• Nenhum resultado encontrado

Em suma, este trabalho permitiu definir os perímetros de proteção da zona imediata das captações em estudo de 5 metros de raio. Neste caso, considerando a caraterização dos locais percebeu-se que não existem fortes indícios de possíveis focos de contaminação, pelo que se adotou a mesma área de influência.

É importante referir que, no cálculo do Índice DRASTIC alguns parâmetros foram determinados com reservas dada a dinâmica natural, tal como no Índice da Zona Vadosa, o que resulta nalguma incerteza associada à determinação da vulnerabilidade e risco. Por exemplo, a condutividade hidráulica pode ser determinada por métodos geofísicos que se forem aplicados na envolvência das captações poderão reduzir o erro associado à determinação de parâmetros através de cartografia e revisão da literatura. A análise aos solos permitiu perceber que nos locais em que foram implementadas as captações não existe nenhum indício de possível contaminação permanente, sugerindo-se pequenos focos de contaminação esporádica provenientes das atividades agrícolas e pastoreio do gado. Salienta-se ainda que, a textura dos solos arenosa e a permeabilidade, facilitam a percolação em profundidade. As oscilações observadas ao nível dos nitratos e fosfatos não constituem indicadores que justifiquem ou levem à alteração na composição das águas. Logo, a qualidade da água está salvaguardada. Acresce ainda que, estes iões não ultrapassam os valores paramétricos definidos pela legislação.

Para além disto, foi também possível compreender que as captações foram implementadas em locais cuja percolação das águas é facilitada pelos materiais em que estas circulam. Tal é bastante relevante, uma vez que, indicia que não existirão barreiras à circulação das águas, não comprometendo as captações nas épocas de menor afluência de água.

De acordo com o trabalho apresentado é possível delinear alguns estudos sobre a temática da Zona de Proteção Imediata de águas subterrâneas que permitiriam compreender melhor os locais estudados, bem como as medidas adotadas e conhecimento das populações. Neste sentido, como perspetivas futuras seria ainda possível:

➢ Amostragem na Zona de Proteção Imediata das captações em duas épocas diferentes do ano de modo a avaliar a dispersão de possíveis poluentes;

➢ Avaliar as medidas adotadas para proteção das captações no raio de 5 metros;

➢ Sensibilizar para a proteção da ZPI, bem como ensinar sobre poluição ambiental, nomeadamente de solos e águas;

➢ Sensibilizar para a redução da quantidade de fertilizantes e pesticidas utilizados na agricultura, nomeadamente nos locais próximos das captações.

Referências Bibliográficas

Aller, L., Bennett, T., Lehr, J., Petty, R., Hackett, G. 1987. DRASTIC: A Standardized System for Evaluating Ground Water Pollution Potential Using Hydrogeologic Settings. Unites States Environmental Protection Agency. EPA/600/2-87/035. APA, 2016. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Cávado, Ave e Leça (RH2).

Parte 1 – Enquadramento e Aspetos Gerais. 29 pp. Disponível em:

https://apambiente.pt/?ref=16&subref=7&sub2ref=9&sub3ref=834

Bhargava, O., Singh, B. 2014. Story of the Earth. Geological Society of India, Bangalore, 34 pp.

Cerqueira, J. 1992. Solos e Clima em Portugal. Clássica Editora. 160 pp.

Connor, R., Coates, D., Uhlenbrook, S., Koncagil, E. 2018. Soluções baseadas na natureza para a gestão da água, In Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2018. UN Water. 12 pp.

Cottin, H., Kotler, J., Bartik, K. 2017. Astrobiology and the Possibility of Life on Earth and Elsewhere… Space Sci Rev, 209, 1–4, 1–42 pp. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s11214-015-0196-1

Daveau, S. 1977. I. Precipitação (Média Anual). II: Dias de Precipitação (Média Anual), mapas na escala de 1:500 000. 2 pp.

Domenico, P., Schwartz, F. 1990. Physical and Chemical Hydrogeology, John Wiley & Sons, New York, 824 pp.

Eimers, J., Weaver J., Terziotti S., Midgette R. 2000. Methods of rating unsaturated zone and watershed characteristics of public water supplies in North Carolina. U.S. Geological Survey, Water-Resources Investigations, Raleigh, North Carolina, Report 99–4283 pp.

FAO-UNESCO. 1981. Soil map of the world 1:5 000 000. Volume V Europe. 199 pp. FAO-ITPS. 2015. Status of the World’s Soil Resources (SWSR) - Main Report. Rome,

Italy, Food and Agriculture Organization of the United Nations and

Intergovernmental Technical Panel on Soils. Disponível em

http://www.fao.org/3/a-i5199e.pdf. 608 pp.

Fekete, B. 2013. State of the World's Water Resources. In: Climate Vulnerability, 11-23 pp.

Ferreira, A. 2000. Dados Geoquímicos de Base de Sedimentos Fluviais de Amostragem de Baixa Densidade de Portugal Continental: Estudo de Factores de Variação Regional. Volume I. Dissertação de Doutoramento. Universidade de Aveiro. Departamento de Geociências. 234 pp.

Foth, H. 1990. Fundamentals of Soil Science. 8th ed. John Wiley and Sons, New York. 360 pp.

