• Nenhum resultado encontrado

5.1 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O segmento varejista possui como característica a intensa competitividade entre as empresas, fazendo com que neste setor haja uma busca de melhorias objetivando reduzir desperdícios e aumentar a eficiência das empresas para que sejam capazes de se manterem no mercado.

O desenvolvimento do estudo baseado na metodologia de análise e soluções de problemas foi importante para identificação correta do problema, análise adequada dos dados fornecidos e elaboração coerente da proposta de intervenção para que fosse possível propor soluções para o problema da ineficiência do setor de fracionamento.

A identificação e observação dos problemas e atividades do setor, a partir de visitas realizadas a empresa, possibilitaram o entendimento correto da situação sendo importante na elaboração das análises dos dados. Essa etapa de análise culminou na elaboração de duas propostas de intervenção. A primeira proposta consistiu na análise da demanda do setor de fracionamento e no estudo de tempos das atividades fins, enquanto a segunda proposta consistiu na elaboração de um novo layout para o setor visto que a implementação somente da adequação do tempo de ciclo, como consequência da primeira proposta, não seria suficiente para solucionar o problema do setor.

A elaboração do novo layout baseou-se na necessidade da redução de desperdícios relacionados a transporte, movimentação e espera, proporcionando um fluxo mais contínuo do processamento e da redução do transporte de materiais, entre outros benefícios.

5.2 – DISCUSSÕES SOBRE AS QUESTÕES DE PESQUISA

Foram propostas duas questões preliminares para nortear o estudo. A primeira buscava entender quais os gargalos de produção do processo em análise. Após a realização do estudo baseando-se na metodologia de análise e solução de problemas, foi possível identificar os principais problemas enfrentados pela equipe do setor de fracionamento, tais como: dificuldade em movimentar e deslocar o pallet no ambiente de trabalho; dependência da empilhadeira, o que provocava ociosidade dos funcionários; acúmulo de resíduos na única porta do setor. Esses foram os principais fatores identificados que prejudicavam o processo de fracionamento.

A segunda questão buscava entender quais as possibilidades de melhoria para se alcançar maior produtividade no setor de fracionamento. Neste sentido foram identificadas duas propostas para aplicação no estudo. A primeira proposta de intervenção baseou-se na análise da demanda do setor de fracionamento e o estudo de tempo das atividades fins.

Nessa primeira análise, percebeu-se que o setor conseguiria atender a demanda caso os três funcionários se dedicassem exclusivamente as atividades fins, ou seja, caso a equipe não necessitasse gastar tanto tempo com as atividades meio, que não geram valor ao cliente. Contudo, para reduzir esse tempo e diminuir a dependência da empilhadeira, apenas a proposta de adequação do tempo de ciclo de produção não seria suficiente. Dessa forma, elaborou-se a segunda proposta de intervenção que consistiu na elaboração do novo layout para o setor objetivando reduzir os tempos gastos com o deslocamento e movimentação dos pallets, o tempo de espera devido à dependência da empilhadeira e diminuição do esforço físico dos trabalhadores.

5.3 – SUGESTÃO DE DESDOBRAMENTO PARA TRABALHOS FUTUROS

Ao longo do desenvolvimento do estudo foram identificadas diversas outras possibilidades de melhoria do processo. Dadas restrições de limite de tempo e recurso apresentam-se a seguir algumas dessas propostas:

✓ Análise aprofundada da realocação do quarto funcionário, que ficaria responsável pela execução das atividades meio a fim de possibilitar que os três funcionários do setor se dediquem à execução das atividades fim.

✓ Análise da chegada de produto considerando a sazonalidade, uma vez que o presente estudo considerou a mesma com uma distribuição uniforme.

✓ Análise aprofundada do estudo de tempos para as atividades meio do setor de fracionamento a fim de se obter mais informações que possam auxiliar na melhoria da eficiência do setor.

✓ Análise dos resultados alcançados com a implementação do novo layout para validar o estudo realizado. Este item possui o objetivo de verificar se a proposta apresentada neste

trabalho conseguiu melhorar a eficiência do setor.

✓ Ampliar o estudo para outros setores da empresa dentre os quais os setores de moídos e mix, com o objetivo de analisar e melhorar a produtividade também desses setores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABEPRO – Associação Brasileira de Engenharia de Produção. Portal, 2008. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/interna.asp?p=399&m=424&ss=1&c=362>. Acesso em: 25 de Out. 2016.

BARNES, R. M. Estudo de Movimentos e Tempos, Projeto e Medida do Trabalho. 8ª reimpressão, tradução da 6ª ed. americana Brasil, 2001.

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento. Portal, 2017. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/guia/quem-pode-ser-cliente/ >. Acesso em: 23 Mai. 2017.

BORCHARDT, M. et al . O perfil do engenheiro de produção: a visão de empresas da região metropolitana de Porto Alegre. Prod., São Paulo , v. 19, n. 2, p. 230-248, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 65132009000200002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 14 Jan. 2017.

CAMPOS, V. F. TQC controle da qualidade total: no estilo japonês. 8.ed. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2004.

CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Portal, 2016. Disponível em: <

http://cnc.org.br/sites/default/files/arquivos/fechamento_de_estabelecimentos_no_varejo_de_ alimentos_se_acentua_em_2016.pdf>. Acesso em: 17 de Out. 2016.

CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Portal, 2016. Disponível em: <http://cnc.org.br/imprensa/economia/cnc-varejo-de-alimentos-fecha-mais-de- 143-mil-estabelecimentos-no-inicio-de-2016>. Acesso em: 17 de Out. 2016.

CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.

