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Vem cá

Letra: Athalyba – Man. Banda: Região Abissal. Ano de gravação: 1990. Álbum: Região Abissal Selo: Independente.

Vem cá (8x)

Quando me ouvir chamar

Se você não vem eu vou, tirá-la pra dançar/

Á música que rola tem intuito de animar/

Eu sou MC Guzula, e vou te divertir/ Não quero ver cara fechada/

Dá um sorriso ai/ Agora bota pra dançar/ No Rap do Athalyba.../ ...aixo astral quero fora daqui/ Meu lema é balançar/

Sacudindo braço e dando soco no ar/ Ginga pra lá e pra cá.../

...Dê o scratch do DJ, no meio deste som?/

Vem quente quem quer viajar/ Em cima de uma nu...(vem)/ Vem cá (8x)

Quando me ouvir chamar Se você não veio, vem cá.../ ...da um terá sua vez/ Exorcizar o mal e o morto/ Levantará o cor...po(r).../ ...Isso, vem cá meu bem Ver, a dor e o medo.../ ...minada pelo no meu Rap/ De repente no scratch/ De tá uma alegria a mil/ Você quer balançar/

Curtindo no bum da bati... / ... da vida só se leva o som/ Na mente fica eterna... mente/ ... quem me negar, há/

Tem que ter para viver...

...emos (viveremos) que quem, não se suprime/

De muita melo...dia/ ...e noite a depres...são.../

...as causas à falta de Rap, scratch, DJ e MC.../

...dade (cidade) só serve para trampa.../ ...ra (para) com isso e vem pra cá.../ ...ra (cara) de televisão é quem, se queima o globo ocular.../

...anja (laranja) não sabe o que é o gostoso, quer se iludir/

Quer vir, então vou te ligar/ Arruma ponto com seu parceiro/ E vem pra cá curtir.../

... ar (tirar) uma onda com seu.../ Pensei se ficou marcando.../ ... ando (doando) tempo pra TV.../ ... eja (veja) só quanto tempo você perdeu/

Deitado enferrujando o osso/ Sozinho, enquanto que aqui/ A energia mexe o corpo.../

...der (poder) que emana do nosso Rap/ Por isso insisto e digo: vem cá.../ ...beça (cabeça) não se contém/ Vontade de sair do pescoço/ O corpo pode deixar solto/ Se liberar/

Cadeira é feita pra se sentar/ Ar, é para respirar/

Mar, dá para mergulhar/

Laranja, é quem não vir dançar/ Sarampo sai até do corpo/ Porco, é quem não se limpar/ A orelha, e quando ouvir chamar/ Vem cá/

Vem cá/ Vem cá/ Vem cá (8x)

Flores para seu caixão (tributo a Chico Mendes) Letra: Athalyba – Man.

Banda: Athalyba & A Firma. Ano de gravação: 1990. Álbum: Região Abissal. Selo: Independente.

Eu vou pegar o céu com a mão/ E vou tingir de azul o cinza da cidade/ Me incomoda as cores mortas/

A poluição é demais/

A começar pelas antenas de televisão/ No lugar eu planto mudas de coqueiro/ E boa recepção para você que em comunicação/

Como o verde da floresta vai ficar bem informado/

Quanto ar nos resta, quanto falta na verdade/

Até que seja extinta toda humanidade/ Do planeta terra outros seres vão lembrar/

Que aqui viveram seres que criaram a própria estufa/

Para se asfixiar, se morrer e matar/ Gente inteligente que lutou para preservar/

Mas que tombou ao capital aos podres/ Poderes de algum boçal/

Enquanto isso a nata já nem disfarça: queima a mata, mata o Chico/

O Chico morre, que mamata/

O lucro é do poder, poder de suicídio/ É possível ver no vídeo o que acontecerá contigo/

Por isso regue as flores do jardim da sua casa/

Vem chegando a extinção, por não preservação/

Podem faltar flores para enfeite no seu caixão/

É o caos na ecologia, bando de urubu/ Dá vontade de apelar e mandar tomar no .../

Eu vou pegar o céu com a mão e vou tingir de azul/

A mente das pessoas poluídas demais/ A começar pelos cabelos dos que ordenam extinção/

No lugar eu planto mato e trepadeira/ E boa reflexão para os tais, esqueceram jamais/

Que o respeito à fauna, à flora e às regiões abissais/

Deve ser muito mais/

Que um simples movimento iniciado por pressões de órgãos internacionais/ Eles vão ter na raiz/

Que quanto mais se queima, mais se vive infeliz/

Então se eles queimam, tendo o lucro como meta/

Vão morrer sem ar e vão morrer carecas/

Cuidem bem das flores do jardim do seu quintal/

Pois podem faltar flores para enfeite de seu funeral/

Não perca tempo, alerte a nação/

Podem faltar flores para enfeite de seu caixão/

A floresta adora, quando a chuva molha/

O luar a toca, vem o homem e a corta/ Ela faz amor ao sentir calor/

Da manhã que lhe reina, vem o homem e a queima/

Ela dá carinho pra qualquer bichinho/ Da mais bela raça, vem o homem e caça/

Nela nascem flores na florida estação/ Pro homem levar para seu caixão/ Não perca tempo, alerte a nação/

Podem faltar flores para enfeite de seu caixão

Caos rotina

Letra: Athalyba – Man. Banda: Região Abissal. Ano de gravação: 1990. Selo: Independente.

