O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e sociedades.
Suas conseqüências infligem considerável prejuízo às nações do mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da sociedade e por todos os espaços geográficos, afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, independentemente de classe social e econômica ou mesmo de idade.
É surpreendente, o que acontece com as pessoas e principalmente os adolescentes que insistem em usar anabolizantes; sabe-se que seu uso pode trazer alguns benefícios, mas os malefícios também ocorrem e estão em maior número. De fato, muitos dos que fazem uso destas substâncias não estão cientes das conseqüências que pode trazer o uso ilícito destas drogas, é necessário ao menos que os usuários destas substâncias saibam como elas agem no organismo, para que assim possam compreender o porquê que elas fazem mal, pois pelo menos assim seria um uso consciente da droga e não como acontece na maioria dos casos em que os usuários utilizam tais substâncias porque algum amigo ou instrutor de academia disse que é bom utilizar e que isso deixa a pessoa mais forte, sem ter conhecimento algum do produto que será utilizado.
É importante que os profissionais da saúde estejam atentos ao fato e questionem durante a entrevista o uso de anabolizantes. Pais, educadores e profissionais da saúde devem sempre esclarecer sobre os riscos do uso dos esteróides, principalmente nas academias de esportes do país, para que o uso de esteróides anabolizantes seja desencorajado firmemente, sendo que a descoberta inicial pode determinar uma intervenção precoce diminuindo as chances de um prejuízo maior à saúde.
Parece claro que, atualmente, informações erradas ainda prevalecem sobre as informações farmacológicas corretas. É necessária uma Educação Preventiva de qualidade em todos os âmbitos sociais desde a família até as academias. Para isto é preciso que todos os que estão envolvidos com a formação de indivíduos desde a
criança até o adulto, sejam fontes seguras e corretas da utilização destas substâncias, sabendo explicar os benefícios médicos e malefícios do uso indiscriminado.
Neste contexto cabe também ao Exército Brasileiro disponibilizar o debate deste assusto desde o ingresso do jovem na carreira militar até a formação de oficiais superiores, desencorajando o uso de esteróides anabolizantes e suprindo com as informações necessárias para se evitar os abusos destas substâncias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, L.R.; ANDREOLO, J.; SILVA, M.S. Utilização de suplemento alimentar e anabolizante por praticantes de musculação nas academias de Goiânia-GO. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília: v.10, n. 3, p. 13-18, jul. 2002.
BRAUNSTEIN, G.D. Testículos. In: GREENSPAN, F.S. & STREWLER, G.J. Endocrinologia Básica & Clínica. 5 ed.. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
CEBRID (Centro Brasileiro de informações sobre drogas Psicóticas) / Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Esteróides anabolizantes. 1999. Disponível em: <http:// www.cebrid.drogasd.com.br//>Acesso em 10 jul 2008.
COMITÊ OLIMPICO BRASILEIRO – DEPARTAMENTO MÉDICO. Informações sobre o uso de medicamentos no esporte. 4 ed. Rio de Janeiro; Brasil. 2004.
CONCEIÇÃO C.A. et al. Uso de anabolizantes entre praticantes de musculação em academias. Revista Pesquisa Médica. Porto Alegre –RS: Vol. 33, p. 103-16, 1999.
COSTA, J. F. Saúde Mental: Produto da Educação? in: Saúde em Debate. n. 11.Rio de Janeiro, 1981.
DIRETRIZ DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO ESPORTE. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev. Bras. Med. Esporte. Rio de Janeiro/ RJ: vol. 9, n. 2. Mar/Abr. 2003.
GHAPHERY NA. Performance-enhancing drugs. Orthop Clin N Am. Pensylvania, USA: vol.26, 1995. apud LISE, M.L.Z.; et al . O abuso de esteróides anabólico-androgênicos em atletismo. Rev. Assoc. Med. Bras. São Paulo: vol.45 n.4. Sept./Dec.1999.
GIBSON A.S.T.C. Anabolic steroids - a contemporary perspective. S Af Med Journal. Londres: vol. 84: p. 468-9. 1994 apud LISE, M.L.Z.; et al . O abuso de esteróides anabólico-androgênicos em atletismo. Rev. Assoc. Med. Bras. São Paulo: vol.45 n.4. Sept./Dec.1999.
GUYTON, A.C.M.D. Tratado de Fisiologia Médica. 8 ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 1992.
HAYES, F.J. “Testosterone – fountain of youth or drug of abuse?” The journal of clinical endocrinology & metabolism, Boston, Massachusetts: V.85 n.9, p. 3.020-3. 2000.
KOZIRIS, L.P. Anabolic-Androgenic Steroid Abuse. The Physican and Sportsmedicine. Minneapolis / USA: – vol. 28, n. 12, dec. 2000.
