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18 handler.removeCallbacks(runna); 19 runOnUiThread(new Runnable() { 20 @Override

21 public void run() { 22 Intent i=null;

23 i = new Intent(Main_Trip.this,Main_FinishTrip.class); 24 utils.clientListener=null; 25 startActivity(i); 26 finish(); 27 } 28 }); 29 }  

Bloco de Código 2.7: Excerto do método de tratamento de mensagens GCM

A aplicação antes de ser desenvolvida foi planeada com cuidado, envolveu uma investigação de quais os melhores métodos a utilizar e quais seriam as melhores bibliotecas, para facilitar o desenvolvimento e melhorar a eficiência da aplicação. A decisão para utilizar o padrão Singleton foi tomada, devido a existirem muitos dados e métodos utilizados por múltiplas classes, com este padrão existe um objeto global de fácil acesso a partir de qualquer classe. O sistema GCM foi escolhido, já que do ponto de vista da implementação, é uma ferramenta simples para a troca de mensagens. O facto de ter sido desenvolvida para sistemas Android torna a sua implementação mais simples. Além disso é gratuita e o limite de tamanho das mensagens não representa qualquer problema, visto que são todas bastante pequenas. Todas as outras bibliotecas utilizadas são as melhores na área delas, o BCrypt é um sistema de cifragem bastante seguro e rápido e a biblioteca JSON é a mais utilizada.

2.4

Conclusão

A aplicação MyNetTaxi foi criada como substituto da Uber em Luxemburgo. Foi desenvolvida de acordo com a dimensão esperada nos primeiros tempos de funcionamento da aplicação. Toda a estrutura e aspeto visual foram desenvolvidos tendo a Uber como exemplo, mas o back-end é significativamente mais simples. Durante a investigação para o desenho do back-end, ficou claro que não era necessário uma arquitetura tão complexa. A Uber tem bastantes serviços, além da função original, em que os motoristas eram os donos dos carros e está espalhada a uma escala mundial.

Como a aplicação desenvolvida só tem um tipo de serviço e funciona numa única cidade, a arquitetura implementada é suficiente para suportar todos os clientes. Foram realizados extensos testes para garantir o bom funcionamento da aplicação. Todos os testes efetuados comprovaram o desenho da estrutura. A aplicação já se encontra disponível para descarregar na Play Store e até ao momento não houve nenhum problema ou falha de sistema.

36 Capítulo 2. MyNetTaxi tecnologias utilizadas. É possível criar um sistema de estimativa do tempo de chegada dedicado, em vez de utilizar a API de Google. Isto pode tornar o sistema atual mais preciso e beneficiará a experiência do utilizador. Existem outros pormenores a nível do desenho da aplicação que podem ser melhorados, de forma a tornar a experiência do utilizador mais prazerosa.

Os objetivos propostos do sistema, foram atingidos e a aplicação foi concluída com todas as funções a funcionar corretamente. Todo o sistema foi desenvolvido para suportar centenas de utilizadores diários. Neste momento tem uma margem de progressão bastante grande, antes de ser necessário a revisão do sistema back-end. São facilmente integradas novas funcionalidades ao sistema atual, se houver procura suficiente.

Capítulo 3

Simulador Viagens Táxi

O serviço de táxi existe desde o século XVII [8], nos primórdios os táxis eram muito distintos do que conhecemos hoje em dia. Os primeiros táxis eram carruagens puxadas a cavalo e começaram a operar em Londres e Paris. Estes mais tarde evoluíram para os táxis londrinos da atualidade, o termo Hackeny Carriage ainda é utilizado para descrever os táxis. No início, o serviço era utilizado pelas estalagens para transportarem hóspedes. Só mais tarde em 1634 é que apareceu a primeira praça, onde as carruagens estavam estacionadas e disponíveis para qualquer um contratar. Em 1935 é que apareceu a primeira lei para legalizar as carruagens táxi. Em poucos anos o número de Hackney Carriages cresceu tanto, que em 1662 [8] existiam mais de duas mil. Isto obrigou a criação de uma nova lei, para legalizar, reduzir todos os táxis existentes e quais as tarifas que podiam cobrar.

