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A 05 de maio de 1818 nasce Karl Marx, na pequena cidade alemã conhecida pelo nome de Treves. Seu pai, Hirschel Marx, advogado judeu, pôde proporcionar à sua família uma vida nos padrões de classe média Sua juventude foi cheia de estudos e uma vida tranqüila dentro da cultura burguesa européia. No entanto, ao terminar os estudos na Universidade, sua vida transformaria radicalmente. Na cidade natal, quando ainda jovem, Marx ficou amigo de um Barão, o qual lhe falará sobre o Socialismo Utópico. ë a primeira vez que Marx ouve falar na possibilidade de uma futura sociedade sem classes e sem exploração Conhece a filha desse barão, Jenny; namoram por mais de sete anos. Casando-se com Jenny, Marx terá vários filhos.

Começou seus estudos universitários em Bonn, preocupando-se com Direito, História, Filosofia, Arte e Literatura. Contudo, concluirá seus estudos superiores na Universidade de Berlim.

A pretensão de Marx era tornar-se professor de alguma universidade alemã e prosseguir com suas pesquisas sociais. Entretanto, quando diplomou-se, era simpatizante da obra de um filósofo que tinha falecido poucos anos antes: Hegel. Marx foi um critico das teses de Hegel; no entanto, havia um aspecto no seu método que Marx admirava muito. Tal aspecto metodológico permitia fazer uma crítica ao governo alemão, que, representado por Frederico IV, começava a perseguir todos os simpatizantes de Hegel, inclusive, proibindo-os de dar aulas. Com isso, Marx inicia o ano de 1842 como professor, proibido de pôr os pés numa universidade, estando portanto desempregado. Para sobreviver, torna-se jornalista. Seu primeiro artigo foi um comentário contra a censura e, infelizmente, não pôde ser publicado: foi censurado.

Devido à sua capacidade, em pouco tempo já era diretor do jornal Gazeta Renana. Foi como diretor desse jornal que patrocinou um estudo sobre a vida de camponeses que roubavam madeira pertencente ao Estado, vendendo-a em seguida. Esse estudo provou que os camponeses recebiam um salário tão baixo, que passavam fome, e por conseqüência roubavam a madeira. Para resolver esse problema de criminalidade, Marx propôs que se aumentassem os salários dos camponeses em vez de prendê-los. O governo alemão não gostou da sugestão e, por isso, fechou o jornal.

Diante desse acontecimento, Marx muda-se para a França, onde, em Paris, organiza uma revista (Os Anais Franco-Alemães), que denuncia a repressão do governo alemão contra a cultura e contra os trabalhadores. Essa revista entra clandestinamente na Alemanha; mesmo assim, em pouco

pressiona o Estado francês, que acaba por expulsar Marx da França. Novamente, por motivos políticos, muda-se para outro

paíse: élgica.

No tempo em que viveu na França, Marx começou a interessar-se pelo movimento dos trabalhadores. Diante de tanta exploração e miséria, a única coisa a ser feita é o trabalhador unir-se e lutar pelos seus direitos. Com essa idéia, passa a se dedicar à ajuda aos trabalhadores para sua organização: tudo o que escreve, artigos e livros, passa a ser com o objetivo de mostrar o quanto a sociedade capitalista produz de injustiça. Para acabar com os problemas sociais, seria necessário acabar com o capitalismo e começar a construir uma nova sociedade, onde todos os que trabalhassem recebessem o suficiente para viver bem. Onde todas as decisões fossem tomadas democraticamente pela maioria das pessoas. Uma sociedade onde não existissem nem ricos, nem pobres; enfim, lutar pela criação da sociedade socialista.

E é lutando junto com os trabalhadores pela instauração do socialismo que Marx escreve os seus livros, que explicam a sociedade em que vivia, ou seja, a capitalista. No ano de 1848, o movimento operário preparou um congresso em Londres: Marx é convidado para expor suas idéias sobre como deve ser uma sociedade sem exploração; é quando escreve e apresenta ao público seu artigo Manifesto Comunista.