O dia estava quente, o sol na multidão/ O solo estremecia, uma gravata, um terno velho/

Um malho cromo alemão, mandíbulas pro ar/

Princípio de histeria, um rosto torto, o cara afoito/

Corpo velho contorcia, uma moça socorria, epilepsia/

Passa mal, mas o coitado Luan fã do capital/

Passado meio-dia/

Pessoas da janela comentando/

Que a desgraça se não falha, ela é tardia/

E em nome do pai/

Volta às suas mesas pra assinar, pra carimbar/

Pela cidade, logo a cia, na rua confusão/ No banco da esquina um homem/ Arma/

Grana/ Luva/

E o refém na outra mão/ Deu cerco na Paulista/

Repórter, a polícia, diz que o homem tá querendo/

Se inibe toda pista/ Libera o avião/

Alarme de incêndio pega fogo o escritório/

Que é dali um quarteirão/ Bombeiro na parada/

Na pressa o motorista atropela dez pessoas, na calçada/

E imagina, virou um caminhão/

Pulava cocaína e produtos importados do país de Assunção/

Polícia Federal/

Recebo a informação de que uma bomba vai explodir/

Embaixo do Banco Central/

À tarde escurecia/

As pessoas na janela comentado que a desgraça/

Se não falha ele é tardia/ E em nome do pai/

Volta as suas mesas pra assinar, pra carimbar/

Telex, datilografia/ Telex (4x)

E datilografia/ Na rua mais ação/

Um homem epilético foi morto pelos tiros/

Da polícia e do ladrão/ E não sobrou ninguém/

E não sobrou polícia, não sobrou ladrão, refém/

Nem mesmo câmera-mam/ Foi o primeiro a trotar/

No quarteirão abaixo pé de chamas virou cinza/

Desabou, caiu na rua/ Correram quase todos/

Entre o caminhão, a carga que ficou no chão/

Foi saqueada pelo povo, furiosos de um lugar/

Levaram para casa:/

Cocaína, vídeo e calculadora a luz solar/ O banco explodiu/

As pessoas na janela comentado que a desgraça/

Se não falha ele é tardia/ E em nome do pai/

Volta as suas mesas pra assinar, pra carimbar/

Telex, datilografia/ E lá pelas seis/

Deixam suas mesas na intenção de ver TV/

É só bater o cartão e pode correr pro seus/

Um trouxa comentando: mais um dia!/ E outro respondendo: graças a Deus!/ Em nome do pai volta as suas casas/ Pra jantar depois de um banho/

Se sentar com sobremesa, frente à televisão/

Na tela apreensão/

Um caso da Paulista um choque, a gente sobressalta/

Eleva alta pressão/ Já é de madrugada/

Desliga o parelho e vá dormir tranquilo/ Como se não ocorresse nada/

Até sonhou com a loteria/

Acorda: sua mesa pra assinar, pra carimbar/

Telex, datilografia/

Paulista e multidão, retomam seus caminhos/

Nem sinal do que estampam, as manchetes do jornal/

Pois tudo está normal/

Até que um homem e um carro, vai ao chão e fica/

E passa mal (2x)

Em nome do pai volta às suas casas/ Pra jantar depois de um banho/

Se sentar com sobremesa, em frente da televisão/

Na tela apreensão/

Um caso da Paulista um choque, a gente sobressalta/

Eleva alta pressão/ Já é de madrugada/

Desliga o parelho e vá dormir tranquilo/ Como se não ocorresse nada/

Até sonhou com a loteria/

Acorda: sua mesa pra assinar, pra carimbar/

Telex, datilografia/ Telex (4x)

Feminina (Feminina Mulher) Letra: Athalyba – Man.

Banda: Região Abissal. Ano de gravação: 1990. Álbum: Região Abissal. Selo: Independente. De dia ela se veste/ Um estilo diferente e faz/ Jogo de olhar e sedução/

Muito atraente, jeitinho indecente/ sutilmente faz ares de carente/

Mas ela é uma deusa iluminada, beleza inatingível nem pelo amanhecer/

Os homens não são nada quando não quer perceber/

Com decote "V" à vista finge não ter nada a ver/

Quando noite a luz do dia se esconde/ Ela se sente feminina, felina, uma fera assassina/

Se perfuma no espelho/ Põe batom, solta os cabelos/ Se olha os seios e corre pra janela/ Seu olhar vai na rua num brinde à madrugada/

É uma simples moldura à lua prateada/ Me olha tão bonita, me olha feminina/ Sei lá... eu fui correndo pra cima.../ Uma fera assassina, não importa ela é divina/

Sabe sempre quem quer/ Faz com quem ela quiser/ Como pantera felina/ Acabou com meu anseio/ Me afagou em seu seio/ Noite linda foi aquela/

Me olhava tão bonita me olhava tão singela/

Sei lá... me apaixonei por ela/ Feminina, Mulher

Mas eu espero que você seja feliz com quem estiver/

Porque te quero, querida/ De volta, minha vida/

São tantas cervejas e noites de papo pra lua/

Que eu já nem sei, desisto de tê-la toda nua/

Mentira, não desisto, ainda trago na lembrança/

Seu olhar de criança, antes de você deitar/

A noite que passamos, impossível não lembrar/

Saudade vence o orgulho você vai voltar/

Se o nome é Clara ou Cristina não importa/

Ela é demais/

Seus contorno sensuais/ Não saem da minha retina/ Oh! feminina, felina,

Me traga os lábios lindos seus/ Me torne um deus/

Do desejo e da quimera/

Me morde na orelha, me arranha como fera/

É bela e feminina, menina, felina, fera assassina/

Eu insisto, ela é divina/

Faz o que quer, com quem quer/ Pantera negra felina/

Vem matar o meu anseio/ Me acalenta em teu seu seio/ Numa noite como aquela/

Me olhava tão bonita me amava como fera/

Sei lá... me apaixonei por ela/ Feminina, Mulher