI, N. Antifungal activity of some essential oil isolates. Pharmazie, v. 47, p. 467–46, 1992.

GOBBO-NETO, L. & LOPES, N. P. Plantas medicinais: fatores de influência no conteúdo de metabólitos secundários. Química Nova, v.30, p.374-381, 2007

HULLEY, I. M.; VILJOEN, A. M.; TILNEY, P. M.; VAN VUUREN, S. F.; KAMATOU G. P. P. & VAN WYK B. E. The ethnobotany, leaf anatomy, essential oil variation and biological activity of Pteronia incana (Asteraceae) South African Journal of Botany, v.76, p. 668–675, 2010.

HUSSAIN, A. I., ANWAR, F., SHERAZI, S. T. H. & PRZYBYLSKI, R. Chemical composition, antioxidant and antimicrobial activities of basil (Ocimum basilicum) essential oils depends on seasonal variations. Food chemistry, v. 108, p.986-995, 2008.

112 INMET – Instituto Nacional de Metrologia. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Brasil, 2013.

JUAREZ, B. E.; MENDIONDO, M. E. & SEELIGMANN, P Flavonoids from Leaves and Flowers of Liabum polymnioides and L. candidum (Asteraceae) Chemotaxonomical Significance. Biochemical Systematics and Ecology, v. 23, n. 3, p. 335-336, 1995.

JUDD, W.; C. S. CAMPBELL; E. A. KELLOGG; P. F. STEVENS & M.J. DONOGHUEJUDD, W. et al Sistemática vegetal: Um enfoque filogenético. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 632p.

KING, R. M. & ROBINSON, H.. The genera of the Eupatorieae (Asteraceae). Monographs in Systematic Botany, v. 22, p. 1-581, 1987.

KUSTER, R. M & ROCHA, L. M. Cumarima, cromonas e xantonas In: Farmacognosia: da planta ao medicamento In: SIMÕES, SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. P. C.; MENTZ, L. A.; PETROVICK M. O. et al. (Org.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis: Ed. UFRGS/Ed. UFSC, 2002. p.461-480.

LAGO, J. H. G., ROMOFF, P., PIRANI, J. R. & ROQUE, N. F.. Essential oil from Guarea

macrophylla Vahl var. Tuberculata vellozo (Meliaceae) leaves – variation in the chemical

component proportions. Journal of essential oil research, v.19, p. 338-341, 2007.

LOPEZ, S. B.; LOPEZ, M. L.; ARAGON, L. M.; TERESCHUK, M. L.; SLANIS, A. C.; FERESIN, G. E.; ZYGADLO, J. A & TAPIA, A. A Composition and Anti-insect Activity of Essential Oils from Tagetes L. Species (Asteraceae, Helenieae) on Ceratitis capitata Wiedemann and Triatoma infestans Klug. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 59, p. 5286– 5292, 2011.

MAIA, A. I. V.; TORRES, M. C. M.; PESSOA, O. D. L.; MENEZES, J. E. S. A.; COSTA, S. M. O.; NOGUEIRA, V. L. R.; MELO, V. M. M.; SOUZA, E. B.; CAVALCANTE, M. G. B. & ALBUQUERQUE, M. R. J. R. Óleos essenciais das folhas de Vernonia remotiflora e Vernonia

brasiliana: composição química e atividade biológica. Química Nova, v.33, n.3, p.584-586,

2010.

MATOS, F. J. A. Introdução a Fitoquímica Experimental. Fortaleza : Universidade Federal do Ceará, 1988. 124p.

113 MATOS, J. M. D. &; MATOS, M. E. Farmacognosia. Fortaleza : Universidade Federal do Ceará, 1989. 246p.

MURAKAMI, C. Estudo da composição química e atividades biológicas de óleos voláteis de

Chromolaena laevigata (Lam.) King & Rob. em diferentes fases fenológicas. Dissertação

Mestrado, Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, 2009 NEERMAN, M. F. Sesquiterpene lactones: a diverse class of compounds found in essential oils possessing antibacterialand antifungal properties. The International Journal of Aromaterapy, v. 13, 2003.

OLIVEIRA, F.; AKISUE, G. Fundamentos de Farmacobotânica. São Paulo : Atheneu, 1986. 216p.

OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. São Paulo : Atheneu, 1991. 412p.

OLIVEIRA, M. T. R.; BERBERT, P. A.; MATOS, C. R. R.; MATHIAS, L. & MOREIRA, R. O. Efeito da temperatura do ar de secagem sobre o teor e a composição química do óleo essencial de

Pectis brevipedunculata. Química. Nova, v. 34, n. 7, p. 1200-1204, 2011

OOTANI1, M. A.; AGUIAR, R. W.; RAMOS, A. C. C.; BRITO, D. R.; SILVA, J. B. & CAJAZEIRA, J. P. Use of Essential Oils in Agriculture. Journal of Biotechnology and Biodiversity v. 4, n.2: p. 162-174, 2013.

PAOLINI, J.; BARBONI, T.; DESJOBERT, J. M.; DJABOU, N.; MUSELLI, A. & COSTA, J. Chemical composition, intraspecies variation and seasonal variation inessential oils of Calendula

arvensis L. Biochemical Systematics and Ecology, v.38, p.865-874, 2010.