Expulso pelo governo da Bélgica, Marx instala-se definitivamente na Inglaterra. Sua vida foi a de um peregrino que lutou em defesa dos trabalhadores, e isso fez com que passasse por momentos difíceis na vida. Uma carta que Marx escreveu a seu amigo Engels, em 8 de setembro de 1852, dá uma idéia da pobreza em que se encontrava: "(...) minha mulher está doente. Minha filha, Jenny, está doente. Heleninha está com uma espécie de febre nervosa. Não pude e nem posso chamar o médico por falta de dinheiro para os remédios. Há oito dias que alimento minha família unicamente com pão e batatas. E não sei se ainda vou poder comprar pão e batatas para hoje" (in Leonardo Konder, Marx — vida e obra, p. 96). Karl Marx veio a falecer no dia 14 de março de 1883, devido a uma infecção na garganta e muito abalado coma morte de sua mulher e de sua filha mais velha. Somou-se a tudo isso a repressão policial ao movimento dos trabalhadores, que também o abalou bastante.

Sua obra é muito grande, e durante a vida, Marx não pôde ver as conseqüências do que tinha escrito. Morreu sendo pouco conhecido, a não ser pelos trabalhadores. No entanto, com o passar dos anos, principalmente nesses últimos oitenta anos, seus livros tornaram-se mundialmente famosos, inspirando os mais diversos movimentos de libertação da humanidade.

Principais obras:

TEORIA DE KARL MARX OU TEORIA MARXISTA (21)

Professor(a): Marcelo Serafim

Disciplina: SOCIOLOGIA

Turmas:101, 102, 103, 106, 107, 108 2º Semestre Ano 2021

Aluno(a) Turma GRUPO:

 A ideologia alemã, 1845 (escrito em colaboração com Engels)

 A miséria da Filosofia, 1847

 Manifesto comunista, 1848

 As lutas de classe na França entre 1848 e 1850

 O 18 Brumário de Luís Bonaparte, 1852

 Contribuição à crítica da Economia Política, 1857

 O Capital, 1867

Fonte Prof. Adilsom Sergio Benedetti

Começamos a entender a teoria do Materialismo Histórico percebendo como seus conceitos se articulam. Os conceitos desenvolvidos por Karl Marx (1818 - 1883) em sua teoria são: MERCADORIA - CAPITAL - LEI DA MAIS-VALIA - CLASSES SOCIAIS - ESTADO E IDEOLOGIA

Diferentemente do Positivismo de Auguste Comte e Émile Durkheim, que queriam saber como era a sociedade, estudando a consciência social e as regras morais, Marx irá descobrir como a sociedade é, analisando a forma de as pessoas trabalharem nessa sociedade.

Por fim, é importante ressaltar que, ao aprendermos simplificadamente a teoria do Materialismo Histórico, veremos que é impossível uni-la com o Positivismo. Aceitar uma implica negar a outra, pois são duas formas radicalmente oposta de entender um mesmo fenômeno: a sociedade capitalista.

1- A MERCADORIA:

Em seu livro mais importante, O Capital, Marx afirmava que a nossa sociedade aparece inicialmente como um grande depósito de mercadorias. Por exemplo: relaciono-me com o padeiro, porque compro seu pão; relaciono-me com o cobrador do ônibus, pois pago a passagem; relaciono-me com o caixa do mercado, ao pagar meus alimentos; tudo acaba sendo mercadoria. O trabalhador vende sua capacidade de trabalhar em troca de um salário, e assim por diante. No entanto, o que pode existir por trás de uma simples troca de mercadorias?

Esta é a questão que Marx se propõe

que negocie melhor preço por sua força de trabalho. O trabalhador está alienado do produto do seu

O produto do trabalhador parece ter surgido independente de seu produtor, como uma espécie de feitiço. As mercadorias no sistema capitalista ocultam as relações sociais de exploração do trabalho. O fetichismo da mercadoria é esta espécie de obscurecimento das percepções, como se a exploração do trabalho não ocorresse e as relações sociais existissem sob a forma de objetos, mercadorias.

Para maior compreensão leia e assista ao vídeo do post no blog Café com Sociologia.

TEORIA DE KARL MARX OU TEORIA MARXISTA (21)

Professor(a): Marcelo Serafim

Disciplina: SOCIOLOGIA

Turmas:101, 102, 103, 106, 107, 108 2º Semestre Ano 2021

Aluno(a) Turma GRUPO:

excedente é o Marx denomina de mais-valia, que se traduz no grau de exploração da força de trabalho pelo capital.

O que impede o trabalhador de perceber que existe um excedente de seu trabalho que não é pago é sua situação de alienação.

