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No desenvolvimento desta dissertação procuramos, aportados em pressupostos teóricos sobre a linguagem e a identidade, estudar o hibridismo cultural. Através da pesquisa qualitativa, as reflexões sobre a nação, a memória, a oralidade, a arte e o cinema constituíram referências para avaliar falas de moradores de diferentes ascendências étnicas, das quais pretendíamos avaliar a presença do hibridismo cultural.

Optou-se, como suporte metodológico, a pesquisa bibliográfica e as técnicas e procedimentos da história oral. Com intuito de estabelecer uma analogia e ilustrar, por meio da arte, ou até mesmo destacar o valor da história oral atribuído pela arte cinematográfica, os procedimentos e elementos que aparecem representados no filme Narradores de Javé (2003).

Moradores do município de Sangão–SC foram eleitos para as entrevistas/narrativas. E o filme Narradores de Javé como referência desta arte para as reflexões e procedimentos metodológicos, conforme já mencionado.

Ao problematizar as concepções sobre identidade cultural e avaliar o papel da linguagem, dos legados étnicos e da história, destacamos as considerações de Bakhtin, que evidencia a linguagem como uma prática de caráter institucional, a fala, a enunciação, possuem natureza social, não individual: a fala está indissoluvelmente ligada às condições da comunicação, que, por sua vez, estão sempre ligadas às estruturas sociais (1997, p. 16). Neste sentido, o hibridismo decorreria das ações sociais que designariam representação identitária atual, embora a própria comunidade ainda não a reconheça. Logo, ainda que as identidades, dentro de suas peculiaridades, se interpenetrem.

Ao ser entrevistado, constatamos que cada falante/narrador procurou mostrar seu lugar enquanto sujeito, colocando em cena suas particularidades, como o legado étnico, social, individual, político e cultural. Tais aspectos reiteraram que o possível confronto de “uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada uma das quais poderíamos nos identificar – ao menos temporariamente”. (HALL, 2001, p.13)

A utilização de técnica da história oral representada no filme Narradores de Javé e os recortes decorrentes da decupagem da obra contribuíram para a análise dos dados recolhidos na pesquisa de campo, na medida em que se observou tanto uma aproximação na

técnica das entrevistas, quanto no papel do entrevistado. Tal como em Narradores de Javé, os entrevistados apresentavam seus enunciados através de narrativas. Este aspecto permitiu, neste estudo, denominar os entrevistados de narradores.

Assim, ao observar a narrativa como lugar de enunciação de identidades culturais, desenvolvemos as reflexões que constituem a análise proposta nesta pesquisa. O hibridismo cultural emergia dos detalhes e da composição das narrativas obtidas pelas entrevistas com moradores do município de Sangão-SC.

O hibridismo cultural enunciava-se pelas ações sociais, pelas representações identitárias que, mesmo nas singularidades dos valores, verifica-se uma cultura permeada pelos diferentes aspectos presentes nas representações culturais miscigenadas.

Através das entrevistas orais conseguimos identificar diversos elementos na narrativa oral que comprovam a fixação de práticas que sinalizam a presença de etnia híbrida, como os exemplos discorridos sobre cada narrativa.

O Narrador 1, que possui características físicas africanas, possui em suas ações diárias e nas lembranças de seu passado festejos (Festa de São João Batista), costumes (pão por Deus, Boi de mamão), reconhecidos por serem originários de Portugal. Sendo assim, a sua identidade híbrida está presente nessas citações, que podemos frisá-las como identidade pelo sentimentalismo com que essas memórias foram narradas. A cada fato contado, o Narrador 1 reforçava que as suas atuações não foram efêmeras. Exemplo: Ele não escrevia as cartinhas do Pão por Deus, mas as entregava; sendo assim, tal aspecto cultural fez parte de sua construção cultural.

O Narrador 2, possui suas identificações culturais ligadas à religião e vale ressaltar que todos os entrevistados citam as questões religiosas como características marcantes acerca da formação cultural de sua comunidade. Como tal, o N2, tem suas práticas ligadas às questões da igreja e, sendo este narrador de ascendências alemãs, apresenta participações em manifestações de costumes açorianos, como as festas, danças e até mesmo no reconhecimento das práticas de africanos em sua comunidade. Mesmo que tal narrador não seja um umbandista, afirma conhecer o candomblé e que existiam pessoas ao seu redor que o praticavam. Sendo assim, as interferências exteriores influenciam sua memória acerca do passado que vem reconstruir a sua história.

Temos claramente, em diversos momentos da entrevista do Narrador 3, falas que denotam a sua hibridização cultural. Começamos pela sua ascendência, que diz ser indígena, e

percebemos a presença de valores e práticas oriundas das mais diversas etnias, como por exemplo: As lendas, as comidas, as festas açorianas, a religiosidade, as práticas africanas, reconhecidas pelo candomblé que, mesmo com aversão diz reconhecer, o Boi de Mamão, o fandango, a bruxa, o lobisomem, as benzeduras, e as ainda comidas italianas, tal como a polenta.

Este narrador, não simplesmente relembra, ele faz questão de demonstrar, ensinar o que sabe dessa cultura que faz parte de sua história, sendo assim, fica realmente comprovado que já faz parte de sua identidade.

Já o narrador 4 demonstra firmemente seu papel social na comunidade, onde busca ajudar os demais, inclusive cita casos de ajuda aos negros que eram martirizados. Fala de convivência e trabalho em conjunto, sendo assim, através de sua rotina de auxílio e importância para com o outro, tal narrador adquire e transfere simbologias culturais que fazem parte de sua vida, uma troca que deriva no hibridismo.