LAMB, D.R. O uso abusivo de esteróides anabólicos no esporte. In: Sports Science exchange. Nutrição no Esporte. Gatored Sports Science Institute. Chicago –Marriott: n.5, maio-jun. 1996.
LIMA, F.V. Nada substitui o treinamento. Ciência Hoje. Minas Gerais: vol. 26. n. 153. Sept. 1999.
LISE, M.L.Z.; et al . O abuso de esteróides anabólico-androgênicos em atletismo. Rev. Assoc. Med. Bras. São Paulo: vol.45 n.4. Sept./Dec.1999.
LUFT, C.P. Minidicionário, 20ª ed. São Paulo. Ática:2000.
MANETTA, M.C. Di P. Uso abusivo de esteróides anabolizantes androgênicos. São Paulo. SP. Vol. 33, n. 4 out · dez 2000.
NATIONAL INSTITUTE ON DRUG ABUSE, 2001. Disponível em:
NORMAN, A.W.; LITWACK, G. Hormones. 2 ed. San Diego – Califórnia, USA: Academic Press. 1997.
PAGNANI, A. Fisioculturismo. Disponível em:
< www.confef.org.br/RevistasWeb/n4/MUSCULACAO.pdf.> Acesso em: 10 jul 2008. PERES, S.B.; LUCIANO, E. Influências de esteróide anabólico (deca-durabolin) sobre o metabolismo de ratos submetidos ao treinamento físico . Rio Claro - São Paulo. CDD. 20.ed. 1995.
RIBEIRO, P.C.P. O uso indevido de substâncias: esteróides anabolizantes e energéticos. In: Associação Mineira de adolescência e cidadania. Associação Brasileira de Adolescência. Belo Horizonte – Minas Gerais: p. 97-101. 2000.
RICH J.D. et al. The infectious complications of anabolic-androgenic steroid injection. Int J Sports Med; Stuttgart – Nova York. vol.20, p. 563-6. 1999.
SANTOS, A.M. O mundo anabólico: Analise do uso de esteróides anabólicos nos esportes. Barueri – São Paulo: Manole. 2003.
SOUZA, E.S.; FISBERG, M. O uso de esteróides anabolizantes na adolescência. São Paulo. 2002.
SILVA, P.R.P; DANIELSKI, R.; CZEPIELEWSKI, M.A. Esteróides anabolizantes no esporte. Rev Bras Med Esporte, Porto Alegre – RS: vol.8, no.6, p.235-243, Dez 2002.
SILVA, R. P. A Escola como agente de prevenção ao uso abusivo de drogas.
CONEN/MA. Disponível em
<http://www.mp.go.gov.br/ancb/documentos/Educacao/Textos_diversos/A%20ESCO LA%20COMO%20AGENTE%20DE%20PREVEN%C3%87%C3%83O%20AO%20A
TELOKEN, C.; BADALOTTI, M.; PALKA, M.T.F. Infertilidade Masculina. Guia Prático de Urologia. Porto Alegre, RS: 2000. p. 305-312.
VANDER, A.; SHERMAN, J.; LUCIANO, D. Human Physiology – The mechanisms of Body function. 8º ed. New York – USA: MacGraw-Hill, 2001.
YESALIS, C.E. & COWART, V.S. The steroids game: an expert’s inside look at anabolic steroid use in sports. Champaign, Human Kinetics/USA: 1998. apud SILVA, P.R.P; DANIELSKI, R.; CZEPIELEWSKI, M.A. Esteróides anabolizantes no esporte. Rev Bras Med Esporte, Porto Alegre – RS: vol.8, no.6, p.235-243, Dez 2002.
WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L. Fisiologia do esporte e do exercício. 2° ed. Barueri –SP: Manole, 2001.
Wu, FCW. Endocrine aspects of anabolic steroids. Clin Chem, Manchester /UK: vol. 43, p. 1289-92. 1997. apud SILVA, P.R.P; DANIELSKI, R.; CZEPIELEWSKI, M.A. Esteróides anabolizantes no esporte. Rev Bras Med Esporte, Porto Alegre – RS: vol.8, no.6, p.235-243, Dez 2002.
Brasília Lei nº. 9.965 de 20 de abril de 2000, Trata sobre a restrição da venda de esteróides ou peptídeos anabolizantes;
Brasília Lei n°. 6.437 de 20 de agosto de 1977. Trata-se de uma infração sanitária do desrespeito da lei n° 9.965;
Brasília Lei n°. 10.409 de 11 de janeiro de 2002. Trata-se da prevenção, tratamento, fiscalização, controle e repressão à produção, ao uso e ao tráfico ilícitos de produtos, substâncias ou drogas ilícitas que causem dependência física ou psíquica;
Brasília Portaria 344 de 12 de maio de 1998. A fiscalização de drogas serão executadas pelas autoridades sanitárias;