No entanto, as coisas não aparecem assim tão claras. Somos levados a pensar que as mercadorias têm qualidades próprias, que o dinheiro possui um poder de compra que é mágico. Isto se deve ao fato de que, no processo de troca, as mercadorias se equivalem fazendo com que o valor (tempo de trabalho socialmente necessário para a produção de mercadorias) não apareça aos nossos olhos, dando a impressão de que o valor de troca não seja manifestação do valor e sim a manifestação das leis de oferta e procura. Essa inversão de sentidos, Marx denominou de fetiche das mercadorias. Consiste basicamente em dar a impressão de que as relações sociais de trabalho são apenas relações sociais entre mercadorias.

Esse fetiche faz com que as relações de exploração entre patrão e empregados fiquem encobertas, favorecendo a própria continuação do capitalismo.

As Classes Sociais

Para Marx, o capitalismo organiza-se de modo à dar origem a duas classes sociais: os empresários (ou burguesia) e os trabalhadores (ou proletários). Uma pessoa é considerada como pertencente à classe dos empresários quando possui capital, isto é, quando é proprietária dos meios de produção e compradora de força-de-trabalho.

Nesse sentido, os empresários seriam os donos das indústrias, das grandes fazendas, dos bancos ou do grande comércio. Por

outro lado,

Uma pessoa é considerada como pertencente à classe trabalhadora quando não tem nada, a não ser sua capacidade de trabalhar (força de trabalho), que vende ao

empresário em troca de um salário.

Nesse sentido, os trabalhadores seriam os operários, os camponeses, os bancários, os balconista, os auxiliares de escritório, as empregadas domésticas, os professores, as

secretárias etc.

Estas duas classes, segundo Marx, relacionam-se de modo a

criar um conflito. Como?

Estudando a lei da mais-valia, percebemos que os empresários exploram os trabalhadores, não lhes pagando tudo aquilo que produziram. Assim, ao receberem um salário baixo, os trabalhadores são condenados e se alimentarem mal, a se vestirem mal, a morar em péssimas condições e ter uma saúde deficiente. Para tentar mudar de vida os trabalhadores organizam-se no bairro, nas escolas e fábricas, exigindo dos empresários, ou do Estado, o direito a uma vida digna.

A Luta de Classes

No entanto, aumentar salário ou dar condições de vida digna ao trabalhador implica diminuir o lucro. Como o empresário não quer perder seus privilégios surge daí um

conf1ito social:

Empresários lutando por mais lucro contra trabalhadores lutando por uma vida melhor. É o que Marx define por luta

de classes.

Marx realizou uma pesquisa numa fábrica de cerâmica da

Inglaterra, em 1860, e colheu alguns dados que demonstram que vários operários começaram a trabalhar aos 7 e 8 anos de idade, num horário que se estendia das 6 da manhã às 9 horas da noite, isto é, 15 horas de trabalho diário para uma criança. Outra pesquisa realizada em 1862 demonstra que, de 19 operárias, 6 contraíram doenças devido ao excesso de trabalho.

Marx atribuiu aos trabalhadores a condição de Classe Revolu-cionária, quer dizer, aquela classe que pode contribuir para a

construção de uma nova sociedade sem exploradores nem explorados, por sua capacidade de se organizar e de lutar por

seus direitos.

Entretanto, esta classe revolucionária não é homogênea; soció-logos contemporâneos afirmam que no interior da classe trabalhadora existem diversas divisões que podem dificultar a união dos trabalhadores em função de uma LUTA EM

COMUM. Diferenças culturais na classe trabalhadora são

originadas por profissões diferentes, pela cor ou pelo sexo. Por exemplo, os valores e problemas da mulher que é, ao mesmo tempo, mãe, dona-de-casa e trabalhadora são diferentes dos do homem. Um operário qualificado e possuidor de casa própria pode ter um comportamento social e político diferente de um operário não-qualificado, residente numa favela. Um trabalhador negro, por sua vez, além de ser explorado em seu emprego, sofre o problema da discriminação racial. Uma adolescente, por outro lado, é obrigada a obedecer a seu chefe no escritório, a seu pai em casa e, muitas vezes, até a seu namorado.