Por fim, o narrador 5 demonstra o quanto a história oral é importante no resgate de uma cultura. Ele relembra momentos importantes de seu passado, conta-os com fervor e se apresenta com um amante do patrimônio, isso faz com que a entrevista concedida sirva como entendimento de que não existem versões históricas pré-estabelecidas e que, a cada dia, constrói-se um pouco mais de nossa identidade. Ele já se apresenta como híbrido, e denota em suas falas diversos valores culturais que estão sendo esquecidos, como o boi de mamão, as festas, as arquiteturas, a formação escolar, enfim, os mais variados atos cotidianos que revelam a supremacia do hibridismo em nossa identidade cultural.

Ainda acerca das entrevistas, conseguimos revelar que a história não é estática, ela possui diversos vieses. Através dos relatos em torno da família de Leonel Batista, entre as ações para o bem e para o mal, constatamos que não conseguiremos chegar ao que poderíamos definir como verdade. Os diferentes pontos de vista também serviram para avaliar a presença do caráter híbrido da cultura pelos papéis sociais dos falantes.

Aquele que possuía um vínculo com a família Batista, seja comercial ou afetivo, como no caso do N4 e N2, não conseguia identificar, nas práticas de Leonel Batista, atuações de maus tratos com negros ou escravização; em contrapartida, aquele que apresentava outra realidade, que não fazia parte dessa elite, identifica e aponta momentos de ações más da família Batista, como no caso do N1 e N3. Mas, o N5, faz refletirmos que ele não possuía nem uma e nem outra característica, pois afinal, as várias vozes representam a vida de cada

um, portanto, criar uma realidade ou uma versão seria totalmente ilusório e contraditório. Como buscamos salientar que a identidade é moldada pelos diversos gostos, formas, cores, tanto quanto a história também não é uníssona, possui várias caracterizações.

Nosso estudo evidenciou a confrontação cultural híbrida decorrente das etnias, que algumas vezes é reconhecida, outras não. Podemos afirmar que nossa história é construída e reformulada diariamente. Afinal, como foi demonstrado no filme Narradores de Javé e também na vida, não temos histórias prontas, nem ascendência única e muito menos algo concreto a ser posto e defendido. De fato, o que temos é uma conjuntura de ideias e culturas que se entrelaçam e se transformam.

Fica desta pesquisa, também, o sentimento sobre a importância de se resgatar e preservar a memória como lugar para analisar as culturas, os tempos, as sociedades e outros.

Ainda que não fosse uma das propostas ou objetivos deste estudo, procuramos registrar as entrevistas dos “Narradores de Sangão” por meio de gravações audiovisuais. Estas gravações dos narradores foram editadas com o formato de um DVD documental. O referido material poderá ser disponibilizado nas instituições de ensino e pesquisa.

Ao realizarmos esse estudo percebemos a relevância das pesquisas sobre a cultura, a arte em seus tempos, na medida em que oportunizam refletirmos, através da linguagem, dentre outros aspectos, a complexidade de nossa existência e de nossa própria transcendência por meio dela.

Entendemos, também, que muito há de se estudar, investigar, avaliar, analisar no contexto das ciências da linguagem, ficando a sugestão para outros estudos, talvez suscitados pelas reflexões apresentadas em nossa dissertação.

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ANEXO A – CARTA DE ACESSÃO AOS OUVINTES

Sangão-SC, 08 de julho de 2011.

Os indivíduos abaixo assinados declaram para os devidos fins que cedem os direitos de suas entrevistas, gravadas no período de Março de 2011 a 07 de Maio de 2011 para que a Sra. Suzana Luiz Tibúrcio possa usá-las integralmente ou em partes, sem restrições de prazos e limites de citações, desde a presente data. Dessa forma, autorizam o uso de terceiros para ouvi-las e usar citações, ficando vinculado o controle à Universidade do Sul de Santa Catarina, que tem sua guarda.

Abdicando de direitos seus e de seus descendentes, subscrevem a presente carta de cessão.

ANEXO B – FOTOS

Moradores de Morro Grande em procissão (diversidade cultural) Fonte: Foto Regina/ PRUDÊNCIO (2007).

Festa de São João Batista (1950). Presença da maioria da população Fonte: Foto Regina/PRUDÊNCIO (2007).

Naufrágio do navio Buenos Aires (um dos vários que aconteceram no balneário Campo Bom- local por onde possivelmente chegaram os afrodescendentes). Fonte: Sr Evaldo Ávila.

Vista parcial de Morro Grande (década de 50) – ao fundo, do lado direito da foto, está aparecendo próximo à estação ferroviária, a fumaça de uma das primeiras cerâmicas.

Fonte: Foto Regina/ PRUDÊNCIO (2007)

Honorata G. Batista e Leonel Batista. Fonte: PRUDÊNCIO (2007).

Baxadinha (onde mora a maioria dos negros do Bairro Morro Grande). Fonte: PRUDÊNCIO (2007).

A Ferrovia Tereza Cristina que passa pelo bairro é um símbolo cultural e identitário da localidade Fonte: Sr Evaldo Avila.

Banda Marcial que tocava nas festas e nos desfiles cívicos. Presença abundante de negros (Hibridismo cultural) Fonte: Sr Evaldo Avila.

Festa do Divino Espírito Santo em Jaguaruna Fonte: Sr Evaldo Avila.