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Esta pesquisa buscou analisar se os MHs podem influenciar seus fornecedores a adotarem ações sustentáveis e, para isso, foi realizado uma pesquisa de campo no LN, cenário propício para o desenvolvimento do turismo sustentável.

As entrevistas e documentos revelaram que, apesar das Secretarias de Turismo, gestores e proprietários de MHs, associações e ONGs concordarem que, por ser uma região com Mata Atlântica, o turismo sustentável é prioridade para o LN, não existe, atualmente, investimento ou conhecimento suficiente, por parte da população e do poder público, para executá-lo.

No LN não foi encontrado nenhum MH que conseguisse influenciar nas ações sustentáveis de seus fornecedores. Na amostra, apenas um possuía uma ação, ainda pequena, de enviar e-mails informativos sobre o PE da cidade a seus fornecedores e parceiros. Vários fatores estão envolvidos, entre eles a dificuldade de encontrar produtos locais. Outros fatores podem ser responsáveis, como o porte dos MH que, em sua maioria, são de pequeno e médio porte, assim não possuem demanda suficiente para exigir mudanças de seus fornecedores. Entretanto, independente do porte do MH, seria possível buscar fornecedores com produtos sustentáveis. Alguns até o fazem, principalmente com produtos de limpeza, entretanto são produtos já disponíveis no mercado e não receberam influência de seus clientes.

É possível dizer, portanto, que o LN possui uma forte tendência e esforços no sentido da sustentabilidade, entretanto ainda é necessário maior entendimento sobre o assunto. As ações e práticas existentes são de iniciativa dos próprios gestores dos MHs, porém sem o monitoramento e aval de uma certificação. Existe a preocupação, entretanto as iniciativas ainda estão muito no início e não são executadas de maneira estruturada e integrada com stakeholders. Deste modo, não é possível que o turismo seja sustentável.

A maior parte dos entrevistados não pensou em envolver seus fornecedores, preocupam-se com seu empreendimento e em melhorar ou implementar outras

práticas dentro do negócio. A expansão das práticas sustentáveis para os fornecedores ainda aparece como uma ideia bastante tímida, até como uma novidade para alguns, no entanto será o próximo passo para os que já estão caminhando no sentido de tornar seu empreendimento mais sustentável – como é o caso de todos os MH desta amostra.

As quatro cidades, em diferentes graus, possuem interesse em que o turismo sustentável se desenvolva e se estabeleça. Todos demonstram bastante carinho em relação ao local em que vivem, apreciam viver próximo à Mata Atlântica e querem zelar pelo local, de modo que possa ser usufruído por visitantes, desde que de maneira sustentável e respeitosa. Entretanto, os esforços atuais ainda são insuficientes, resumindo-se a pequenas iniciativas de grupos que começam a se organizar e sem apoio do governo local – fundamental para o estabelecimento do desenvolvimento sustentável.

Deste modo, este estudo constituiu-se em uma análise dos MHs do LN e como suas práticas sustentáveis estão sendo desenvolvidas e repassadas à sua cadeia de suprimentos. Uma de suas limitações refere-se à natureza do método, dado que a generalização dos resultados não é o principal objetivo do estudo de caso.Como se sabe, os estudos de caso são generalizáveis em relação às proposições teóricas, mas não em relação à amostra utilizada. Isso ocorre tanto em estudos de caso único quanto em estudos de casos múltiplos, como é o caso desta pesquisa. Os estudos de caso, dessa maneira, podem trazer importantes contribuições à teoria, seja acrescentando ou reformulando proposições teóricas. Como foi mostrado neste trabalho, algumas questões apresentadas no referencial teórico não foram confirmadas, por exemplo o fato da adoção de práticas sustentáveis aumentar a retenção de funcionários em um empreendimento como o MH. Um resultado não completamente aderente à teoria consultada, sugere uma revisão teórica com novas abordagens, levando em conta a natureza dinâmica da atividade turística, que foi objeto de estudo no LN.

Quanto às limitações do estudo, foram pesquisados MHs apenas do LN, que são de médio e pequeno porte e se situam em uma região com grande presença da Mata Atlântica, o que sugere que deveria existir uma preocupação um pouco mais avançada sobre o desenvolvimento sustentável no local. Como sugestão para

pesquisas futuras, podem ser pesquisados também grandes redes hoteleiras e MHs de outras localidades, para efeitos de comparação. Também pode-se sugerir um estudo sobre o perfil dos turistas, visando encontrar os que buscam MHs sustentáveis e analisar porque o fazem.