DENNIS, P. Produção Lean simplificada: um guia para entender o sistema de produção mais poderoso do mundo. Porto Alegre: Bookman, 2008.

FAVARETTO, P. V. et al. Projeto de Layout Industrial para uma Empresa do Ramo Meta- Mecânico com Base nos Princípios da Produção Enxuta. Revista Ciências Exatas e Naturais, vol. 13, nº 1, Jan/Jun 2011.

FGV IBRE – FGV Instituto Brasileiro de Economia. Portal, 2016. Disponível em: <http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumChannelId=402880811D8E34B9011D92E5C726666F>. Acesso em: 27 de Out. 2016.

FLEURY, A. O que é Engenharia de Produção?. In: BATALHA, M. O. (Org.). Introdução à Engenharia de Produção. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

FOGLIATTO, F. S.; FAGUNDES, P. R. M. Troca Rápida de Ferramentas: Proposta Metodológica e Estudo de Caso. Gestão & Produção. Vol.10, n.2, p.163-181, 2003.

GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. (organizadoras). Métodos de Pesquisa. 1ª Ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GOOGLE MAPS. Portal, 2017. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@- 22.712245,-43.0817134,10z>. Acesso em: 2 Jun. 2017.

HINES, P.; TAYLOR. D. Going lean: a guide to implementation. Cardiff: Lean Enterprise Research Center, 2000.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal, 2016. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/comercio.html>. Acesso em: 08 de Out. 2016.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal, 2014. Disponível em: < http://brasilemsintese.ibge.gov.br/comercio/pessoal-ocupado-por-segmento-do-

comercio.html>. Acesso em: 10 de Out. 2016.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal, 2014. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/comercio/numero-de-empresas-por-segmento-do-

comercio.html>. Acesso em: 10 de Out. 2016.

IDV – Instituto para Desenvolvimento do Varejo. Portal, 2016. Disponível em: <http://www.idv.org.br/varejo-em-numeros/varejo-brasileiro/>. Acesso em: 13 de Out. 2016.

IDV – Instituto para Desenvolvimento do Varejo. Portal, 2016. Disponível em: <http://www.idv.org.br/images/upload/IDV_2016_08_Analise_PMC.pdf>. Acesso em: 13 de Out. 2016.

LIKER, J. K. O Modelo Toyota - 14 Princípios de Gestão do Maior Fabricante do Mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005.

MILTENBURG, J. Balancing U-lines in a multiple U-line facility. Eur J Oper Res, v.109, p. 1–23, 1998.

consumo integrado. São Paulo, 2007. 121 f. Dissertação (Mestrado em Teoria Econômica) – Departamento de Economia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

NEUMANN, C.; SCALICE, R. K. Projeto de fábrica e layout. 1º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

OHNO, T. O sistema Toyota de Produção: Além da produção em larga escala. Porto Alegre: Bookman, 1997.

OLIVEIRA, F. E. M. Pesquisa confiança e intenção de compra do consumidor. Disponível em: <http://www.fecomercio-ce.org.br/site/pesquisas/confianca-intencao-compra-consumidor/>. Acesso em: 21 Out. 2016.

ORIBE, C. A história do MASP. Revista Banas Qualidade. 2 Jul. 2012. Disponível em < http://www.qualypro.com.br/adminqualypro/upload/arquivo?nome=33.pdf&dir=pdf>. Acesso em: 10 Jan 2017.

PEINADO, J.; GRAEML, A. R. Administração da Produção: operações industriais e de serviços. Curitiba: UnicenP, 2007.

PORTER, M.E. The Five Competitive Forces That Shape Strategy. Harvard Business Review, v. 86, n. 1, p.78 - 93, Jan. 2008.

SANTOS, V.C. Da era fordista ao desemprego estrutural da força de trabalho: mudanças na organização da produção e do trabalho e seus reflexos. VI Colóquio Internacional Marx e

Engels, Anais... Campinas: Unicamp, 2009. Disponível em: <

http://www.ifch.unicamp.br/formulario_cemarx/selecao/2009/trabalhos/da-era-fordista- aodesemprego-estrutural-.pdf > Acesso em: 7 Fev. de 2017.

SHINGO, S. O Sistema Toyota de Produção do ponto de vista da Engenharia de Produção. 2ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

SILVA, M. P. T. Estudo sobre as condições de concorrência dos supermercados compactos da grande Florianópolis. Santa Catarina, 2008. 59 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Econômicas) – Curso de Ciências Econômicas - Departamento de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2008.

SINGH, N. Commentary: what’s behind the price tag: understanding cost transparency?. European Journal of Marketing, v. 49, p. 1987-1991, 2015.

SLACK, N. et al. Administração da Produção. 3ª edição. São Paulo: Atlas, 2009.

Tokyo: Asian Productivity Organization, 1995.

VANALLE, R. M. et al. Estratégia competitiva e estratégia de produção: o caso de uma empresa de cosméticos. Prod., São Paulo, v. 10, n. 2, p. 65-76, Dez. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

65132000000200006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 Jan. 2017.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 13ª ed. São Paulo, Brasil: Atlas, 2011.

WOMACK, J. et al. A máquina que mudou o mundo: baseado no estudo do caso Massachusetts Institute of Technology sobre o futuro do automóvel. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

WOMACK, J.; JONES, D. A mentalidade enxuta nas empresas (Lean Thinking).1ª ed. Campus: 2004.

APÊNDICE C – Tabela de número de leituras do estudo de tempos requerido para erro relativo de 5% e nível de confiança de 95%

APÊNDICE D – Tabela de estimativas de desempenho

APÊNDICE E – Tabela de tolerâncias pessoais e para fadiga

Documentos relacionados