• Nenhum resultado encontrado

Artigo 2: Perfil social, estilo de vida, saúde e trabalho entre adolescentes escolares no município de Campinas-SP

6- CONCLUSÃO GERAL

O presente estudo teve como objetivo geral identificar o perfil social, estilo de vida e trabalho bem como a frequência de fatores de risco cardiovascular em adolescentes de 12 a 17 anos que frequentavam uma escola pública em período diurno e noturno na cidade de Campinas – SP.

Em virtude de forças maiores, no ano de 2014 o ensino noturno foi extinto na escola onde o trabalho foi realizado. Por esta razão só obtivemos dados de adolescentes que frequentavam a escola em período noturno durante o ano de 2013.

Os dados coletados no ano de 2012, por se tratar de informações relativas ao estudo multicêntrico de risco cardiovascular em adolescentes (ERICA) só foram utilizados neste estudo para fins comparativos com os dados obtidos em 2013 e 2014.

No geral, a maioria dos adolescentes estudados possuía Índice de Massa Corporal (IMC) e valores de pressão arterial dentro dos valores de normalidade. Observou-se porém, que alguns, visivelmente obesos, recusavam-se a participar da pesquisa, possivelmente por timidez ou com medo dos eventuais resultados a serem encontrados. De certa forma, este fato pode ter contribuído para que a média geral do IMC tenha se mantido dentro dos valores normais.

O fato de que em 2014 as turmas noturnas foram encerradas acabou por interromper o conhecimento de dados importantes deste grupo tão singular e específico. No ano de 2013, quando contamos com a participação deste grupo, pudemos observar maior índice de adolescentes com pressão arterial elevada/muito elevada e maior número daqueles que trabalhavam. Por tratar-se de uma aferição única, não é possível afirmar com certeza se estas questões estavam relacionadas ao fato de frequentarem a escola em período noturno ou não.

Sugere-se a continuidade de estudos que abordem adolescentes que frequentam a escola em período noturno.

Salienta-se que muito embora este estudo tenha sido desenvolvido por três anos seguidos, achados importantes sobre a saúde dos adolescentes podem não ter sido observados nesta amostra. Por tratar-se de uma população rural, com estilo de

vida ainda um pouco diferente da vida urbana das grandes metrópoles, algumas peculiaridades dos jovens podem não ter aparecido neste estudo.

Assim sendo, sugere-se a continuidade de pesquisas e políticas públicas de saúde desenvolvidas de forma a prevenir a manifestação de doenças relacionadas ao estilo de vida entre os jovens.

Promover saúde entre os jovens significa reflexos numa geração adulta mais sadia e ativa que trará inúmeras mudanças em termos sociais, políticos e econômicos.

7- REFERÊNCIAS

1- Tanner JM. Growth at Adolescence. 2 ed. Oxford: Blackwell; 1962.

2- WHO, World Health Organization. Young People´s Health – a Challenge for Society. Report of a WHO Study Group on Young People and Health for All. Technical Report Series 731. Geneva: WHO; 1986.

3- Brasil. Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Ministério da Justiça, 1990.

4- Brasil. Agenda nacional de trabalho decente para a juventude brasileira. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego. IPEA, 2010 [citado em 2012 jul 01]. Disponível em::

http://portal.mte.gov.br

5- Brasil. Diretrizes para implantação do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde – Programa Nacional de DST; 2008.

6- WHO, World Health Organization. Broadening the horizon. Balancing protection and risk for adolescents. Department of Child and Adolescent Health and Development. Geneva: WHO; 2002.

7- Brasil. Saúde do adolescente: competências e habilidades. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde - Departamento de Ações Programáticas Estratégicas; 2008.

8- Brasil. Marco legal: saúde, um direito de adolescentes. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Área de Saúde do Adolescente e do Jovem; 2007.

9- Brasil. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção em Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem; 2010.

10- WHO, World Health Organization. UNFPA. UNICEF. Study Group on Programming for Adolescent Health. Discussion Paper, Saillon, Switzerland; 1995.

11- Brasil. Saúde integral de adolescentes e jovens: orientações para a organização de serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde; 2005.

12- Brasil. Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola – PSE. Casa Civil; 2007.

13- Demarzo, MMP; Aquilante, AG. Saúde Escolar e Escolas Promotoras de Saúde. In: Programa de Atualização em Medicina de Família e Comunidade. v(3). Porto Alegre, RS: Artmed Pan-Americana; 2008. p. 49-76.

14- Brasil. Saúde na escola. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica; 2009.

15- Brasil. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Análise de Situação de Saúde; 2011.

16- Chobanian AV, Bakris GL, Black HR, et al. Seventh report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. Hypertension. 2003; 42(6): 1206-52.

