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4.1 Visão Geral do Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI)

4.1.1 Conceito de Integração de Sistemas no DCCI

Conceitua-se integração de sistemas nas apostilas de conceito de uso do DCCI2:

A integração dos sistemas informatizados das diversas instituições em um mesmo ambiente reforça o conceito de centro único de coordenação das atividades a serem desenvolvidas em prol de uma mesma operação e representa evolução conceitual de comando e controle, superando a ideia de vários sistemas sendo operados paralelamente num mesmo ambiente, sem estarem interligados, ou mesmo de estarem vários centros operando

paralelos em prol de uma mesma operação, ainda que interligado .

O CICCR (Centro Integrado de Comando e Controle Regional), no caso do Rio Grande do Sul chamado de Departamento de Comando Integrado de Comando e Controle, é o elemento de coordenação da Operação de Segurança regional, que visa assegurar o fluxo de informação de interesse nacional para o CICCN (Centro Integrado de Comando e Controle Nacional) e de interesse operacional para as estruturas acessórias. Desta forma, é possível fazer o principal fluxo de informação, da consciência situacional, da tomada de decisão e da resposta operacional das forças de segurança pública.

O quadro a seguir apresenta níveis de Comando e Controle do DCCI3 e sua correlação com todos os elementos componentes do macrossistema – sistema de segurança de abrangência nacional.

2 Documento interno de caráter RESERVADO do DCCI.

Quadro 4 – Apostila de conceito de Uso

Siglas – CC2MD -

CCDA – Centro de Comando de Defesa Áerea F Cont – Forças de Contenção

CIN – Centro de Inteligência Nacional CIR – Centro de Inteligência Regional

CICCN – Centro Integrado de Comando e Controle Nacional ( CICCNA) CCPI – Centro de Cooperação Policial Internacional

CICCR – Centro Integrado de Comando e Controle Regional CICCL – Centro Integrado de Comando e Controle Local CICCM – Centro Integrado de Comando e Controle Municipal

O DICC coordena a Operação de Segurança em nível tático regional, por meio da integração, do apoio e da supervisão das ações e atividades de segurança pública, de forma eficiente, eficaz e consistente. Esta coordenação é efetiva por meio da integração das atividades desenvolvidas pelos participantes com assento nos CICCs no nível regional, que atuarão com bases de protocolos operacionais, no plano tático integrado regional e no conceito de uso deste departamento, nos demais documentos e nas orientações estratégicas nacionais advindas do CICC-n. A Coordenação destas ações é apoiada por Sistemas de TIC interoperáveis que integram o DCCI em suas estruturas acessórias.

Desta forma, o DCCI prestará serviço em estreita colaboração com as organizações parceiras federais, estaduais e municipais, bem como outros centros de operação locais e instituições privadas, para fornecer4 :

a. Coordenação das ações e atividades, como ponto focal regional, para monitoramento da execução da Operação de Segurança;

b. Consciência situacional de planos, ações e atividades em nível regional, de forma ininterrupta durante a Operação de Segurança;

c. Capacidade de tomada de decisão eficiente, eficaz, efetiva e tempestiva;

d. Assessoria para a tomada de decisão das autoridades de mais alto nível do Município, Estado ou Distrito Federal;

e. Suporte regional, no âmbito de suas competências, às necessidades apresentadas ou verificadas em situação de crise;

f. Interação regional entre organizadores do evento e instituições públicas envolvidas nas Operações de Segurança, inclusive representações regionais de governos estrangeiros, se a operação exigir;

g. Troca de informações relevantes entre Municípios, Estados e Governo Federal.

A tecnologia implantada no DCCI deverá ser usada no Centro Integral de Atendimento e Despacho local e trabalhará com esta forma integrada e interligada na Operação de Segurança.

O DCCI, construído para atuar como centro operacional de coordenação da Operação de Segurança para grandes eventos, como a copa do mundo e Olimpíadas, restou como legado para o Estado, pertencendo à estrutura da Secretaria da Segurança Publica.

O DCCI está inserido em uma estrutura inovadora, no âmbito da Secretaria Pública do País, que integra um grande número de instituições atuando em parceria e de modo coordenado.

O pleno funcionamento do DCCI não exclui ou limita a exigência de que os comandantes táticos e operacionais devam executar seus papéis e responsabilidades legais, em resposta às ameaças e aos incidentes de modo direto ou imediato.

A chave para o sucesso do Comando e Controle Regional será o entendimento de que deve haver interoperabilidade técnica entre todos os sistemas integrantes do Sistema Integrado de Comando e Controle e de Operações de Atendimento e Despachos existentes, quanto integrados.

De igual forma, espera-se que seja estabelecida interoperabilidade organizacional com os Centros de Inteligências Regionais, sobre a responsabilidade da Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, e os Centros de Coordenação de Defesa de Área (CCDA), sob a responsabilidade do Ministério da Defesa.

O diagrama do quadro abaixo representa o contexto organizacional, no qual está inserido o DCCI:

Quadro 5 – Apostila de conceito de uso

Siglas – CICCN – Centro Integrado de Comando e Controle Nacional CICCR – Centro Integrado de Comando e Controle Regional CIR – Centro de Inteligência Regional

CCDA – Centro de Comando de Defesa Áerea POE/Imageador – Plataforma de Observação Elevada CICCM – Centro Integrado de Comando e Controle Municipal CICCL – Centro Integrado de Comando e Controle Local CIOSP – Centro Integrado de Operações de Segurança Pública CIODES – Centro Integrado Operacional de Defesa Social CIADE – Centro Integrado de apoio e defesa

COPOM – Central de Operações Policiais Militares COBOM – Central de Operações Bombeiros Militares

O Departamento de Comando e Controle da Secretaria da Segurança do Estado do Rio Grande do Sul - DCCI é composto pela Brigada Militar, com o atendimento do telefone de emergência 190 e despachos das viaturas policiais até os locais de ocorrência, além de policiais militares no monitoramento das câmeras; pelo Corpo de Bombeiros, com o atendimento do telefone de emergência 193 e despachos das viaturas de bombeiros para salvamentos; pela Polícia Civil, no atendimento do

telefone de emergência 197 e coordenação de volantes; pelo Instituto Geral de Perícia, para despachos de seus peritos em locais de perícia; pela Superintendência de Serviços Penitenciários, com o controle das tornozeleiras eletrônicas. Também fazem parte do DCCI a Guarda Municipal de Porto Alegre, no monitoramento das câmeras de trânsito e outras guardas municipais e a Força Nacional, na coordenação de seu efetivo empregado. A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal também ocupam assento no DCCI, em eventos de grande porte. O atendimento do telefone 181, disque denúncia, nacionalmente conhecido para se fazer denúncia sem ser identificado, também integra o DCCI.

O DCCI, além destas atribuições, também planeja e gerencia grandes eventos de segurança pública, como, por exemplo, uma operação integrada dos diversos órgãos que compõem o DCCI.

Apresenta-se, a seguir, um evento crítico relacionado à segurança de fronteira.