Por fim, pode-se inferir que tanto o conceito de sustentabilidade quanto as práticas executadas em relação ao conceito no LN ainda são bastante incipientes, sendo necessário maior envolvimento, interligação e interação entre as partes da cadeia. É necessário que as empresas, turísticas ou não, se conscientizem com a importância primordial do desenvolvimento sustentável e contribuam para isto, buscando a equidade entre o lucro, o social e o ambiental. Pode parecer um objetivo um tanto utópico, entretanto os dados atuais revelam que o atual sistema de consumo e produção não se sustentará por muito tempo, sendo assim, o desenvolvimento sustentável aparece como uma possível solução para a continuidade do mundo como conhecemos. Buscar o desenvolvimento sustentável significa contribuir com a possibilidade das gerações futuras poderem viver em um planeta mais justo, humano, limpo e livre de diferenças.

Do ponto de vista do turismo, sustentabilidade do desenvolvimento significa a manutenção da atividade de modo a gerar emprego e renda para as populações locais ao mesmo tempo em que usa prudentemente os recursos naturais, preservando e melhorando a beleza cênica que atrai os turistas, de maneira a sensibilizá-los e educá-los para auxiliar as empresas do trade turístico a realizar tais objetivos. Assim, a presença do turista em áreas como a do LN, constitui um momento importante para ampliar a consciência dos visitantes com a expectativa que eles levem para seus locais de origem uma nova maneira de se relacionar com a sociedade e com o meio ambiente.

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ANEXO A – PROTOCOLO DA PESQUISA

1. Título: Desafios da Gestão Sustentável em Meios de Hospedagem: um

estudo multicasos no Litoral Norte do estado de SP

2. Pergunta de Pesquisa: Como o meio de hospedagem pode ser um fator de

incentivo à adoção de ações sustentáveis na sua cadeia de suprimentos?

3. Objetivos (geral e específicos):

3.1 Geral: Analisar de que maneira os meios de hospedagem podem contribuir para o incentivo de ações sustentáveis na sua cadeia de suprimentos.

3.2 Específicos:

a. verificar a existência de ações sustentáveis nos meios de hospedagem (nos âmbitos social, econômico e ambiental) e identificar em qual dos três existem mais ações e atividades realizadas;

b. analisar os motivos que levaram os meios de hospedagem a adoção delas e seus benefícios;

c. analisar as dificuldades dos meios de hospedagem em realizar ações sustentáveis;

d. analisar se tais ações influenciam ou alcançam outras partes da cadeia de suprimentos do meio de hospedagem a adotar práticas sustentáveis.

4. Problema de Pesquisa:

Os meios de hospedagem são importantes empreendimentos que compõe a cadeia de suprimentos do turismo, entretanto também podem causar impactos significativos tanto no ambiente, quanto na economia e no social. Sendo assim, é recomendável que adotem práticas sustentáveis, assim como toda sua cadeia. Para analisar meios de hospedagem e sustentabilidade, foi escolhido como local de pesquisa o Litoral Norte, pois possui o turismo como principal atividade econômica e grande presença da Mata Atlântica no seu território, além de comunidades

tradicionais que buscam sobreviver com atividades artesanais. Sendo assim, esta região foi propícia para o desenvolvimento deste estudo.

5. Coleta de Dados:

A visita a campo incluirá idas às reuniões e oficinas do Projeto Litoral Sustentável, organizados pelo Instituto Pólis (organização não governamental de São Paulo). A partir das oficinas, serão feitos os primeiros contatos com as Secretarias de Turismo das cidades e para, então, obter indicações de meios de hospedagem com ações sustentáveis. Os locais e pessoas entrevistados serão mantidos em sigilo por solicitação deles.

O objetivo é entrevistar proprietários ou gestores dos meios de hospedagem, secretários ou diretores das secretarias de turismo e diretores ou presidentes das ONG’s e associações.

Além das entrevistas, serão utilizados os seguintes documentos:

a) relatórios produzidos pelo Instituto Pólis a partir do Projeto Litoral Sustentável;

b) palestras e conversas com pesquisadores do Instituto Pólis;

c) informações retiradas dos sites dos MHs;

d) reportagens sobre as cidades e os MHs;

e) informações retiradas dos sites das prefeituras dos Municípios;

d) avaliações de hóspedes sobre os MHs retiradas dos sites “Trip Advisor” e “Booking.com”.

Observações em campo também serão utilizadas como fonte de pesquisa.

6. Roteiro de Entrevista:

Foram feitos dois roteiros de entrevista, ambos semi-estruturados: um para gestores de meios de hospedagem e outro para representantes de ONG’s, secretarias de turismo e associações.

Foi escolhido o roteiro semi-estruturado por permitir certa flexibilidade sem deixar de apontar quais temas e perguntas são importantes de serem feitos. Assim, os entrevistados não serão rigidamente questionados, sendo preferível que eles

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