Os veículos utilizados acompanharam a evolução. Em 1834 foi criado o Hansom Cab, foi desenhado e patenteado por Joseph Hanson [10]. Eram constituídos por uma carruagem de duas rodas, esta era mais leve e ágil e por consequência podia ser puxada por um único cavalo, o que tornou as viagens mais baratas. Os novos táxis substituíram os antigos e espalharam-se por outras cidades do Reino Unido, tal como por muitas cidades europeias. Foi também introduzido nas colónias Britânicas e começou a ser muito usado no século XIX em Nova Iorque. À medida que a indústria automóvel evoluiu, os táxis utilizados também se desenvolveram. No final do século XIX apareceram os táxis movidos por uma bateria elétrica [11] e décadas mais tarde começaram a ser usados táxis a gasolina [12].

As novas viaturas permitiram melhorar o serviço prestado, mas há duas invenções que o revolucionaram desde a sua criação. O taxímetro, que foi inventado em 1891 pelo alemão Friedrich Bruhn [6], guarda o tempo e a distância de uma viagem, para no final calcular o custo total. Com o aumento do número de táxis, em múltiplos países foram impostas leis que obrigam os taxistas a ter tarifas fixas. São obrigados a utilizar sempre o taxímetro para controlar o tempo e distância.

A outra inovação que ajudou ao crescimento do mercado, foi a introdução de rádios de duas vias. Este permitiu a comunicação com as centrais e tornou o serviço mais eficiente. Os táxis

38 Capítulo 3. Simulador Viagens Táxi podem ficar parados nas praças e a central comunica através do rádio, quando um cliente pretende um táxi.

Em Portugal os táxis acompanharam o resto da Europa. Antes de surgirem os automóveis no país, eram utilizados carroças puxadas a cavalo que esperavam os passageiros numa praça. No início do século XX, apareceram os primeiros automóveis e mais tarde, por volta da década de 1920, foram introduzidos os taxímetros, que desde então, são obrigatórios em todos os veículos. Para o bom funcionamento do serviço foram criadas leis, que regulam os serviços. Entre estas constam, a cor do exterior dos veículos e a visibilidade do taxímetro aos passageiros. Todas as leis foram criadas de modo a favorecer os passageiros e tornar o mercado justo, para todos os condutores.

Para a implementação deste website, foi necessário ter em conta as várias leis, que se referem aos preços a praticar. A lei das tarifas serve para todas as cidades, tem que ser cumprida segundo as normas estabelecidas. Esta lei garante que os clientes estão sempre informados os valores a praticar e quais são os seus direitos em relação aos possíveis trajetos. Calcular o preço de uma viagem segundo uma tarifa pode ser simples, mas num trajeto com mais de uma tarifa, torna-se mais complexo.

É neste ponto que este simulador se foca. O objetivo principal é calcular o custo total de uma viagem, num táxi da cidade do Porto. Este tem de ter em conta as tarifas, o tempo e os quilómetros. Em certos casos, também tem que acrescentar o valor da utilização da bagageira ou o transporte de animais. Por fim, é igualmente necessário considerar, se a viagem é durante o horário noturno ou no fim-de-semana.

O capítulo explica todo o processo da criação do simulador. Inicialmente será descrito o enquadramento e o estado de arte, que refere algumas plataformas similares. Será explicada a arquitetura do sistema e como são calculadas as tarifas, com uma breve descrição de cada uma. São explicados os tipos de rotas que podem existir e a forma como são calculadas. Por fim é explicado a implementação deste sistema e as conclusões.

3.1

Enquadramento/Estado de arte

O serviço de táxis como é conhecido atualmente não evoluiu muito desde a introdução dos rádios. Numa era baseada na tecnologia, como a que vivemos agora é necessário melhorar o serviço para os utilizadores. Pedir um táxi é bastante simples, mas saber a priori quanto vai custar uma viagem, é uma tarefa complexa. A criação de sistemas como o do capítulo anterior, funcionam bem em países sem legislação em relação ao preço a praticar num determinado local. Uma empresa de táxis a operar em qualquer cidade do país tem que cumprir as leis impostas, principalmente a lei que impõe o preço por quilómetro dentro e fora da cidade, em que a empresa opera.

