• Nenhum resultado encontrado

Capitulo IV – Análise de Dados 40

5. Conclusão e prospetivas 47

O desenvolvimento deste trabalho, que agora terminamos, teve como força impulsionadora o encontrarmos respostas para a questão que então se nos colocou, a de sabermos qual a eficácia de uma intervenção através da Animação Sociocultural na aldeia de Pegarinhos.

Permitiu-nos mesmo, conhecer a vontade dos residentes relativamente à sua cultura, ao não deixarem perder as suas tradições e à importância de participarem e desenvolverem ações que com base em atividades de animação possam ser um sustentáculo para impedir que as suas tradições se percam.

Com os dados recolhidos conseguimos obter respostas para a nossa questão de partida e confirmar as nossas hipóteses que iam no sentido de que uma intervenção através da Animação Sociocultural possibilita o fortalecimento cultural de Pegarinhos, desde que a comunidade se disponha a participar e que o património cultural de Pegarinhos é um recurso com possibilidades de desenvolvimento.

No decurso da investigação tivemos algumas limitações (nem todos as pessoas mostraram-se disponíveis para preencher os inquéritos), daí o número limitado de elementos constitutivos da amostra, o que não nos impediu contudo de alcançarmos os objetivos que nos propúnhamos e que iam no sentido de verificar a possibilidade de resgate das tradições de Pegarinhos, através da animação sociocultural para fortalecer o seu património cultural; identificar tipos de ações comunitárias que se possam vir a realizar com vista ao desenvolvimento do património cultural do local de estudo e Indagar a disposição da comunidade de Pegarinhos na execução das atividades culturais que possam vir a desenvolver-se.

Pudemos também concluir que a solução para Pegarinhos poderá passar pela criação de uma associação que tenha como objetivo principal, a pesquisa, o desenvolvimento e a divulgação da localidade e das suas tradições o que de alguma forma rentabilizaria as suas potencialidades.

Essa associação poderia criar workshops de animação variados (dança, teatro, jogos gastronomia) e culturais destinados aos residentes em Pegarinhos, que seriam o fator chave para o seu bom desenvolvimento, o reforço de competências sociais, valores e atitudes que permitam às pessoas ter uma visão sobre si, sobre o que as rodeia e sobre a vida em grupo e que de igual forma incentivariam as habilidades intelectuais, psicomotoras e altitudinais dos que os frequentassem.

Dentro de um projeto como este, sempre se deseja que haja uma melhoria contínua do mesmo, como tal, recomendamos a futuros investigadores que tenham interesse por projetos de animação sociocultural que permitam manter as tradições e cultura dos povos, que são a base fundamental para nos desenvolvermos como indivíduos e nos formarmos para a vida, que por ele se venham a interessar de forma a dar-lhe continuidade.

Bibliografia

ALMEIDA & PINTO (1980).A Investigação nas Ciências Sociais. Editorial Presença:

Lisboa.

ANIMAR (1998). Desenvolvimento Local – Uma oportunidade de futuro! Teses de Amarante.

ANDER-EGG, E. (2000). Metodología y práctica de la Animación Sociocultural. Madrid: Editorial CCS.

ANDER-EGG, E. (2003). La política cultural a nível municipal. Zacatecas: Instituto Zacatecano de Cultura.

ARTAUD, Antonin (2006). O Teatro e o seu Duplo. Lisboa: Fenda Edições.

ARAÚJO, W. M. C.; BOTELHO, R. A.; GINANI, V. C.; MAYER, H. & ZANDONADI, R.P. (2005). Da alimentação à gastronomia. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

AYUSO, I. (Coord.) (2002). Animación Sociocultural Intervención multidisciplinar. Editorial Formación Alcalá.

BRAGADA, J. (2002). Jogos tradicionais e o desenvolvimento das capacidades

motoras na escola. Lisboa: Centro de Estudos e Formação Desportiva.

BELL, Judith (1997). Como realizar um projeto de investigação. Lisboa: Gradiva.

BERGER, P. L. & LUCKMANN, T. (1976). A Construção Social da Realidade:

BESNARD (1991). La animación sociocultural. Barcelona: EDICIONES Paidós Ibérica, S.A.

BRILLAT-SAVARIN, J.A. (1995). A fisiologia do gosto. São Paulo: Companhia das Letras.

BRECHT, Bertold (2005). Estudos sobre teatro. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.

BRETÃO José Noronha (1998). As Danças do Entrudo, Uma Festa do Povo, Teatro

Popular da Ilha Terceira 2,vol . Angra do Heroísmo.

BRITO, Joaquim Pais (coord.) (1991). Tradições. Lisboa: Edições Portugal Moderno.

BROOK, Peter (1993). O Diabo é o Aborrecimento – conversas sobre teatro. Porto: Edições Asa.

CABRAL, A. (1985). Jogos populares portugueses. Porto: Editorial Domingos Barreira.

CABRAL, A. (1998). Jogos populares portugueses de jovens e adultos. Lisboa: Editorial Notícias.

