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Com o desenvolvimento do presente trabalho pretendia-se aprofundar os conhecimentos sobre os Serviços municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) da Guarda, nomeadamente do Gabinete de Controlo e Qualidade da Água, bem como o estudo dos 13 fontanários que possuem um sistema de desinfeção por radiação ultravioleta. Para isso foram abordados alguns aspetos relacionados com o tema desenvolvido, nomeadamente, o tipo de captação, as zonas de abastecimento, e os tratamentos.

Verifica-se que em Portugal, como seria de prever, as câmaras municipais continuam a ser as EG predominantes, embora as entidades multimunicipais e concessionárias privados tenham ao longo do tempo vindo a ganhar mais destaque. Infelizmente ainda existem aldeias que não têm saneamento e como tal é necessário desenvolver medidas para que possam os seus habitantes usufruir de um bem tão precioso como é a água. Há que referir que segundo a DECO, um em cada três fontanários têm água impropria para consumo e bebe-la é arriscar a saúde. Os fontanários têm sido, desde tempos antigos, um dos principais motivos que levaram à fixação de populações humanas em alguns locais. Mas a evolução dos tempos e a propagação de algumas doenças derivadas do consumo da água não tratada, conduziu a alguns encerramentos de fontanários, no caso de haver outras formas de abastecimento publico. O recurso a água dos fontanários ainda é um habito enraizado na população. A legislação atual, por motivos de segurança, exige que a água dos fontanários ainda ativos seja desinfetada.

O SMAS procedeu então à desinfeção da água de 12 fontanários através do tratamento por radiação ultravioleta. Os resultados do controlo analítico evidenciaram uma melhoria da qualidade microbiológica da água disponibilizada à população e o consequente aumento da segurança no seu consumo. Esta solução permitiu também que a população, que normalmente rejeita a água canalizada pelo sabor a cloro, não a recusasse, salvaguardando-se a segurança no seu consumo. De referir por último que o SMAS foi uma das entidades pioneiras na desinfeção da água de fontanários por métodos físicos, garantindo, ao longo dos últimos anos, uma boa qualidade de água fornecida à população.

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Bibliografia

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Qualidade da água para consumo humano em sistemas públicos de Abastecimento.

Outros documentos consultados

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CMG (consultado em Outubro de 2015) http://www.mun-

guarda.pt/Portal/default.aspx

SMAS Guarda (consultado em Setembro de 2015) http://www.smasguarda.com/ Associação portuguesa dos recursos hídricos (Consultado em dezembro de

2015) http://www.aprh.pt/index.php/pt/

D´Oliveira, Teresa- (2002) Teses e dissertações- Recomendações para

elaboração e estruturação de trabalhos científicos, 1º Edição, Editora RH.

Janeiro, DR António – Qualidade das águas em Portugal Continental,

Publicação nº10, grupo coordenador do SIGRID. Lisboa. SEARN-Secretaria de

Estado do Ambiente e dos Recursos Naturais. Maio 1987, Pág. 11,12,24.

Decreto-Lei nº 306/2007, de 27 de agosto – (consultado desde setembro até ao presente)

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Anexos 1 – Parâmetros a Determinar para Controlo da Qualidade

da Água para Consumo Humano.

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Lista de parâmetros a determinar para o Controlo da Qualidade

da Água para Consumo Humano.

Tipo de controlo (v. n.

1) Parâmetro Volume de água na ZA (m3/dia)

Nº de amostras/ano (v. n. 2, 3 e 4) Controlo de rotina 1 Escherichia coli (E. coli)

Bactérias coliformes Desinfectante residual

< 100 6

≥ 100 12/5000 hab

Tipo de controlo (v. n. 1) Parâmetro Volume de água na ZA (m3/dia) Nº de amostras/ano

(v. n. 2, 3 e 4) Controlo de rotina 2 Alumínio Amónio Número de colónias a 22°C Número de colónias a 37° Condutividade

Clostridium perfringens, incluindo esporos

Cor pH Ferro Manganês Nitratos Nitritos Oxidabilidade Cheiro Sabor Turvação < 100 2 > 100 e ≤ 1 000 4 > 1 000

4 + 3 por cada 1000 m3/dia + 3

por fração remanescente do volume total. Controlo de inspeção Antimónio Arsénio Benzeno Benzo(a)pireno Boro Bromatos Cádmio Cálcio Chumbo Cianetos Cobre Crómio 1,2 –dicloroetano Dureza total ≤ 1000 1 > 1000 e ≤ 10000

1 + 1 por cada 3300 m3/ dia

+ 1 por fração remanescente do volume

total.

> 10000 e ≤ 100000

3 + 1 por cada 10000 m3/dia

+ 1 por fração remanescente do volume

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Notas:

1 - A determinação dos parâmetros correspondentes ao controlo de rotina 2 implica, em simultâneo, a determinação dos parâmetros contidos no controlo de rotina 1 e, identicamente, o controlo de inspeção implica os controlos de rotina 1 e 2.

2 - No caso de fornecimento intermitente de curto prazo, compete à autoridade de saúde, em conjunto com a autoridade competente, fixar a frequência a cumprir e os parâmetros a determinar.

3 - Para os parâmetros do anexo I do presente decreto-lei, a entidade gestora pode pedir à autoridade competente a redução da frequência especificada no quadro B1 quando:

a) Os valores dos resultados obtidos na verificação da qualidade da água para consumo humano durante um período de, pelo menos, dois anos consecutivos forem constantes e significativamente melhores que os valores paramétricos estabelecidos no anexo i ao presente decreto-lei;

b) Não tiver sido detetado qualquer fator suscetível de causar deterioração da qualidade da água. A frequência mínima aplicável não deve ser menos de 50 % do número de amostras especificadas no quadro, exceto no caso especial de abastecimentos em baixa inferiores a 100 m3/dia e abastecimentos em alta inferiores a 250 m3/dia, onde não se aplica a redução da frequência de amostragem.

4 - O número de amostragens correspondentes à avaliação de conformidade deve ser distribuído equitativamente no espaço e no tempo, de acordo com os critérios definidos pela autoridade competente.

Enterococos Fluoretos Magnésio Mercúrio Níquel HAP Pesticidas individuais Pesticidas (total) Selénio Cloretos Tetracloroeteno e tricloroeteno Trihalometanos

Carbono orgânico total Sulfatos

Cloreto de vinilo Epicloridrina

> 100000

10 + 1 por cada 25000 m3/dia e fração remanescente do

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