17- Aatola H, Hutri‐Kähönen N, Juonala M, et al. Prospective Relationship of Change in Ideal Cardiovascular Health Status and Arterial Stiffness: The Cardiovascular Risk in Young Finns Study. Journal of the American Heart Association: Cardiovascular and Cerebrovascular Disease. 2014; 3(2):1-11.

18- Sociedade Brasileira de Cardiologia. [INTERNET]. Brasil: 2015 – [citado em 2015 Fev 24]. Disponível em: http://www.cardiol.br

19- Gooding HC, Milliren C, McLaughlin KA, Richmond TK, Katz-Wise SL, Rich- Edwards J, Austin SB. Child maltreatment and blood pressure in young adulthood. Child Abuse & Neglect. 2014; 38(11): 1747–54.

20- Reaven GM. Role of Insulin Resistance in Human Disease. Diabetes December. 1988; 37(12): 1595-1607.

21- Oliveira A, Oliveira A, Oliveira N, Oliveira A, Almeida M, Veneza L, Oliveira A, Adan L, Ladeia A. Is triglyceride to high-density lipoprotein cholesterol ratio a surrogates for insulin resistance in youth?. Health. 2013; 5: 481-485.

22- Velásquez-Rodríguez CM, Velásquez-Villa M, Gómez-Ocampo L, Bermúdez- Cardona J. Abdominal obesity and low physical activity are associated with insulin resistance in overweight adolescents: a cross-sectional study. BMC Pediatrics. 2014; 14(258): 1-9.

23- Azambuja MI, Foppa M, Maranhão MF, Achutti AC. Impacto econômico dos casos de doença cardiovascular grave no Brasil: uma estimativa baseada em dados secundários. Arq Bras Cardiol. 2008; 91(3): 163-71.

24- Brasil. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde - Departamento de Atenção Básica; 2008.

25- Saito MI. A avaliação nutricional na adolescência: a escolha do referencial. Jornal de Pediatria. 1993; 69(3): 165-75.

26- Fonseca VM, Sichieri R, Veiga GV. Fatores associados à obesidade em adolescentes. Revista de Saúde Pública. 1998; 32(6): 541-49.

27- Waterlow JC. The presentation and use of height and weight data for comparing the nutritional status of groups of children under the age of 10 years. Bull World Health Organization, 1997; 55(4): 489-98.

28- WHO, World Health Organization. Diet, nutrition and prevention of chronic disease: report of a WHO study group. Technical Report Series 797. Geneva: WHO; 1990.

29- Lavrador MSF, Abbes PT, Escrivão MAMS, Taddei JAAC. Riscos cardiovasculares em adolescentes com diferentes graus de obesidade. Arq. Bras. Cardiol. 2011; 96(3): 205-11.

30- Campelo, RCV et al., Fatores de risco para Aterosclerose em Adolescentes Brasileiros. Rev. Int. Ciências e Saúde. 2014; 1(1): 21- 29.

31- Saez Y, Bernui I. Prevalencia de factores de riesgo cardiovascular en adolescentes de instituciones educativas. An. Fac. med. 2009; 70(4): 259-65.

32- Santos EMC, Tassitano RM, Nascimento WMF, Petribú MMV, Cabral PC. Satisfação com o peso corporal e fatores associados em estudantes do ensino médio. Rev. paul. Pediatr. 2011; 29(2): 214-23.

33- Christofaro DGD, Andrade SM, Fernandes RA, Ohara D, Dias DF, Freitas Júnior IF, Oliveira DR. Prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares entre

escolares em Londrina - PR: diferenças entre classes econômicas. Rev. bras. epidemiol. 2011; 14(1): 27-35.

34- Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes. [INTERNET]. Brasil: 2010 – [citado em 2012 set 12]. Disponível em: http://www.erica.ufrj.br

35- Restrepo, HE. Las Políticas de Promoción de la Salud en la Organización Panamericana de la Salud. Conferencia Internacional de Promoción de la Salud. Santafé de Bogotá, Colômbia; 1992.

36- Ferreira J, Jardim PCBV, Peixoto MRG. Avaliação de projeto de promoção da saúde para adolescentes. Rev. Saúde Pública. 2013; 47(2): 257-65.

37- WHO, World Health Organization. UNFPA. UNICEF. Study Group on Programming for Adolescent Health. Discussion Paper, Saillon, Switzerland; 1995.

38- Brasil. Escolas Promotoras de Saúde: experiências do Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde; 2006.

39- Stewart-Brown S. What is the evidence on school health promotion in improving health or preventing disease and, specifically, what is the effectiveness of the health promoting schools approach? WHO Regional Office for Europe. Copenhagen; 2006.