Franks, F. 2000. Water: A matrix of life 2nd Edition, Ed. The Royal Society of Chemistry. 225 pp, ISBN: 0-85404-583-x

Freeze, R., Cherry, J. 1979. Groundwater, Prentice Hall, Englewood Cliffs, New Jersey, 604 pp.

Gleick, P. (ed) 1993. Water in crisis: a guide to the world´s fresh water resources. New York. Oxford University Press. 473 pp.

Grathwohl, P., Halm, D. (eds.) 2003. Integrated soil and water protection: Risks from diffuse pollution. Cluster meeting; 2nd, Innovative management of groundwater

resources in Europe - training and RTD coordination; Sustainable management of soil and groundwater resources in urban areas. Conference papers / Umweltbundesamt, Wien.

ITGE, 1991. Guía metodológica para la elaboratión de perímetros de proteccion de captaciones de aguas subterráneas. Intituto Tecnológico GeoMineiro de España, Primera Edición, 289 pp.

Laureano, Z. 2012. Metodologia para delimitar perímetros de protecção de captações de água subterrânea. Aplicação ao Aquífero Mio-Pliocénico do Tejo. Universidade Nova de Lisboa. 163 pp.

LNEC, 2011. Caracterização da Vulnerabilidade à Poluição dos Sistemas Aquíferos da Região Hidrográfica do Centro, Administração de Região Hidrográfica do Centro, Lisboa, 174 pp.

Lobo-Ferreira, J., Oliveira, M., Leitão, T., Novo, M., Moinante, M., Moreira, P., Henriques, M. (1999). Caracterização dos Recursos Hídricos Subterrâneos da Área Abrangida pelo Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo. Anexo Temático 10 – Qualidade dos Meios Hídricos. Tomo B – Qualidade das Águas Subterrâneas. Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa, 117 pp.

Lobo-Ferreira, J., Leitão, T., Olveira, M., Rocha, J., Barbosa, A. 2009. Proteção das Origens Superficiais e Subterraneas nos Sistemas de Abastecimento de Água. Série Guias Técnicos 11,198 pp

Kim, H., Kim, K., Kim, W., Owens, G., Kim, K. 2017. Influence of Road Proximity on the Concentrations of Heavy Metals in Korean Urban Agricultural Soils and Crops. Archives of Environmental Contamination and Toxicology, 72(2): 260–268 pp. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00244-016-0344-y

Kumar, V., Kothiyal, N. 2016. Analysis of Polycyclic Aromatic Hydrocarbon, Toxic Equivalency Factor and Related Carcinogenic Potencies in Roadside Soil within a Developing City of Northern India. Polycyclic Aromatic Compounds, 36(4): 506– 526 pp. Disponível em: https://doi.org/10.1080/10406638.2015.1026999

Medeiros, A., Teixeira, C., Lopes, T. 1975. Notícia Explicativa da Folha 5B (Ponte da Barca) da Carta Geológica de Portugal à escala 1/50 000. Lisboa. 61 pp.

NASA, 2006. Life on Earth … and elsewhere? Guia educativo. 60 pp.

Peixoto, J. 1977. O Ciclo da Água em Escala Global, In O Ambiente e o Homem, Ed. Secretaria de Estado do Ambiente, Lisboa, 75 pp.

Plessis, A. 2017 Global Water Availability, Distribution and Use. In: Freshwater Challenges of South Africa and its Upper Vaal River. Springer Publisher. 164 pp. O´Hara, C. 1996. Susceptibility of ground water to surface and shallow sources of

contamination in Mississipi: U.S. Geological Survey Hydorlogic Inestigation Atlas HA-379, 4 pp.

Pereira, C. 2017. Avaliação da escasez de água e sua utilização para a modelação da Taxa de recursos Hídricos, Disertação de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, 137 pp.

Prakash Khedun, C., Sanchez Flores, R., Rughoonundun, H., Kaiser, R. 2014. World Water Supply and Use: Challenges for the Future. In Encyclopedia of Agriculture and Food Systems, 450-465 pp.

Rego, Z. 1977. A Água e a Escassez na Abundância, In O Ambiente e o Homem, Ed. Secretaria de Estado do Ambiente, Lisboa, 65 pp.

Rodríguez-Eugenio, N., McLaughlin, M., Pennock, D. 2018. Soil Pollution: a hidden reality. Rome, FAO. 142 pp.

Shiklomanov, A. 1993. World freshwater resources. In: Water in crisis: a guide to the world´s freshwater resources (P. Gleick (ed), 1993). 13-24 pp.

Shiklomanov, A. 1999. World Water Resources at the Beginning of the 21st Century, UNESCO.

Varennes, A. 2003. Produtividade dos Solos e Ambiente. Lisboa. Escolar Editora. 490 pp.

Venuti, A., Alfonsi, L., Cavallo, A. 2016. Anthropogenic pollutants on top soils along a section of the Salaria state road, central Italy. Annals of Geophysics (5). https://doi.org/10.4401/ag-7021

WWAP, 2003. Water for people, water for life: the United Nations world water development report. World Water Assessment Program. UNESCO-WWAP. 576 pp.

Zhang, H., Wang, Z., Zhang, Y., Ding, M., Li, L. 2015. Identification of traffic-related metals and the effects of different environments on their enrichment in roadside soils along the Qinghai–Tibet highway. Science of The Total Environment, 521– 522:160–172 pp. https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2015.03.054

Documentos relacionados