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Quanto a análise química do solos nos pontos estudados, os fatores que apresentaram grandes diferenças foram a quantidade de matéria orgânica presente e os índices de fósforo. A matéria orgânica não apresentou grande diferença em sua concentração nas áreas estudadas, porém, sofreu grande influência da atividade antrópica presente na “ÁREA 2”, sofrendo variação de 28% do ponto de maior atividade antrópica em relação aos demais. Na “ÁREA 1”, área de sucessão ecológica avançada, esses valores não presentaram grandes variações.

Os índices de fósforo apresentaram grandes diferenças apenas nos pontos localizados na “ÁREA 2”, por ser uma área de sucessão ecológica intermediária e estar passando por um processo de regeneração do solo. A concentração de fósforo nesta área se apresentou superior a “ÁREA 1”. A “ÁREA 1” apresentou influência do efeito de borda, e a variação da concentração de fósforo chegou a 44% no ponto de maior concentração para o menor.

O número de plantas rasteiras encontrados em ambas as áreas apresentaram maior influência das atividade antrópica, sendo encontradas em maior quantidade nos pontos em que os níveis dessa atividade é maior. Na “ÁREA 1”, a variação entre os pontos se apresentou em 46%, sendo em maior quantidade na borda do fragmento. Na “ÁREA 2”, essa variação atingiu 87%. Entre as áreas, o número de plantas rasteiras de apresentou maior na “ÁREA 2”.

Constatou-se que, para a comunidade microbiana de actinobactérias, o efeito de borda se estende ao longo das duas áreas estudadas. Ainda que a “ÁREA 1” apresente sucessão ecológica avançada, a concentração maior desses microrganismos foi visto na “ÁREA 2”. Na “ÁREA 1” o desenvolvimento das actinobactérias chegou a variar em 66%, desde seu ponto inicial, na borda do fragmento, ao ponto em seu interior. Na “ÁREA 2”, essa diferença foi de 58%.

No que se refere a comunidade microbiana de fungos, o efeito de borda não apresentou influência direta no desenvolvimento desses microrganismos. Em contrapartida, a fragmentação afeta no enraizamento da vegetação local, ocasionando um maior número de plantas rasteiras nos pontos de maior atividade antrópica e, deste modo, maior quantidade de fungos nestes pontos, devido a simbiose de fungos com as raízes destas plantas. Na “ÁREA 1”, a variação no

número de unidades formadoras de colônias chegou a 58%, enquanto na “ÁREA 2”, a variação atingiu 63%, apesar do menor número de unidades formadoras de colônias, se comparadas a “ÁREA 1”.

Após a realização do trabalho, pode-se perceber a importância dos microrganismos na análise de solo e os impactos negativos que a fragmentação antrópica e, consequentemente, o efeito de borda podem causar a comunidade microbiana do solo.

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