3.1. Enquadramento/Estado de arte 39 3.1.1 Sites Similares Globalmente

Neste momento são poucos os websites ou aplicações, que permitem calcular o preço de uma viagem em Portugal. Globalmente existem muitos, o mais completo em termos de países e funcionalidades, é o TaxiFareFinder. Este possuí tarifas para vários países, como a Suíça, França ou Brasil. Cada país possui várias cidades e respetivas tarifas. Contudo os valores apresentados, podem não ser verdadeiramente praticados no país ou pelas empresas que neles operam. Os preços por quilómetro que apresentam, são estimativas feitas a partir de casos teste e hipóteses baseadas numa certa distância e duração [18].

Este site utiliza a API do Google, para calcular a rota e os seus quilómetros e duração. A estimativa de um dado trajeto oferece três valores, tendo em conta a quantidade de trânsito. O website utiliza um algoritmo proprietário para calcular a estimativa [18]. Além de utilizar a duração e os quilómetros, usa também um padrão de trânsito, a densidade urbana e possíveis paragens. Os proprietários não oferecem documentação em relação à arquitetura do site ou do algoritmo, em países com uma única tarifa este é uma boa opção. Em países como Portugal, onde existem várias regras, este site, do modo como funciona, não conseguiria calcular o melhor valor possível.

3.1.2 Sites Similares em Portugal

Neste momento existem várias aplicações para requisitar transporte, a operar em Portugal. Todavia nenhuma tem parceria com uma empresa de táxis. Estas plataformas são as explicadas no capítulo anterior, que usam os proprietários dos carros como motoristas. As tarifas aplicadas são escolhidas pelas empresas, estas não são obrigadas a seguir a legislação dos táxis.

Não existem muitos sites iguais ao proposto neste capítulo, que calculem os preços das viagens em Portugal. Os que existem são bastante simples e calculam um valor aproximado, não têm em consideração as mudanças de tarifa. As várias páginas que existem, usam o mapa e a API do Google para mostrar as possíveis rotas e retirar a distância em quilómetros e a duração da mesma. Estes usam a tarifa base para calcular o total ao longo de todo o trajeto, também tem em consideração as bagagens ou o transporte de animais. Com este método de calcular os preços, estes sites funcionam em qualquer ponto do país.

Apesar do site proposto fornecer também uma estimativa, esta é a mais aproximada possível e tem sempre em consideração os pontos da mudança de tarifa e o percurso que o motorista faz. Se for um percurso que comece ou acabe fora da cidade do Porto, é necessário ter em consideração o trajeto que o motorista faz sem o passageiro, pois este também é tido em conta no valor final numa viagem real.

Este simulador só está desenvolvido para a cidade do Porto. Devido às mudanças de tarifa, durante os cálculos é necessário ter em conta os limites da cidade. O projeto aqui apresentado, foi desenvolvido para fornecer a melhor estimativa possível para qualquer percurso, realizado por

40 Capítulo 3. Simulador Viagens Táxi um táxi sediado da cidade do Porto.

O website enquadra-se num sector em que os clientes estão poucos conscientes dos preços praticados ou das regras que os taxistas são obrigados a cumprir. O objetivo é fornecer aos utilizadores uma ferramenta de cálculo, sem a necessidade de estes terem que aprender essas mesmas regras. O simulador calcula automaticamente o preço final, em qualquer local do país, tendo sempre em consideração a viagem que o motorista tem que fazer sem o passageiro, de ou, para a cidade. Além da viagem em si, há outros fatores que influenciam o preço. Os carros podem ser isentos ou com mais de quatro lugares. Se utilizar um veículo à noite ou ao fim de semana, aumenta o valor das tarifas.

Há uma grande falta de serviços similares e o desenvolvimento deste, serve para ajudar os consumidores a prever melhor as suas viagens e para criar uma ferramenta o mais precisa possível.

No documento Plataformas online para clientes de táxis (páginas 55-60)

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