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Esse trabalho procurou realizar uma análise dos impactos e desafios referentes à concessão dos aeroportos brasileiros para a iniciativa privada. Foram analisados os motivos em que levaram a mudanças tão drásticas no setor aéreo brasileiro, como o grande crescimento da demanda por serviços aeroportuários e ao mesmo tempo a escassez de investimentos que levou a maioria dos grandes aeroportos do país a trabalharem acima de suas capacidades.

O Brasil sediou dois grandes eventos internacionais: a Copa do Mundo de Futebol de 2014, e os Jogos Olímpicos em 2016. Tais eventos aumentaram exponencialmente a demanda do setor nos últimos anos, levando o país a fazer grandes investimentos e implementando várias melhorias para tentar melhorar a infraestrutura no país.

Soma-se a isso o fato que o transporte aéreo está cada vez mais acessível, causando um aumento da oferta de passagens e o crescimento de passageiros de todas as naturezas. Diante desse cenário de extrema necessidade de investimentos e aumento da capacidade, com previsão de aumento ainda maior da demanda e a proximidade de dois megaeventos esportivos, copa do mundo e olimpíadas, o Governo decidiu que a concessão de aeroportos para o setor privado seria a solução. Assim, o trabalho analisou todo o processo desse projeto.

O processo de concessão foi feito em 3 etapas, onde os 10 primeiros aeroportos tiveram suas concessões individuais, podemos dividi-los em 2 grupos. No primeiro os principais aeroportos a serem privatizados (São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Campinas, Galeão, Confins e Brasília). Todos, com exceção de São Gonçalo do Amarante, tem a Infraero como sócia nos consórcios que os negociaram, com cerca de 49% das ações.

A partir dos estudos realizados é possível concluir que a melhoria da infraestrutura dos aeroportos controlados pela Infraero, não foram satisfatórios, ou pela falta de recursos ou pela falta de viabilidade técnica no cumprimento das tarefas.

Por outro lado, os benefícios constatados na concessão dos aeroportos para a iniciativa privada, puderam ser notados rapidamente, melhorando a infraestrutura e sendo verificado um avanço tecnológico e na linha gerencial também. Assim foi possível verificar que este molde se mostra como uma solução rápida e eficiente para a melhoria da prestação do serviço no Brasil.

Este autor espera que este estudo possa ser o início de uma fonte de consulta capaz de auxiliar na análise dos processos de revitalização dos aeroportos brasileiros.

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