• Nenhum resultado encontrado

Este estudo buscou analisar os principais motivadores para a participação no consumo compartilhado. Para isso, forneceu uma comparação cruzada entre as motivações para participação nos diferentes setores da economia compartilhada e as características dos indivíduos que fazem parte desta. Os achados relevaram que, de fato, as motivações para participação na economia compartilhada se diferenciam por grupos sociodemográficos, entre usuários e prestadores, e principalmente entre os diferentes tipos de compartilhamento: caronas, acomodação, ferramentas e refeições.

Conforme traçado previamente nos objetivos da pesquisa, através do mapeamento da literatura foi possível identificar inicialmente quais aspectos eram responsáveis pela motivação dos usuários da economia compartilhada a participarem e utilizarem este tipo de consumo. Isto foi concretizado à medida que foram relacionadas as principais dimensões que, conforme a literatura pesquisada e o que foi citado pelos autores, influenciam a utilização deste tipo de consumo: econômica, social e ambiental.

Tendo consolidado estes aspectos previamente definidos, o objetivo traçado para este estudo foi compreender como estes quesitos ou dimensões, já previamente citados e embasados na literatura, além das características sociodemográficas dos indivíduos, se manifestavam empiricamente em usuários na cidade do Rio de Janeiro. Para isto, de forma posterior ao mapeamento de literatura, foi aplicado um questionário a uma amostra de 361 indivíduos na cidade do Rio de Janeiro, a fim de possibilitar, juntamente com a revisão da literatura utilizada para sua construção, o desenvolvimento da pesquisa e a resposta aos objetivos do presente estudo.

Na dimensão econômica, observou-se que os indivíduos que utilizam o compartilhamento estão mais motivados do ponto de vista econômico-financeiro do que os indivíduos que estão prestando os serviços de compartilhamento. Os resultados indicam ainda que as faixas etárias mais jovens, muito bem representada neste estudo, dá importância considerável ao fator econômico como motivador. De forma geral, os resultados da dimensão financeira indicam que os indivíduos que ainda não estão estabilizados financeiramente são mais influenciados financeiramente quando optam pelo compartilhamento.

ramos e tipos de compartilhamento, e nem entre usuários e prestadores dos serviços de compartilhamento. Os resultados desta dimensão social indicaram que as mulheres são significativamente mais motivadas socialmente a compartilhar do que os homens. E na variável idade, o estudo indicou que os indivíduos mais novos também são considerável importância ao fator social como motivador para o compartilhamento, apesar de não com a mesma intensidade do fator econômico. Em relação ao grau de instrução, os resultados sinalizaram que, para a dimensão social, para níveis de instrução maiores, maior é também a influência da motivação social para compartilhar.

Para a dimensão ambiental, a pesquisa indicou que as mulheres são mais motivadas ambientalmente que os homens, da mesma forma como ocorreu na dimensão social. Na variável idade, os resultados deram indícios de que indivíduos mais novos são mais influenciados por este fator ambiental. Com relação ao grau de instrução, os resultados fornecem evidências de que para os níveis de ensino superior (incompleto ou completo), foi grande a influência da motivação ambiental ao compartilhar.

O estudo de Bocker e Meelen (2016) foi o principal utilizado para comparar os resultados obtidos na presente pesquisa, uma vez que é um dos poucos disponíveis na literatura com abordagem similar. Ou seja, com exceção deste estudo especificamente, não foram encontrados estudos nas bases de dados pesquisadas com enfoques semelhantes, de modo a possibilitar a realização de análises comparativas a respeito dos resultados encontrados no trabalho em questão.

Apesar de estas diferenciações citadas anteriormente, conforme grupos sociodemográficos, entre usuários e prestadores, e entre os diferentes tipos de compartilhamento não serem surpreendentes, como destacado por Bocker e Meelen (2016), se faz vital olhar para a economia compartilhada com um prisma diferente do ponto de vista apenas de mercado, oferta e demanda, e sim enxergando suas diferenças e as interpretando da melhor forma.

O trabalho conclui o objetivo inicial de compreender como esses aspectos motivadores levantados na literatura se manifestam empiricamente em uma amostra de usuários da economia compartilhada selecionada na cidade do Rio de Janeiro e identificar as características dos usuários da economia compartilhada na amostra selecionada. De forma resumida, para a amostra pesquisada neste estudo (pessoas jovens, com maior nível de instrução, moradia com os pais, etc.), a dimensão financeira é a que mais motiva o uso

do consumo compartilhado. Em seguida, a questão ambiental também se mostra importante, enquanto a dimensão social teve evidências menos significativas. Estes achados foram compatíveis com os de Bocker e Meelen (2016), em estudo com enfoque parecido, conforme citado anteriormente.