CARMO & FERREIRA (1998). Metodologia da Investigação. Lisboa: Universidade Aberta.

COSTA, Soledade Martinho (2003). Festas e tradições Portuguesas. Vol. III. Lisboa: Círculo de leitores.

COUTINHO, Clara (2003). O estudo de caso na investigação em Tecnologia Educativa

em Portugal. Revista Portuguesa de Educação, 15(1), pp. 221-244.CIEd - Universidade

CRESPI, F. (1997). Manual de Sociologia da Cultura. Lisboa: Estampa.

CUNHA, Maria José Santos (2008). Animação. Desenvolvimento pessoal e social,

formação e práticas teatrais. Chaves: Ousadias.

CUNHA, Maria José dos Santos (2009). Investigação Científica. Os passos da pesquisa

científica no âmbito das ciências sociais e humanas. Chaves: Ousadias.

CUNHA, Maria José dos Santos (2011). As feiras: locais por excelência de mostra de

fazeres e saberes tradicionais das comunidades rurais e de atração turística. In

Algarve.

DEMO, Pedro (1989). Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas.

FIDEL, Raya (1992). The case study method: a case study, In: Jack D. Glazier & Ronald R. Powell, Qualitative research in information management, pp. 37-50. Englewood, CO: Libraries Unlimited.

FERREIRA, F. (2005). O Local em Educação, animação, gestão e parceria. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

FIGUEIRA, V. (2002). Turismo no Baixo Alentejo: equilibrar ou desmoronar. In Actas

do 1º Congresso de Estudos Rurais. Vila Real: UTAD.

FLICK, U (2005). Métodos Qualitativos na Investigação Científica. Lisboa: Monitor.

GIDDENS, A. (1994). As consequências Modernidade. Oeiras: Celta.

GONÇALVES (1998).Métodos e Técnicas de Investigação Social. Braga: Universidade do Minho. Instituto de Ciências Sociais, p. 105.

GUEDES, M. (1991). As crianças e os jogos tradicionais. Revista Horizonte, 43, 9-14.

GROTOWSKI, Jerzy (1975). Para um Teatro Pobre. Forja.

IZQUIERDO VALLINA, J. (2005). Manual para agentes de Desarrollo Rural (2ª ed.).. Madrid: Mundi-Prensa.

MACÍAS REYES, Rafaela (2003). “UNIVERSITAS”: proyecto de transformación sociocultural del Centro Universitario de Las Tunas.

MADDDOX, R. (1993). El Castillo. The Politics of traditio In an Andalusian Town, Urbana: University of Illinois Press.

OLIVEIRA, A. P. (2001). Turismo e Desenvolvimento. Planejamento e organização. S. Paulo: Atlas.

OLIVEIRA, Maria Marly de (2010). Como fazer projetos, relatórios, monografias,

dissertações e teses. 5. ed. São Paulo: Elsevier.

OLIVEIRA, Ernesto Veiga (1995): Festividades Cíclicas de Portugal. Lisboa: Publicações Dom Quixote.

PARDAL & CORREIA (1995). Métodos e técnicas de investigação Social. Porto: Areal.

PARAFITA, Alexandre (1999). A Comunicação e a Literatura Popular. Lisboa: Coleção Plátano Universitária.

PARAFITA, Alexandre (2005). Histórias de arte e manhas. Texto Editores: Lisboa. p. 30.

PARRA Filho, SANTOS, Domingos & ALMEIDA João (2002). Apresentação de

Trabalhos Científicos: Monografia, TCC., Teses, Dissertações. 8aed. São Paulo: Futura.

PEREIRA, F. (2008). Participação Infantil e Juvenil em Contexto Associativo: o caso

de um Agrupamento de Escuteiros. Braga: Universidade do Minho. (Tese de Mestrado).

PEREIRO PÉREZ, X. (2009): Turismo Cultural: Uma visão antropológica – El Sauzal: ACA y PASOS, RTPC.

PERASSI, R. (2002). Cultura, Intangibilidade e Branding. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Apresentação de Trabalho.

PIRES FERREIRA, Jerusa (1991). Armadilhas da memória. Salvador: Fundação Casa Jorge Amado.

PONTE, João Pedro (2006). Estudos de caso em educação matemática. Bolema: Quadrante.

QUINTANA (1986). Fundamentos de Animación Sociocultural. Narcea. Madrid.

QUINTAS, SINDO Froufe (1998): Técnicas de Grupo en Animación Comunitaria, Salamanca: Amarú Ediciones.

QUIVY, Raymond & CAMPENHOUDT, Luc Van (1998). Manual de investigação em

ciências sociais. Lisboa: Gradiva.

ROMANO, R. (1997). Vida/Morte-Tradições-Gerações. In Enciclopédia Einaudi. (Vol. 36, pp. 166-197) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda.

REZSOHAZY, Rudolf (1988). El desarrollo Comunitario. Madrid: Narcea Ediciones.

SILVA, A. S. (2000). Cultura e Desenvolvimento. Estudos sobre a relação entre ser e

agir. Oeiras: Celta.