Todas essas situações de vida são muito diferentes entre si, e, por isso, quando tentamos fazer referência à classe trabalhadora em seu comportamento cultural e político temos que levar em consideração algumas dessas diferenças. Um outro exemplo: enquanto para os trabalhadores da cidade é importante lutar por saneamento básico (rede de água, esgoto, limpeza pública), para os trabalhadores do campo o mais importante pode ser a reforma agrária (divisão de terras, acesso aos implementos agrícolas etc.). Assim, ao afirmarmos que a classe trabalhadora é

revolucionária, temos que admitir que essa classe só pode

mudar a sociedade na multiplicidade de sua prática social. Podemos perceber que, segundo essa teoria, o capitalismo enfrenta problemas sociais que não resultam de uma CRISE

MORAL (caso patológico ou anomia) como afirmava

Dúrkheim. Ao contrário, Marx demonstra que se existe desemprego, favelas ou criminalidade, é porque:

A forma pela qual as pessoas trabalham no capitalismo gera formas de exploração da classe empresarial sobre a classe trabalhadora.

TEORIA DE KARL MARX OU TEORIA MARXISTA (21)

Professor(a): Marcelo Serafim

Disciplina: SOCIOLOGIA

Turmas:101, 102, 103, 106, 107, 108 2º Semestre Ano 2021

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distintas de organização de trabalho que descobriremos o real funcionamento de uma sociedade. Assim, se o compromisso do Positivismo é a manutenção e preservação da sociedade capitalista, o compromisso da concepção Marxista será em realizar uma crítica radical dessa sociedade, ressaltando suas contradições e concluindo que a sociedade é um fenômeno transitório, isto é, passível de ser transformado.

Para Marx, a mudança social, ou seja, a Revolução, poderá surgir no momento em que a classe trabalhadora se organizar e lutar para a criação de uma nova sociedade: o Socialismo.

Portanto, segundo o marxismo,

A superação dos problemas sociais no capitalismo não se dá, como pensava Durkheim, através da ciência, mas sim, através

da LUTA POLÍTICA.

Essa superação dos problemas sociais não é, no entanto, uma tarefa fácil. A classe dos empresários utiliza-se de formas específicas de DOMINAÇÃO para impedir a organização e luta dos trabalhadores por seus direitos.

A Ideologia

O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.

Ideologia é um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais.

O Estado

“O Estado é a forma pela qual os indivíduos de uma classe dominante fazem valer seus interesses comuns". Marx

Marx entendia o Estado Burguês como uma instituição a serviço da classe dominante, ou seja, a burguesia. O Estado gerado pelo modo de produção capitalista visa, na teoria de Marx, validar a exploração da mais-valia "legalmente" e manter a lei de propriedade privada. Para isso, conta com aparatos de diversos tipos, como a política, os

esse é o valor de troca justo do produto final. Sendo assim, Marx mostra que os 10 dias de trabalho produzem riquezas suficientes para pagar pela força de trabalho utilizada no processo de produção. No entanto, nesse processo, o capitalista, que é dono dos meios de produção (o maquinário), não consegue transformar seu investimento em capital, uma vez que o custo de produção é exatamente o mesmo do valor de troca.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Para resolver esse “problema”, o trabalhador é obrigado pelo seu contrato de trabalho a produzir durante os outros 20 dias do mês para receber seu salário. Essa produção que excede o necessário para o pagamento de seu salário é recolhida pelo capitalista, tornando-se o que Marx denominou de mais-valia.

Mais-valia absoluta e mais-valia relativa

Marx distingue em “mais-valia absoluta” o que vimos acima, e a “mais-valia relativa” é o que ocorre paralelamente ao desenvolvimento tecnológico. Entenda melhor:

A mais-valia relativa apresenta-se quando o desenvolvimento de maquinário mais avançado e de maior eficiência, o que, teoricamente, levaria à diminuição dos custos e do tempo de produção, não se traduz em melhorias para o trabalhador. Em princípio, portanto, o desenvolvimento tecnológico resultaria na diminuição da jornada de trabalho do empregado, já que este produziria a mesma quantidade de riqueza necessária para pagar por seu trabalho em um menor espaço de tempo. Todavia, a concretização da mais-valia relativa está na não diminuição da jornada de trabalho e na manutenção do valor do trabalho aplicado ao produto independentemente do aumento da produção. Sendo assim, quanto mais avançado o maquinário ou as ferramentas de produção, maior seria a produção em um mesmo espaço de tempo e, consequentemente, maior seria a mais-valia.

A teoria da mais-valia é um dos pilares da teoria marxista sobre os conflitos entre classes. O chamado “materialismo histórico” pauta-se na relação de exploração entre trabalhador e capitalista, sendo a mais-valia vista, segundo Marx, como o principal fator responsável pela desigualdade em sociedades capitalistas.

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