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CONCEÇÃO GERAL DAS INSTALAÇÕES

As canalizações terão em consideração a natureza dos trabalhos de construção civil afetos à remodelação da fração. As canalizações, tubagens e caminhos de cabos deverão ter em conta os aspetos seguidamente referidos:

• A distribuição será efetuada em esteira metálica com separador para garantir um compartimento dedicada às canalizações elétricas. A esteira será fixa à estrutura/laje do edifício.

• Toda a tubagem será ligada por meio de uniões próprias, devidamente coladas, de maneira a obter-se uma ligação perfeita entre tubos. Também as boquilhas a utilizar nas caixas de aparelhagem, passagem e derivação serão devidamente coladas aos tubos.

• A instalação nos tetos falsos será à vista, efetuada a cabo enfiado em tubo fixo por braçadeiras.

• Nas canalizações embebidas nas paredes não serão permitidos roços oblíquos, devendo as baixadas aos interruptores, comutadores, tomadas, etc., descer nas prumadas respetivas. As curvas dos tubos deverão ter raios adequados aos respetivos diâmetros, não se admitindo raios de curvatura inferiores a 6 vezes o diâmetro nominal. Deverão ser instaladas caixas de passagem, de modo a permitir o enfiamento de cabos sem a ajuda de guias.

• Normalmente, não devem existir mais que duas curvas em cada troço, nem comprimentos retos superiores a 10 m.

• As caixas de passagem e derivação dos circuitos de iluminação deverão, sempre que possível, ser agrupadas em conjunto com tampa única.

• Dentro de cada dependência, as caixas deverão situar-se à mesma altura a contar do pavimento. As tampas das caixas para montagem embebida terão largura suficiente para cobrir as caixas com uma sobreposição de 10 mm.

• Sempre que na canalização se preveja condutor de proteção, as caixas deverão possuir borne para ligação do referido condutor. Na instalação da aparelhagem de manobra serão utilizadas caixas de aparelhagem. As dimensões mínimas das caixas de aparelhagem, passagem e derivação de cada circuito serão condicionadas pelo número e pelo diâmetro dos tubos que recebem. Não serão inferiores às seguintes:

- de aplique ... 48 mm - diâmetro

MDJ - ELETRICIDADE - de aparelhagem... 60 mm - diâmetro

- de derivação até 5 entradas (max 2 p/lado)... 80x80 mm - caixa terminal de circuitos trifásicos ... 100x100 mm

• A aparelhagem nas instalações de utilização será de montagem embebida. Nas zonas onde for manifestamente impossível embeber as tubagens a aparelhagem poderá ser de montagem saliente e com IP55.

• Cada tubo deve conter, apenas, os condutores pertencentes a um mesmo circuito.

• As ligações dentro das caixas serão executadas através de placas de ligadores automáticos que deverão permitir uma boa ligação de todos os condutores.

• Os aparelhos de comando, terão espelhos de material isolante sendo os interruptores, comutadores, etc., do tipo basculante, para uma intensidade nominal de 10 A. A localização da aparelhagem de comando dependerá sempre do sentido da abertura das portas, competindo ao instalador verificar em obra este aspeto. Quando dois ou três aparelhos de manobra puderem formar conjunto serão reunidos num espelho único.

• As canalizações interiores, serão do tipo XZ1 (frt, zh) para a alimentação normal dos aparelhos de utilização e do tipo XZ1 (frs, zh) para alimentação dos aparelhos afetos a segurança contra incêndios. A secção e número de condutores de cada circuito, é o constante nas peças desenhadas.

• As canalizações deverão terminar sempre em caixas de aparelhagem, caixas de derivação, caixas de aplique e quadro elétrico. Os condutores dos circuitos de iluminação e alimentações que terminem em caixa de aplique ou derivação devem ser equipadas com um ligador na sua extremidade.

• Quando houver perigo de acumulação de água de condensação no seu interior, os tubos devem ser montados com uma inclinação mínima de 2%.

• A distância mínima a observar entre canalizações elétricas e não elétricas (gás, água, telefone, etc.) deve ser de 30 mm.

• Os condutores só devem ser enfiados nos tubos após terem terminado os trabalhos de construção civil que os possam danificar (tapamento de roços, reboco das paredes onde estão embebidas as caixas de aparelhagem e de derivação, etc.).