Outro objetivo traçado, identificar os fatores que influenciam a satisfação e a intenção de utilizar novamente a economia compartilhada na amostra, também foi alcançado. Os resultados mostraram que o perfil mais jovem, da faixa de 15 a 24 anos, mostrou forte influência das dimensões econômicas e ambientais como os principais motivadores da utilização do consumo compartilhado. Para a segunda faixa etária analisada, de 25 a 34 anos, a pesquisa indicou que o impacto da dimensão econômica diminui levemente, e o impacto da dimensão ambiental diminui de forma um pouco mais significativa.

Na mesma linha de raciocínio, os resultados indicaram que os homens são mais influenciados pelo impacto econômico, e pouquíssimo impactados pela dimensão social ao compartilhar. Já no caso das mulheres, o impacto econômico mostra evidências de que se dá de forma menos significativa do que o observado para as dimensões social e ambiental, que pareceram ter um impacto significativo e relevante.

Como sugestão para trabalhos futuros recomenda-se:

• Estudos mais amplos, inclusive com maior amostra e menos focado no público jovem, que possibilitem uma análise mais exploratória e mais representativa de um país com grandes diferenças culturais como o Brasil;

• Estudos com maior profundidade, incluindo a inserção de novas variáveis e dimensões, proporcionando maior robustez à pesquisa e construtos mais sólidos;

• Análise e construção de modelos quantitativamente robustos, de forma que seja possível e viável generalizar as conclusões da pesquisa, possibilitando uma maior compreensão da relação entre as dimensões e as características dos indivíduos;

BIBLIOGRAFIA

ALBINSSON, Pia A.; YASANTHI PERERA, B. Alternative marketplaces in the 21st century: Building community through sharing events. Journal of consumer Behaviour, v. 11, n. 4, p. 303-315, 2012.

ANDERSSON, Magnus; HJALMARSSON, Anders; AVITAL, Michel. Peer-to-peer service sharing platforms: Driving share and share alike on a mass-scale. 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9000: Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulários. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.

BARDHI, Fleura; ECKHARDT, Giana M. Access-based consumption: The case of car sharing. Journal of consumer research, v. 39, n. 4, p. 881-898, 2012.

BARNES, Stuart J.; MATTSSON, Jan. Understanding current and future issues in collaborative consumption: A four-stage Delphi study. Technological Forecasting and

Social Change, v. 104, p. 200-211, 2016.

BELK, Russell. Sharing. Journal of consumer research, v. 36, n. 5, p. 715-734, 2009.

BELK, Russell. Why not share rather than own?. The Annals of the American Academy

of Political and Social Science, v. 611, n. 1, p. 126-140, 2007.

BELK, Russell. You are what you can access: Sharing and collaborative consumption online. Journal of business research, v. 67, n. 8, p. 1595-1600, 2014.

BELLOTTI, Victoria et al. A muddle of models of motivation for using peer-to-peer economy systems. In: Proceedings of the 33rd Annual ACM Conference on Human

Factors in Computing Systems. ACM, 2015. p. 1085-1094.

BLACK, Iain R.; CHERRIER, Helene. Anti‐consumption as part of living a sustainable lifestyle: daily practices, contextual motivations and subjective values. Journal of

BÖCKER, Lars; MEELEN, Toon. Sharing for people, planet or profit? Analysing motivations for intended sharing economy participation. Environmental Innovation

and Societal Transitions, v. 23, p. 28-39, 2017.

BOTSMAN, Rachel; ROGERS, Roo. What's mine is yours: how collaborative consumption is changing the way we live. 2011.

BOTSMAN, Rachel. The sharing economy lacks a shared definition. Fast Company, v. 21, p. 2013, 2013.

BUCHER, Eliane; FIESELER, Christian; LUTZ, Christoph. What's mine is yours (for a nominal fee)–Exploring the spectrum of utilitarian to altruistic motives for Internet- mediated sharing. Computers in Human Behavior, v. 62, p. 316-326, 2016.

CHENG, Mingming. Sharing economy: A review and agenda for future research. International Journal of Hospitality Management, v. 57, p. 60-70, 2016.

COCKAYNE, Daniel G. Sharing and neoliberal discourse: The economic function of sharing in the digital on-demand economy. Geoforum, v. 77, p. 73-82, 2016.

DILLAHUNT, Tawanna R.; MALONE, Amelia R. The promise of the sharing economy among disadvantaged communities. In: Proceedings of the 33rd Annual ACM

Conference on Human Factors in Computing Systems. ACM, 2015. p. 2285-2294.

ESPOSITO, Luigi; PÉREZ, Fernando. The global addiction and human rights: Insatiable consumerism, neoliberalism, and harm reduction. Perspectives on Global Development

and Technology, v. 9, n. 1-2, p. 84-100, 2010.