SOUSA, C. M. (1997). Os Jogos Tradicionais como Unidade didática do Programa de

Educação Física. Guarda. Dissertação de Monografia apresentada à Escola Superior de

Educação do Instituto Politécnico da Guarda.

TRILLA (1998). Concepto, discurso y universo de la Animación Sociocultural. In Jaume Trilla (coord.). Animación Sociocultural. Teorías, Programas y Ámbitos. Barcelona: Ariel (pp. 13-39).

TRILLA (coord.) (2004). Animación Sociocultural. Teorías, Programas y Ámbitos. Barcelona: Ariel.

TORAYLLE, R. (1973). A Animação Pedagógica. Lisboa: Biblioteca de Pedagogia.

VASCONCELOS, O. (1989). Os jogos tradicionais portugueses, sua importância no

desenvolvimento ontogenético da organização, orientação e estruturação espacial na criança e no jovem adolescente. (Comunicação). Oliveira de Azeméis. Seminário: Primeiro Encontro dos Jogos da Malha.

VALCÁRCEL-RESALT, G. & TROITIÑO, M. A. (1992). Desarrollo Local y Medio

Ambiente en Zonas Desfavorecidas. Madrid: Ministério de Obras Públicas y

Transportes.

VALBONA, M. C. & COSTA, M. P.(2003): Património Cultural. Editorial: Síntesis.

VENTOSA Victor J., (1993). Fuentes de la Animación Sociocultural en Europa. Madrid: Editorial popular, S.A., Col. «promoción cultural».

YIN, Robert (1994). Case Study Research: Design and Methods (2ª Ed) Thousand Oaks, CA: SAGE Publications.

Dicionários de língua portuguesa

CASTELEIRO, João Malaca (coord.) (2001). Dicionário da Língua Portuguesa

Contemporânea, Academia das Ciências de Lisboa. Editorial Verbo: Lisboa. pp.1452.

Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea. (2001): Academia das Ciências de

Lisboa. Editora Verbo, II volume G-Z. pp. 3600.

Internet

GUEDES, M.G.S. (1995). Editorial. Revista da Educação Física Universidade Estadual

de Maringá. Volume 6. Nº 1. Consult. 23 Junho de 2014, disponível em:

http://www.def.uem.br/revista/revista_06/editorial_r_06.htm

UNESCO. Recomendação sobre a vanguarda da Cultura Tradicional e Popular. 1989. Disponível em: <http://www.unesco.org.br/areas/cultura/ imaterial/mostra> acesso em 23 Junho 2014

Apêndice 1 – Questionário

Questionário

O presente questionário enquadra-se num projeto de investigação no âmbito de uma tese de Mestrado em Ciências da Educação - Especialização em Animação Sociocultural e pretende recolher informações sobre a Animação em meio rural: o caso da aldeia de Pegarinhos no concelho de Alijó.

Obrigado pela sua colaboração.

1- Sexo? ( ) Feminino ( ) Masculino 2-Idade? ( ) 18 aos 28 anos ( ) 29 aos 39 anos ( ) 40 aos 50 anos ( ) 51 aos 61 anos ( ) 62 aos 72 anos ( ) Mais de 73 anos 3-Habilitações Literárias? ( ) Ensino Básico ( ) Ensino Secundário ( ) Licenciatura ( ) Mestrado ( ) Doutoramento

4-No seu entender a Animação Sociocultural ocupa um lugar de destaque na aldeia de Pegarinhos? ( ) Sim

( ) Não

( ) Outro_________________________________________________________

4.1. Justifique a sua resposta

5. Se respondeu negativamente à questão 4 é de opinião que uma intervenção através da Animação Sociocultural possibilitaria o fortalecimento cultural de Pegarinhos?

_____________________________________________________________________________________

6-A divulgação das tradições da aldeia de Pegarinhos podem ser um recurso primário em termos de projeção cultural?

( ) Sim ( ) Não

( ) Outro_________________________________________________________

6.1. Justifique a sua resposta

_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

7-Na sua opinião, o fortalecimento cultural pode representar uma mais valia na vida da população de Pegarinhos?

( ) Sim ( ) Não

( ) Outro_________________________________________________________

7.1. Justifique a sua resposta

_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

8-A aldeia de Pegarinhos tem conseguido preservar as suas tradições nestes últimos anos? ( ) Sim

( ) Não

( ) Outro_________________________________________________________

8.1. Justifique a sua resposta

9- O património cultural de Pegarinhos é um recurso com possibilidades de desenvolvimento?

10- Concorda com a criação de workshops de animação, como meio de preservação das tradições/costumes locais?

( ) Concordo totalmente ( ) Concordo

( ) Não concordo nem discordo ( ) Discordo

( ) Discordo totalmente

11- Estaria disponível para ser parte integrante e fundamental na realização de workshops, como agente ativo?

( ) Sim ( ) Não

( ) Outro_________________________________________________________

11.1. Justifique a sua resposta

Documentos relacionados