• A colocação dos tubos em paredes de espessura não superior a 100 mm deve ainda observar-se o seguinte:

- Os traçados devem ser horizontais ou verticais;

- Os tubos devem possuir apenas os acessórios (uniões, curvas, etc.) adequados para realizar as transições entre as paredes e os pavimentos ou os tetos, sendo estes acessórios proibidos no resto do percurso embebido nas paredes;

- O diâmetro nominal dos tubos não deve ser inferior a 16 mm;

- Os roços devem ser abertos seguindo o alinhamento dos alvéolos dos elementos constituintes da parede, quando os houver, devendo nesse caso, a profundidade do roço ser tal que afete apenas um dos alvéolos; nas paredes maciças, a profundidade do roço não pode exceder 1/3 da espessura da parede não acabada;

- As dimensões do roço devem estar de acordo com as do tubo a embeber, à parte a folga necessária para o reboco (o recobrimento mínimo do tubo deve ser de 4 mm);

• Traçado de roços horizontais:

- Permitidos apenas uma das faces da parede, numa extensão de 0,50 m contada a partir da interseção com a parede contígua;

- Proibida nas paredes superiores dos vãos de portas;

• Traçado de roços verticais:

- Permitidos até 0,80 m abaixo dos tetos e 1,20 m acima dos pavimentos. Para paredes com um único tubo embebido, a distância de 0,80 m pode ser aumentada até 1/3 da altura da parede;

- Numa parede, a distância entre dois roços não deve ser inferior a 1,50 m, a menos que sejam praticadas em faces opostas dessa parede;

- A distância dos roços à interseção de paredes não deverá ser inferior a 0,20 m.

4.2 - Canalizações de Alimentação aos Quadros Parciais

A alimentação dos Quadros Parciais será executada a partir do Quadro de Entrada.

A instalação será efetuada tendo em conta os seguintes aspetos:

MDJ - ELETRICIDADE

• Em tubo VD LH (IK08) e caminhos de cabos em esteira. Os condutores serão do tipo XZ1 (frt, zh) com as secções indicadas. A cor do isolamento dos condutores a instalar deverá estar de acordo com as RTIEBT.

Todos os circuitos terão condutor de proteção que fará parte integrante da canalização a que respeitam.

Os quadros elétricos de montagem saliente, a instalar em armários técnicos serão em material termoplástico para potências inferiores a 45 kVA e metálicos para potências superiores. Todos serão de classe II, possuindo no seu interior a aparelhagem de comando e proteção dos equipamentos, bem como espaço de reserva para ampliação/manutenção.

O índice de proteção mínimo dos quadros será de IP40 e IK07. O equipamento será dimensionado, tal como os barramentos, para as correntes nominais e de funcionamento e para os esforços térmicos e eletrodinâmicos das correntes de curto-circuito inerentes aos circuitos. Os quadros devem ser dotados de Interruptor de corte geral com poder de corte ou ligação em carga e corrente nominal superior à corrente de serviço prevista. Os circuitos devem ainda ser dotados de proteção diferencial, conforme esquemas elétricos.

O poder de corte dos disjuntores deverá ser, no mínimo, igual a 6kA. A disposição interior da aparelhagem deverá ser ampla de forma a facilitar a manutenção, sendo de considerar sempre uma reserva mínima de 30% além dos equipamentos constantes nas peças desenhadas. Todo o material em plástico deverá ser auto-extinguível. O Corte de energia, sempre que necessário deverá ser efetuado remotamente.

4.3 - Iluminação

As divisões serão dotadas de circuitos de iluminação comandados através de interruptores, comutadores de lustre e de escada, dependendo da distribuição dos circuitos. As zonas de circulação coletivas, serão dotadas de iluminação normal comandada por sistema centralizado a colocar na receção. Os equipamentos de iluminação serão essencialmente de montagem encastrada nos tetos falsos, com exceção de zonas técnicas, arrecadações e parqueamento que será de montagem saliente. Os equipamentos de iluminação em locais de produção de vapores e no parqueamento deverão garantir no mínimo IP55. A aparelhagem de comando será instalada à altura de 1,1m.

Para as zonas de circulação, para o cálculo dos níveis de iluminação foram tidas em conta as recomendações da Comissão Eletrotécnica de Iluminação e EN 12464.1, de forma a obter níveis médios de:

• 500 Lux nas áreas de tratamento, exame e consultas;

• 300 lux nas salas de massagem, hidroterapia, ginásio, sala de pessoal e gabinetes administrativos;

• 200 Lux em zonas de circulação e salas de espera;

• 150 lux em arrecadações e instalações sanitárias e parqueamento.