FRAIBERGER, Samuel P.; SUNDARARAJAN, Arun. Peer-to-peer rental markets in the sharing economy. 2017.

FREITAS, C. K. Direcionadores e inibidores para o consumo colaborativo no cenário

HAMARI, Juho; SJÖKLINT, Mimmi; UKKONEN, Antti. The sharing economy: Why people participate in collaborative consumption. Journal of the association for

information science and technology, v. 67, n. 9, p. 2047-2059, 2016.

HAWLITSCHEK, Florian; TEUBNER, Timm; GIMPEL, Henner. Understanding the Sharing Economy--Drivers and Impediments for Participation in Peer-to-Peer Rental. In: System Sciences (HICSS), 2016 49th Hawaii International Conference on. IEEE, 2016. p. 4782-4791.

HEINRICHS, Harald. Sharing economy: a potential new pathway to sustainability. GAIA-Ecological Perspectives for Science and Society, v. 22, n. 4, p. 228-231, 2013.

KIM, Jeonghye; YOON, Youngseog; ZO, Hangjung. Why People Participate in the Sharing Economy: A Social Exchange Perspective. In: PACIS. 2015. p. 76.

JOHN, Nicholas A. The social logics of sharing. The Communication Review, v. 16, n. 3, p. 113-131, 2013.

JØSANG, Audun; ISMAIL, Roslan; BOYD, Colin. A survey of trust and reputation systems for online service provision. Decision support systems, v. 43, n. 2, p. 618-644, 2007.

LEE, Z. W. et al. Technology-mediated sharing economy: Understanding user participation in collaborative consumption through the benefit-cost perspective. In: Proceedings of the 20th Pacific Asia Conference on Information Systems

(PACIS). 2016.

MARTIN, Chris J. The sharing economy: A pathway to sustainability or a nightmarish form of neoliberal capitalism?. Ecological economics, v. 121, p. 149-159, 2016.

MÖHLMANN, Mareike. Collaborative consumption: determinants of satisfaction and the likelihood of using a sharing economy option again. Journal of Consumer

PAIXÃO, T. R. A influência dos fatores críticos de sucesso na Gestão por Processos de Negócio – BPM. 2014. Dissertação de Mestrado.

PISCICELLI, Laura; COOPER, Tim; FISHER, Tom. The role of values in collaborative consumption: insights from a product-service system for lending and borrowing in the UK. Journal of Cleaner Production, v. 97, p. 21-29, 2015.

PIZZOL, H. O. D. Proposição de uma escala para mensuração do consumo colaborativo: compreendendo o compartilhamento de bens e a sua relação com os valores pessoais. 2015. Dissertação de mestrado.

QUATTRONE, Giovanni et al. Who benefits from the sharing economy of Airbnb?. In: Proceedings of the 25th international conference on world wide web. International World Wide Web Conferences Steering Committee, 2016. p. 1385-1394.

RICHARDSON, Lizzie. Performing the sharing economy. Geoforum, v. 67, p. 121-129, 2015.

SANTANA, Jessica; PARIGI, Paolo. Risk aversion and engagement in the sharing economy. Games, v. 6, n. 4, p. 560-573, 2015.

SCARABOTO, Daiane. Selling, sharing, and everything in between: The hybrid economies of collaborative networks. Journal of Consumer Research, v. 42, n. 1, p. 152-176, 2015.

SCHOR, Juliet. DEBATING THE SHARING ECONOMY. Journal of Self-

Governance & Management Economics, v. 4, n. 3, 2016.

SEKARAN, Uma; BOUGIE, R. Business Research Methods: A skill-building approach. 2011.

SEYFANG, Gill. Shopping for sustainability: can sustainable consumption promote ecological citizenship?. Environmental politics, v. 14, n. 2, p. 290-306, 2005.

SHAHEEN, Susan A.; CHAN, Nelson D.; GAYNOR, Teresa. Casual carpooling in the San Francisco Bay Area: Understanding user characteristics, behaviors, and motivations. Transport Policy, v. 51, p. 165-173, 2016.

DA SILVEIRA, Lisilene Mello; PETRINI, Maira; DOS SANTOS, Ana Clarissa Matte Zanardo. Economia compartilhada e consumo colaborativo: o que estamos pesquisando?. REGE-Revista de Gestão, v. 23, n. 4, p. 298-305, 2016.

STEPHANY, Alex. The business of sharing: Making it in the new sharing economy. Springer, 2015.

TUSSYADIAH, Iis P. Factors of satisfaction and intention to use peer-to-peer accommodation. International Journal of Hospitality Management, v. 55, p. 70-80, 2016.