PELISSARI, G. P.; PIETO, R. C. L. R. & MOREIRA, R .R. D Atividade antibacteriana do óleo essencial de Melampodium divaricatum (Rich.) DC., Asteraceae Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 20, n. 1, p. 70-74, 2010.

PROKSCH, P. & RODRIGUEZ, E. Chromenes and benzofurans of the Asteraceae, their chemistry and biological significance. Phytochemistry, v. 22, n. 11, p. 2335-2348, 1983.

RATES, S. M. K. & BRIDI, R. Heterosídeos cardioativo In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. P. C.; MENTZ, L. A.; PETROVICK SIMÕES, M. O. et al.

114 (Org.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis: Ed. UFRGS/Ed. UFSC, 2002. p.581-606.

ROBINSON, H.; SCHILLING, E. & PANERO, J. L. Eupatorieae In: FUNK, V. A., SUSANNA, A.; STUESSY, T. F. & BAYER, R. J.(Org) Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. Vienna: IAPT. 2009

ROQUE, N. Trichogonia In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB106320) acesso em 24/06/13. SANTOS, R. F.; ISOBE, M. T. C.; LALLA, J. G.; HABER,L. L.; MARQUES, M. O. M. & MING, L. C. Composição química e produtividade dos principais componentes do óleo essencial de Baccharis dracunculifolia DC. em função da adubação orgânica. Revista. Brasileira de Plantas Medicinais, v.14, p. 224-234, 2012.

SILVA L., ONIKI, G. H., AGRIPINO, D. G., MORENO, P. R. H., YOUNG, M. C. M., MAYWORM, M. A. S. & LADEIRA A. M. Biciclogermacreno, resveratrol e atividade antifúngica em extratos de folhas de Cissus verticillata (L.) Nicolson e Jarvis (Vitaceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 17, p. 361–367. (2007)

SILVA, S. R. S.; BARBOSA, L. C. A.; DEMUNER, A. J.; ANDRADE, N. J.; NASCIMENTO, E. A. & PINHEIRO, A. L. Análise dos constituintes químicos e da atividade antimicrobiana do óleo essencial de Melaleuca alternifolia Cheel. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.6, p.63-70, 2003.

SILVA, V. S. Potencial alelopático do oleo essencial de espécies de Heterothalamus Less. (Asteraceae) nativas do Rio Grande do Sul. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2012.

SIMÕES, C. M. O. & SPITZER, V. Óleos Voláteis. In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. P. C.; MENTZ, L. A.; PETROVICK. (Org.). (org.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis: Ed. UFRGS/Ed. UFSC. 2002.

SOARES, C. S. A.; COSTA, M. B.; SOARES, A. H. V.; BEZERRA, C. E. S. & CARVALHO, L. M. Avaliação da atividade inseticida do óleo essencial de Mentrasto (Ageratum conyzoides L.). Revista Verde, v.6, n.5, p. 21 – 24, 2011.

115 SOUSA, O. V.; DUTRA, R. C.; YAMAMOTO, C. H., & PIMENTA, D. S. Estudo comparativo da composicão química e da atividade biológica dos óleos essenciais das folhas de Eremanthus

erythropappus (DC) McLeisch. Revista Brasileira de Farmácia, v. 89, p. 113–116, 2008.

SOUZA, T. J. T.; APEL, M. A.; BORDIGNON, S.; MATZENBACHER, N. I.; ZUANAZZI, J. A. S. & HENRIQUES, A. T. Composicão química e atividade antioxidante do óleo volátil de

Eupatorium polystachyum DC. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 17, p. 368–372, 2007.

STEFANELLO, M. E. A. Avaliação estatística de plantas medicinais: química, farmacologia e sistemática. Tese de Doutorado em Química. Universidade de São Paulo. São Paulo, 1993. STEVENS, J. F.; ELEMA, E. T & WOLLENWEBERT, E. Exudate Flavonoids of Eupatorium

cannabinum. Biochemical Systematics and Ecology, v. 23, n. 4, p. 451-452, 1995

TALEB-CONTINI, S. H.; SCHORR, K.; COSTA, F. B. & OLIVEIRA, D. C. R. Detection of flavonoids in glandular trichomes of Chromolaena species (Eupatorieae, Asteraceae) by reversed-phase high-performance liquid chromatography. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 43, n. 2, 2007.

VAN DEN DOOL, H. & KRATZ, P. D. J. A. Generalization of the retention index system including linear temperature programmed gas – liquid partition chromatography. Journal of Chromatography, v. 11, p. 463-471, 1963.

VICHNEWSKI, W.; KULANTHAIVEL, P.; GOEDKEN, V. L.; HERZ, W. Two Sesquiterpene Lactone from Trichogonia Gardneri. Phytochemistry, v. 24, p. 291-296, 1985.

WATERMAN, P. G. Volatile oil crops: their biology, biochemistry and production. Harlow: Longman Scientific, 1993.

ZUANAZZI, J. A. S Flavonóides In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. P. C.; MENTZ, L. A.; PETROVICKIn: SIMÕES, M. O. et al. (Org.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis: Ed. UFRGS/Ed. UFSC, 2002. p. 499-526.

116 CONCLUSÕES

Em T. eupatorioides ocorrem características anatômicas que são comuns a outras espécies da família Asteraceae.

As folhas e o caule de T. eupatorioides possuem alta densidade de tricomas glandulares

Documentos relacionados