40- Martin A, Saunders DH, Shenkin SD, Sproule J. Lifestyle intervention for improving school achievement in overweight or obese children and adolescents. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2014; 3(2): 1-95.

41- Lavielle-Sotomayor P, Pineda-Aquino V, Jáuregui-Jiménez O, Castillo-Trejo M. Physical activity and sedentary lifestyle: family and socio-demographic determinants and their impact on adolescents' health. Rev. salud pública. 2014; 16(2): 161-72.

43- Bloch KV, Szklo M, Kuschnir MCC, et al. The study of cardiovascular risk in adolescents – ERICA: rationale, design and sample characteristics of a national survey examining cardiovascular risk factor profile in Brazilian adolescents. BMC Public Health. 2015;15(94): 1-10.

44- Tanner JM. Growth at adolescence. 2. ed. Oxford: Blackwell Scientific Publications; 1962.

45- Pagano M, Gauvreau K. Princípios de Bioestatística. São Paulo: Ed. Thomson; 2004.

46- Mehta CR, Patel NR. A network algorithm for performing Fisher’s exact test in rxc contingency tables. JASA. 1983; 78(382):427-34.

47- Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. 2ª ed. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates; 1988.

48- Montgomery DC, Peck EA. Introduction to linear regression analysis. 1.ed. New York: John Wiley; 1982.

49- Mustanski B, Byck GR, Dymnicki A, Sterrett E, Henry D, Bolland J. Trajectories of Multiple Adolescent Health Risk Behaviors in a Low-Income African American Population. Development and psychopathology. 2013; 25(401):1155-69.

50- Rubin SE, Davis K, McKee MD. New York City Physicians’ Views of Providing Long-Acting Reversible Contraception to Adolescents. Annals of Family Medicine. 2013; 11(2):130-36.

51- Pires R, Pereira J, Pedrosa A, Bombas T, Vilar D, Vicente L, Canavarro M. Relational and Reproductive Trajectories Leading to Adolescent Pregnancy in Portugal: a National and Regional Characterization. Acta Médica Portuguesa. 2014; 27: 543-56.

52- Rosseto MS, Schermann LB, Beria JU. Maternity during adolescence: negative emotional indicators and associated factors in 14 to 16-year-old mothers from Porto Alegre in the State of Rio Grande do Sul, Brazil. Ciênc. saúde coletiva. 2014; 19(10): 4235-46.

53- Clark CJ, Alonso A, Spencer RA, Pencina M, Williams K, Everson-Rose SA. Predicted Long-Term Cardiovascular Risk Among Young Adults in the National Longitudinal Study of Adolescent Health. American Journal of Public Health. 2014; 104(12): e108-e115.

54- Hirsch G, Homer J, Trogdon J, Wile K, Orenstein D. Using Simulation to Compare 4 Categories of Intervention for Reducing Cardiovascular Disease Risks. American Journal of Public Health. 2014; 104(7):1187-95.

55- Hazreen MA, Su TT, Jalaludin MY, et al. An exploratory study on risk factors for chronic non-communicable diseases among adolescents in Malaysia: overview of the Malaysian Health and Adolescents Longitudinal Research Team study (The MyHeART study). BMC Public Health. 2014; 14(3):1-10.

56- Ribas AS, Silva LCS. Fatores de risco cardiovascular e fatores associados em escolares do Município de Belém, Pará, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2014; 30(3): 577- 86.

57- Schimmer VA, Barbiero SM, Cesa CC, Oliveira R, Silva AD, Pellandal LC. Excess Weight, Anthropometric Variables and Blood Pressure in Schoolchildren aged 10 to 18 years. Arq. Bras. Cardiol. 2014; 102(4): 312-18.

58- Krueger P, Friedman E. Sleep duration in the United States: a cross-sectional population-based study. Am. J. Epidemiol. 2009; 169: 1052–63.

59- Swanson LM, Arnedt JT, Rosekind MR, Belenky G, Balkin TJ, Drake C. Sleep disorders and work performance: findings from the 2008 National Sleep Foundation Sleep in America poll. Journal of Sleep Research. 2011; 20: 487–94.

60- Mikkonen P, Viikari-Juntura E, Remes J, Pienimäki T, Solovieva S, Taimela S, Zitting P, Koiranen M, Leino-Arjas P, Karppinen J. Physical workload and risk of low back pain in adolescence. Occup Environ Med. 2012; 69:284-90.

61- González-Juárez L, Noreña-Peña AL, Cibanal-Juan L. Experiência da imigração da mulher latina trabalhadora em Alicante, Espanha - estudo etnográfico. Rev. Latino- Am. Enfermagem. 2014; 22(5): 857-65.

8- APÊNDICES

9- ANEXOS

Documentos relacionados