VAN DE GLIND, P. B. The consumer potential of Collaborative Consumption:

Identifying the motives of Dutch Collaborative Consumers & Measuring the consumer potential of Collaborative Consumption within the municipality of Amsterdam. 2013. Dissertação de Mestrado.

WIDLOK, Thomas. Sharing by default? Outline of an anthropology of virtue. Anthropological Theory, v. 4, n. 1, p. 53-70, 2004.

ZEKANOVIC-KORONA, Ljiljana; GRZUNOV, Jurica. Evaluation of shared digital economy adoption: Case of Airbnb. In: Information and Communication Technology,

Electronics and Microelectronics (MIPRO), 2014 37th International Convention on.

IEEE, 2014. p. 1574-1579.

ZHANG, Kem ZK; YAN, Ruihe; ZHAO, Sesia J. Understanding Participation in Sharing Economy: the Roles of Convenience, Risk, and regulatory FOC I. In: PACIS. 2016. p. 106.

APÊNDICE – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS USUÁRIOS

1) Você conhece e/ou já utilizou o consumo compartilhado? Exemplos: UberPool, AirBNB, BikeRio (bicicleta do Itaú), CouchSurfing, grupos de carona, etc.

Não conheço.

Conheço, mas optei por nunca utilizar.

Conheço, nunca utilizei, mas pretendo vir a utilizar num futuro próximo. Conheço, já utilizei, mas não tive uma boa experiência.

Conheço, já utilizei e pretendo continuar neste tipo de consumo conforme conveniência.

Para as situações abaixo, leve em conta que as preocupações de segurança já estão resolvidas. Quão provável é que você utilize os serviços de compartilhamento em cada uma delas, numa escala de 1 a 5?

2) Você precisa ir a um lugar e alguém que está indo a um destino próximo te oferece uma carona por um preço definido.

3) Você está viajando e residentes locais oferecem suas casas mediante pagamento de aluguel.

4) Você precisa de uma furadeira, ou alguma ferramenta similar, e é possível pegar uma emprestada na sua vizinhança por um preço mínimo.

5) Alguém na sua vizinhança cozinhou uma refeição e você pode comprar uma porção.

Agora imagine o oposto, que você pode compartilhar seus bens e/ou serviços com alguém no mesmo tipo de relação. Quão provável é que você compartilhe nas situações abaixo, numa escala de 1 a 5?

6) Alguém na sua vizinhança precisa ir a um lugar próximo ao que você está indo, e você pode oferecer carona por um valor definido.

7) Você está fora de casa e pode oferece-la a um turista mediante pagamento de aluguel.

8) Alguém na sua vizinhança precisa de uma furadeira, ou alguma ferramenta similar, e você pode emprestar a sua por um preço mínimo.

9) Você cozinhou uma refeição e é possível vender uma porção para alguém na sua vizinhança.

Analise as considerações abaixo quanto às suas motivações ao compartilhar bens e serviços, de Discordo Totalmente a Concordo Totalmente:

10) Eu compartilho porque a compensação financeira é boa

11) Compartilhar me ajuda a pagar as minhas contas

12) Ganhar um dinheiro extra é um fator importante quando compartilho

13) Compartilhar me ajuda a fazer dinheiro a partir de algo que eu possuo

14) A dimensão financeira (benefícios econômicos) influencia na minha decisão de compartilhar

15) Compartilho porque considero como um ato generoso a se fazer

16) Compartilhar é uma boa forma de conhecer novas pessoas

17) Compartilhar me faz sentir parte de uma comunidade

18) Compartilhar é divertido

19) A dimensão social (lidar com pessoas) influencia na minha decisão de compartilhar

20) Compartilhar ajuda a preservar recursos naturais

benéfico ao meio ambiente.

22) Compartilhar ajuda a evitar os impactos da sociedade ao ecossistema.

23) Compartilhar é um meio eficiente de utilizar os recursos já disponíveis

24) A dimensão ambiental (promover sustentabilidade) influencia na minha decisão de compartilhar

Perguntas finais simples para caracterizar a pesquisa: 25) Idade 15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 54 anos 55 a 64 anos 65+ anos 26) Gênero Feminino Masculino Outros 27) Grau escolar

Ensino médio incompleto Ensino médio completo Ensino superior incompleto Ensino superior completo Pós-graduação incompleta Pós-graduação completa

28) Quem mora com você? Moro sozinho

Companheiro(a) Filhos

Outros parentes, amigos ou colegas Outra situação

29) Você trabalha, ou já trabalhou, ganhando algum salário ou rendimento? Trabalho, estou empregado com carteira de trabalho assinada.

Trabalho, mas não tenho carteira de trabalho assinada.

Trabalho por conta própria, não tenho carteira de trabalho assinada. Já trabalhei, mas não estou trabalhando

Nunca trabalhei.

Documentos relacionados