Nos locais de circulação e nas saídas de emergência serão instalados blocos autónomos de emergência para que sejam garantidos os níveis mínimos de iluminação de segurança que garanta a evacuação do edifício em caso de avaria ou sinistro. Os blocos terão associadas placas fotoluminescentes com a indicação de saída. Os blocos serão combinados e terão uma autonomia superior a uma hora.

4.4 - Circuitos de Tomadas e Alimentações

Previu-se a instalação e tomadas de corrente de usos gerais e alimentações de equipamentos. Os circuitos terminarão em tomadas shucko 2P+T de 16A 250V com espelho de cor branca com obturadores para a rede normal e espelho de cor vermelha com encravamento para a rede socorrida. O terminal de terra será ligado ao condutor de proteção da canalização. As tomadas serão embebidas ou de montagem saliente, dependendo do local. Para alimentação de equipamentos, os circuitos terminarão em caixa de derivação equipada com ligadores.

4.5 - Circuito de Proteção

Além das regras constantes nas RTIEBT e já referidas, os circuitos de proteção devem garantir o afastamento das partes ativas das pessoas e animais bem como a proteção dos restantes bens. A tensão de contacto deve ser limitada a 50 V ou 25 V de acordo com a classificação atribuída. A solução será efetuada através de combinação de vários sistemas, nomeadamente o regime de alimentação, a proteção contra correntes diferenciais e malhas de proteção e equipotencialização.

MDJ - ELETRICIDADE Os equipamentos que sejam da classe II de isolamento não terão as suas partes metálicas ligadas ao circuito de proteção. Os condutores de proteção das canalizações elétricas serão ligados ao barramento geral de proteção do Quadro de Colunas do Edifício, que se ligará a jusante ao circuito de terra de proteção que funciona como terra proteção do edifício, garantindo-se desta forma uma terra única.

Para proteção das pessoas, teve-se em conta que a instalação é do tipo “TT”, com neutro ligado à terra e todas as massa dos aparelhos de utilização serão ligadas ao condutor geral de proteção.

A proteção contra contactos diretos será assegurada pelo cumprimento das prescrições de segurança do RTIEBT (Secção 412): as partes ativas da instalação serão afastadas, dotadas de anteparos e recobertas com isolamento em materiais cujas propriedades se conservam ao longo do tempo, utilizando-se para tal aparelhagem com espelhos e invólucros em material isolante e os quadros dotados com painéis com rasgos para alojar a aparelhagem de proteção e que não permitirão o acesso às partes ativas, a não ser a pessoal especializado.

Os equipamentos instalados no interior das casas de banho e balneários equipadas com banheiro ou base de duche e na zona de hidroterapia, deverão cumprir o estabelecido na secção 701, ser de classe II de isolamento, ou ser protegidas por diferencial de alta sensibilidade ou alimentados a TRS.

Serão implementadas as ligações equipotenciais de acordo com a secção 701 e Anexo III da Secção 801 das RTIEBT.

Como solução geral, destinada a garantir a proteção das pessoas contra contactos indiretos, adotou-se o indicado nas RTIEBT (Secção 413.1.4) a de “ligação à terra de todas as massas, associada à utilização de aparelhos de corte automático sensíveis à corrente residual - diferencial, de média e alta sensibilidade, disjuntora ou interruptora, conforme os casos, instalados nos quadros elétricos.” Haverá, portanto, um circuito geral de proteção, ao qual estarão ligadas todas as massas metálicas das instalações que, em funcionamento, não devem estar em tensão, tais como:

• Pólos de terra das tomadas;

• Base metálica dos aparelhos de iluminação normal e de segurança;

• Canalizações metálicas;

• Redes de condutas do sistema de ventilação;

• Equipamentos em locais de uso médico;

• Estrutura metálica de suporte dos tetos falsos e paredes em pladur;

• Massas dos demais equipamentos.

Todos os circuitos de alimentação terão condutor de proteção, que ligará a montante, aos terminais de terra e que terá seção regulamentar. A instalação será ligada ao terminal principal de terra. O circuito de proteção deverá obedecer ao prescrito nas Secções 542.2.1; 542.2.2;

542.2.5 do RTIEBT.

A ligação à terra será efetuada através de cabos ao elétrodo de terra. Os elétrodos de terra existentes se apresentarem um valor de resistência superior a 10 Ohm devem ser tomadas medidas para o valor seja melhorado.

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